Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 temporada escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 36
Passado




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No dia seguinte, os dois trabalharam como normalmente, mas Draco saiu mais cedo e foi direto para casa. Estava um pouco cansado devido a noite de amor que teve com Hermione, mas nunca contaria isso a ela, pois falaria que está ficando velho e isso não é verdade!

Hermione terminou finalmente tudo que tinha que fazer e saiu do trabalho. Resolveu comprar um café para esquentar o frio. Quando saiu do local, deixou o copo cair no chão e ficou paralisada. A pessoa que ela viu se aproximou e pegou o copo.

— Se quiser compro outro pra você.

— O que está fazendo aqui?

— Aqui é um lugar público, não é? — perguntou sarcástico.

— Se o Harry ou o Rony te virem...

— Eles vão me matar? Acho que não. Tem muito tempo e você agora tem marido e tudo, não é? — Se aproximou dela que foi pra trás.

— Sim.

O homem comprimiu os lábios.

— E você está feliz?

— Estava antes de você aparecer...

Ele sorriu ao ouvir isso.

— Não precisa ficar assim, Hermione. Eu não vou te fazer mal.

— Não me chame pelo nome — disse séria.

— Como quiser. Só não precisa ter medo de mim. Jamais faria você sofrer...

Hermione estreitou os olhos.

— Claro que não! Nunca fez! Por que faria agora? — falou cínica.

— Olha eu só fui embora porque Rony me ameaçou. Se ele não tivesse feito, eu me casaria com você.

Hermione riu alto.

— Eu tenho que ir. Tenho coisas melhores para fazer. — Deu as costas a ele.

— Tipo rolar na cama a noite toda com seu marido loirinho?

Hermione parou bruscamente e virou de frente pra ele de novo.

— Está me espionando?

O homem sorriu.

— Então é você que está rodeando minha casa!

— Bela casa por sinal...

— Seu idiota! O que você sabe? — Se aproximou dele.

— Sei muitas coisas... — falou aproximando o rosto do dela, Hermione se afastou com pressa.

— E o que você quer?

— Bom, no momento quero você.

Hermione se afastou quando tentou beijá-la.

— Sinto muito, mas você não vai ter. — Foi embora sem dizer mais nada.

O homem sorriu de lado e ficou observando ela ir embora.

Hermione chegou em casa ofegante e bateu à porta com força ao passar por ela. Logo andava de um lado para o outro em frente a escada.

— O que foi?

Ela olhou para cima e viu Draco parado no início da escada. Hermione tentou dizer, mas as palavras não saíram. O loiro desceu e se aproximou dela.

— O que aconteceu? Por que está tão branca assim?

— Descobri quem é o homem que está nos observando.

— Quem?

— Lembra do cara que... — Engoliu em seco.

— Que cara?

— O cara que...

— Fala Hermione!

— O cara que tirou minha virgindade.

Os dois ficaram em silêncio se olhando.

— O que ele quer? — perguntou sério.

— Disse que me quer...

Draco rosnou de raiva.

— E o que mais? — perguntou mais alto.

— Que sabe de algumas coisas... O que será que ele quis dizer? Será que sabe da Clara? Estou com medo. — O abraçou fortemente.

— Ele não vai fazer nada. Nem com você e nem com ela — falou acariciando os cabelos dela.

Só faltava essa agora! Além de tudo que estão passando esse animal volta? Ele quer morrer, só pode!

— Vou avisar os meninos...

— Que meninos?

— Harry e Rony.

— Pra que?

— Pra ficarem de olho nele ué.

— Eu posso muito bem defender você!

— Draco sem orgulho agora, por favor. Vou falar com eles pra ajudarem a gente a descobrir o que ele quer e o que sabe.

O loiro resmungou e desviou o olhar dela.

— Temos que saber o que ele sabe da Clara...

— Tudo bem.

Hermione beijou levemente os lábios dele e saiu de perto. O loiro ficou parado pensando o que poderia fazer com esse cara por tudo que ele já fez a Hermione...

***

Enrico deu um jeito de entrar em seu quarto pela janela para que seus pais não o vissem. O quarto dele era no segundo andar.

— Você é louco — falou enquanto ele entrou pela janela.

— Louco por você. — Se aproximou e a beijou.

— E como vai fazer amanhã? Eles vão saber que está aqui dentro, senhor espertinho.

— Eu vou sair antes que eles acordem.

Clara deu uma risadinha.

— Que foi?

— Tudo isso para dormir comigo?

— Claro! É muito gostoso sentir você em meus braços... — Se aproximou e beijou o pescoço dela.

