TRL escrita por Lykka


Capítulo 14
Férias - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi. Obrigada por quem está comentando e gostando da TRL. Façam uma boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/571316/chapter/14

Corro pela Londres trouxa. Vick grita algo ilegível atrás de mim. Mas ela vai ter que me pegar antes de eu a escutar.

Como viemos parar aqui? Fomos visitar tio Jorge, tia Angelina, Fred e Roxy. Apesar de tia Angelina ter dito para não sairmos do Beco Diagonal eu não resisti a tentação, Victorie acabou por me seguir.

–Você não me pega, Vick! – grito olhando por cima do ombro para ela.

Como ela espera correr de vestido e sapatilha por aí? É claro que ela não vai me pegar.

Me viro para frente à tempo de me ver cair sob uma garota loira. Fico alguns segundos em cima dela chocado ao perceber quem é. Grace Becker.

–Teddy – ela cumprimenta.

A última vez que estivemos tão perto assim ainda éramos namorados. Não consigo resistir. Aproximo o meu rosto do dela e lhe entrego o seu beijo favorito. Um beijo suave e doce com um leve toque de ardor e ácido no fim.

Me levanto a deixando livre assim que termino o beijo.

–Teddy... – ela começa.

Não estou pronto para escutar ela me dar um fora novamente.

–Eu sei. Terminamos.

Fios loiros platinados tampam a minha visão de Grace. Vick se jogou em cima de mim por trás.

–Teddy. Te peguei. Agora você vai escutar.

Me viro para ela e coloco um dedo nos seus lábios a silenciando.

–Rapidinho, Vick.

Me viro para Grace.

–Quem é essa aí? – ela pergunta olhando para Vick.

Não importa que ela tenha terminado comigo, isso não fez seu ciúme desaparecer pelo visto.

–Minha prima.

–Uma das meias-veelas? – ela questiona com desgosto olhando Vick com raiva e com ciúmes de mim.

Eu não consigo entender ciúmes. Não sinto ciúmes, não sinto faz anos. Eu tenho confiança no que Grace sente por mim, pelo menos até quando ela decidiu terminar comigo.

–Não vai nos apresentar, filha? – questiona a mãe de Grace.

Finalmente consigo desviar os meus olhos de Grace. Um casal loiro e Anne se encontram ao lado de Grace. Nunca troquei alguma palavra com Anne apesar de ter namorado a irmã dela.

–Boa tarde. Sou Ted Lupin, senhora – cumprimento estendendo a mão para ela.

A mãe de Grace aperta a minha mão.

–O ex-namorado da minha filha? – questiona o pai de Grace.

–Ex apenas porque ela quis terminar – comento olhando o rosto angelical de Grace, ela cora com as minhas palavras.

–Estragou tudo, Ted – Anne comenta. – Ela estava empolgada demais no Natal contando que tinha um namorado, em seguida contou que você terminou com ela sem dar explicações para não precisar contar dos ataques de ciúmes.

–Isso é verdade? – pergunto surpreso para Grace.

O olhar de Grace fixo no chão é a resposta.

–Gray, por que você mentiu? – questiono pegando a sua mão.

Ela olha para mim.

–Me desculpe. Mas eu não queria ter que contar que terminei com você, pois eu nem queria ter terminado com você.

Eu me aproximo dela e tiro uma mecha do seu cabelo loiro de frente dos seus olhos verdes, a colocando atrás da sua orelha.

–Droga. Eu te amo. É óbvio que eu também não queria que a gente tivesse rompido.

–Já conversamos sobre isto.

Observo o seu rosto belo e angelical.

–Pelo menos vamos ser amigos.

Ela assente com a cabeça e estica a mão para apertar a minha.

–Amigos? – questiona.

Aperto a sua mão.

–Amigos.

Me aproximo do seu ouvido para sussurrar uma coisa.

–Pode ser amizade colorida?

Ela segura o meu queixo e aproxima o meu rosto do seu. Ela deposita um beijo suave nos meus lábios.

–Talvez.

E é esse seu talvez que faz o meu dia ficar mais claro e bonito.

...

Uma música trouxa toca em um rádio enquanto observo na varanda da minha casa a lua cheia. A lua imponente que era o maior medo do meu pai. Pois significa que o monstro dentro dele surgiria.

As pessoas que já me viram sob a lua cheia costumam dizer que a lua cheia me deixa sombrio, solitário e misterioso. Mas pelo menos um monstro não toma o controle da minha mente como deveria acontecer com o meu pai.

Onde quer que o meu pai esteja espero que não exista uma lua cheia lá.

...

"Luke,

Minha avó permitiu eu passar as férias aí (sendo que eu volte para o aniversário do meu padrinho) então a gente se vê na sexta.

Eu encontrei Grace enquanto estava na Londres trouxa mas se quiser depois entro mais em detalhes.

Avisa uma coisa à Ricky e Emmett? Tio Jorge quer abrir uma loja das Gemialidades em Hogsmead mas precisa de alguém de confiança para administrar a loja. Comentei dos seus irmãos e ele achou uma boa ideia. Ele os quer conhecer pessoalmente. Se eles tiverem interesse, fala para passarem na Gemialidades Weasley no Beco Diagonal.

Seu melhor amigo,

Teddy"

...

Assim que faço uma aparatação acompanhada para frente da casa (na verdade mansão) dos Abbott sou derrubado por algo invisível.

–Zekrom?

Ele bufa "É claro que sou eu. Quem mais seria?"

–Sou derrubado por algo invisível. Poderia ser qualquer coisa – comento me levantando. – O que está fazendo aqui?

"Iria demorar muito para voltar para Hogwarts. Então vim atrás de você."

