Operação Cupido. escrita por Mrs Prongs


Capítulo 7
| ‘Cause she's not invisible anymore.


Notas iniciais do capítulo

*Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom*

WASSUP?
E aí amoras? Como estão?
Gostaria, antes de tudo, de pedir desculpas pela “demora”. O cap estava pronto desde sexta feira passada, porém eu estou sem internet e me encontrei impossibilitada de atualizar a fanfic. Nesse momento eu estou roubando internet dos outros, então me amem HASUHAUS.
E aí como foram de dia dos namorados? Passaram com os loves de vocês, ou ficaram em casa assistindo serie? Se a resposta for a segunda opção NÃO SE DESANIMEM. Nem fiquem pra baixo com isso. COM CERTEZA, o dia dos namorados de vocês foi melhor que o meu – mesmo se vocês ficaram em casa fazendo um grande nada. Senhor, só de lembrar me dá calafrios.
E AGORA QUERO DIZER QUE OPERAÇÃO CUPIDO CHEGOU A MARCA DE 101 REVIEWS. Muito, muito, muito obrigada à vocês amoras – que me incentivam a não deixar esse draminha adolescente morrer, até porque eu amo escrever em OC! A fanfic têm 101 reviews, 19 favoritos e 240 acompanhamentos. Então fantasminhas apareçam e me dêem um “oi”. A tia prongs aqui não morde. A Tia Prongs é uma Hunter, mas ela é uma Hunter legal com fantasmas legais. Então sem pânico. HAUSHUAS, mas serio, quero agradecer até aos fantasminhas. Obrigada por todo o apoio pessoal, vocês são as melhores leitoras/leitores que eu poderia querer.
Sobre o capitulo: LILY EVANS MOSTRANDO “AQ” VEIO! Vamos ver essa ruiva abalar a HHS. Eu, particularmente, gostei muito dele, porém quero saber o que VOCÊS acharam.
Capitulo inspirado em um capitulo da fanfic “Todas Contra James” da diva da Maria. INSPIRADO. Nada de copia, nada de plágios, nada de nada desse tipo HUAHS. Digamos que apenas quando eu estava escrevendo eu pensei: WOW, isso me lembra um pouco uma fanfic mega diva que eu li à um tempão atrás.
Enfim, é isso.
Vejo vocês nas notas finais.
Enjoy it.
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*Malfeito, feito.*



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|| Anteriormente em Operação Cupido...

– Vamos ruiva. – o James chamou entrando no seu próprio carro.

– É Evans para você Potter. – a Lily resmungou para não perder o habito fazendo o moreno rir enquanto entravam no carro no banco da frente. O porta-malas e os bancos de trás estavam lotados de sacolas.

– Amanhã será um dia diferente. – o maroto comentou enquanto pisava no acelerador e olhava de relance para ela, com as orbes chocolates mais uma vez ocultas pelo óculos escuro.

– Nem me fale. – a Lily concordou baixinho enquanto encostava a testa na janela do carro e observava a paisagem passar quase como um borrão em alta velocidade.

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| 'CAUSE SHE'S NOT INVISIBLE ANYMORE.

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Já era noite e Lily observava com uma careta as muitas sacolas de roupas e sapatos que estavam espalhadas pelo seu quarto. Ela ainda mal conseguia processar todos os acontecimentos do dia. Não importava quantas vezes ela repassasse mentalmente os fatos e em que ordem o fizesse, nada parecia fazer muito sentido. Em retrospectiva, a ruiva sequer conseguia lembrar mais como havia se metido nisso e o porquê o fizera. A perspectiva do dia seguinte, remexendo seu estomago como se a comida que ela mal havia ingerido o dia inteiro ameaçasse voltar, a fazia se questionar inutilmente se aquilo seria uma boa idéia.

Mas era tarde demais para arrependimentos.

Ela cumpriria sua parte no plano e conseguiria a sua vaga no jornal da escola.

Simples. Fácil.

