Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 temporada escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 4
Me perdoa...




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Hermione foi para a casa dos pais dela com o pequeno Ethan. Sua mãe queria saber o que aconteceu, mas ela não quis conversar sobre o assunto e pediu a eles se poderia passar uns dias ali. A mãe a aceitou de bom grado, mas ainda assim queria saber o que era. Só que não ficou perguntando porque pelo estado de Hermione, a coisa foi feia.

Hermione estava deitada na cama toda encolhida e abraçava um travesseiro. Chorava ao lembrar da cena do dia anterior. Como ele pôde? Depois de tudo que eles passaram. Ter essa cara de pau de trair ela... E dessa vez ele não foi drogado! Que filho da puta ingrato!

— Mamãe... — Ethan entrou no quarto e Hermione limpou o rosto com pressa.

— Oi, filho.

O pequeno subiu na cama e sentou ao lado dela.

— Quero ver meu pai.

Hermione ficou em silêncio olhando seu filho. Não queria encontrar Draco agora, mas... Seu filho precisava vê-lo. Que merda! Por que ela teve filho com ele?

— Vou ver se ele pode, tá bom?

— Tá bom — respondeu sorrindo.

Hermione sentiu um aperto no peito. Olhar seu filho agora fazia mal, pois ele era muito parecido com o pai, principalmente no sorriso.

— Agora vai lá almoçar, vai. Sua avó vai colocar um pratinho pra você.

O pequeno concordou e saiu do quarto.

Hermione ficou o dia todo na cama pensando e tentando entender porque Draco tinha feito tal coisa com ela. Será que ela errou em algo? Depois que o Ethan nasceu, eles se afastaram um pouco, mas pensou que fosse normal, afinal, cuidar de um bebê é bem complicado... E sei lá...

Alguém bateu na porta cortando seus pensamentos.

— Hermione?

— Oi, mãe.

— Vamos comer, filha. Está tudo pronto.

— Não estou com fome, mãe.

— Você não pode ficar sem comer.

Hermione suspirou.

— Ande logo antes que eu entre aí e lhe dê umas boas palmadas!

Depois de rir um pouco com o que sua mãe disse, ela levantou e foi comer. Ethan estava na sala brincando sozinho e as duas na cozinha comendo sentadas à mesa.

— Filha eu... Posso saber o que aconteceu?

— Mãe eu não quero falar disso agora.

— Tudo bem. Mas saiba que eu estou com você, tá bom?

— Obrigada.

— Mamãe — Ethan apareceu na cozinha.

— Oi, meu filho.

— Eu quero ver meu pai — disse com voz chorosa.

— Já disse que vou ver, filho...

— Mas eu quero agora — respondeu chorando.

Hermione respirou fundo.

— Tá bom, vamos. — Levantou da cadeira.

— Termine de comer primeiro, filha.

— Perdi a fome. — Pegou o pequeno no colo e saiu de casa.

Hermione seguiu até a casa deles e respirou fundo assim que parou no portão. Lentamente ela entrou no lugar. Assim que chegou na porta, Ethan desceu do colo dela e correu para dentro da casa. Hermione demorou a entrar e quando finalmente colocou os pés lá dentro, o pequeno descia as escadas.

— Papai não está em casa...

— Então vamos embora e depois voltamos ok?

— Por que a gente vai ficar com a vovó? Eu queria ficar em casa.

Hermione ajoelhou no chão para ficar da atura dele.

— Vamos ficar uns dias na casa da vovó ok? Depois vamos arrumar outro lugar para ficar.

— Por quê?

— O papai e a mamãe precisam de um tempo sozinhos, filho.

— Mas eu não quero tempo de vocês...

Hermione riu.

— Você não, filho, só eu e ele.

— Hum...

— Vamos?

— Quero ir no trabalho do papai.

— Ele não está lá, filho — respondeu nervosa.

— Tá sim!

— Não está.

— Tá sim!

— Eu disse que não!

O pequeno fez cara de choro.

— Agora vamos. — Pegou ele no colo e saiu de dentro da casa.

Assim que saíram, encontraram Draco no jardim, estava chegando em casa agora. Ethan sorriu largamente e se mexeu para descer do colo de Hermione. Ela o colocou no chão e ele correu de encontro ao pai.

Draco abaixou e abriu os braços para recebê-lo. O loiro pegou o menino no colo e olhou Hermione. Ela desviou o olhar dele.

— Eu não quero ficar na casa da vovó. Quero ficar aqui.

Hermione suspirou.

— Eu já expliquei, Ethan.

— Vamos voltar, mamãe.

— Não.

— Eu quero ficar com o papai — disse manhoso.

— Deixa ele comigo.

Hermione riu sarcástica.

— Qual é a graça?

— Você não sabe cuidar de si mesmo. Acha que vai cuidar dele?

