Só mais um ano... ou não escrita por Alexandra Watson


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oi amores.
Tipo, eu vou começar a postar (eu acho) uma fic minha original, tipo, com personagens meus e tudo mais. Se alguém quiser acompanhar, sejam muito bem vindos. Vai ter o mesmo estilo de minhas fics (escrita e tals), mas com personagens que eu criei (pegando umas características aqui e ali), mas meus.
Não vou parar de postar essa fic, juro, tá? Só queria fazer essa pequena divulgação.
*Divirtam-se*



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– Mas isso não é justo! – exclamou Percy. – Por que eu tenho que ser elfo dela? Ela vai me matar!

– Sério? – disse Ron. – Eu fiquei com a senhorita competitividade e vingança.

– Eu tô de boa. A Tris é muito legal e nunca abusaria de mim. Né, Tris?

– Vai depender do meu humor, senhor Tobias.

Rimos, todos os seis.

– Bem, eu fiquei muito cansada de escalar aquela janela – disse dramaticamente. – Percy, poderia me carregar até a sua casa para eu me deliciar com os maravilhosos cookies de sua mãe?

– Sério isso?

– Aham.

– E isso serve para vocês dois também. Certo, Mi?

– É claro, Tris.

E assim fomos carregadas até a casa da tia Zoe. Bom, quase.

– Não me deixa cair, Percy.

– Eu não vou.

– Mas você tá me soltando!

– Não, não estou. Relaxa.

Segurei mais firme em seu pescoço. Eu não ia cair no meio da rua.

Havíamos ficado para trás para fechar a porta. Quando estávamos nos virando para segui-los, Tobias e Ron estavam parados no meio da rua. Suspeito.

– O que acha que eles vão fazer?

– Uma corrida.

– Mas com as garotas no colo? – olhei bem para ele.

– É mais divertido assim – ele deu de ombros, sorrindo.

– Mais divertido pra quem?

Fomos até eles. Eles nos perguntaram se queríamos participar.

– Tecnicamente – disse Hermione – nós duas não queremos participar.

– Mas vão. Vocês dois podem marcar a nossa chegada? Nós vamos correr daqui até a casa no fim da rua.

– Mas a rua é longa.

– Um desafio maior.

– Ok. Em suas marcas, preparar e já – eu disse.

E eles foram. E ficamos só eu e Percy. Eles iam demorar. Muito. Haviam umas dez casas até o fim da rua.

Eu tirei minhas mãos do pescoço dele e meio que me deitei. Eu estava com os braços cansados.

– Ué, não tava com medo de eu te deixar cair?

– Você não vai.

– Como pode ter certeza?

– Você não ousaria.

– Tem razão.

E ele me beijou. Não um beijo na bochecha, um beijo de verdade. Não, eu não recuei. Mas quando nos separamos, me lembrei: meu irmão estava logo ali.

– Você é louco?

– Por que?

Fiz sinal com a cabeça na direção de meu irmão.

– Mas ele tá correndo ainda.

– Mas e se ele vira a cabeça pra trás, Percy? Você sabe que ele ia contar para meu pai e não é segredo que meu pai não aprova seu estilo de ser. Não é que ele não goste de você, mas ele tem uma visão errada sobre quem se veste de preto e usa brincos na orelha.

– Eu sei. Só não entendo porque seu pai acha isso.

– Vai ver que na época dele as coisas eram diferentes.

– Pode ser. Desculpe, foi sem querer – ele fez um bico.

– Tudo bem. Mas você tem que tomar cuidado com isso.

– Seu irmão não vai sair amanhã não, né?

– Não sei. Mas agora ele tá com a Mi, então há grandes possibilidade de isso acontecer.

– Como a gente vai fazer, então?

– Simples. Quando ele for ficar com o Mi, a gente sai também.

– Mas ai as outras pessoas vão suspeitar.

– Percy, o problema vai ser só meu irmão. A gente fala que vai comprar alguma coisa.

– Ainda bem que você é uma filha de Athena.

– É, ainda bem.

Eles haviam chegado ao fim da rua e já estavam voltando.

– Quem ganhou?

– Foi empate.

– E agora os dois lindos então suando. Meus parabéns.

– Calma, a gente trouxe roupa pra tomar banho.

– Então vamos.

E entramos. Tia Zoe estava tirando mais biscoitos do forno e já havia uma bacia enorme quase cheia.