O que poderia dar errado afinal?

Com um suspiro, Lily começou a organizar tudo em seu devido lugar. Com muita sorte – palavra que era desconhecida no vocabulário da ruiva conhecida como “miss azar” – seus pais, nem a sua irmã, estavam em casa quando a mesma chegou com as dezenas de sacolas, poupando assim explicações que ela sabia que teria que dar depois. Pelo menos, sobraria mais tempo para pensar em uma desculpa. Não achava que a que tinha arranjado seria suficiente. Ela soava patética, toda vez em que a Evans ensaiava a dizendo enquanto olhava nos olhos acusadores de sua mãe.

A ruiva desde pequena tinha serias suspeitas que a sua progenitora tinha uma espécie de detector de mentiras implantado.

O som do seu celular tocando, a tirou de seus devaneios. Enquanto caminhava em direção ao aparelho para atende-lo, Lily fez um lembrete mental de trocar o toque de seu celular. Era um timming horrível a musica “girlfriend” estar tocando. Na verdade ela nem sabia direito o porquê seu toque de celular era esse. Ela sequer gostava dessa cantora. Franzindo de leve a testa para o numero desconhecido, ela deslizou a tela, atendendo o celular.

– Alô? Quem é o ser que me incomoda a essa hora da noite? – questionou com a sua paciência de sempre enquanto voltava a guardar as sacolas, com o celular apoiado no ouvido pelo ombro. Não podia imaginar nenhuma pessoa que pudesse lhe ligar àquela hora. Nenhuma pessoa que ela não tivesse o numero, pelo menos.

– Nossa, é assim que você atende o celular? – uma voz rouca e divertida perguntou, fazendo a ruiva parar um vestido a centímetros do armário enquanto uma careta de insatisfação tomava conta do seu rosto.

– Potter? – a voz da ruiva era incrédula e irritada. Sinceramente, a ultima coisa que Lily queria era ouvir a voz do maroto naquela noite. Achava que já tinha preenchido a sua cota pra uma vida toda. E olhe que ter uma cota para marotos era fora de seus princípios à pouco mais de vinte e quatro horas. – Como diabos você conseguiu o meu número?

– A Carly me deu. – pela resposta do moreno ele estava, claramente, prendendo o riso.

– Eu vou matar aquela loira oxigenada. – a Lily resmungou baixinho jogando a peça em suas mãos de qualquer jeito no armário e fechando o mesmo com força. Tinha que questionar as amigas DE QUE LADO ELAS ESTAVAM! – O que você quer Potter? – completou impaciente para o moreno.

– Nossa ruiva, pra que todo esse mau humor? – James perguntou divertido.

– Eu realmente não faço idéia, Potter. – a ruiva sorriu irônica, mesmo que o maroto não pudesse ver. – Ouvir a sua voz estava, claramente, na minha lista planos agradáveis para a noite. Logo abaixo de me jogar pela janela do meu quarto, vestida como a McKinnon.

– Tenho certeza que sim. – o moreno provocou. – Quer me contar qual eram os seus outros planos agradáveis para a noite e que me envolviam?

– Vá se foder Potter – Lily finalmente explodiu fazendo o moreno gargalhar gostosamente. O humor da ruiva, ou a falta dele, era algo que o divertia imensamente.

– Só liguei para informar uma nova parte do plano. – James mudou de assunto, apesar da sua voz ainda soar meio risonha.

– Que nova parte? – a ruiva questionou já na defensiva e com um mau pressentimento. Nada de bom poderia vir de um maroto. Nada.

– Você tem que ter uma entrada triunfal. – outra voz rouca falou.

– Black? – Lily perguntou confusa, ao ouvir o outro maroto soar através do aparelho.

– E Remus. Você esta no viva voz. – o Potter informou.

Se a ruiva estava com um mau pressentimento, ele agora tinha se confirmado. Se nada de bom poderia vir de UM maroto, algo vindo dos três com certeza era uma catástrofe.

