Só mais um ano... ou não escrita por Alexandra Watson


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo amores.
Como domingo é um tédio natural, eu resolvi postar pra vocês e fazer uma pequena divulgação (não me batam). Tipo, ontem a noite eu estava super ultra mega carente, meu "namorado" (é complicada a nossa situação) não conseguia me ligar e não tinha nada pra eu fazer. Conclusão: criei um Tumblr. Não postei muito ainda, mas se alguém estiver interessado procure por "theateam18", ok?
*Divirtam-se*



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Depois de tomar banho, pus meu pijama e fiquei conversando com Hermione e Tris pelo Skype até que as pizzas chegaram (já eram quase sete e meia). Liguei para a casa de Percy.

– Alô? Tia Zoe? O Percy já está pronto?

– Não sei, Annie. Na verdade, ele já está de pijamas.

– Ah, então ele está pronto. Manda ele vir que as pizzas já chegaram.

– Ok, Annie. Adeus querida.

– Tchau, tchau.

Alguns minutos depois a campainha tocou.

– Eu atendo – gritei. – Oi, Percy.

– Oi. Sabe o quão idiota eu me sinto de pijamas na sua casa?

– Relaxa, tá todo mundo de pijamas.

– Todo mundo? Tipo, até sua mãe?

– Sim, senhor safado. Por que?

– Não, é que ... tipo ... vai ser estranho eu ver sua mãe de pijamas.

– Percy, minha mãe não usa lingeries, ok? Ela usa pijamas normais, assim como o meu.

– Tá, mas seu pijama é de coruja e nem é tão santo assim. O da sua mãe é igual?

– Não, o dela não tem uma coruja e ... não, pera. Percy!

– Desculpe. Força do hábito.

– Uhum, sei. Entra – empurrei-o para dentro, em direção a sala.

Todos já estavam lá. Antigamente, esta seria uma situação tensa, porque Percy era meu namorado e minha mãe e minha irmã sabiam. Mas hoje, era como se tivéssemos cinco, sete ou doze anos.

– Boa noite, pra todo mundo.

– Boa noite – respondeu minha família em coro.

– Então – eu disse sentando-me no sofá e puxando Percy que ainda estava que nem um bobo em pé – do que temos?

– Ah, eu fiz questão de pedir a favorita de vocês dois – minha mãe disse. – Lombo com bacon.

– Obrigada, mãe.

Comemos as pizzas. Quando todos haviam acabado, meus pais recolheram as coisas e disseram que iam se deitar mais cedo e levaram os pequenos com eles. No fim, só haviam sobrado na sala eu, Percy e Ron. Tenso.

– Vamos ver o filme?

– Claro, Percy. Você trouxe? Não consegui baixar.

– Sim, só que está em um pen drive. Esqueci de passar pro CD.

– Tudo bem. A gente pode ver na TV do meu quarto. Você vem, Ron?

– Não, obrigado. Acho que vou dormir mais cedo também.

– Ok, boa noite. Vamos?

– As damas na frente.

– Nossa, quem diria que você poderia ser um cavalheiro, Cabeça de Alga?

– Engraçadinha.

Chegamos em meu quarto. Colocamos o filme e nos sentamos no sofá. Se eu chorei vendo o filme? Pode apostar que sim.

No fim do filme, o pijama de Percy estava encharcado. Não tenho culpa que ele era o lenço mais próximo de meus olhos (alerta de metáfora).

– Annie, você tá chorando de novo.

– Eu não tenho culpa que o filme é triste, Percy.

– Mas eu não estou chorando.

– Isso é porque você é muito insensível.

– Ah, claro. Que horas são?

– Já são dez e meia. Melhor você ir. Sua mão vai ficar preocupada. Vamos, eu te levo até lá em baixo.

– Ok.

Descemos as escadas, silenciosamente.

– Boa noite, Percy – dei-lhe um beijo na bochecha. Amigos fazem essas coisas, certo?

– Boa noite, Annie.

Ele se foi. Esperei até ele chegar na calçada e entrei.

Subi para meu quarto, pronta para dormir, mas a porta da minha sacada estava aberta (mencionei que tinha uma sacada?).

Fui fechar a janela e percebi que, bem frente ao meu quarto, era o quarto de Percy. Vi sua silhueta através da cortina, tirando a blusa e mexendo no cabelo (um hábito). Sorri bobamente e teria me culpado por isso, mas estava cansada demais.

***********************************

Acordar. Vestir-se. Café da manhã. Higiene pessoal. Carro. Escola. Rotina estupida.

Hoje tivemos que sair de um pouco mais cedo, porque minha mãe tinha que ir até o escritório. Chegando na escola não havia quase ninguém. Subimos para o segundo andar e estava igualmente vazio.

– Tchau, Ron.

– Tchau, Annie.