– Puxa, achei que vocês não iriam vir. Olha, eu já vou dormir. Vocês três – ela apontou para os meninos – podem ficar acordados até a hora que quiserem, desde que fiquem no perímetro dessa casa e daquela ali – e apontou para minha casa.

– Sim senhora – os três disseram em coro.

E ela deu um beijo na testa de cada um.

***********************************

– Bom, já que vocês podem ir lá em casa, vão tomar banho vocês dois e depois vamos ver – olhei o relógio – uns dois filmes. Dá tempo.

– Pode ser. Percy, venha nos mostrar onde tomar banho, caro amigo.

– Claro. Vocês três podiam guardar os biscoitos em um pote pra gente levar.

– Ok. Venham meninas.

Fomos para a cozinha e pegamos um pote no armário. Como o achamos? Fuçando em todos armários.

Quando terminamos, os meninos ainda não haviam descido, então fomos para a sala descansar.

– Sabe, Tris – disse Mione – quando nós estávamos sendo carregadas por dois loucos, eu subitamente olhei para trás e vi uma cena que me surpreendeu um pouco.

Essa não.

– Nossa Hermione, eu tive essa súbita visão também. Coincidência?

– Eu acho que foi porque eles estavam no meio da rua.

– Tá bom, eu admito. Ele me beijou.

– Não! – as duas fizeram falsamente surpresas.

– Quando eles forem embora, eu conto a vocês a história toda. Até lá, nenhuma palavra sobre isso, por favor.

– Ok.

Minutos depois os meninos desceram e fomos para minha casa.

Chegando lá, fomos para a cozinha pegar os doces que havíamos guardado para comermos mais tarde e suco.

– Ron, quando a gente estiver lá em cima, avisa a mamãe que vocês vão ficar aqui pra ver filmes e depois ir embora.

– Beleza.

Enquanto Ron foi avisar minha mãe, nós cinco fomos para meu quarto e colocamos meu colchão no chão, na frente do sofá, para os meninos deitarem.

Quando Ron chegou, colocamos play e assistimos “Piratas do Caribe 4”. Os biscoitos estavam ótimos.

Quando acabou o filme, eu ia perguntar se alguém queria ver mais um, mas todos já estavam dormindo. Não ia acordar os meninos, coitados. Fui para o quarto de minha mãe.

– Mãe?

– Oi Annie?

– Mãe, os meninos dormiram.

– Onde eles dormiram, Annie? – ela ainda estava meio sonolenta.

– No colchão em frente ao sofá.

– Então deixa eles lá, amor.

– Tá bom. Amanhã avise a tia Zoe que eles estão dormindo.

– Ok. Boa noite.

– Boa noite.

Voltei para o quarto, me deitei no sofá e dormi. Amanhã ia ser um dia cheio.

***********************************

Acordei e olhei para o relógio. Onze horas. Hermione, Tobias e Percy ainda estavam dormindo. Onde estavam Tris e Ron?

Desci até a cozinha. Lá estavam eles, tomando leite.

– Bom dia, gente. Cadê a mãe, Ron?

– Ela foi levar Finn e Arya no parque e disse que volta na hora do almoço. Onde estão os outros?

– Estamos aqui – uma Hermione sonolenta respondeu descendo a escada.

– Bom dia, dorminhocos.

– Bom dia.

Ron, Tris e eu já estávamos sentados na mesa e Hermione, Tobias e Percy se juntaram a nós. Meu irmão deu um selinho em Hermione. Me segurei pra não soltar um “anw” e vi Tris fazendo o mesmo. É, isso ia longe.

– Bom, o que vocês querem comer?

– Eu não quero nada – disse Tobias.

– Nem eu – concordou Percy.

– E você, Mi? – perguntou meu irmão.

– Eu nem acordei ainda, gente. Vou esperar o almoço.

– Por falar em almoço, vocês vão almoçar com a gente? – perguntei olhando para os garotos.

– Pode ser. Mas ligue pra mãe, Annie. Pergunte se a gente vai no restaurante.

– Ok.

Liguei. Minha mãe disse que eles podiam e que íamos em um restaurante que havia aqui por perto que, pelo que ela soube, tinha uma bandinha tocando durante o almoço. Meus pais adoram música. Iriamos sair ao meio dia e meia. Dei a noticia para todos e o ar realmente ficou mais alegre.