— Enrico... Seus pais estão no quarto ao lado...

O loiro deu uma risadinha sem se afastar do pescoço dela.

— Estão dormindo — cochichou no ouvido dela.

— Melhor assim... — cochichou de volta.

Enrico sorriu e a olhou. Ela sorriu de lado.

— Ainda bem que minha cama é de solteiro...

— Por quê?

— Vamos ficar mais juntinhos... — Colocou ela deitada na cama e deitou por cima. Clara riu.

No dia seguinte ouviu um barulho e deu um salto na cama.

— Enrico! — Sacudiu ele.

— O que? — resmungou.

— Acho que alguém levantou e você está aqui!

O loiro abriu os olhos com rapidez.

— Cacete! — Saltou da cama. Ele tirou o pijama.

— O que está fazendo?

— Vou dar um jeito.

Clara ficou parada olhando-o trocar de roupa. Em pouco tempo pulou a janela. A menina nem queria sair do quarto. Estava com vergonha dessa situação toda. Maldita hora que aceitou que ele dormisse ali! Mas foi tão bom...

Alguém bateu na porta e ela deitou na cama e cobriu a cabeça.

— Clara... — era a voz de Alessandra.

A menina fechou os olhos com força, que vergonha!

— Clara... — Mexeu nela. Não tem jeito ela vai ter que "acordar".

A menina tirou a coberta do rosto.

— Bom dia!

— Bom dia.

— Desculpa te acordar, mas o Enrico trouxe uns pães fresquinhos da padaria.

— É mesmo?

— Sim. Estão quentinhos!

— Vou trocar de roupa e descer.

— Tudo bem — disse sorrindo e saiu do quarto.

A menina suspirou. Como ele fez isso? Clara mudou de roupa e desceu. Chegando à cozinha, Enrico sorriu largamente.

— Bom dia! — Deu um selinho nela.

— Bom dia...

— Sente-se, querida. Daqui a pouco os pães vão esfriar.

Clara sentou na cadeira ao lado de Enrico, estava tranquilo e com cara de santo. A menina o olhou com os olhos cerrados e ele sorriu maroto.

Depois de comer, os pais de Enrico se arrumaram para trabalhar.

— Olha lá vocês dois sozinhos ai hein!

— Pai! — Enrico repreendeu.

— Não quero brigas.

— Pode deixar. — Clara respondeu. Sabia que ele estava falando de Draco.

Os dois saíram da casa. Enrico ia subir para o quarto, mas Clara o segurou pela camisa.

— Como fez isso?

— Fui na padaria e comprei.

— Como?

— A padaria é aqui do lado.

A menina cerrou os olhos e Enrico sorriu.

— É sério. Onde mais eu arrumaria pão?

— Não sei e é melhor não saber.

— Poxa estou falando a verdade. — Fez biquinho.

— Tá bom.

Enrico sorriu.

O loiro se aproximou de Clara e parou de repente. A garota estava sorrindo para ele, mas de repente ficou paralisada olhando para a frente. Enrico olhou a direção que ela olhava e não viu nada. Então a olhou de novo e franziu a testa.

— Que foi?

Clara não respondeu e continuou do mesmo jeito.

— Você está me assustando...

Clara piscou e respirou fundo. A menina engoliu em seco e olhou Enrico.

— Eu preciso fazer uma ligação...

— O que aconteceu?

— Tive uma visão.

— Como foi?

— Eu preciso falar com a minha mãe... — Subiu as escadas correndo.

Enrico foi atrás dela. Clara pegou seu celular e ligou.

— Oi filha. Está tudo bem?

— Sim e você?

— Também.

— Tem certeza?

— Claro. Por quê?

 Tive uma visão agora...

— O que viu?

— Você e um homem conversando... Ele era alto e tinha o cabelo castanho, falava coisas estranhas. Mãe você sabe quem é?

Ficou um silêncio por um momento.

— Mãe?

 O que ele dizia?

— Que você não tinha escolha a não ser ficar com ele. Conhece ele?

— Filha a gente descobriu quem estava rondando a casa.

— Quem é?

 Um antigo problema...

— Não é mais antigo. Ele voltou e não está de brincadeira. Mãe ele vai usar meu nome para te chantagear.

As duas ficaram em silêncio. Clara conseguia ouvir a respiração ofegante de Hermione pelo telefone.

— Merlin!

— Você não pode fazer as coisas que ele pede, me ouviu?

— Clara eu não posso deixar ele te fazer mal.