— Eu cuido muito bem do meu filho!

— Por isso que eu o levei comigo — disse cínica.

— Filho pode pegar um copo de água para o papai?

Ethan concordou e entrou na casa.

— A gente precisa conversar.

— Não. Você acha que precisa, mas não precisa. Você confessou, eu não gostei e nem quero ver sua cara por muito tempo. Fim.

— Hermione... — Se aproximou e ela foi pra trás.

— Mantenha distancia, por favor — disse seca.

— Me deixa explicar pelo menos.

— Eu não sou tapada. É simples. Você me traiu com sua ajudante ou o que quer que seja essa mulher. Não tem o que explicar, já entendi o que se passou.

— É mesmo? E o que foi?

— Está surdo? Acabei de falar.

— E os detalhes?

— Quer que eu saiba os detalhes? — falou alto. — Que porra de detalhe? Não acha que foi cafajeste o suficiente? Tem que me contar detalhes? Vai dizer o que? Que ela é melhor que eu na cama?

— Quer parar?! — falou alto e irritado. Estava cada vez mais perto dela.

Hermione ia andando para trás e brigando com ele. E quando ele perguntou isso, ela bateu as costas na parede.

— Ethan vamos embora! — falou nervosa.

Draco a segurou pela cintura com força e a fez prender a respiração.

— Fica aqui... — sussurrou perto dos lábios dela.

— Não! Me solta! — disse nervosa. — Seu nojento!

— Engraçado, não me achou nojento ontem quando estávamos na cama!

— Porque você ficou nojento depois que eu soube que me traiu, seu puto! — disse feroz.

Draco se aproximou de pressa e ficou com os lábios quase encostados nos de Hermione. Ela apertou os braços dele com força.

— Me perdoa...

Ethan apareceu e deu um pulo com um som forte que fez a mão da sua mãe no rosto de seu pai.

— Vai se ferrar! — Empurrou ele pra longe e pegou o pequeno no colo. O copo que ele segurava caiu no chão e Hermione andou em passos largos pelo jardim indo em direção ao portão. Ethan acenou para o pai.

Draco entrou em casa furioso e começou a quebrar as coisas que tinham ali. Depois de destruir metade da casa, ele sentou no sofá. Os retratos da família todos jogados no chão. Mas ele olhava um em especial.

O de seu casamento.

Hermione estava linda como sempre e Draco estava com um sorriso largo. Os dois dançavam. Alguém tirou essa foto na hora da dança.

Por que aquela magia acabou? E por que diabos ele ficou com aquela mulher? Maldição! Hermione nunca vai perdoá-lo por isso...

***

Ao ouvir alguém chamando, os dois se distanciaram na hora e Enrico tirou a mão da dela. Em pouco tempo Alyce se aproximou dos dois.

— Você está bem?

— Sim.

— Foi aquele negócio?

Clara a olhou repreensiva.

— Que negócio? — Enrico perguntou.

— Nenhum.

—... Já que está bem eu vou... — Saiu deixando os dois sozinhos.

— Você deveria voltar para aula.

— Não gosto daquela aula.

— Mas é importante.

— Eu não ligo.

Clara revirou os olhos.

— De que negócio ela falava?

— Coisa de família.

— E esse negócio de família te faz sonhar?

— Você não faz ideia... — respondeu olhando o lago.

— Já entendi, não quer me contar.

— Se você não lembra, não somos melhores amigos...

Enrico sorriu.

— Isso porque você é teimosa!

— Eu não sou teimosa! Você que é exibido e metido!

— Isso é o que você pensa!

— Eu não penso eu vejo! Você adora se exibir por aí e anda como se fosse o mais lindo do mundo — falou revirando os olhos.

— Está com ciúmes?

Silêncio. Clara o olhou por um momento e começou a gargalhar.

— Ciúmes?

— Sim. Ciúmes de quando ando por aí arrancando suspiro das garotas.

— Poupe-me! Eu não tenho ciúmes de você. Para ter ciúmes a gente tem que gostar da pessoa.

— E você não gosta? — Se aproximou dela.

Clara ficou tensa.

— Não.

— Tem certeza? — perguntou bem próximo a ela.

Clara podia sentir a respiração dele em seu pescoço.

— Eu tenho que ir! — Levantou de repente.

Enrico sorriu ao ver o nervosismo dela.

— Tudo bem. — Levantou também. — Melhor voltar para aula... Te vejo depois.

O loiro se aproximou depressa e deu um selinho em Clara. A menina arregalou os olhos. Ela ficou parada no mesmo lugar olhando Enrico, que andava de um jeito folgado saindo do jardim.

Clara colocou dois dedos nos lábios e sorriu.

— Merlin! O que foi isso?

