–Teddy, como vai? – vejo Hagrid acenando para mim.

–Muito bem, obrigado – sorrio em resposta. –E você?

–Bem.

Luke, Jack e Ryan se juntam à mim observando tudo ao nosso redor.

–Primeiro ano! Por aqui! – Hagrid chama em um grito.

Conheço Hagrid desde que me entendo por gente e foi ele que me deu Arquimedes. Então claro, eu sou muito grato à ele.

–Oooooh! – todos nós exclamamos quando obtemos nossa primeira do castelo de Hogwarts.

Hogwarts é incrivelmente bela com todo o seu tamanho e todas as suas torrinhas, ainda tendo beleza a rodeando.

Nós seguimos Hagrid até o lago onde ele avisa que só pode ter quatro em cada barco.

Eu, Ryan, Luke e Jack entramos em um barco. Eu e Luke nos sentamos na parte da frente do barco e Ryan e Jack se sentam na parte de trás do barco. Ficamos em silêncio, provavelmente porque estamos ansiosos demais para passar pelas portas de Hogwarts para comentar alguma coisa.

Assim que batemos nas portas do castelo, uma jovem de aproximadamente dezoito anos atende. Ela tem cabelos negros que emolduram o seu rosto redondo e cor de marfim, olhos azuis-escuros que parece o céu noturno que verei muitas vezes na aula de Astronomia e inconscientemente todos nós, meninos, assobiamos.

–Eu sou Jasmine Clark. Serei a professora de vocês de Transfiguração.

–Amo Transfiguração – comenta Luke praticamente suspirando por Jasmine.

–Pode deixa-los comigo.

Hagrid sai. Jasmine olha para todos nós e comenta:

–Voltarei para buscá-los. Se arrumem do melhor jeito possível.

Ela sai. Me concentro na minha aparência. Qual eu vou usar hoje?

Quando o Chapéu Seletor se decidir pela casa, deixarei o meu cabelo das cores da casa, espero que da Grifinória. Mas por enquanto usarei a minha verdadeira aparência. A que eu sempre teria se eu não tivesse metaformagia.

Sorrio. A minha aparência se modifica. Meus cabelos se tornam areia e meus olhos se tornam âmbar. Sou parecido com o meu pai quando estou na minha verdadeira aparência.

Ryan estrangula um grito quando mudo a minha aparência.

–Que foi? – questiono.

–Co-como você fez isso?

–Alguns bruxos possuem metaformagia. Que é a capacidade de mudar a aparência.

–E você é um desses bruxos?

–Não, Ryan – Jack ironiza. – Ele acabou de mudar o cabelo de azul para cor de areia porque ele rolou na areia imaginária que está aqui aos nossos pés.

–Pois é - Luke concorda. – Os pais deles são malucos e pintaram o cabelo dele para azul quando ele ainda era um bebê.

Ryan faz uma cara que diz claramente que se arrepende da sua última pergunta e eu começo à rir.

Jasmine, ou tendo mais respeito Prof.ª Clark, retorna.

–Estão prontos para recebê-los. Vamos.

Nós seguimos em duas filas a professora. O Chapéu Seletor já está no banquinho.

–O que vai acontecer? – Ryan sussurra.

–Bom, são duas fases – minto. – Primeiro, o Chapéu Seletor escolherá em qual casa você pertence. Se ele decidir que você não se encaixa em nenhuma voltará para casa pois não poderá estudar em Hogwarts.

–E se eu me encaixar em alguma casa? – ele questiona e posso ver no seu rosto que está acreditando na minha história.

Pobre Ryan, é muito inocente ainda.

–Depende da casa em que se encaixar – comenta Luke.

–Grifinória?

–Será levado para as masmorras para poder lutar contra um trasgo para provar a sua coragem. Se não conseguir ganhar voltará para a sua casa – Jack ajuda na invenção.

–Lufa-Lufa?

Olho para Luke. Estou sem ideias e ele vem de uma família lufana.

–São pacientes, sinceros, justos, leais e sem medo da dor. Você terá que resolver um conflito realmente grande ou, as vezes, enfrentar uma criatura basicamente impossível de ser vencida.

–Então iria fugir.

–Com medo da dor?

Ryan fica sem resposta.

–Eu não seria da Lufa-Lufa...

Ryan se vira para mim.

–E na Corvinal?

–Passar por uma esfinge. Se não acertar o enigma, ela te ataca. Se você sobreviver ao ataque, volta para casa – Jack responde de imediato.

