Só mais um ano... ou não escrita por Alexandra Watson


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Amores, feliz ano novo atrasado.
Só queria dizer que estou postando também uma nova fic Original. Quem quiser, dá uma conferida lá, agradeço.
*Divirtam-se*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/571170/chapter/21

Meia noite meu irmão me ligou, dizendo que íamos embora já. Avisei Tris e Tobias e eles disseram que já estavam a caminho.

Quando eles chegaram, Tobias ligou para a mãe avisando que ia dormir na casa de meu irmão. Minha mãe chegou e nos levou para casa. Os meninos foram para o quarto de Ron, pegaram suas coisas e desceram para a sala. Nós nos trocamos e começamos a conversar sobre os detalhes da festa de Mione.

– Hey, falando nisso, já posso anotar seus pares?

– É, né. Fazer o que – disse, fingindo indignação.

– Meninas, eu tenho uma confissão a fazer – disse Tris, do nada.

– Pode falar Tris – disse lentamente olhando para Hermione.

– Olhem.

E ela estendeu o pulso. Não entendi. Ela estava com uma pulseira prata no pulso e nada mais.

– Tris, acho que não entendi o que você quis dizer ...

– Dica: eu não estava com essa pulseira no pulso antes da pizzaria.

Olhei para Hermione.

– Ok, então ela estava sem a pulseira e de repente ela apareceu no braço dela. O que você acha disso?

– Magia.

Olhamos para ela de boca aberta.

– Parem com isso, vocês duas. É sério.

– Ok estressadinha. Então você ganhou essa pulseira do Tobias, já que ninguém aqui é mais provável de ter feito isso – concluiu Hermione.

– Isso.

– E por que isso é uma confissão?

– Olhem mais de perto.

Ela tirou a pulseira. Analisando-a atentamente vi alguns detalhes. Ela era fina e continha os escritos “Be brave”. Era linda.

– Isso quer dizer ... – comecei.

– Que ele te pediu em namoro? – completou Hermione um pouquinho histérica.

– É ... – Hermione e eu colocamos a mão na boca e fizemos menção de gritar. – Não gritem, por favor.

– Ai meus deuses! Nossa garotinha está crescendo! – coloquei uma mão em seu ombro.

– Nós temos que compartilhar isso com o mundo! – ela olhou para mim com o solhos brilhando.

– Será que os meninos já sabem?

– Vamos descobrir.

Hermione e eu disparamos escada abaixo, sendo seguidas por uma Tris dizendo para nós calarmos a boca.

Chegando na ponta da escada, parei abruptamente. Tris e Hermione trombaram comigo, quase me fazendo cair.

– Ai, Annie. Por que parou? – disse Hermione massageando a testa.

– Minha mãe está com os meninos na cozinha.

– E por que isso deveria nos assustar?

– Porque, se minha mãe souber que a Tris e o Tobias tão namorando, ela vai pensar que você só veio aqui pra ficar com ele.

– Mas eu não faria isso.

– Eu sei. Mas ela não sabe.

– O que a gente vai fazer então? Eu ainda preciso contar isso pra alguém – Hermione fez bico.

– Relaxa, Mi. Vamos lá, fingimos que vamos comer alguma coisa e, quando ela sair, nós contamos pra eles.

– A gente não pode simplesmente voltar pro quarto e dormir? – Tris perguntou com uma pontada de esperança.

– Não – respondemos juntas.

– Ok, vocês que mandam.

Descemos as escadas e fomos pra cozinha. Chegando lá, minha mãe estava dando bolo para os meninos.

– Acordada, mãe?

– Eu estava com fome.

– E os bebezinhos ai?

– Eles também estavam com fome. Vocês querem alguma coisa?

– A gente vai comer bolo mesmo, mãe. Pode ir dormir.

– Se não te conhecesse, diria que quer se livrar de mim.

– Mas é claro que não, né mãe. Eu amo você.

– Eu sei, filha. Eu sei.

Fiz uma careta pra ela. Ela retribuiu com um beijo.

– Bom, eu vou dormir crianças. Boa noite.

– Boa noite.

Ela subiu as escadas e ouvimos o som de uma porta se abrindo e fechando. Só então olhei marotamente para Hermione.

– Então, Mi. Eu acho que nós seis devíamos fazer um jogo de confissão. O que você acha?

– Adorei a ideia. Por que não começa, Annie?

– Ok. Eu confesso que ontem à noite a pizza estava uma delícia. E você Mione? O que confessa?

– Eu confesso que o suco de ontem estava uma delícia, Annie. E vocês garotos?

Eles nos olhavam como se estivéssemos loucas. Talvez estivéssemos.

– Percy, o que você confessa? – perguntei.

– Confessar tipo, qualquer coisa?

– É, Percy. Qualquer coisa – devo ressaltar que, graças aos deuses, todos estavam com os olhos em Percy o que me deu tempo de fazer um sinal de “Não, você não pode falar da gente!”.

– Ah, não sei. O sorvete que tomamos estava ótimo também.

– E você, Ron?

– Sei lá. O caminho estava fresco?

– Ótimo. E vocês, Tris e Tobias? Tem algo a confessar? – Hermione e eu ficamos olhando para os dois em expectativas. Percy e meu irmão, depois de se entreolharem franzindo o cenho, olharam pros dois.

– Eu também acho que a pizza estava ótima e ... – Tobias tentou disfarçar.

– Tobias, não adianta, conta logo pra eles – Tris já havia desistido.

Ele olhou pra ela, em busca de ajuda. Ela só deu de ombros.

– Ok, vocês duas ganharam. Tris e eu estamos namorando.

