Naruto e Hinata estão no quarto onde Itachi está hospedado. A Hyuuga está usando a banheira e uma cortina a separa de Itachi. Ele está sentado em um banquinho. Segurando uma roupa nova para a menina. Ele comprou no cartão de crédito, em uma loja ao lado do prédio de sua hospedagem.

— Hinata Hyuuga né? Como conheceu Sasuke?

Alegre ela conta que Naruto a encontrou e a levou para uma casa na árvore. E quando Sasuke se apresentou para ela, ela teve medo. 

— Ma-mas aos po-poucos eu per-percebi que ele é bonzinho. Já até segurei a mão dele. 

— Além de não enxergar, você é gaga?

— Não. Só estou co-com vergonha. 

— Não estou te vendo nua. A cortina é escura. Quando sair da banheira você sentirá a cortina. Continue atrás dela que eu te passo a toalha sem ver o seu corpo.

A peroladinha agradece. Ela já havia se esfregado com a esponja e agora apenas brincava com um patinho de borracha amarelo. 

— Quem era a moça que ligou para meu tio?

— Uma amiga. Ma-mas concordei em não revelar a iden-identidade dela. 

— Está tudo bem. Não vou forçá-la a falar. — Itachi segue impressionado e curioso com muita coisa:

— você e o menino Uzumaki não parecem crianças de rua. De onde vocês vêm? Onde ele a encontrou?

— EI IRMÃO DO SASUKE!!! QUERO MAIS LAMEN!!! QUERO MAIS LAMEN!!!

Itachi se enraivece. Naruto queria se banhar com Hinata, mas Itachi não permitiu. O loiro passou a chamar o Uchiha mais velho a cada cinco minutos, pedindo alguma coisa. 

— TÔ INDO!!! — Itachi se levanta e põe a roupa dobrada e nova da Hyuuga sobre o banquinho:

— eu não demoro. Hyuuga. 

— Está bem. — Hinata segue se divertindo com seu patinho de borracha.

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Naruto acorda com o som de um objeto caindo. É um abajur derrubado pela Hyuuga. Ele se senta. Observando atento a cada movimento da menina. Confiando que ela o encontrará. A Hyuuga coloca o abajur de volta ao lugar. Cautelosa com as mãos. Ela se certifica de que o objeto não cairá novamente. Depois anda lentamente até sentir uma parede. Esgueirando-se. Segue o formato do quarto. Alcança a mesa de cabeceira. E em seguida, seus dedinhos encontram o colchão.

— Parabéns. – Todo feliz Naruto engatinha pelo colchão, indo até a Hyuuga:

— você conseguiu Hina-chan!

— Naruto-kun. Acordei você? — ela se preocupa. Como ninguém falou nada quando saiu do banheiro, imaginou que os meninos tiravam um soninho. 

— Não. - Mente Naruto:

— eu estava acordado e queria te assistir. Eu sabia que ia me encontrar.

— Naruto-kun. — Ela se alegra. Vermelhinha. 

— Seu vestido é lindo. Laranja é minha cor preferida. O irmão do Sasuke acertou hein. 

Ela fica mais vermelha. Um bocejo chega na Hyuuga.

— Durma Hinata. Depois vamos visitar a Sakura-chan.

— Mesmo? — ela se surpreende:

— mas e quanto a Tsu-

— Os pais de Sakura concordaram que irão transferi-la somente depois de nos encontrarmos com Tsunade Senju. 

— Mudaram de ideia? Que legal.

— Pois é né? Tiveram mais uma conversa com o teme só que agora sem exaltação. Os pais da Sakura-chan agora estão um pouco esperançosos quanto uma possível intervenção de Tsunade Senju. Itachi levou o teme lá no hospital. E acho que o teme vai dormir na casa do tio.

— Por que?

— Eu não sei. Mas acho mais aconchegante a gente ficar aqui onde o irmão do teme está alugando. E agora é um bom momento para ficarmos aqui. Estamos a sós.

Os olhos peroladinhos cintilam. Hinata deitada na cama sente o loiro deitar ao lado dela. Ele a abraça pelo ombro e a outra mão está atrás dos cabelos loiros. 

— Naruto-kun, somos namorados?

O coração dele se acelera. 

— Você tem dúvidas?

Ela fica um tomatão.

— Hina-chan. Você aceita meus carinhos só por ser uma boa pessoa? Se aceita só para não me magoar-

— Não. Naruto-kun. Eu gosto da sua voz. Seu calor é único e sua alegria me contagia. - Hinata coloca a mão dele no peito dela. Ela o faz sentir seus batimentos cardíacos acelerados:

— assim como o sol nos aquece, você me conforta, Naruto-kun, continue sendo o meu sol.

— Hina-chan. – Ele está completamente apaixonado.

— É que namoro é coisa de adulto. Que-quero namorar quando eu for maior. 

— Entendo. — Ele se entristece um pouco.

— Naruto-kun. Quer ser meu namorado quando a gente crescer? Meu primeiro e único?

Ele se anima de muitão e aceita:

— Mas é claro!!!

Ele a abraça e a coloca para cima de seu corpo. E ela rir. Quase chegando a chorar. Curtindo um pouco daquele belo momento de felicidade. Em um momento, as pontinhas dos narizes se encostam. E eles ficam imóveis. Os olhos azuis miram os lábios da menina. As bocas se encostam. Um leve selinho. Eles se separam corados. 