–Não demorava muito.

"Não reclame. Eu já fiz"

O acaricio.

Escuto passos. Me viro. Existe um campo de Quadribol bem ao lado da enorme casa de quatro andares que também é rodeada por um enorme jardim (basta, para mim já é uma mansão), desde campo de Quadribol Luke sai correndo com uma vassoura vestido com o uniforme dos Vespas de Wimbourne.

–Tava treinando. Agora que Zach não está mais em Hogwarts posso entrar no time. Você também vai treinar, né?

–Vou.

–Você falou que encontrou Grace.

–Vamos entrar que te falo mais sobre isto.

...

Assim que termino de arrumar as minhas coisas em um dos quartos de visitas, Luke fecha o guarda-roupas com força.

–Você não vai dar outra chance para a Grace, vai?

Coço a minha nuca.

–Ela não vai me dar outra chance.

–Você ficou dias sem dormir por causa dela, Teddy. Isso é sério.

–Eu estou bem, ok? – murmuro.

Ele sorri. O seu sorriso irônico.

–Com certeza. Você está tão tranquilo e não quer voltar de modo algum com a Grace.

–Luke! Mais amigos seus chegaram! – escuto um grito.

–Jack. Ryan vai chegar amanhã – Luke comenta.

Nós descemos correndo as escadas.

Jack está parado ao lado da sua mãe que conversa com a mãe de Luke.

–Jack! – Luke cumprimenta.

...

Estamos em cima de vassouras jogando Quadribol. As vezes Luke parte em busca do pomo mas na maioria das vezes eu e ele ficamos como artilheiros tentando acertar a goles nos aros enquanto Jack defende.

–Sabe, eu tenho uma vizinha que estuda em Beauxtons. A mãe dela estudou lá. Mas que seja... Essa vizinha é bonita e foi com ela que sei o meu primeiro beijo – Jack comenta. – Ultimamente estou ficando com ela.

Se ele pode ter quem ele gosta por que eu não posso?

Pouso no chão.

–Teddy – Luke e Jack chamam.

–Já volto.

...

Estou no meio de uma carta para Grace quando sou interrompido. Luke arranca a carta das minhas mãos e a lê rapidamente.

–Você não vai fazer isto – ele comenta decidido.

Jack pega a carta das mãos de Luke.

–Ela terminou com você! Você não pode fazer isto!

–Devolva esta carta – peço. – Isso não te pertence.

Jack rasga a carta diante os meus olhos. Raiva borbulha dentro de mim.

–Eu disse que você não pode fazer isto! – ele retruca.

Chamas rodeiam o quarto. Eu não sei porque mas sinto que consigo controlar estas chamas. E sendo assim, faço as chamas formarem um círculo em volta de Jack.

–Teddy!

Os olhos dele se arregalam. Essas chamas poderiam matá-lo.

–Por favor! Desculpe!

Ergo a minha mão em gesto de pare. O fogo desaparece como se nunca estivesse estado ali.

...

A Sra. Abbott serve o jantar enquanto Luke, Jack e eu discutimos Quadribol.

A porta se abre e Emm e Ricky entram estampando sorrisos.

–Conseguiram? – a Sra. Abbott pergunta para os filhos mais velhos.

–Estávamos no meio do terceiro ano, contando o que tínhamos feito em Hogsmead... – começa Ricky.

–Como se não bastasse Hogwarts – murmura a Sra. Abbott.

–Quando ele parou e disse "São os ideais" – comenta Emmett.

–Por que? – Jack questiona.

Emmett e Ricky se sentam enquanto sorriem e Ricky responde:

–Bom, uma das coisas que fizemos e será boa para o futuro é a criatividade. Sugerimos alguns artigos para a Zonko's. Eles não colocaram à venda pois em troca queríamos poder ganhar tudo que quisermos.

–Vocês são espertos – comento.

–Meu caro, obrigado pela recomendação – agradece Emmett.

–E acabamos nos vingando deles – comenta Ricky. – Quem mandou não nos ouvir?

...

Minha visão está aguçada quando acordo no meio da noite com sede. Não preciso acender a luz pois meus olhos fazem o ambiente estar claro, não tão claro quanto dia mas ainda claro.

Escuto uma porta abrir. Isso me surpreende porque, de algum modo, sei que é a porta do banheiro do quarto andar e estou no segundo.

Saio do quarto me movendo com agilidade e silenciosamente, agindo desse modo vou até o banheiro.

Quando retorno, estou me sentindo pior. Agora além de ter a visão aguçada e escutar portas um pouco mais longe, também consigo sentir o cheiro das flores do jardim. Me meto debaixo das cobertas assustado e me sentindo mal com essas habilidades.

...

Escuto um carro na rua e isto me acorda. Me levanto e me arrumo. Desço as escadas rapidamente e pulo os dois últimos degraus. Corro até a porta da mansão e a abro. Não já nenhum carro mas ainda escuto o barulho. Franzo a testa. Saio da mansão e fecho a porta.

Me sento no jardim enquanto sinto o seu cheiro suave e penetrante.

Uns dez minutos se passam enquanto isto vozes se intensificam na minha cabeça, primeiro ilegíveis mas depois consigo até reconhecer a voz de Ryan.

A Sra. Abbott sai da mansão assim que o carro preto dos Lorentz (que é maybach 62) se aproxima.

Cumprimento Ryan e vamos tomar café-da-manhã. Luke, Ryan, Jack, Emm, Ricky e a Sra. Abbott conversam mas não estou totalmente dentro dessa conversa.

Meus pensamentos estão longínquos. Super audição, visão aguçada e olfato apurado. O que está acontecendo comigo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por favor, comentem. Falou, obrigada.