The Veela Werewolf escrita por Alpha


Capítulo 2
Everybody needs answers


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, quero agradecer aos comentários, eles são o principal motivo por estar postando tão rapidamente.
Segundamente, espero que gostem desse capítulo, fiquei a aula inteira escrevendo ele.
Terceiramente, estou oficialmente de férias, o que significa que haverá mais capítulos para vocês!
Enfim, chega de enrolar. Espero que me perdoem se houver alguns escapes no português.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/571162/chapter/2

"Olhe para mim, e me veja de verdade. Você consegue fazer isso?" Instrumentos Mortais.

James Sirius Potter

Assim que ela levantou da mesa, corri atrás dela. Cobri-me com a capa da invisibilidade, que carregava na mochila, escondendo-me de olhares curiosos, ou da garota que corria cambaleante à minha frente. Dominique seguia por entre os jardins, em direção a saída da escola.

Ultrapassamos os portões e vi ela correndo para a Casa dos Gritos, uns 3 km à frente, disparou como uma Firebolt em direção à casa abandonada, desaparecendo de minha vista.

Continuei correndo até alcançar a porta de entrada. Não havia volta, era agora ou nunca. Uma parte de mim hesitou em entrar mas, quando pensei em Dominique e seus cabelos, hoje, sem vida, sua expressão cansada e as dores que ela deveria sentir, algo no fundo meu peito se apertou e eu soube que, se fosse por mim, ela não teria que passar por aquilo sozinha nunca mais.

Pisei em uma tábua solta e a loira se virou para mim, a transformação quase completa. Quase que por instinto, peguei minha varinha e me transformei em um lobo. Por mais que muitos achassem que minha forma animaga – não que muitos soubessem, afinal, nem meu pai sabe – fosse um cervo, desde que fiz o meu patrono pela primeira vez, eu soube que nunca fui totalmente normal.

Chegava a ser irônico, uma lobisomem/Veela transformada, em plena lua cheia, de frente para um animago, cuja forma é um lobo negro. A loira me olhou curiosa, mesmo sobre toda a forma de lobisomem, percebi que ela estava consciente de seus atos, como se soubesse de tudo que acontecia ali, mas a dor ainda estava com ela.

Apoiei-me no chão, como um filhote de cachorro quando quer brincar, e abanei a minha cauda, como se dissesse “Hey, venha me pegar”. A lobisomem sorriu – da maneira que um animal pode sorrir –, mostrando os enormes dentes brancos e afiados antes de jogar-se em minha direção, em um pega-pega interminável.

Passamos a noite inteira brincando até pouco antes do amanhecer, quando a lobisomem deitou-se em uma das camas, tremendo e gritando de dor, até voltar a sua forma humana e desmaiar. Quando me aproximei, agora já como James, percebi que suas roupas estavam no chão em frangalhos, corei dos pés à cabeça, antes de respirar fundo e molhar um pano com água de uma torneira do lugar e coloquei-o na testa de Dominique.

***

O sol já havia nascido a pouco mais de uma hora quando acordei no chão da sala da Casa, o rosto apoiado na cama onde Dominique desmaiou pouco antes. A loira já havia ido embora, com a minha camisa branca e... E agora eu terei que voltar para Hogwarts só de calças e com a capa da invisibilidade, que eu... Não, pera, está com ela também, afinal, eu nunca deixaria ela sair só de camisa por aí.

Dominique Weasley

Aleluia, é sábado! Eu teria mais 3 transformações antes da lua começar a minguar. No momento em que eu acordei, James estava dormindo, apoiado na cama e vestido apenas com suas calças. Merlin, que corpo perfeito! Ele acordou meio grogue e me emprestou sua camisa e a capa da invisibilidade para poder retornar, e eu aceitei sem questionar. Com minha varinha, transfigurei a camisa branca de James em um vestido, para depois vesti-la e sair de lá, dando um beijo no topo da cabeça dele, que dormia como um bebê.

Durante todo o caminho de volta, eu fiquei pensando no moreno de olhos castanhos esverdeados. Com ele lá, minha mente não ocupou-se com a raiva, eu obtive controle pela primeira vez, em uma lua cheia. Minha mãe disse que normalmente as Veelas já se apaixonam automaticamente, sentindo extremo ciúmes e desejo, mas com James as coisas eram calmas e tranquilas, como uma amizade, não como a minha com Scorpius, mas... Argh! Não sei, é confuso!

James não é meu companheiro, pois não sinto desejo, esse negócio de “fazer amor” com ele, mas uma parte de mim – pequena e insistente – começara a sussurrar, nos últimos dias, um “E se fosse ele”.

Perto do Salão Comunal da Sonserina, achei Lily e Scorpius no maior amasso. Teria brigado com eles, se não fosse o enjoo profundo que eu sentia, devido a transformação, então apenas tirei a capa e vomitei ao lado deles antes de desmaiar, pela segunda vez hoje.

