Só mais um ano... ou não escrita por Alexandra Watson


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Tipo, eu tô bem desanimada mesmo com essa fic porque parece não ter um público muito grande (NÃO VOU MENDIGAR COMENTÁRIOS, OK? PARECE, MAS NÃO, PODE FICAR DE BOA AMIGUINHO), mas os que tem não desistem e são os que me motivam a escrever. Mas, fora isso, nenhuma das minhas autoras favoritas (indiretinha pra vocês aqui, minhas queridas) posta novos capítulos das minhas fics favoritas e eu juro que tô pronta pra ir lá e bater nelas.
Enfim, só um desabafo.
E o fato de meu namorado estar super estranho e eu querer bater nele até ele me contar o que é não influenciou (ironia modo hard) em nada isso.
Mas eu também não sei se vou poder estar postando nos próximos dias, então vou fazer uma super maratona de 6 (SIM, SEIS) capítulos pra vocês.
Maratona "Torrando estoque da fic*
1/6
*Divirtam-se*



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Chegando lá, no local marcado, não havia ninguém que conhecêssemos, então pedimos uma mesa do lado de fora, caso mais alguém chegasse. O lugar era uma pizzaria não muito movimentada, o que era bom porque o pedido não ia demorar muito. Quando estávamos prestes a fazer o pedido, acreditando que ninguém mais ia aparecer, Lena, Jean, um garoto que não conheço com Lena, Bella, Hazel, Jason, Harry e Peter.

– Oi, gente – disse para todo mundo.

– Olá – um coro bem grande respondeu.

Eles todos se sentaram e, então fizemos o pedido. O garçom pareceu um pouco assustado ao ver a quantidade de pessoas presentes na mesa. Depois de anotar o pedido, ele pediu licença. Então meu irmão começou a conversar com o garoto que estava com Lena, que mais tarde descobri se chamar Ethan (coincidência? Acho que não) e que ele estudava na classe dele.

Foi mais divertido do que eu imaginava. Peter e Harry eram hilários. Só que Peter ás vezes fazia algumas piadas, não que fosse o caso de hoje, mas no geral, de mal gosto. Fora isso ele era super amigável. Lena e Jean eram muito simpáticas também, conversaram conosco durante o tempo todo. Bella e Hazel conversaram mais com Jason, que percebi ser meio tímido, mas que conversava com você se você estivesse disposto a puxar papo com ele. Acabando de comer, pagamos a conta e decidimos ir todos para a sorveteria e depois ir numa boate que Tris e Lena disseram que era bem legal e de boa.

Só pra constar, já eram onze horas quando fomos para a sorveria e onze e meia quando descemos duas quadras para a boate. Entrando lá, percebi porque as meninas recomendaram. O lugar era calmo, mas com muitas pessoas lá dentro. E, impressionantemente, mesmo com um open bar, eu não vi nenhuma daquelas pessoas que ficam caindo bêbadas pelos lados.

Antes de entrar na boate, liguei para minha mãe para ver se não tinha problema. Ela sabia que eu não fazia coisas erradas e deixou. E meu irmão estava lá pra cuidar de mim, o que a deixou ainda mais tranquila.

Lá dentro, Jean, Lena e Ethan se separaram de nós. Pelo que entendi, Jean havia marcado de encontrar alguém lá e Lena e Ethan iam namorar. Eu havia perdido Bella e Hazel de vista e Harry, Jason e Peter se sentaram em uma mesa ao fundo. Eles estavam fitando uma mesa com três garotas, ao lado da deles.

Ron cochichou no ouvido de Hermione e ela sorriu. Ela falou alguma coisa pra ele e veio em minha direção.

– Vamos ao banheiro?

– Claro. Vamos chamar a Tris.

Chamamos Tris e fomos ao banheiro. Hora da estratégia.

– Bom, o que vamos fazer? – perguntei.

– Eu posso ir com o Tobias para um lado e a Mi pode ir com o Ron pro outro. Você manda o Percy dizer ao seu irmão que vai “tomar conta de você” e quem não conseguir mais enrolar, te manda uma mensagem avisando que já está chegando. Você tem no mínimo uma hora, ok? Então é bom você prestar atenção nas vibrações do seu celular, mocinha.

– Ok. Obrigada, meninas. Fico devendo uma pra vocês.

– Ah, não se preocupe – disse Hermione sorrindo maliciosamente e cruzando seu braço no de Tris. – Hoje à noite você nos paga contando detalhadamente como foi sua noite romântica com Perseu Grace.

– Isso não é justo, mas vamos lá. Não tenho escolha, tenho?

– É claro que não. Vamos?

– Vamos.

Saímos do banheiro e encontramos os meninos sentados em uma mesa, mais ao fundo. Nos sentamos e começamos a conversar até que Tris chamou Tobias para eles irem pra outro lugar. Antes de ele saírem perguntei a ela como se chegava em alguma praça ou coisa do tipo. Ela me explicou e saiu.