– O que você quer dizer com “entrada triunfal”? – ela questionou já com medo da resposta.

– Não se preocupe ruiva... – como se lesse o seus pensamentos, James Potter riu. – Eu já combinei sua entrada com a Carly, que parece ter talento para essas coisas.

– Ela tem talento para foder com a minha vida isso sim. – a ruiva resmungou irritada enquanto se jogava na cama e ouvia a risada dos três marotos do outro lado da linha, desejando atravessar o celular e dar um murro naquelas carinhas presunçosas.

– Você sabe quem é o irmão mais velho da Carly? – James perguntou depois que conseguiu parar de rir.

– Sim. – Lily respondeu como se fosse obvio. E era. Só que o irmão da amiga já era universitário, ou seja, a ultima vez que ela o tinha visto fora a dois anos atrás já que o mesmo se mudou para os Estados Unidos para freqüentar uma faculdade de lá. – O Liam.

– Esse aí mesmo. – Sirius falou como se a ruiva necessitasse de uma confirmação.

– O que tem ele? – ela perguntou impaciente quando nenhum dos marotos concluiu o pensamento.

– Ele está na cidade, está em férias da faculdade. – o Remus explicou.

– De novo: E daí? – Lily questionou com cara de paisagem. Era obvio que ela sabia que o garoto estava em Londres. Carly havia lhe informado desse detalhe enquanto reclamava dramaticamente que quando o irmão estava em casa, sua vida se transformava em uma serie de desastres.

– Deixe-me explicar minha cara Lily. – o Potter assumiu, ignorando quando a garota resmungou um “Evans”. – O Liam era extremamente popular na época que freqüentava a HHS. Ele era como a gente.

– Se vocês não forem direto ao ponto, eu vou desligar o celular enquanto falo para irem tomar lá onde o sol nasce.

– Então adivinha no carro de quem e com quem você vai a escola amanha? – completou alteando de leve a voz e indo realmente ao que interessava.

Os olhos verdes dela se arregalaram.

– Como? – a voz da ruiva era incrédula.

Isso já era demais.

Quer dizer, beleza, ela conhecia o Liam. O cara era o irmão de uma de suas melhores amigas, por favor. Mas era basicamente isso. Ela nunca havia ficado em um cômodo com ele mais de meia hora (incluindo jantares na casa dos Hill) e decididamente nunca havia ficado em qualquer lugar sozinha com o mesmo. Para ela, ele era apenas o irmão mais velho de sua melhor amiga, o que tornava constrangedor ficar em qualquer ambiente com ele, já que para o mesmo ela sempre fora a amiga pirralha da irmã irritante. Eles nunca tiveram contato de verdade, já que quando a ruiva era mais nova e o mesmo ainda estava em Hogwarts, ela e a loira faziam de tudo para não encontrar o irmão adolescente presunçoso. E quando a mesma entrou na adolescência e finalmente notou que o irmão adolescente presunçoso também era gato, o mesmo se mudou de Londres e, desde então, apenas haviam se batido duas vezes – uma dessas vezes um encontro de dez segundos à dois anos atrás enquanto a ruiva corria escada acima na casa dos Hills.

– Isso aí. – o Remus falou calmamente parecendo alheio ao sentimento de indignação da garota. – Quase todo mundo da HHS sabe quem foi o Liam. Então se você for com ele já vai ser um impacto e tanto.

– Assim que você pisar os seus pesinhos em Hogwarts High School, você e sua cabeleira ruiva deixará de ser invisível. – Sirius acrescentou.

– Mas... – a ruiva começou a protestar, porém foi interrompida

– Já acertamos tudo com a Carly e ela disse que ta tudo certo. – James falou cantarolando provocativamente.

– Eu quero matar aquela loira. – Lily decretou irritada, já pensando em modos de tortura e pesando se sentiria muita falta da amiga e se valia a pena passar alguns aninhos na cadeia por isso.

Ah... valia.