— Ele não vai me fazer nada. Só quer usar isso para conseguir você. Eu não vou deixar que uma pessoa do seu passado venha e separe vocês dois. Ainda mais com ameaças — disse séria e olhou para frente.

Enrico estava sentado na cama a olhando. Clara andava de um lado para o outro enquanto falava com Hermione.

— Mas Clara ele pode contar para todo mundo sobre você...

— Não se você inverter o jogo.

— Como assim?

— Quando ele vier te ameaçar, porque isso vai acontecer... Você coloca uma pulga atrás da orelha dele. Pergunta se ele teria mesmo coragem de fazer isso, afinal, eu poderia ir atrás dele.

— Isso não é legal, Clara.

— Mas assim ele vai ficar com medo e não vai falar.

 Tem certeza?

— Absoluta. Ele quer você, mas tem medo de mim.

— Posso ir ai te ver?

 Claro, mas não traga o meu pai nesse horário!

— Por quê?

— Os pais do Enrico foram trabalhar. — Mordeu o lábio olhando o loiro, que deu uma risadinha.

— Ah! Não vou falar nada que vou ai. — As duas riram. — Te vejo daqui a pouco.

 Ok. — Desligou.

— Uau...

— Que?

— Você é incrível!

— Por quê?

— Além de ver o que acontece antes, tem umas táticas incríveis!

A menina riu.

— Por que não ficou na Sonserina mesmo?

— Porque escolhi a Grifinória.

— Ah é. Podia ter escolhido Sonserina. Ia se dar bem.

— Mesmo não escolhendo, está no sangue.

Os dois riram.

— Tem certeza que esse cara não vai fazer nada com você?

— Tenho, mas não estou segura de que minha mãe vai seguir o que eu falei.

A campainha tocou e os dois desceram. Era Hermione. Ela cumprimentou os dois e Enrico pediu para que se sentasse no sofá.

— Vou deixar vocês à vontade — falou subindo para o quarto.

— Promete que vai fazer o que eu disse?

— Não sei se consigo.

— Mãe ele não vai me fazer nada. Nem sabe onde eu estou.

— Mas ele pode denunciar.

— Ele não vai fazer isso se você falar o que eu disse.

Hermione ficou pensativa. Estava com muito medo do que poderia acontecer com Clara.

— Acredita em mim.

— Tudo bem.

— Ótimo. Quando ele vier te ameaçar, já sabe.

Hermione concordou.

— Vai dar tudo certo. Não quero você sofrendo por uma ameaça e muito menos por minha causa. Finalmente você perdoou meu pai verdadeiramente e não quero que isso seja quebrado.

— Eu só fico preocupada.

— Eu sei, mas não precisa ficar. Ele pensa que se usar meu nome, pode conseguir o que quiser com você.

Hermione engoliu em seco ao se lembrar do que aconteceu no passado.

— Tive pensando em ir para a Itália e ficar por lá.

Clara ficou em silêncio a olhando.

— Assim você estaria protegida e a gente ficaria juntas.

— Verdade, mas você vai mesmo ir?

— Você não gostou da ideia?

— Não queria ficar longe do Enrico...

Hermione sorriu.

— Ele pode te visitar quando quiser, filha.

— Mas vai ficar mais longe ainda.

— Ainda assim não é no mundo bruxo.

— É...

— Eu ainda não tenho certeza se vamos, mas já fale com ele sobre a ideia. Vou falar com seu pai também.

— Ok.

Hermione abraçou a menina e suspirou. Não estava mesmo preparada para encarar aquele cara...

— Melhor eu ir antes que seu pai perceba.

As duas riram.

— Obrigada pela visita.

— Obrigada você pelo aviso.

Hermione se despediu de Enrico e foi embora. Clara seguiu para o quarto dele em silêncio e sentou na cama. Estava com a cabeça baixa olhando o chão.

— Que foi? — perguntou sentando ao lado dela na cama.

— Minha mãe quer ir para a Itália.

Os dois ficaram em silêncio. Clara se aproximou e o abraçou forte.

— Não quero ficar longe de você... — falou baixo e a apertou.

— Eu também não.

Enrico segurou o rosto dela com uma das mãos e a beijou. Clara o segurou pela camisa e o puxou para que deitasse por cima dela na cama. Em pouco tempo trocavam beijos intensos e apaixonados.

Clara se sentia tão bem, tão completa quando estava com ele. Todo o treinamento e ajuda que teve para manter a calma pareciam piada quando estava ao lado dele. Se sentia protegida, mesmo sabendo que talvez ele não pudesse a ajudar em nada. Mesmo assim se sentia tão calma, tão feliz.

