The Veela Werewolf escrita por Alpha


Capítulo 3
Good idea! Okay, maybe not so much


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas, sabe como é, férias é sinônimo de preguiça, que é sinônimo de falta de criatividade, que é sinônimo de nada de capítulos novos...
Mas, enfim, eu consegui escrever esse capítulo! Espero que gostem e me perdoem se houver errinhos na ortografia, que sempre aparecem.
Boa leitura!



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Se ao menos conseguíssemos enxergar a infinita cadeia de consequências que resulta das nossas pequenas decisões. Mas só percebemos tarde demais, quando perceber é inútil.” Quem é você, Alaska?

Dominique Weasley

Era estranho o sentimento que James Potter me proporciona, acho que é algo relacionado a segurança, talvez. Eu venho tentando evitar definições das minhas relações com garotos; até agora não encontrei meu amor à primeira vista.

Lá vem a pergunta, de novo: “E se fosse James?”

Ele se importa.

E eu estava em mais uma de minhas raras visitas à biblioteca, não que eu não goste de ler, eu gosto, mas tenho os meus próprios livros trouxas, que são bem melhores, na minha opinião. Eu estava procurando algum livro que falasse sobre a poção Felix Felicis há alguns longos minutos, já havia empilhado cinco livros grossos em meus braços, então procurei por uma mesa para começar logo minha pesquisa.

E lá estava ele, por algum motivo idiota, sua mesa era a única que estava em foco. James estava debruçado sobre a mesa, babando encima dos livros, que preenchia quase toda a mesa. Decidi me aproximar, afinal, estávamos nos dando bem desde a semana passada, em que cheguei a Hogwarts. Antes de sentar-me na cadeira ao seu lado, não resisti a dar um peteleco em sua nuca; ele remexeu-se, desconfortável.

– Hey, dorminhoco. – sussurrei em seu ouvido. – Madame Hughes está fazendo Strip-tease no campo de Quadribol.

Ele acordou de supetão, quase derrubando a cadeira e realmente derrubando alguns de seus livros. Madame Hughes é a professora gostosa, de acordo com os garotos, das aulas de Voo; não temos aulas com ela, mas todos conhecem a sua fama. Acabei por rir do desespero do meu primo.

– O que, qual é a graça? – perguntou, confuso, mas demorou para entender. – Não existe nenhum Strip-tease, não é?

– Não. – balancei a cabeça. – Mas você deveria ter visto a sua cara.

– Ah, Dominique, me deixe em paz. – empurrou minha testa com sua mão esquerda.

– O que você está estudando que é mais importante do que uma Veela bem à sua frente. – debrucei-me sobre a mesa, aproximando nossos rostos. Por um momento, achei estar falando sério.

– Uma Veela que é minha prima. – destacou.

– Detalhes a parte. – murmurei, voltando ao meu lugar. – Mas é sério, o que você tanto lê nesses livros, porque não precisa ser um gênio para saber que você não faz o tipo garoto estudioso.

– Animagia. – ele falou tão baixo e rápido que quase não ouvi. Quase.

– Por que você...? – então parei no meio da pergunta. – Você já é um Animago.

– Eu sei, mas eu quero melhorar. – argumentou. – Ainda é um pouco difícil transformar-me a hora que eu quiser, e se você precisar de mim e eu não conseguir...?

– Não é sua obrigação. – assegurei-lhe, cortando-o. – Você sabe que não precisa estar todas as luas.

– Mas eu quero estar. – afirmou. – Sempre.

Ele é divertido.

Fazia 1 mês e meio que eu estava em Hogwarts, e eu já havia acabado com todos os livros que trouxera. Há alguns dias atrás fora a última lua cheia e, como sempre, decidi arejar um pouco a cabeça, vindo até o lago. Sentei-me numa árvore próxima com o livro, que Lily me deu, em mãos.

Não havia avançado muito, estava encerrando o quarto capítulo quando o livro foi arrancado de minhas mãos.

– Oi, Loira. – o sorriso maroto de James, nesse momento, era muito irritante.

– O que faz aqui, James? – perguntei, com as sobrancelhas arqueadas.

– Vim dar um mergulho. – disse, tirando a gravata e desabotoando sua camisa.

– Estamos no meio de outubro.

– E...?

– Estamos em Londres.

– Ainda não entendi seu ponto, Domi. – a essa altura ele já estava sem camisa e já havia retirado os sapatos. Seu corpo era uma linda distração.

Balancei a cabeça, voltando ao foco.

– A água está congelante, provavelmente.

Provavelmente. – destacou a palavra, balançando o dedo indicador em minha direção. – Não está provado, então vamos provar.

Vamos? – indaguei. – Na 1ª pessoa do plural?

– Exatamente. – sorriu novamente. – Vamos logo, tire a suas roupas!

– Sabe, James, há maneiras mais discretas para isso, se você quer saber a cor do meu sutiã, era só perguntar. – falei, irônica.

– Não é nisso que eu estou interessado. Agora, vamos logo, vai!