– Eu também, podemos fazer isso juntos. – o Sirius propôs a tirando de seus pensamentos homicidas e fazendo a ruiva rir de leve, contra a vontade.

– Boa noite ruiva, até amanhã. – James falou já se preparando para desconectar a ligação. – Esteja pronta.

– É Evans, Potter. – Lily rebateu irada ao escutar o apelido, ouvindo risadas do outro lado da linha.

– Já disse... vai ser Evans Potter quando a gente se casar amor. – a voz rouca sussurrou provocante no outro lado da linha.

– Vai se...

–“... foder, Potter”. – o moreno provocou gargalhando em seguida, enquanto imitava a voz feminina dela. Traveco. – Eu já decorei. Vamos comigo?

– Boa noite Lily. – o Remus se despediu rapidamente e educado, interrompendo o que ele sabia que seria a terceira guerra mundial.

– Boa noite Red. – esse foi o Sirius que seguiu a deixa do amigo.

– Boa noite ginger. Sonhe com o gostosão aqui. – antes que a ruiva pudesse gritar com o Potter, ele desligou ao som de risadas.

Resmungando pragas para todas as gerações do moreno Lily terminou de arrumar tudo o que precisava e se jogou na cama adormecendo logo em seguida, seu corpo pedindo por um descanso.

Amanhã seria um longo dia.

.

[...]

.

– LILY ACORDA SE NÃO VOCÊ VAI SE ATRAZAR. – ouviu-se o berro delicado da mãe da ruiva no andar de baixo. Resmungando ela se levantou da cama e partiu para o banheiro, tendo a certeza de que lado da família ela havia herdado as suas cordas vocais.

Enquanto tomava um banho e escovava os dentes, Lily se questionava mentalmente que roupa poderia colocar. Ela era nova nisso. Normalmente e usualmente, a garota pegava a primeira peça que via pela frente e enfiava no corpo, não se importando muito com a sua aparência quando se tratava de ir para a HHS. Ninguém nunca iria reparar na mesma.

Porém, ao que parecia, os dias disso haviam acabado.

Enquanto bagunçava o armário que a mesma havia arrumado ontem a noite em busca de uma peça, dois apitos seguidos chamaram a sua atenção em direção ao celular que estava em cima da cama. Duas mensagens chegaram praticamente ao mesmo tempo, como se houvessem sido cronometradas.

Deixando de lado a guerra perdida, a ruiva caminhou rapidamente em direção ao aparelho. Rolando os olhos, ela abriu primeiro a mensagem que tinha como remetente o nome “protótipo de homossexual”, sentindo uma satisfação infantil com o fato, já que havia colocado aquilo logo depois de desligar a ligação com o Potter na noite anterior. Achava que combinava perfeitamente com ele.

“Preparada para hoje, ruiva? xx seu amor”

Resmungando um “idiota” para si mesma, Lily respondeu o mandando tomar onde o sol nascia para em seguida abrir a mensagem onde o remetente era um numero conhecido e a foto de uma loira aparecia logo em cima.

“Como eu sei do seu não talento para escolher roupas, vou dar uma dica (não que eu seja muito melhor nisso também, mas descobri que consigo ser melhor nisso que você. Até uma porta é melhor nisso que você ruiva. Sinto muito, amo você). Use aquele vestido vermelho e folgadinho que a gente comprou e aquela sapatilha dourada que eu escolhi. Lembra da maquiagem! O Liam vai passar pra te buscar às sete e vinte. Esteja pronta. Te vejo na escola!

Ps. José Maria vai se sentir trocado.

Ps². Você me deve uma! Tive que prometer que lavaria o carro do Liam pra ele me prestar esse favor! Adivinha QUEM vai lavar esse carro? Se você chutou que não serei eu, está certa. Espero que saiba limpar direitinho, gata.”

A ruiva resmungou coisas incompreensíveis quando notou que, além de que teria que lavar um carro por uma idéia que não havia sido dela, a melhor amiga ainda tinha se bandidado para o lado do inimigo.