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Quando Itachi retornou ao quarto avisou às duas crianças que seria possível visitar Sakura somente no dia seguinte. Pois os pais queriam ficar a sós com a filha durante o resto daquele dia. Naruto e Hinata meio tristes aceitaram. No dia seguinte, os dois já estão no hospital, andando de mãos dadas. Guiados por uma enfermeira. Passam por uma das fileiras do banco de espera, onde o casal Haruno cochila. 

— Vinte minutos. Crianças. — A enfermeira avisa, abrindo a porta.

Os dois menores assentem antes de entrar. Escutam a porta ser fechada. Naruto se aproxima da cama e fita a imagem pálida de Sakura coberta até o peito. O corpo tão suave ligado a uma máquina emite um som agudo entre pausas.

— "Sakura-chan, por que não me contou nada?" — sente-se magoado.

— Quero segurar a mão dela. Naruto-kun.

Ele carinhosamente segura a mão de Hinata e a faz segurar a mão da rosada.

— Sakura-chan. Conhecê-la foi ganhar uma nee-san. — A perolada fala com todo seu amor.

Naruto recua. Não sai do quarto, mas se afasta bem. Dando um momento apenas para as duas.

— Onegai. Acorde logo Sakura-chan. Quero ter minha nee-san de novo. Quero fazer coisas que faria com uma nee-san. Quero contá-la como foi meu primeiro beijo. Não foi um beijo beijo, foi um beijinho. E mesmo assim foi maravilhoso. Quero contar como me senti, enquanto eu tranço os seus lindos cabelos. — Beija a mão dela:

— um dia. Quando eu enxergar. Quero enxergar um mundo no qual Sakura-chan esteja nele.

Naruto mesmo afastado está escutando tudo. E passa o antebraço contra os olhos. Fazendo uma limpeza em suas lágrimas. A seguir se reaproxima da cama. 

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Não sabia quantos dias estava fora do orfanato. Experimentava a liberdade. E estava gostando. Não se importando de não ter companhia.

— Uau! - Naruto parando sobre um elevado de terra avistou a cidade de Konoha, falou sorridente:

— aqui é um ótimo lugar pra me esconder.

Sendo muito comum encontrar cidades simples em meio à floresta, por segurança, decidiu não andar muito pelas ruas. Quando se colocou na estrada, horas depois encontrou um grupo de adolescentes perturbando um menino, tiraram a mochila do coitado e espalhavam o material escolar no chão. Conseguiram encontrar dinheiro e agora tentavam arrancar a jaqueta do pobre coitado. Rapidamente, Naruto se escondeu atrás de uma árvore, carregando seu estilingue, passou a escolher quem seria o desafortunado a receber o tiro. Escolheu o mais alto, aquele puxando uma das mangas da jaqueta.

— Aii!!!

Zaku atingido nas costas, perto da nuca se moveu em todas as direções procurando o responsável. Uma garota ao lado, segurou-o pelo braço fazendo-o parar, ela apontou em direção do Uzumaki quem iniciou uma risada histérica.

— Bundões!!! - Naruto gritava provocativo:

— nunca vão me pegar!

— Atrás dele!!!

Zaku gritou para os outros, esqueceram-se da outra vítima que aproveitou para fugir. Naruto correu muito, estando longe, eles não lhe alcançariam, se meteu mata adentro, acabando por encontrar Sakura quem se banhava próxima de uma cachoeira. E essa foi sua primeira visão dela. Os cabelos rosados grudados nas costas. A pele brilhava sob a luz do dia. Hipnotizado passou a observá-la com a boca aberta. O encanto se quebrou quando a Haruno virou na direção dele, espantando-se, iniciou uma gritaria:

— Ahhh tarado aaahhh!!!

Naruto pulou na água de roupa e tudo, agarrando a rosada para tapar a boca dela. Olhando ao redor, pedia para Sakura fazer silêncio. A Haruno mesmo estando raivosa silenciou-se, ainda se debatendo. Ambos escutaram o som das vozes da turma de Zaku, por sorte, eles não surgiram ali. Com o tempo o silêncio criou raízes e cresceu, prova de não haver ninguém por perto. Depois de alguns minutos, Naruto sentiu-se seguro e tentou explicar-se:

— Não estava te espiando garota, estava fugindo e...

Ele parou de falar quando notou que uma de suas mãos estava perto de um dos seios da rosada. Vermelho, procurava rapidamente palavras, mas algo lhe dizia que somente palavras não resolveriam o problema.

— GGGGRRR...

Sakura assim que se viu livre dele, tapando os seios com o braço esquerdo, com a mão direita, o socou no olho. E foi assim que Naruto ganhou um olho roxo da Haruno.

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Lembrando-se, Naruto estica um sorriso. Um sorriso grande. Feliz. Porque não queria trazer mais sofrimento diante a Haruno. Ela merece milhares de sorrisos e aplausos por ser uma bela garota, uma garota aventureira, uma garota forte. A melhor amiga que alguém poderia ter. 

— Sakura-chan. Não morra. Você não pode morrer porque precisa me deixar mais vezes com o olho roxo. Ainda sou muito baka.

CONTINUA