Os dois tinham acabado de fazer amor, Enrico ainda estava deitado por cima de Clara e ela tinha os braços em volta do pescoço dele. Por um momento ela fechou os olhos e viu uma coisa que a deixou extremamente feliz.

— Que foi?

A menina abriu os olhos e continuou sorrindo.

— Vi uma coisa.

— O que?

— Não sei se te conto.

— Eu quero saber!

Clara ficou uns segundos o olhando.

— Vi um bebê loiro de olhos azuis.

Enrico franziu a testa.

— O que tem esse bebê?

— Era nosso.

O menino arregalou os olhos.

— Merlin! Você não está grávida, né?! — perguntou histérico e Clara caiu na gargalhada.

— Você não ficaria feliz?

— Eu ficaria morto isso sim!

A menina riu mais. Com certeza o Draco o mataria por isso.

— Tenho muito o que viver ainda! Por favor, fala que não!

— Não, Enrico.

O loiro relaxou os ombros.

— Quer me fazer infartar antes dos 20?

A menina riu.

***

Hermione chegou em casa e chamou por Ethan, mas ele não apareceu. Achou estranho e foi procurar o menino em seu quarto, mas ele não estava lá. Chamou um elfo e perguntou, ninguém tinha o visto.

— Merlin! — Saiu da casa e o procurou no jardim. Não estava em lugar nenhum. Será que estava com a Narcisa?

Quando ia entrar de novo na casa, parou bruscamente. O pequeno estava no portão e conversava com alguém. Assim que viu quem era, correu na direção de Ethan e o pegou no colo com rapidez.

— O que você pensa que está fazendo?

— Calma... Só estávamos conversando. Não é garotão?

— É, mamãe.

— Não chegue perto do meu filho!

— Eu não vou fazer nada com ele, Hermione. Somos amigos — disse sorrindo.

— Vai embora!

— Eu já estava de saída. Até mais Ethan!

— Tchau. — Acenou para o homem, que foi embora.

— O que você pensa que está fazendo, Ethan? — perguntou enquanto andava para dentro da casa.

— Estava brincando...

— Você não pode brincar com qualquer pessoa!

— Mas ele é meu amigo.

— Não, não é!

— Mas...

— Não quero que fale com ele nunca mais, me ouviu? — perguntou o colocando no chão assim que entrou em casa e ficou de joelhos para o olhar nos olhos.

— Por quê?

— Porque ele é um estranho e você não pode falar com estranhos. Esqueceu isso?

— Mas ele é legal...

— Ele é falso, Ethan. Está fingindo ser seu amigo.

— Como sabe disso?

Hermione ficou em silêncio. Ele estava a olhando com olhar triste.

— Porque a mamãe conhece ele e sabe que não é uma pessoa boa.

— Mas ele é bom comigo...

— Ele quem?

Hermione olhou para trás e Draco estava parado na porta.

— O moço que veio aqui. Ele me levou para brincar.

— Que moço?

— Filho vai pro quarto vai. E por favor, escuta a mamãe e não faz isso de novo, tá bom?

— Tá bom. — O pequeno subiu as escadas.

Hermione levantou do chão e virou de frente para o loiro.

— De quem ele está falando?

— Do Jacob.

— Quem é Jacob?

Hermione desviou o olhar.

— O idiota que me traumatizou.

Draco trincou os dentes.

— O que o Ethan sabe dele?

— Ele estava com o Ethan.

— Como assim?

— Eu não sei. Cheguei em casa e não encontrei ele em lugar algum. E depois ele chegou com o Jacob.

— Eu vou matar esse desgraçado! Quem ele pensa que é para pegar meu filho assim?

— Eu ia pensar duas vezes quanto a isso, mas agora não tem jeito...

— Está falando de que?

— Quero ir para a Itália.

— Itália?

— Sim. Levar a Clara e o Ethan para lá e ver se ficamos em paz.

— É uma boa ideia.

— Vou procurar casa por lá.

— Tudo bem.

Hermione deu um beijo nele e saiu de perto. Draco foi para o escritório e andou de um lado para o outro pensando em como podia pegar esse cara. Ficar em cima da mulher dele e agora usar seu filho foi demais! Ele merece um susto.

Mas se quer sabia onde esse infeliz vivia. Como o pegaria? Talvez um feitiço na casa que avisasse quando ele estaria lá fora para ele poder dá uma bela lição de vida nele...

É, não era uma ideia ruim...


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