Pegou o vestido que era realmente bonito, e a sapatilha dourada que era fofa e reservou um segundo para reparar no bom gosto da amiga. Sabia que das três, Carly sempre havia sido aquela que era bonita e tinha talento para gostar e escolher coisas bonitas. O ponto era que ela raramente se importava com esse fatos banais como parecer atraente. Isso lhe era natural, sempre fora. Lily sempre se surpreendia com o fato dela conseguir passar despercebida, já que aquilo parecia requerer um esforço muito grande da parte da loira.

Com um suspiro a ruiva tratou de colocar o vestido que tinha um decote que valorizava o seu busto e batia no meio das cochas. Nem curto demais nem tão longo quanto ela desejava ardentemente que fosse. “Na medida certa” como havia dito o próprio James Potter com um sorriso torto. Possuía um tecido que abraçava o corpo da ruiva e realçava as curvas que a mesma nem sabia que tinha.

Depois de uma batalha enorme com a maquiagem – item que Lily não era muito fã – com seu fardo que eram os cílios ruivos, seus cabelos batendo na cintura em graciosos cachos já que o mesmo havia decidido colaborar naquele dia, e devidamente vestida, a ruiva começou a descer as escadas já com seus materiais e celular em mãos.

Assim que pisou na cozinha, os olhos do pai, da mãe e da irmã vieram imediatamente para ela.

– Que milagre aconteceu com você? – a delicadeza de Petúnia era tão comovente quanto a da irmã. Porém o choque em seu rosto era realmente ofensivo.

– Milagre nenhum. Um milagre seria se você se livrasse dessa cara de cavalo sua. – a ruiva rebateu enquanto pegava um bolinho de chocolate.

– Você está maquiada. – a outra falou ainda não acreditando e ignorando a alfinetada.

– E?

– E de vestido. – Petúnia continuou.

– E você acaba de ganhar o premio de ser mais obvio do ano. – Lily sorriu irônica, incomodada com a situação.

– Mas...

– Você esta linda filha. – a mãe da ruiva falou sorrindo, e interrompendo a fala de Petúnia, parecendo notar o desconforto da outra.

– Obrigada mãe. – falou simplesmente e suspirando. Sabia que a sua progenitora estava se questionando a razão da mudança de estilo e pelo sorriso meio divertido, sabia que ela pensava que tinha algum garoto na equação. Infelizmente tinha, mas com certeza não era do jeito que ela estava pensando. Na verdade, se ela soubesse da situação, Lily achava que ficaria de castigo até seus oitenta anos. Porém, sua mãe não fez nenhum comentário a respeito, não na frente de seu pai, pelo menos.

A ruiva sabia que teriam uma conversa depois.

– Porém... – sua mãe chamou a atenção, franzindo de leve a testa. – Não lembro de você ter esse vestido.

O-ou. Então uma buzina se fez ouvir do lado de fora e a ruiva se sentiu profundamente aliviada por ter se livrado de mais longas explicações, apesar de saber o que a aguardava lá fora. E ao pensar nisso ela teve que suprimir uma careta, ao mesmo tempo em que murmurava resumidamente que o vestido fora um presente da Carly.

Ela iria pegar carona com um garoto que ela mal conhecia, em direção ao colégio e conseqüentemente à todo aquele plano maluco que parecia ainda mais insano agora que estava a momentos de começar.

– Acho melhor ir se não vai se atrasar princesa. – o pai falou sorrindo pra ela que assentiu e se dirigiu para a porta, deixando a cozinha, sem mais nenhuma palavra.

Abriu a porta calmamente depois de respirar fundo e deu de cara com um deus com um sorriso brilhante. Para ser sincera um Deus Grego, mais precisamente Apolo, porque Oh God... ele era quente.

