Maldito Cabelo escrita por Shuu


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

CÊS PENSARAM QUE IAM SE LIVRAR DE MIM PRA SEMPRE, NÃO É?! NÃO TÃO RÁPIDOS! SDKLJKSGDDSJKLG

É isso aí, lindos e lindas da tia Samia, cá estou eu, retornando ao fandom depois de anos (sim, anos. wow!), querendo resgatar os tempos de ouro do meu adorado shipp: Nejiten. Pra isso, nada mais justo que retornar com uma One fresquinha, fruto de uma frustração minha. É aquela história: há males que vem para bem. AHEOAHEOAH
E para aqueles que estão torcendo o nariz porque Nejiten não é cannon: Shut up! Não é porque o Kishimoto matou o Neji que eu não possa reviver ele, oras.

De qualquer forma, apreciem a leitura.



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Lá estava eu. Sentada há umas duas boas horas de frente pro espelho, segurando uma tesoura e uma pinça enquanto tentava, inutilmente, ajeitar o meu cabelo. Eu estava fazendo uma verdadeira cirurgia de risco ali, mas, sinceramente, não estava aparentando nenhuma melhoria significativa – isso apenas para não dizer que estava piorando.

Respirei fundo pela enésima vez naquela tarde, me segurando para não surtar de raiva e arrancar meus fios castanhos um a um.

Há, pelo menos, três horas o meu cabelo não estava lindo, nem macio e muito menos brilhante – tal como as propagandas de shampoo na televisão –, muito pelo contrário. Ele estava extremamente ressecado e cheio de pontas duplas. Um horror! E foi justamente por esse motivo que eu acabei enfornada num cabeleireiro por uma hora e meia. Nesse tempo o meu cabelo foi lavado, hidratado, cortado e escovado e, olha, de primeira eu achei ele lindo. Tão arrumadinho e cheiroso. Isso, é claro, até eu me aproximar do espelho. A minha franja estava de uma forma que eu nunca havia visto antes, então eu resolvi questionar ao homem que havia me atendido e ele me assegurou que aquilo era efeito do secador e que quando eu penteasse o meu cabelo do meu jeito ele voltaria ao normal. Satisfeita com aquilo, saí do salão feliz, praticamente saltitando.

O que eu não sabia é que minha felicidade duraria tão pouco.

Ao chegar em casa, corri pro meu quarto ansiosa para me ver melhor no espelho. Tudo isso apenas para meu sorriso morrer lentamente no meu rosto.

— Que merda é essa?! — lembro de ter me perguntado em voz alta, olhando para cima, tentando enxergar algo além de alguns fios batendo alguns milímetros abaixo da minha sobrancelha.

Voltei a me enxergar no espelho, passando a mão pela franja, tentando ajeitá-la desesperadamente. Arfei nervosa ao ver todo meu trabalho de alguns minutos serem desfeitos quando ela se retorceu apontando pra cima. Tentei novamente só para vê-la se contorcer lentamente voltando à forma inicial. Suspirei, pedindo paciência.

Se tinha uma coisa que eu já era acostumada a fazer era ajeitar meu próprio cabelo. Uma gilete e alguns minutinhos na frente do espelho eram o suficiente para deixa-la no tamanho ideal – e costumeiro. O problema é que esses minutinhos viraram horas e eu já estava sem esperanças no meu cabelo. Cheguei até a trocar a gilete por uma pinça e pegar uma tesoura enorme de costura. Aquele cabelo estava simplesmente ridículo.

Me aproximei ainda mais do espelho, pronta pra picotar um pouco mais da minha (dignidade) franja, quando me senti sendo observada. Virei a minha cabeça na direção da porta e não me surpreendi em nada ao ver uma figura masculina de cabelos compridos escorado me olhando.

— O que exatamente você está fazendo? — ele me perguntou, arqueando uma de suas sobrancelhas perfeitas que nunca haviam sido tocadas por uma pinça na vida.

— O que você acha? — retruquei como se fosse óbvio.

Nos encaramos por alguns segundos, o suficiente para meus olhos castanhos se desprenderem dos seus claros e se fixarem no seu cabelo lindo, brilhante e sedoso. Nesse momento o meu cabelo – ou o que restava dele – se tornou ainda mais feio e minha inveja latente despertou.

— Ainda não descobri o que você está tentando fazer... — comentou, de cenho franzido.

— E ainda se diz um gênio, Neji? — provoquei. — É claro que eu estou arrumando o meu cabelo! — respondi, irritada virando novamente para o espelho.