– Eu não vou ficar seminua na sua frente. – cruzei os braços. – Seus sonhos não se realizarão esta noite, Potter.

– Talvez não completamente. – uma expressão diabólica passou pelos seus olhos, então ele veio rapidamente até mim, passando um dos seus braços por minhas pernas e outro pelas minhas costas. – Gerônimo!

Ele é ciumento, não tenho certeza se é algo bom.

Eu estava animada pela minha nota máxima na redação sobre a poção Felix Felicis. Quem diria, Dominique tirando notas máximas, ainda por cima, em Poções? Então, saí mais que feliz da aula de Poções e fui em direção ao jardim, que, na minha opinião, era o melhor lugar de Hogwarts, depois da Torre de Astronomia.

A primeira pessoa que chegou a minha visão foi Scorpius, que caminhava distraído, olhando para o nada... pera, aquilo é um ponto vermelho? Ignorando o fato nojento do meu melhor amigo estar secando a minha prima, corri até o garoto, pendurando meus braços em seu pescoço e envolvendo minhas pernas em sua cintura.

– SCORPIUS! – gritei em seu ouvido.

– Por Merlin, Dominique, quer me matar? – sobressaltou-se, mas não me deixou cair.

– Eu tirei nota máxima naquele trabalho de poções. – contei, ignorando sua fala.

– Minha melhor amiga é uma nerd. – cantarolou, girando pelo gramado.

– Para, para, Scorpius! – pedi, prevendo uma grande queda, mas não pude evitar as risadas que prosseguiram.

– Parabéns, Lobinha. – eu ia agradecer.

– Vocês poderiam, por favor, se agarrar em outro lugar. – falou uma voz rabugenta, a voz de James não deveria soar assim.

Scorpius me largou no chão, meu sorriso havia morrido, diferente do Loiro.

– Por que isso incomoda você, Potter? – a voz dele era afiada como uma faca.

– Você tem razão, não incomoda. – ele virou as costas e saiu.

– Droga. – murmurei, antes de segui-lo. Alcancei ele e o puxei pelo braço. – Hey, idiota, o que foi aquilo?

– Nós nos aproximamos durante esse tempo e... – engoliu seco. – Acho que me importei mais que o necessário.

– Scorpius é só um amigo. – James assentiu. – É sério, Potter.

– Tá bom.

– Nós também somos amigos, certo?

– Certo.

E ele tem as melhores ideias, a princípio.

Farão uns 3 meses que eu estou aqui, faltam 2 semanas para o Natal. As férias acontecerão durante algumas luas cheias, então eu decidi ficar em Hogwarts e, mesmo eu dizendo não, James decidiu que ficaria também. Mas ainda faltava alguns dias para todos irem embora, afinal, ainda estávamos em aula e, por mais que eu quisesse faltar, estava a caminho da minha próxima aula, Adivinhação.

– DOMINIQUE! – gritou James, virei para trás e o vi correndo até mim.

– Que foi? – perguntei.

– Ah, você está aí. – sorriu, aliviado. – Preciso lhe dar o meu presente de Natal.

– Ainda faltam 2 semanas. – rolei os olhos.

– Eu sei, mas... você não quer encontrar o seu companheiro? – arqueou as sobrancelhas.

Uh, é. Lembra quando eu disse que James transmitia segurança? Bem, segurança o suficiente para que eu lhe confiasse mais um segredo; e não foi do nada, ele perguntou por que eu não tinha namorado e eu decidi ser honesta.

– O que você fez? – estreitei os olhos.

– O que nós vamos fazer. – enfatizou. – Me encontre na sala de Poções em 30 minutos.

E saiu.

E aqui estou eu, entrando na sala, exatamente no horário combinado, e tendo a visão de um moreno atrás de um caldeirão borbulhante. Aquilo tornava o rosto de James mais sério do que deveria ser.

– O.K.... O que estamos fazendo aqui, afinal? – perguntei, largando minha bolsa em uma das classes e colocando-me ao seu lado.

– Amortentia.

– Mas nós ainda... – eu ia falar que não havíamos aprendido nas aulas, mas ele me interrompeu.

– Peguei em um dos livros de Al. – fez uma careta. – Não parece tão difícil.

– O que você planeja com isso? – ainda não havíamos entrado na mesma linha de pensamento.

– Amortentia guarda o cheiro de quem você está apaixonado. – explicou. – Então, talvez, com o cheiro do amor da sua vida, seja mais fácil encontra-lo.

– Essa é melhor ideia que você já teve! – exclamei, animada. – Falta alguma coisa?

– Só falta isso aqui. – e largou algo desconhecido por mim dentro do caldeirão.

Por um momento, nada aconteceu, foi um silêncio infinito. Porém, depois, tudo fez boom. A última coisa que vi foi o rosto de James, embaçado por uma fumaça cor-de-rosa.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? Foi tipo uma passagem de tempo, então desculpe se não ficou maravilhoso...
Não sei quando sai o próximo capítulo, mas acho que não demorará mais de uma semana.
Enfim, bjus, até a próxima! (Tess)