Liam Hills era o que muitas garotas descreveriam como o homem dos sonhos. Alto, forte, olhos azuis, loiro, sorriso torto e branco. E com uma capacidade gigantesca de quebrar o coração de qualquer pobre desavisada com apenas um estralar de dedos e duas palavras bonitas ditas por aquela voz rouca. Lily lembrava que ele era bonito desde sempre, até desde antes dos hormônios femininos de adolescente dela começarem a reparar nisso, porém os anos lhe faziam ainda melhor. Torceu de leve a boca ao pensar o quanto a genética da família Hills era boa. E o quanto isso era irritante.

– Hey Evans. – ele pronunciou com aquela voz rouca e um sorriso torto e fácil que só uma pessoa que foi bonita a vida toda tinha.

– Liam. – a ruiva o cumprimentou de volta falando simplesmente enquanto fechava a porta e caminhava ao lado do loiro em direção ao carro.

– Sabe... a Carly me falou do plano. – ele falou depois que deu a partida no carro e olhou de relance para ela que olhava de forma determinada pela janela, com um sorriso divertido.

– Ela disse?! – a cabeça de Lily virou tão rapidamente em direção ao cara, que ela pensou que seu pescoço poderia ter estralado. Seus olhos verdes se arregalaram.

– Sim. – Liam riu roucamente, parecendo se divertir como nunca. – Foi uma das condições para eu aceitar isso. E eu ainda estou tentando achar a amiguinha pirralha da minha irmã mais nova que era a senhorita “eu sou certinha” e que jamais aceitaria um plano desse.

– As pessoas crescem. As pessoas mudam. – a ruiva falou evasivamente, enquanto planejava o assassinato de Carly Hills.

– É. Eu notei. – ele falou sorrindo e Lily tentou ignorar o olhar que ele lhe mandou. E principalmente a vermelhidão que queria surgir no seu rosto com o ato.

Depois disso um silencio meio carregado invadiu o carro, que seguia em alta velocidade em direção a HHS pelo caminho já tão conhecido. A ruiva se sentia estranha com a situação e estranha com o fato de que Liam parecia sempre imensamente à vontade com tudo. Duvidava que aquele cara fosse capaz de se sentir constrangido. Vergonha deveria ser algo que não existia em seu vocabulário.

Lily nunca havia sido o tipo de garota que morreria de amores pelo irmão mais velho de sua melhor amiga – nem mesmo no inicio da adolescência, com seus hormônios a flor da pele. Que Liam era lindo isso ela sempre pode notar, porém sempre o achou intimidante e “irmão da melhor amiga” demais para fazer o papel de pirralha apaixonada.

– Chegamos. – ele anunciou animado assim que estacionou o seu Sorento na frente da escola, depois do que pareceu a ruiva uma eternidade. Muitos estudantes tinham parado o que estavam fazendo para olhar. O carro por si só chamava a atenção, mas o dono dele chamava muito mais. Todo mundo ali conhecia Liam Hills.

– Obrigada. – a ruiva agradeceu sorrindo placidamente e quando ia sair o Liam a impediu de abrir a porta, se inclinando para ela e segurando a mesma. A ruiva ergueu uma sobrancelha para ele.

– Vou te dar uma dica... – ele começou sorrindo calmamente. – Eu conheço garotos como o James, porque bom... eu fui assim. E ainda sou um pouco, admito. Sei que você esta fazendo tudo isso por um acordo, mas não se deixe... envolver demais.

– Não se preocupe. – ela o tranqüilizou, achando aquela advertência desnecessária.

Você que tem que se preocupar. – o Liam falou abrindo a porta do seu lado, saindo do carro e vindo abrir a porta da Lily, a ajudando a sair do carro em seguida. Como um perfeito cavalheiro que ele era. Um cavalheiro que andava em cima dos muitos corações que ele havia partido. Ele não soltou sua mão, ficando de frente para ela. – Garotos como o James, o Sirius, o Remus... e eu, sabemos ser muito... persuasivos. Basta a gente querer. – completou sua fala se inclinando levemente para a ruiva.