Entrando em minha sala só haviam cinco pessoas: Harry, Jean, Lena, Bella e Sarafine. Ótimo.

Sentei-me em meu lugar e mandei uma mensagem para Percy.

“Onde você está?”

Segundos depois ele respondeu.

“Na metade do caminho. Por que?”

“Porque eu estou aqui sozinha na sala com nossa querida Isabella.”

“O socorro está a caminho. Não se preocupe.”

Sorri, mas por pouco tempo. Quando olhei para frente, havia um rosto bem perto do meu. E não era um rosto amigável.

– Hã, oi? Posso ajudar?

– Acho que pode sim, queridinha – disse Bella. – Por que você não se toca e libera o Percy pra mim?

– O que?

– Você me entendeu. Não fica bem uma garota como você perto de um garoto como ele.

– Desculpe-me, mas eu não estou fazendo nada para o Percy ficar perto de mim. Eu só sou agradável.

– Bom, avisa você foi – e ela ia se retirando.

– Olha, Bella. Eu e o Percy somos amigos desde crianças e não vai ser uma vadia como você que vai acabar com nossa amizade só porque você quer pegar ele. Você não se toca, não? Ele já te deu um fora, e você ainda quer levar outro? – eu já estava em pé. – Só quero que saiba de uma coisa. Se ele te der outro fora, não vou ser eu quem vai segurar o riso, ok?

– Qual é o problema aqui? – Percy chegou.

– Nenhum, Percy querido. Só estava tendo uma amigável conversa com minha amiga Annabeth.

– Ah, agora ela acerta meu nome – resmunguei entre alguns palavrões.

– Bom, meus amigos, vou voltar para eu lugar. É sempre bom conversar com você, Annabeth.

Ela saiu e eu me sentei, bufado. Percy se sentou em seu lugar e continuou olhando para mim.

– Aconteceu alguma coisa que eu devesse saber?

– Não foi nada.

– Me conta.

– Tá bom. Vamos lá fora que eu te conto.

– Tudo bem – ele pôs a bolsa na mesa, pegou minha mãe e foi me guiando para fora.

Nos sentamos em uma das mesas lá de fora e eu contei tudo pra ele.

– Eu disse que não era importante.

– Ok, mas isso foi um tipo de ameaça dela.

– Percy, eu não ligo. Não sou eu quem está impedindo ela de ficar com você.

– Será que ela descobriu o porquê de sairmos sábado?

– Não. Eu não falei disso com ninguém.

– Nem eu.

– Então relaxa. Percy, mesmo que ela descubra, eu não tenho medo dela. Ela que se atreva a mexer comigo. Lembra do acampamento?

– Eu lembro que você me dava uma surra toda vez que lutávamos. Você só parece ser inofensiva.

– É minha arma secreta – sorri docemente para ele e ele revirou os olhos.

– Oi, gente – Tris chegou e se sentou ao nosso lado.

– Oi, Tris.

– Preciso perguntar: algum de vocês dois vai vir na aula hoje à tarde?

– Sim, nós vamos vir. Cadê a Mione? Ela costuma sempre chegar cedo.

– Ah, ela acabou de me avisar que está com cólica e não vai vir.

– Coitadinha ... Vamos entrar?

– Vamos.

Entramos na sala e nos sentamos. Tris percebeu que Bella ficava me olhando estranho e acabei contando a ela também. As aulas seguiram normalmente.

– Bom, até mais tarde.

– Tchau pra vocês dois.

– Tchau, Tris. Percy, vai querer carona?

– Claro. Só por curiosidade, a que horas é a aula?

– Ai deuses. A aula começa duas horas, Perseu querido.

– Ok, depois do almoço eu apareço lá.

– Tudo bem. Tchau, Percy.

– Tchau.

Alguns minutos depois, Ron chegou e fomos embora.

***********************************

A campainha tocou.

– Eu atendo – gritei. – Oi, Percy. Mãe, vamos.

– Vamos pra onde?

– Pra aula de teatro.

– Ah, ok. Vamos. O Percy já chegou?

– Já. Agora vamos.

– Ok, ok. Me esperem no carro.

Entramos no carro. Minha mãe chegou pouco tempo depois e fomos para a escola.

Chegando lá, como eu suspeitava, não havia quase ninguém. Tinha umas sete pessoas, fora eu, Percy e Tris. Será que ia chegar mais gente?

– Não acredito que você me obrigou a vir aqui?

– Percy, não adianta. Eu sei que você ia vir mesmo que eu não te obrigasse.

– Não mesmo, eu tenho coisas mais importantes pra fazer.

– Tipo o que, senhor ocupação?

– Bom, eu podia estar lendo, vendo TV, jogando vídeo game ou namorando.

– Percy, você não tem uma namorada.