***

– Eu beijo tipo o quão mal?

– Você não beija mal, Lily.

– Bem, a nossa... cena no Salão Comunal foi o suficiente para fazer Dominique desmaiar. – engoliu seco. – Não antes, é claro, de vomitar.

– Lily, já falei, você é... – o rosto da ruiva estava entre as mãos do loiro.

Lá vem mais melação e mais beijos...

– Estou acordada, estou acordada! – avisei, sentando e evitando outra cena, como Lily disse.

– Graças à Merlin, já faz quase 2 horas! – exclamou minha prima, apressando-se para segurar minha mão. – Como está se sentindo?

– Grogue o suficiente para não lembrar de vocês dois se pegando. – pisquei, cúmplice. – Falando nisso, VOCÊ NÃO ME CONTOU, SUA VADIA!

– Ei, não precisa ofender! – Lily levantou-se, irritada.

– Estava falando com a Doninha Jr., ali. – apontei.

– Uh – murmurou. – Acho melhor deixá-los sozinhos. Nos vemos no café.

A menina saiu da enfermaria, constrangida.

– Eu sei. – Scorpius rolou os olhos. – Ela é do quinto ano, eu sou do sétimo; ela é uma Potter e eu sou...

– Foda-se isso, Malfoy. – joguei as mãos para cima. – Você não me contou.

– Ninguém sabe, ninguém mesmo. – argumentou.

– Ninguém sabia do meu problema peludo também.

– Eu sei, eu devia ter contado.

– Deixa para lá. – estava sendo dramática, e Dominique não é dramática. – Por que eu estou na enfermaria?

– Você desmaiou.

– Eu sei, mas não era nada demais.

– Lily não pensou assim.

– Ah, claro, sua ruivinha histérica.

– Ei, é sua prima!

– Eu sei, terei que conviver com isso. – massageei as têmporas.

– Então, quer comer? – perguntou.

– Não precisa falar duas vezes. – levantei da cama, calçando meus sapatos que estavam ao pé da cama.

– Nunca imaginei que viveria para ver Dominique Weasley de vestido. – zombou Scorpius.

Olhei para minhas vestes; havia me esquecido que estava com a camisa de James, que eu havia transformado em um vestido branco.

– Ah – joguei a cabeça para trás. – Estou com preguiça de trocar de roupa.

– Você continua gata. – segurou meus ombros, empurrando-me de volta para cama. – Mas vai ficar descansando, ordens da enfermeira.

– Argh – gemi, irritada. – Não é justo. Eu passo a noite toda acordada na forma de um lobisomem, vomitei e desmaiei, para chegar agora e não poder comer? – gritei.

Maldita lua cheia, praguejei em pensamento.

– São ótimos argumentos. – ponderou Scorpius. – Mas não mudam nada.

James Sirius Potter

Cheguei no Salão Comunal da Grifinória, subi as escadas do dormitório masculino, entrei no meu quarto e larguei-me na minha cama. Meia hora depois, fui acordado pelo meu colega de quarto Jordan.

– Cara, você parece uma merda. – falou, mexendo em meus pés, para chamar minha atenção. – Onde você esteve a noite inteira?

Então Fred invade o quarto, já respondendo:

– Você não sabe da noite maravilhosa que tivemos ontem, Jo? – sorrindo, como um louco. – Não deu para escutar os gritos?

Eu apenas ergui o dedo do meio para aqueles idiotas e fui tomar um banho gelado, para despertar. Fiz a tradicional higiene matinal, vesti o uniforme e desci para o café.

Chegando lá, com os olhos, revistei o Salão inteiro, procurando por Dominique. Quando não a vi, fiquei preocupado, então comi rápido e fui procura-la na enfermaria.

Ela estava em um dos leitos, no fim do corredor e ao lado direito, comendo raivosamente uma gelatina; ela parecia querer furar o pote com a colher.

– Hey, Domi, porque você está assassinando a gelatina? – perguntei, divertido.

– Porque não é um bife mal passado. – respondeu, ainda batendo com a colher.

– Precisamos conversar. – falei, assumindo um tom sério.

Ela suspirou e colocou sua gelatina de lado.

– Primeira pergunta?

– Você é um lobisomem...

– Sim.

– Não foi uma pergunta, foi uma afirmação. – disse. – Agora, por que você foi embora?

– Eu fui para a casa da minha avó durante as férias, você sabe, como minha família sempre faz. – explicou. – Então, minha avó veio com a conversa de que eu estava tornando-me uma Veela e que eu deveria ficar com e com pessoas iguais a mim, ou seja, ir para Beauxbatons. E, um ano depois, veio a transformação de lobisomem. Achei que seria mais seguro não manter contato com vocês.

– É só isso? – perguntei, irônico.

Nós dois sorrimos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Merecemos reviews?
No próximo capítulo terá uma quebra de dois meses e uma super surpresa. Porém, não sei quando será postado, dependerá dos comentários, provavelmente.
Bjus