Olhei para Hermione, que assentiu com a cabeça discretamente.

– Ron, vamos?

– Mas e eles? A gente vai deixar os dois sozinhos, Herm?

– Qual é o problema? O Percy cuida da sua irmã.

– É, e eu nem quero ficar por aqui. A Tris me disse que tem uma praça a duas quadras daqui. Nós podemos ir, Ron?

– Não sei. Prometi pra mamãe que ia cuidar de você.

– Ron, relaxa. Eu cuido dela – disse Percy passando o braço sobre meu ombro. – Nós vamos dar uma volta pela praça e quando vocês estiverem saindo daqui, avisem, que a gente volta.

– Ok, pode ser. Só não vão muito longe.

– Ok, mamãe. Eu já entendi.

– Há, há, engraçadinha.

Sorri e dei um abraço em meu irmão. Ele sempre foi protetor comigo e eu achava até legal da parte dele ás vezes. Mostra que ele se importa comigo.

Saímos, com Percy ainda com o braço por cima de meu ombro. Fomos andando até a tal praça mas, não sei porque, estava com a sensação de que alguém estava nos seguindo. Tanto que a cada dez passos eu olhava pra trás. No meio do primeiro quarteirão, Percy percebeu meu nervosismo.

– O que foi Annie?

– Você não está com a estranha sensação de que estamos sendo seguidos?

– Você ainda não viu quem é?

– Ah, e você todo esperto já viu, Cabeça de Alga?

– Uhum. Adivinha?

– Meu irmão?

– Uma dica: está totalmente caidinha por mim desde que eu entrei nessa nova escola.

– Sério que ela tá seguindo a gente?

– Totalmente sério. Algum plano?

Analisei o local. Não havia nenhum beco aqui por perto e a rua era quase que livre de árvores.

– Precisamos ir pra outra rua.

– Que tal aquela ali?

Ele apontou para uma rua que descia. Concordei com a cabeça e fomos. Nessa rua, por sorte, havia várias árvores e, depois de andar um pouco, achamos uma espécie de passagem entre duas casas e nos escondemos ali, torcendo para que nossa “admiradora secreta” não tivesse nos visto.

Alguns segundos depois, ela passou pelo beco onde estávamos, com Hazel, e continuou a descer. Não entendi porque ela não parou quando não nos viu, mas logo vi.

Logo abaixo de nós, sentados em um banco de baixo de uma árvore, havia um casal que não notamos de início. As duas devem ter achado que éramos eu e Percy, mas, quando se aproximaram e viram que não era a gente, elas perguntaram se eles viram algum outro casal passando por aqui.

Os dois disseram que não então elas deram meia volta e viraram a rua, fazendo o caminho até algum lugar. Saímos de nosso “esconderijo” e fomos até o casal agradecer. Eles disseram que a cara delas era muito suspeita e que eles acharam que elas poderiam estar, sei lá, querendo matar a gente. Rimos e agradecemos de novo. Fomos até a esquina, verificamos se as duas já tinham ido e continuamos nosso caminho até a praça. Chegando lá, vimos que a praça não era muito movimentada, o que era bom.

Nos sentamos em um banco. Ninguém os conhecia, então não tinha perigo de alguém nos ver. Mas escolhemos um banco mais isolado, por precaução.

Encostei no ombro de Percy e suspirei.

– Que foi?

– Nada.

– Quando você diz que não é nada é porque tem alguma coisa. Te conheço, Sabidinha. Anda, fala.

– Tá bom – me sentei ereta. – É que a Tris tava me contando que, a um tempo atrás, ela e o Tobias ficavam já. Só que eles tiveram que parar porque a nossa colega Isabella ficava interferindo o tempo todo, impossibilitando eles de ficarem juntos.

– E por que ela fazia isso?

– Pra separar eles, né Percy!

– Ei, não precisa gritar comigo.

– Desculpe.

Olhei para baixo. Ele estava certo, ele não tinha culpa. A culpa era dela que ia querer que nós nos separássemos pra tentar ficar com ele. Vendo que eu estava triste, ele segurou minha mão, e eu voltei a deitar a cabeça em seu ombro.

– A gente pode marcar isso pra outro dia, se você quiser.

– Não Percy. Não é isso, é que ... A Tris é uma garota forte, que não se deixa abalar por coisa à toa. E se ela, que é forte daquele jeito, não aguentou imagina eu que choro vendo até vendo filmes de comédia?

Ele riu um pouco. Não consegui deixar de esboçar um ligeiro sorriso.

– Não se preocupe, Sabidinha. Mesmo que ela tente, não vai dar certo.

– Como você tem certeza?

– Por duas razões: uma, ela não sabe nem onde a gente mora. Nós podemos circular livres por qualquer lugar. Dois, se ela ameaçar contar para os seus pais, sua mãe já deve desconfiar e é só nós combinarmos com ela algum plano e três, se isso voltar a dar certo, eu vou falar com seu pai.