Neji ficou em silêncio alguns segundos e eu o vi, através de seu reflexo no espelho, sentar na cama às minhas costas.

— Não é assim que se arruma um cabelo, Tenten. — ele afirmou, de braços cruzados.

— Oh, me perdoe por não ter um cabelo fabuloso como o seu! — ironizei, rolando os olhos.

Ele me encarou como se eu fosse louca e eu o ignorei, concentrando-me no meu cabelo.

— O que exatamente aconteceu? — perguntou-me, se ajeitando confortavelmente em minha cama.

Fiquei alguns segundos em silêncio, com a mão tremendo na altura do meu nariz, enquanto eu decidia, sob os olhos atentos de Neji, se deveria (tentar) ajeitar aquele pedaço da franja de novo ou não. Suspirei, largando a pinça e a tesoura em cima da cômoda, me virando para ele, ainda sentada.

Fitei seus olhos preocupados, procurando neles qualquer ponta de divertimento provocado pelo meu estado; sem sucesso. Provavelmente ele estava se divertindo sim, mas estava escondendo muito bem, temendo a minha sanidade mental.

Respirei fundo antes de contar detalhadamente o meu dia de cão – ou deveria dizer de tosa?!

Depois de ouvir minha história ele pareceu ponderar um pouco e até mesmo se apiedar de mim, mas isso não foi o suficiente para fazê-lo calar a boca.

— Não é assim que se arruma um cabelo, Tenten. — reiterou com um sorriso sarcástico brincando nos lábios finos.

Senti minha mão coçar para lhe estapear as fuças.

— Devo prosseguir com a sessão de deja vu? — indaguei retoricamente, impaciente.

— Não. — Neji riu, se levantando.

Pensei que ele fosse me dar um agrado, ou um elogio mentiroso, mas ele passou direto por mim, remexendo as gavetas da minha cômoda atrás de sabe-se lá o quê.

— O que está fazendo? — perguntei, vendo-o largar minha cômoda e ir até o meu guarda roupas. — Eu não tenho nenhuma peruca, se é isso que você quer saber. — avisei.

Neji apenas me ignorou e continuou futricando as minhas coisas, até finalmente achar aquilo que procurava.

— Eu não estava atrás de uma peruca e sim: disso! — ele me mostrou uma porção de grampinhos coloridos para cabelo.

Fiquei encarando aquele verdadeiro arco íris em forma de prendedores, sem entender aonde ele queria chegar com aquilo.

— Isso não vai fazer meu cabelo crescer, Neji. — informei-o.

O moreno à minha frente se limitou a rolar os olhos e me ignorar, apertando alguns daqueles grampos entre os lábios, como uma costureira lidando com alfinetes. Então ele levou ambas as mãos à minha cabeça, puxando os meus cabelos para trás, livrando completamente a minha testa deles.

— Ei, o que você está fazendo? — reclamei, ameaçando tirar suas mãos dali.

— Fique quieta! — ralhou-me, mesmo com a boca cheia de presilhas.

Então uma à uma as presilhas foram sendo retiradas de sua boca e postas no meu cabelo, prendendo minha franja.

— Dê uma olhada. — ele pediu, aparentemente satisfeito com o resultado.

Mesmo desconfiada, me virei lentamente, surpreendendo-me ao encarar o espelho. Minha franja, antes destruída, agora estava devidamente presa, com grampos de cores diversas estrategicamente colocados no topo da minha cabeça. Era quase um brigadeiro com confeitos coloridos; extremamente fofo.

Voltei-me para ele com um sorriso de orelha à orelha.

— Você, é incrível, Neji! — levantei-me num pulo, me pendurando em seu pescoço e dando um beijo estalado em seus lábios. — Você é o melhor namorado do mundo!

Neji me segurou pela cintura, mantendo nossos corpos juntos, presenteando-me com um de seus típicos sorrisos laterais de presunção.

— Eu sei disso.

— Bobo. — acertei seu braço, rindo.

— A propósito — ele começou, juntando nossos narizes — seu cabelo nunca será melhor que o meu. — sentenciou, adiantando-se para me calar com um beijo, sem me dar a chance de retorquir.

Maldito Hyuuga de cabelos perfeitos.


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Notas finais do capítulo

É isso ai, pessoal, eu pretendo entupir o nyah de fics Nejiten novamente e essa one foi só o começo de muitas Me aguardem! Hoho'
Comentem o que acharam, beijinhos e até a próxima~ ;3