Escutamos uma porta se abrindo. Ron havia dito que minha mãe e meus irmãos haviam saído. Essa não. Era meu pai e ele não sabia dos meninos aqui. Nós nos entreolhamos. Todos sabíamos que meu pai não fazia ideia de que os meninos estavam ali.

Como se houvéssemos nos preparado para aquilo, saímos da mesa e nos dividimos: garotos pulando a janela e garotas colocando coisas na pia porque seria suspeito uma mesa posta para seis sendo que só haviam três meninas na casa, tecnicamente. Quando meu pai chegou lá embaixo, nós subimos tranquilamente, dando bom dia pra ele no caminho, para não dar suspeita, e, pela janela de meu quarto, jogamos as blusas deles lá em baixo.

– Vão se trocar que mais tarde nós vamos chamar vocês.

Eles se foram e nós fomos e os trocamos também. Quando descemos, minha mãe já estava lá com meus irmãos e eles pelo visto já tinham tomado banho, porque não estavam cobertos de areia até a cabeça, o que acontece quando vão ao parque. Já era meio dia e minha mãe disse para nós irmos na casa da tia Zoe chamar os meninos. Uma troca de olhares foi o suficiente para ela entender que tivemos que manda-los embora por causa de meu pai.

Batemos na porta. Quem atendeu foi Dany.

– Oi, Dany. Onde estão os meninos?

– Eles estão lá em cima. Podem subir.

– Obrigada.

Subimos as escadas e fomos até o quarto de Percy. A porta estava aberta, mas batemos nela mesmo assim. Eles estavam jogando vídeo game mas olharam para trás ao ouvirem a batida.

– Vamos? – perguntei.

– Claro, deixa só a gente terminar esse nível – disse Percy.

– Bom, diga ao meu pai faminto para ele esperar vocês acabarem esse nível.

– Acho melhor a gente ir, galera. Se conheço bem meu pai, ele já deve estar num carro ai em frente.

– Então vamos logo – disse Percy. – Eu é que não quero irritar seu pai - acho que só eu entendi duplo sentido posto nessa frase.

Saímos lá fora e meu pai realmente já estava dentro do carro.

– Peraê, nós estamos em tipo, dez pessoas. Como vamos todos dentro do mesmo carro? – perguntou Tris.

– Relaxa, Tris. Meu pai tem um carro comum, mas minha mãe tem um carro que pode ficar até com sete lugares. Nós vamos com ela e os pequenos vão com meu pai.

– Ok. E aonde exatamente nós vamos? – meu irmão perguntou.

– Em um restaurante aqui perto.

– Lá tem música?

– Pode crer.

Entramos no carro de minha mãe e fomos. Chegamos lá meio dia e vinte, mais ou menos.

Entrando no restaurante, o gerente nos cumprimentou e perguntou se queríamos uma só mesa para todos. Minha mãe me olhou e eu balancei negativamente a cabeça.

– Acho melhor uma mesa para seis e uma para um casal e duas crianças.

Agradeci mentalmente a minha mãe. O garçom nos levou a nossa mesa, enquanto ia conversando com meus pais. Acho que ele havia pensado que oito de nós eram filhos de meus pais, mas, indiretamente, ele conseguiu perguntar quem eram os filhos de meus pais.

Chegamos a mesa de meus pais primeiro e eles se sentaram. Meu pai, cavalheiro como sempre, puxou a cadeira para minha mãe. Romântico incorrigível. Deve ser por isso que eles tem quatro filhos.

Ao chegarmos em nossa mesa, quando íamos nos sentar, os garotos puxaram as cadeiras para nós. Olhei para as meninas e elas fizeram o mesmo. Sorrimos uma para a outra e nos sentamos.

A mesa em que nos sentamos era de oito lugares, mas, por estar encostada na parede, ficava com seis. Eram dois de cada lado, então cada uma sentou com seu devido elfo.

– Vocês estão se saindo ótimos elfos domésticos, sabiam? – Hermione disse.

– Mas isso foi uma mera gentileza, senhorita Di Angelo – disse meu irmão.

– Exatamente, caro colega Ronald. Só decidimos que queríamos fazer uma gentileza, como cavalheiros que somos – disse Percy.

– Uhum – nós, as garotas, dissemos em uníssono.

A comida estava ótima. E a música também. A banda tocava tanto músicas nacionais quanto internacionais. Quando acabamos de comer, havia algumas pessoas dançando. Meus pais se levantaram e foram dançar também.