Ela olhou nos olhos azuis dele, se sentindo constrangida e meio quente com a proximidade desnecessária. Proximidade que ela não conseguia desfazer. Liam Hills tinha aquela áurea de “heartbreaker” que não permitia garotas se afastarem quando ele queria o contrario. Ele passou levemente a mão pelo rosto dela e se inclinou lhe dando um pequeno e simples selinho, antes de mover seus lábios até a orelha da Lily que ainda sentia os seus formigarem com o toque casto e inesperado.

– Viu? – sussurrou e depois lhe deu um beijo na bochecha. – Boa sorte com isso Lily. Não queremos ver a ruiva sabe-tudo com o coração quebrado, não é? – desejou e em seguida piscou para ela dando a partida no carro e se afastando dali.

Ainda meio em choque, a ruiva observou o Sorento dobrar a esquina.

Quando Lily se virou de frente para a escola viu que não tinha uma única pessoa que não olhasse para ela. Ou para a cena que havia acabado de acontecer. De longe ela pode ver Carly e Dorcas suprimirem sorrisos e os Marotos a olharem de cima a baixo com os olhos arregalados, assim como muitos meninos.

Com um micro sorriso no rosto ela começou abrir caminho entre os estudantes.

Adeus invisibilidade.


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Notas finais do capítulo

*Lumus*

E então? O que acharam amoras?
Não esqueçam de deixar a opinião de vocês.
Vamos então ao fato do dia, reclamação do dia e pergunta do dia.
Fato do dia: EU PRECISO DE UM ALEX NA MINHA VIDA. Não sei se sabem, mas eu não sou uma pessoa/leitora que curte muito romances. Leio, porém é difícil achar um que eu diga “porra, esse sim valeu a pena!”, porque eu costumo pensar na maioria desses livros de romance como uma sucessão de fatos repetidos que você pode observar em cada obra, só com os personagens com nomes diferentes (detesto Nicholas Sparks, faz parte). Então quando me falaram: “Mari, leia Love, Rosie” eu adiei por muito tempo. Coloquei outros livros como prioridade, até que finalmente resolvi pegar o mesmo para ler. COMO EU ME ARREPENDO DE NÃO TER LIDO ANTES. Gente, o livro é incrível. Existem poucos livros de romance tão bons quanto. Você se afeiçoa a personagem e a vida dela e se sente parte daquilo. Sofre, fica com raiva, fica frustrada (muito) junto com a Rosie. E quando você menos percebe já está torcendo por ela e por aquela historia e quase morre de abstinência quando chega ao final. Porque eu sofri de abstinência no final desse livro (como eu sempre sofro quando termino um livro bom) e fiquei me perguntando o porquê de eu não ter um Alex. O porquê de você não ter um Alex. O porquê de todas nós não termos um Alex. Deveria ser lei toda garota ter um Alex na sua vida. Eu aprovaria. Então além do fato de “Love, Rosie” ser um livro excelente (e a adaptação ser estrelada por Lily diva Collins e Sam gostoso Cafflin) fica aqui também como uma recomendação da tia prongs aqui para vocês. Leiam!
Reclamação do dia: “Shippers improváveis”. GENTE, POR MERLIM, HÁ LIMITES PRA FALTA DE BOM SENSO, MIGOS. Gente, eu estou chocada. Eu rodo esse mundo de fics há anos, e eu já vi coisas bem bizarras, mas tem coisas que você nunca deixa de se surpreender. Eu sou mega chata com fanfics – admito. Não é qualquer historia que realmente me prende e é algo difícil de acontecer, porém eu não sou de eliminar historias e ser preconceituosa com elas por causa de shippers presentes na mesma. Pra mim sendo bem fundamentada, tendo uma boa escrita, um enredo bom, não importa o shipper. DESDE QUE ESSE SHIPPER TENHA L-O-G-I-C-A. Estou desabafando