– Mas é uma cabeça cheia de algas mesmo! Esqueceu quem é meu pai? Aquele cara que ainda não entende o porquê de você ser do jeito que é e que mataria qualquer um que chegasse perto da filhinha dele.

– Eu sei muito bem quem é seu pai. Só estou dizendo que eu não quero mais ficar escondido, Annie. A gente já tem quinze anos.

– Da outra vez a gente só tinha quatorze e você não disse nada.

– A questão é que eu mudei de ideia. Você vai ou não deixar eu falar com ele?

– A casa é sua. Só me avise quando pra eu gravar a sua cara de pânico, por favor.

– Há, há, engraçadinha.

E ai ele me beijou. Coloquei minha mão em seu rosto e ele me puxou mais para perto. Nos afastamos um pouco, mas deixamos nossas testas juntas.

– Não se preocupe, Sabidinha. Não vai ser a Isabella que vai me fazer ficar longe de você.

– Espero que não.

– Você não confia em mim?

Sorri. Embora não gostasse de admitir, ainda gostava dele. Muito. Não ia conseguir ficar no mesmo estado de “será que ele gosta de mim ou já está pegando outra” que fiquei depois da primeira vez que nos beijamos. Não ia. E ele não ia ficar com outra pessoa, pelo menos acreditava que não. Ele se preocupava muito comigo para fazer isso e sua linguagem corporal não me dizia o contrário.

– É, eu confio. Obrigada.

– De nada.

E ficamos lá por mais uma meia hora até eu receber uma mensagem de Tris.

“Annie, Hermione me disse que Ron está nos procurando já para ir embora porque sua mãe ligou. Estamos chegando. Beijos, Tris.”

Segundos depois recebi outra.

“P.S.: lembre-se de nosso trato.J”

Sorri. Entreguei meu celular a Percy para ele ler a mensagem.

– Que trato é esse?

– Ah, é que, como elas me ajudaram a, você sabe, fugir de lá, eu vou ter que contar detalhadamente como foi minha noite com você.

– Sério isso?

– Muito sério. Elas não vão deixar passar essa.

– Você tem amigas muito más, sabia disso?

– É, eu sei. E o pior é que elas vão posar lá em casa e não vão me deixar dormir até eu contar tudo.

Ele começou a rir da minha desgraça pessoal. Vimos Hermione, Ron, Tris e Tobias do outro lado da praça e começamos a conversar sobre coisas aleatórias para disfarçar. Quando eles chegaram estávamos falando sobre o dia em que Percy caiu de bicicleta no meio do parque e não tinha a quem pedir ajuda e ficou esperando sua mãe igual a um bobo.

– Vamos? – perguntou meu irmão.

– Claro. Que horas são?

– Já é quase meia noite.

– Onde estão os outros?

– Não tivemos mais sinal de ninguém, todos eles sumiram.

– Uau. Onde está a mamãe, Ron?

– Ela disse que chegaria daqui a pouco. Mas isso foi a uns dez minutos atrás, então ela já deve estar chegando.

E ele estava certo. Segundos depois de ele falar isso, minha mãe chegou para nos buscar. Tobias teve que ir pra casa porque no domingo ia visitar os avós. Então o restante de nós montou no carro.

– Vai querer posar lá em casa de novo, Percy?

– Não posso. Meus pais me disseram que alugaram um filme e queriam que eu fosse assistir com eles.

– Ok, então vou passar a noite com minha querida mãe, certo mãe?

– Claro querido. O que você vai querer fazer?

E eles começaram a conversar e Tris e Hermione começaram a conversar um com a outra e ficamos Percy e eu em silencio. Acabei adormecendo e só acordei com uma Hermione me balançando loucamente.

– Por que você tá fazendo isso? – perguntei enquanto ela me balançava.

Só estávamos eu, ela e Percy, o qual me serviu de travesseiro, no carro.

– Porque você tá dormindo?

– Então me deixa dormir.

– Ah, claro. Deixa eu só avisar seu irmão que você está confortável dormindo praticamente no colo do Percy. Desculpe incomodar.

Levantei num pulo. Hermione e Percy começaram a rir de mim.

– Nossa, que engraçado. Agora vamos, que eu quero dormir.

– Mas nem pensar que você vai dormir sem cumprir sua parte do trato.

– Ah, não se esqueça de mencionar como eu salvei sua noite de uma terrível vela dupla e de duas loucas seguidoras e de como sou um romântico incorrigível – disse Percy.

Olhei para ele.

– Percy, vai embora.

Ele riu, me deu um selinho e se foi. Hermione e eu descemos do carro e fomos para a cozinha, onde Tris conversava com minha mãe.

– Vamos subir, Tris?

– Claro. Tchau, tia Sophie. Tchau, Ron.

– Tchau pra vocês.


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Notas finais do capítulo

Até breve (tipo, minutos mesmo).
Beijinhos.
— A



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