Finn e Arya foram para a área infantil e nós ficamos observando as outras pessoas dançarem. Até que meu irmão cochichou alguma coisa para Percy e dois segundos depois pegou seu celular. Coincidentemente o celular de Tobias apitou assim que meu irmão parou de digitar. O que eles estavam aprontando?

Olhei para Hermione e Tris e elas também estavam percebendo, mesmo que disfarçadamente, alguma coisa estranha. Então meu irmão se levantou, foi até o vocalista da banda e sussurrou alguma coisa pra ele. O vocalista assentiu e meu irmão voltou a seu lugar.

– O que você foi fazer lá? – perguntou Hermione.

– Só queria pedir uma música. Por que?

– Nada, só curiosidade.

Quando a música que eles estavam tocando acabou, uma música muito, mas muito antiga mesmo, começou a tocar. Whisky á gogo. Por que meu irmão teria pedido essa música? Ela é ótima, mas é de antes do tempo de minha mãe. Eu dancei essa música na minha formatura da quarta série, com o Percy. E dancei de novo na minha formatura da oitava série, sem o Percy, mas com meu irmão.

E então os três ficaram de pé. Eu não podia acreditar.

– Vocês querem dançar? – perguntei incrédula. – O Tobias pode até ser que goste de dançar, mas vocês dois?

– Você vai dançar comigo ou eu vou pagar esse mico sozinho? – Percy perguntou.

– É claro que eu vou, Cabeça de Alga. Sabe que eu adoro essa música. Vocês duas vem?

– Claro.

E então fomos para a pista de dança. Sinceramente? Foi legal, mas eu senti muitos olhares sobre nós e isso foi meio constrangedor. Mas nós nos divertimos. Dançamos umas três músicas animadas, mas ai veio um casal e pediu uma música mais lenta. Enquanto estávamos dançando, perguntei para Percy o por quê daquilo.

– Bom, nós conversamos ontem à noite, então os dois bobos apaixonados concordaram que, como teríamos que servir vocês pelo final de semana todo, não custava nada fazer uma coisa especial.

– Anw, que fofos. E você, claro, não participou disso tudo. Só concordou para os dois não dessem na cara para os meus pais.

Ele se aproximou do meu ouvido.

– Foi o que eu disse pra eles, Sabidinha. Não posso dar na cara, lembra?

Sorri, mas parei quando meu irmão trocou de lado com Hermione e ficou de frente para nós. Dei um pequeno empurrão em Percy para ele descolar de mim.

– O que foi?

– Meu irmão está de frente para a gente. Finja que está dançando comigo forçadamente.

– Ah, ok. Não será trabalho difícil esse.

– Ei!

– Tô só brincando. Você leva as coisas a sério demais, deuses.

Meus pais pararam de dançar e minha mãe sinalizou para a gente. Hora de ir embora. Chamei Tris e Hermione para podermos ir.

– Vocês se divertiram, crianças?

– Sim, senhora – respondemos, os seis, em uníssono.

– Que bom. Podemos repetir isso. Eu gostei.

– Nós também, mãe.

– O que vocês vão fazer quando chegarem em casa?

– Bom, nós três vamos ter um dia relaxante como menininhas. Os meninos eu não sei.

– Tá vendo, mãe – disse Ron, no banco do passageiro. – Elas fazem essas coisas e nem nos chamam pra participar.

– Anw, tadinhos dos meus bebês. Querem que a titia faça bolo pra vocês mais tarde?

– Sim!

– Mãe! E a gente?

– Não mandei vocês não chamarem os coitadinhos para seu dia de menininhas.

Nós não sabíamos se riamos ou se ficávamos bravas com ela. Chegando em casa, nós subimos para meu quarto e os meninos ficaram na sala vendo TV. Havíamos combinado de sair ás nove, então eles disseram que nove horas eles nos chamavam para podermos ir.

As meninas ligaram para suas mães para elas trazerem roupa para elas saírem e posarem aqui em casa de novo. As mães delas concordaram, é claro, então avisamos minha mãe que íamos ficar, tipo, umas duas horas na banheira fazendo nada e pedimos para ela trazer as coisas delas aqui para cima. Colocamos a banheira para encher com bastante bolhas e colocamos os biquínis (eu emprestei um biquíni para cada uma). Entramos na banheira e, antes de mais nada, elas exigiram o meu “passado obscuro” com Perseu Grace.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado amores.
Beijinhos.
— A



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