O dia acordou ensolarado, e Cecília estava feliz. Ela levantou e se arrumou. Pois um vestido amarelo e sapatilhas brancas, que tinha separado especialmente para seu aniversario.

De manhã ela foi para a piscina com a irmã, e antes do almoço Lucas chegou. Eles almoçaram e Lucas conheceu os pais de Cecília, depois eles foram para o jardim conversar.

Eles ficaram por alguns minutos fazendo perguntas um para o outro, enquanto Lucas mexia numa pedra branca brilhante que achara no chão.

–... Cor preferida? –disse Cecília

–Hm... verde. E a sua?

–Branco.

–Flor prefe...

–Lu... que tal uma corrida?

Ela sorriu do jeito que Lucas adorava, o sorriso de “ideia nova”.

–Preparar? –disse Lucas

–Apontar...

–Já! –disseram em uníssono.

Eles correram até a floresta, depois dentro dela.

–Para onde exatamente nós vamos? –disse Lucas.

–Para a casa...

Eles correram pela floresta, Cecília na dianteira. O dia estava ensolarado, e eles estavam correndo sem muita preocupação com o caminho. O momento estava perfeito, mas como tudo... ele acabou.

Cecília havia se esquecido do rio, e errou o caminho da casa. Ela caiu dentro do rio.

Lucas ouviu seu grito e o barulho de água. O sorriso sumiu de seu rosto, o brilho de seus olhos desapareceu, sua pele ficou pálida, e uma lágrima escorreu pela sua bochecha.

–Cecília!!

Lucas correu até o lago e pegou Cecília, que estava inconsciente. Havia um corte profundo em sua cabeça, que estava sangrando muito.

A esse ponto, Lucas já havia explodido em lágrimas. Ele tentou acorda-la inúmeras vezes, sem sorte. Ele a pegou no colo e a levou á sua casa.

Quando chegou, sua mãe começou a chorar, logo após o pai, e a irmã em choque. Eles entraram no carro e foram ao hospital.

***

Ao chegar lá, foram logo atendidos. Levaram Cecília para uma sala, com um tubo de oxigênio no rosto.

Lucas cutucou uma enfermeira e disse:

–O que estão fazendo com ela? Ela está bem? O que fazemos agora?

–Agora só podemos esperar.

Lucas estava inquieto, mas realmente não podia fazer nada além de esperar. Então sentou na cadeira branca da sala de espera, com os olhos inchado, e olhando para a cadeira sussurrou:

–Branco... sua cor preferida.