Hermione e eu seguramos nossas mãos e demos um baixo grito histérico. Percy e Ron olhavam para Tobias, devo dizer, com um certo orgulho. Mas depois eles nos encararam por alguns instantes, até que Ron se manifestou.

– Vocês duas fizeram esse escarcéu todo por causa disso?

– Nossa, além da gente compartilhar isso com vocês, ainda reclamam. Ingratos – falei brava.

Nos levantamos e íamos saindo, quando eles nos chamaram de volta.

– Hey, nós vamos sair amanhã?

– Não, nós três vamos no cinema – disse Mione.

– A gente vai? – perguntei olhando para ela.

– Xiu. Vão querer ir? – ela disse.

– Vamos? – meu irmão se virou para Percy e Tobias.

– Claro.

– Bom. Nós pegamos vocês ás oito – ela disse.

– Sim, senhoras.

Subimos e voltamos para meu quarto.

– Mi, com quem você vai dançar? A valsa eu quero dizer.

– Eu tenho que ver isso ainda.

– Como assim ver? Não é só escolher alguém? Tenho certeza que tem pessoas sobrando pra dançar com você.

– Não é isso. É que, de meninas, deram quinze, certinhas, mas de meninos deram dezesseis. É que na contagem, eu não contei um primo meu que não tinha certeza se ia poder vir, o Will. Só que ele já confirmou que vai poder dançar e eu tenho que decidir isso.

– Mas Mione, se você dançar com seu primo, vai dar certo. Por que a dúvida?

– Porque eu acho que se eu não chamar seu irmão pra dançar comigo ele pode pensar que eu não confio que nós vamos durar.

– Mi, por que você acha isso? Sabe que meu irmão nunca pensaria isso de você.

– Eu sei, mas eu fico pensando nisso o tempo todo. Não sei porque.

– Relaxa, senhorita aniversariante. Vai dar tudo certo – eu disse.

– É, Mi – concordou Tris. – E se não der, a gente dá um jeito. Mesmo que esse jeito seja ter que bater em alguém.

– Obrigada, meninas.

Nós nos deitamos para dormir. Na verdade, as meninas se deitaram pra dormir, eu só fiquei esperando. Precisava falar com meu irmão, só pra ter certeza.

Quando tive certeza de que elas tinham dormido, me levantei e fui lá pra baixo. Chegando lá, segurei o riso.

Os três estavam dormindo, óbvio. Mas o jeito que dormiam era engraçado. Ron estava todo esparramado no sofá, Tobias estava todo encolhido na poltrona e Percy estava sentado no colchão, com a cabeça apoiada no sofá, em um pequeno espaço que meu irmão não estava dominando.

Não podia deixá-los daquele jeito. De manhã iam ter uma baita dor no pescoço. Fui até Percy.

– Hey, Cabeça de Alga. Você vai ficar com dor no pescoço de manhã.

Ele abriu os olhos devagar.

– Annie, que horas são?

– Ainda é uma da manhã, Percy. Deita direito ou você vai ficar com torcicolo.

Ele se deitou e bateu a mão no colchão, para eu me sentar. Me sentei e ele passou a mão no meu rosto.

– Quando a gente for no cinema, garanta que seu irmão sente na nossa frente, ok?

Sorri pra ele e acho que ele tentou fazer o mesmo, mas estava mais dormindo do que acordado.

– Ok, Cabeça de Alga.

– Boa noite, Annie.

– Boa noite, Percy. A propósito, você está babando.

Ele sorriu e me mostrou a língua. Dei um beijo na sua bochecha e ele apagou. Fiz o mesmo com Tobias. Ele se levantou, tropeçou na poltrona e finalmente deitou no colchão. Já foram dois, só falta um.

– Ron? Ron?

– Que foi?

– Preciso falar com você.

– Tem que ser agora?

– Tem.

Ele se levantou, relutante, e foi até a cozinha. Eu o segui.

– Ron, eu vou te perguntar uma coisa e preciso que responda sinceramente, ok?

– Ok, manda.

– Se por acaso a Mione não convidar você pra dançar com ela, você vai ficar chateado?

– Não. Por que?

– Porque a Mi tava preocupada com isso, um pouco.

– Ata.

E ficou um silêncio. Ele ficava me encarando.

– Então, é isso. Pode voltar a dormir.

Eu ia saindo quando ele segurou meu braço.

– O que foi?

– Tem uma coisa que eu quero te contar mas você tem que jurar que não vai dizer pra Hermione.

– Pode falar.

– Ok – ele ia falar. – Jure pelo Estige.

– Pelo Estige.

– Eu queria pedir ela em namoro.

– Tá, mas por que isso é um segredo?

– Porque eu queria pedir no dia do aniversário dela, mas eu tenho medo de a gente terminar por qualquer coisa e isso ficar gravado na cabeça dela. O que você acha?

Cruzei os braços.

– Olha Ron, vou ser sincera. Eu acho que o único motivo pelo qual as pessoas deviam realmente terminar é a traição. Basicamente, tudo o que se faz de errado numa relação tem uma pequena traição no meio. Como eu sei que você não vai trair ela e ela não vai trair você acho que não teria problema. Mas meu conselho é o seguinte: antes de tudo você tem que falar com os pais dela. Sem ela saber, claro. Mas falar com eles, ver se eles aprovam e combinar tudo certo.

– Acho que você tá certa. Obrigado Annie.

– De nada.

Ele beijou minha testa e voltou pra sala. Subi para meu quarto e fui dormir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, amores.
Beijinhos.
— A



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Só mais um ano... ou não" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.