–Sonserina? – ele murmura implorante.

–Usar artes das trevas – respondo.

–Abbott, Luke – Jasmine chama para ele experimentar o Chapéu Seletor.

Nós nem prestamos atenção na música deste ano...

Luke vai apressado experimentar o Chapéu Seletor.

–Grifinória!

Luke faz um soco no ar e corre para se juntar à Grifinória.

–Mas e o segundo teste? – Ryan questiona.

–É depois do jantar – respondo. – Seria inconveniente para os outros alunos esperar todos os primeiranistas fazerem o segundo teste para poderem jantar.

Ryan assente. Como ele consegue acreditar em mim?

–Avery, Barry.

O filhote de Comensal é mandado para a Sonserina. O que, obviamente foi uma grande surpresa (notou a ironia?).

–Becker, Anne.

A garota de cabelos loiros caminha até o banco e é mandada para a Corvinal.

–Becker, Grace.

–Grifinória!

A provavelmente irmã gêmea de Anne Becker, Grace Becker, se juta à mesa vermelha e dourada.

–Dolohov, Gareth.

Dolohov. Estremeço com o sobrenome do Comensal da Morte que matou o meu pai.

–Sonserina!

–Goyle, Brianna.

A garota brutamontes caminha até o Chapéu Seletor.

–Sonserina!

–Greengrass, Danna.

A garota loira caminha com arrogância nos passos até o Chapéu Seletor.

–Sonserina!

Ela dá um sorriso arrogante antes de se unir à mesa verde e prata.

–Haas, Harold.

O garoto moreno se junta à Lufa-Lufa com um sorriso no rosto.

–Horn, Caitlin.

–Lufa-Lufa!

–Johann, Dorothy.

–Corvinal!

–Klein, Megan.

–Grifinória!

–Klinger, Darren.

–Corvinal!

–Lestrange, Justin.

Meu Merlin. Já chegou no L.

–Sonserina!

–Lorentz, Ryan.

Ryan me encara e eu o encorajo com um aceno de cabeça.

–Lá vou eu – ele murmura.

Ryan passa um minuto com o Chapéu Seletor na cabeça mas é mandado para a Grifinória.

–Lupin, Ted.

Fecho os olhos e mentalizo algo que me dê forças. O sorriso da minha mãe. A voz do meu pai.

Caminho até o banquinho e o Chapéu Seletor é colocado na minha cabeça. Hora de saber a verdade.

–Você não tem medo da dor... Sua lealdade iria até a morte... São características lufanas que você herdou da sua mãe.

Sorrio. O próprio Chapéu Seletor está dizendo que herdei características da minha mãe Ninphadora Tonks Lupin.

–Mas eu também vejo um grande poder.

Gemo. Pessoas com grande poder normalmente são mandadas para a Sonserina onde podem se tornar grandes e tal... Mas eu não quero ir para a casa de onde veio os assassinos dos meus pais.

–Eu sei que você não gostaria de ir para a Sonserina e tem um bom ponto para isto.

Ele lê a minha mente. Não vai me mandar para a Sonserina.

–Mas nem todos desta casa são iguais...

Acho que tenho isso do meu padrinho. De não querer ir para a Sonserina.

–Mas é ousado e corajoso... Um digno filho de um maroto... Talvez seja melhor na GRIFINÓRIA! – escuto o Chapéu Seletor dizer a última palavra para todos.

Me junto à mesa da Grifinória, entre Luke e Ryan. A bela loira Grace Becker está na minha frente conversando com uma garota de cabelos escuros e olhos escuros, Megan Klein.

–Se tem uma iniciação? – pergunta o garoto provavelmente do 7º ano que está ao lado de Ryan e conversando com este. – Temos uma iniciação, sim. Mas não é obrigatório fazer.

–Então já estou garantido em Hogwarts?

Troco um olhar com Luke. Hora de contar a verdade para o Ryan.

–Você sempre esteve, Ryan. Só quisemos gozar um pouco com você – Luke comenta.

–Nós não consideramos alguém realmente da Grifinória sem passar pela Iniciação da Grifinória, que eu e meus amigos criamos quando ainda estávamos no primeiro ano – o garoto do 7º ano comenta, ele tem cabelos negros e olhos verdes, exibindo um sorriso maroto. – Aliás, sou Zachary Washington, apanhador e capitão do time da Grifinória.