essa reclamação, porque há limites amigos. Eu não gosto de vários shippers, admito. Não gosto de James/Dominique (apesar de já ter lido fanfics que tinha esse shipper e gostado da FANFIC), Snape/Lily (pra uma jily shipper como eu, isso é uma ofensa), Snape/com-qualquer-ser-do-sexo-feminino. Mas eu leio “Fremiones”, “Dramiones”, “Georgimiones”, “Tomiones” (meu Merlin, cês já perceberam que colocam a Mione com todo mundo que tem um amiguinho no meio das pernas?), eu aceito todas essas – shippers que não aconteceram e nem aconteceriam no contesto de HP – porque eles tem fundamento e varias coisas que podem ser exploradas. Não existem, mas são coisas que se pode aproveitar. E eu digo que há varias fanfics EXCELENTES desses shippers e algumas até melhores do que algumas fanfics com shippers reais. AGORA POR MERLIN ME CRIAR UMA FANFIC DUMBLEDORE/HERMIONE, SNAPE/HERMIONE, HERMIONE/FILCH, HERMIONE/GINA É FORÇAR NE? SABE A BARRA? NÃO A FORÇE! Há limites. Há regras. ISSO NÃO DÁ!. Estou falando isso porque eu passei por uma situação em que eu vi uma fanfic com esses shippers loucos, insanos, ontem. Eu estava procurando uma fanfic em que tivesse o Fred como personagem principal (a propósito se souberem de alguma, estou aceitando indicações – de preferência que já esteja concluída) não importava com quem fosse o par dele. Então eu fui pesquisar numa boa e vocês não tem idéia do horror que eu me deparei. Uma fanfic onde o par do Fred era – pasmem – o George. Era um “weasleycest” como a própria autora nomeou. Eu precisei de um segundo para assimilar e depois mais um segundo para querer arrancar meus olhos ou “desver” aquilo. Sei que há respeito e tals – e eu respeito gosto, opiniões e tudo mais – porém vamos manerar nas drogas. Tem coisas que são possíveis e tem coisas que não. Isso também vale pra shippers. Porém né, vivemos em um país – teoricamente – livre. Cada um escreve e compartilha o que quer. Cada um tem seus gostos. Se alguém gosta de um dos shippers que eu afirmei serem escrotos, não se ofenda porque eu os acho escrotos – é a minha opinião. Vou respeitar você (mesmo internamente achando que você tem probleminhas). Mas só queria deixar claro que eu nunca mais serei a mesma depois de ontem. NUNCA MAIS.
Pergunta do dia: COMO O CAST PARA SHADOWHUNTERS PODE SER TÃO PERFEITO? Gente, falem o que quiser, mas o cast pra esta série está DESTRUIDOR. Claro que eu adoro a Lily (ela é uma atriz incrível e representou bem a Clary no filme, apesar da ruivisse não convincente) e amo/sou o Jammie. Porém, não podemos negar que o Dom e a Katherine estão fodedores como Clace. Eu vou entrar em combustão espontânea daqui até que shadowhunters seja lançada ainda ano que vem. PRECISO DISSO E PRECISO LOGO. Sempre vou ter um carinho enorme pelo cast do filme (apesar do filme ser uma bosta) e queria MUITO que Godfrey continuasse como o Magnus na série (honestamente é humanamente impossível superar aquele deus). Porém, como nem tudo é como a gente quer, temos que aceitar o que vier. Então quero dizer que todo o cast do filme sempre irá ter um lugar no meu coração e QUE VENHA SHADOWHUNTERS PESSOAS PORQUE É ISSO QUE O POVO QUER!
Por hoje é só.
RECADINHO PARA AS LEITORAS DE DOCE IRONIA: OS PAPÉIS SE INVERTEM: EU vou atualizar, eu juro. Hauhsaus, é só que eu estou tendo problemas com tempo. Mais uma vez. Pretendo escrever amanhã e se eu terminar amanhã mesmo eu posto. Se não, no meio da semana o capitulo vai estar disponível.
Nossa, eu falo demais.
Xx
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*Nox*