– Detalhe – disse ele passando o braço por meus ombros. Terá sido uma cantada? – A questão é que eu poderia estar fazendo outra coisa e não vindo na aula de teatro.

– Tá bom, Percy. Você não precisa vir da próxima vez.

– Tô só brincando com você, Sabidinha – ele me puxou e praticamente apertou minha cabeça.

– Ok, ok. Agora vamos, quero ver como isso vai ser.

Lá dentro começamos a conversar com Tobias, que era muito gentil e engraçado, aliás. Então os outros alunos chegaram e Tris com eles. Basicamente quem veio para a aula foram eu, Percy, Tris, Tobias, Bella, Hazel, Peter e Carlos. Alguns minutos depois, Rick entrou na sala.

– Nossa, quanta gente.

– Mas professor – intervi – só veio um terço do pessoal.

– Qual é seu nome mesmo, querida?

– Annabeth.

– Annabeth, na minha outra escola, tem salas que vão só três pessoas e eu preciso juntar com outras pra poder dar certo.

– Nossa.

– Bom, vamos começar? Eu quero que vocês escolham um parceiro.

Tris segurou meu braço. Olhei pra ela e ri. Eu só a conhecia (e a Hermione) á quatro dias e já a considerava uma melhor amiga, assim como Clary.

Mas nós não fomos as únicas. Parece que a primeira escolha de todo mundo é sempre alguém do mesmo sexo.

– Eu acho que vocês não entenderam direito. Eu quero que escolham um parceiro de sexo diferente ao seu.

– Ok. Tris, você pode fazer par comigo? – perguntou Tobias.

– Claro, Tobias. Será um prazer.

– Muito bem e você Annie, poderia ... eita!

Esse foi o Percy. Por que ele exclamou? Digamos que uma certa Isabella pulou na sua frente.

– Percy, querido, você poderia fazer par comigo?

– Desculpe, Isabella, mas eu já tinha prometido fazer par com a Annie.

– Mas eu não ouvi você prometendo nada.

– Mas é claro que não, eu prometi isso pra ela há cinco anos.

Sorri. Ele se lembrava disso.

***********************************

*Flashback*

Nós íamos nos formar na quinta série. Na tarde da formatura, eu e Clary fomos fazer as unhas em um salão e estávamos conversando sobre como ia ser legal e tudo mais e Clary, na época, tinha um paquerinha e disse que ele a havia convidado para uma dança lenta na formatura (o que agora eu vejo como era idiota porque nós éramos crianças de dez anos, retas e estranhas balançando de um lado para o outro). Eu não disse nada para ela, mas aquilo tinha me deixado meio triste, porque nenhum menino havia me convidado para dançar. A única pessoa em que confiava mais do que em Clary era Percy. E eu contei tudo pra ele por telefone. Ele disse pra eu esquecer isso e me divertir na formatura. E foi o que eu fiz, até que vi Clary dançado.

Pode parecer ciúmes (e pode até ter sido mesmo), mas eu estava feliz por ela. Só queria poder estar feliz por mim também.

Eu estava sentada na minha mesa, com minha mãe, porque meu pai e os outros convidados haviam ido ou pegar comida ou dançar (lembre-se, foi a cinco anos atrás, então a Arya ainda não havia nascido). Minha mãe estava brincando com Finn, mas percebeu que eu estava triste e me perguntou o porquê. Eu contei a ela e ela disse que achava que tudo ia dar certo.

– Como você pode saber, mamãe?

E ai ela apontou para trás. E lá estava ele. Em uma versão menor e punk, meu, digamos assim, salvador.

– Senhorita Annabeth Levesque, a senhorita me daria a honra de ser minha parceira em uma dança?

– Mas é claro que sim, senhor Perseu Grace.

E fomos para a pista de dança. Percy foi falar com o DJ e eu aproveitei para olhar em volta. Minha mãe estava falando com meu pai e sorrindo para mim. Clary também estava sorrindo para mim, por trás das costas de seu par. Eu estava me sentindo a pessoa mais feliz do mundo.

Ai ele voltou.

– Obrigada, Percy.

– Você é minha melhor amiga, Sabidinha. Eu tinha o dever de fazer isso pra você.

– Mesmo assim, obrigada – e lhe dei um beijo na bochecha e ele corou.

– Olha Annie, pra você ver como eu sou um bom amigo, eu prometo que, não importa a ocasião, se você estiver sozinha, eu sempre vou ser seu par.

– Obrigada, Cabeça de Alga.

*Fim do Flashback*


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Notas finais do capítulo

Achei o final desse capítulo tão "anw". Pinguu, meu querido, se estiver lendo isso, saiba que o quase barraco foi pra você, ok? EHUEHUEHUHEUHEUHEUHEUHEUEHU
Até o próximo capítulo amores.
Beijinhos.
— A