Ela levou susto e virou para trás. Alyce saiu de trás da arvore.

— Você estava ouvindo nossa conversa?

— Claro! Tem dúvidas? Merlin! Ele te deu um beijo!

— Não...

— Ah deu sim que eu vi!

— Foi um selinho... — disse olhando em outra direção sem ser a de Alyce.

— Não importa! Ele te beijou!

— Alyce não vamos falar disso, tá?

— Ok. Mas você gostou?

Clara a olhou cansada.

— Diga sim ou não.

— Eu disse que não quero falar disso!

— Tudo bem. Mas você gosta dele.

— Alyce!

— Que foi? Eu vi que você ficou mexida e até sorriu...

Clara ficou vermelha e Alyce caiu na gargalhada.

— Que fofo! A pequena Clara está apaixonada!

— Sai de perto de mim Alyce!

A morena riu e saiu de perto dela. Clara respirou fundo. Que coisa! Alyce tinha que ficar espionando? 

Clara ficou mais um pouco ali sozinha e depois foi assistir a próxima aula. Não podia ficar de fora de nada!

Todos os alunos estavam sentados à mesa jantando. Alyce tagarelava no ouvido de Clara, mas ela não prestava atenção. Se quer tocou na sua comida.

— Você está bem? — Alex perguntou e não teve resposta. — Clara... — Tocou a mão dela.

— Uh? Oi...

— O que tanto você pensa?

— Só estou preocupada.

— Não se preocupa. Seus pais vão se acertar.

— Espero...

Depois do jantar todos seguiram para seus dormitórios. Clara não conseguia dormir. Estava agoniada. Precisava falar com seu pai. Mas como? Poderia tentar mandar uma coruja, mas se pegassem ela fora da cama? Ia mais uma vez ouvir sermões e não estava a fim.

Mas era urgente e ela precisava sair. Colocou um casaco por cima do pijama e saiu em silêncio. Precisava encontrar uma coruja.

Andava pelos corredores olhando todos os lados. Estava nervosa e afobada. Queria fazer isso logo e voltar para a cama.

— Caiu da cama?

Clara deu um pulo e virou para trás.

— Quer me matar do coração? — perguntou nervosa.

— O que faz fora da cama?

— Te interessa pra que?

O menino revirou os olhos.

— Eu nunca vi uma pessoa tão grossa como você! Por que fala assim comigo?

— Eu não sei...

— Então por que não para com isso?

— Desculpa...

— Desculpo se me contar o que faz aqui a essa hora.

— Preciso mandar uma coisa para o meu pai.

— Agora?

— Sim.

— Quer ajuda?

— Acho melhor não. Se alguém me pegar, você não sai no prejuízo.

O loiro sorriu de lado.

— Eu adoro correr riscos.

Clara sorriu.

— Vem. Sei um caminho mais curto. — Segurou a mão dela.

Em pouco tempo eles chegaram ao seu destino. Clara se aproximou da mesa e pegou a pena. Começou a escrever a carta para seu pai. Enrico a observava um pouco afastado. Não queria ficar perto, pois como ela era nervosinha, poderia apanhar se lesse a carta.

A menina suspirou ao ler a carta e a dobrou.

— Acabou?

— Sim.

— Então vamos.

Os dois subiram as escadas e chegaram à área onde as corujas estavam. Tinham muitas e de diferentes cores. Estavam dormindo.

— Acho que elas vão ficar bravas se acordarmos elas...

— E daí? Não é importante?

— É.

— Olha, aquela está acordada.

Clara olhou para onde ele apontava e viu uma coruja marrom paradinha no pedaço de madeira do telhado. A menina se aproximou, a coruja virou a cabeça de lado a olhando.

— Será que você pode me ajudar? — Fez carinho na cabeça dela.

— Você está falando com uma coruja — Enrico disse rindo.

A coruja fez um som baixinho como se respondesse à pergunta da menina e Enrico ficou em silêncio. Nunca viu algo assim na vida.

— Leve essa carta ao meu pai. É muito importante.

A coruja virou a cabeça como se prestasse atenção ao que ela falava. Em pouco tempo pegou o papel no bico e saiu voando dali.

— Isso foi esquisito...

— Por quê?

— Eu nunca vi uma coruja responder assim.

Clara desviou o olhar.

— É por esse tipo de coisa que eu sou a esquisita... — disse sem olhá-lo.

— Mas isso foi legal.

— Por que você fala comigo? Eu não entendo. A maioria dos Sonserinos não falam por achar que eu fiz alguma coisa para não ficar na casa...

— Eles acham que o chapéu errou.

— Mas ele também leva em consideração o que você deseja.

— Então você quis ficar na Grifinória?

— Sim.

— Mas ele te colocaria na Sonserina?

— Talvez. A chance era grande, na verdade.

— Hum...


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