Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 temporada escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 34
Escondida




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/570648/chapter/34

Draco e Hermione estavam na cama aos beijos. Depois de tudo que passaram, agora finalmente estavam em paz um com o outro. E parecia que tinha ficado melhor ainda a relação dos dois.

Um barulho na janela fez Hermione abrir os olhos. Estava deitada na cama e Draco por cima dela, os dois se beijavam e o loiro a apertava com desejo. Hermione o empurrou levemente e fez se afastar.

— Que foi?

— Tem uma coruja na janela.

— O que? Logo agora? Só pode ser brincadeira! — Levantou da cama com fúria.

Hermione deu uma risadinha. Ele saiu da cama num salto e estava sem roupa nenhuma.

— O que diz ai?

Draco engoliu em seco e continuou olhando o papel.

— Draco... — Sentou na cama. — O que foi? — perguntou ao ver ele mais branco do que já era.

— Coloque uma roupa...

— Por quê?

O loiro passou por ela e foi até o banheiro. Hermione foi atrás.

— O que está acontecendo?

— Minerva falou que quer a gente em Hogwarts agora.

— Por quê?

— Clara fez besteira.

— O que ela fez pra gente ser chamado lá?

— Ela mostrou seus poderes.

Hermione arregalou os olhos.

Os dois colocaram uma roupa e seguiram para lá. Quando chegou, Hermione já perguntou por Clara.

— Eu não sei onde ela está.

— Como assim não sabe?

— Depois de ter curado o Sr. Agnelo, ela correu e se escondeu por aí.

— Vamos procurar então!

— Ele também sumiu.

— Acha que fez alguma coisa com ela? — Draco perguntou feroz.

— Acredito que não, mas deve perguntar o que foi que aconteceu.

— Ela vai contar a ele... — disse Hermione.

— Acho que o problema não é o Sr. Agnelo e sim todos os outros que viram o que ela fez.

Hermione engoliu em seco.

— Foram muitos? — Draco perguntou.

— Não foram, mas todos no castelo já estão sabendo. Falei com os alunos na hora do jantar para não se preocuparem que tudo está sob controle. Mesmo assim estão assustados.

— E agora? — Hermione perguntou com medo. Draco a abraçou forte.

— Acho melhor levá-la pra casa. Estará mais segura lá.

— Eu também acho — Draco concordou com Minerva.

— Mas temos que achá-la primeiro.

Alguém bateu na porta cortando a conversa deles. Em pouco tempo um homem bem grande entrou no local. Andava lentamente e parecia cansado do esforço que fez em ir até ali.

— Hagrid! — Hermione se aproximou e abraçou ele.

— Cuidado com as costas...

Hermione se afastou.

— Você está bem?

— Bem, não é fácil ficar velho...

Ela deu uma risadinha.

— O que posso fazer por você? — Minerva perguntou.

— Encontrei dois invasores na minha casa... — Foi até a porta e puxou Enrico pelo uniforme o fazendo entrar na sala. Logo atrás, Clara apareceu. Hermione correu até ela e a abraçou forte.

— Por que estão aqui?

Draco foi até ela e a abraçou também.

— Você sabe porque eles estão aqui — respondeu Minerva.

Clara olhou o chão.

— Filha você não podia usar seus poderes...

— Eu sei mãe, mas o Enrico ia morrer...

Hermione olhou o loiro e suspirou.

— Tudo bem — disse a abraçando e beijou sua cabeça.

— O que vai acontecer agora? — perguntou olhando Minerva.

— O melhor a fazer é você ir para casa.

— Por quê?

— Os alunos estão assustados.

— Mas se eu for, eles vão mesmo achar que eu sou ruim.

— Eu sei, querida, mas eles não entendem o que está acontecendo e para sua segurança é melhor que vá.

Clara abaixou a cabeça.

Enrico se aproximou e segurou firme a mão dela.

— Mas eles não podem achar que ela é ruim. Ela salvou a minha vida!

— Mas quando coisas que não são comuns acontecem, as pessoas temem. O que ela fez foi incrível, mas para eles foi assustador. Não entendem que ela te salvou. Até porque ninguém viu o que você tinha, só o que ela fez.

Clara olhou o loiro, ele respirava rápido.

— Ela vai ter que ficar escondida? — perguntou aflito.

— Acredito que é o melhor a ser feito — respondeu Minerva.

— Por quê?

— Porque podem querer fazer mal a ela, Sr. Agnelo. Não podemos arriscar sua vida.

O loiro a olhou, a menina apertou a mão dele.

— Vou poder visitá-la?

— Claro — respondeu Hermione. — Mas você tem que manter esse segredo, querido. Não queremos que ninguém descubra.

— Tudo bem.

— Vamos embora — disse Draco.

— Posso me despedir dele?

— Claro que pode — disse Hermione.

Os dois saíram da sala de Minerva, ficaram na porta mesmo para que ninguém visse a Clara.

— Vou te escrever todos os dias.

— Acho melhor não...

— Mas eu quero falar com você!

— Sim e a gente pode fazer isso com celular, acredito que você tenha um.

— Tenho. Achei que você não tinha...

— Minha mãe foi criada por trouxas.

— É verdade.

Os dois riram. O loiro ficou sério e acariciou o rosto dela.

— Obrigado por me salvar. Arriscou sua vida com isso...

— Eu não me importo. Não podia deixar você morrer.

— Mas agora está correndo perigo de vida por minha causa — disse triste.

— Eu faria qualquer coisa por você. — Segurou o queixo dele fazendo com que a olhasse. — Eu amo você, Enrico.

O loiro ficou em silêncio uns segundos com os olhos arregalados. Em pouco tempo se aproximou e a beijou intensamente.

— Também te amo!

Clara sorriu.

— Melhor eu ir...

O loiro apertou a cintura dela, parecia que não iam se ver nunca mais.

— Te ligo hoje.

A menina riu um pouco. Depois de trocar os números, Clara entrou novamente na sala de Minerva.

— Podemos ir? — Hermione perguntou beijando a testa de Clara.

— Sim.

— Tomem cuidado — disse Minerva.

Os três desapareceram e Minerva ficou encarando o Enrico. O loiro franziu a testa.

— Hagrid nos deixe a sós.

— Sim, senhora. — Saiu dali lentamente.

— O que ela te contou?

— Tudo.

— Hum... Você entendeu que o assunto é sério e não pode ser discutido com ninguém?

— Sim.

— Você terá que se controlar quando alguém falar dela, Sr. Agnelo, mesmo que falem mentiras.

— Não posso defendê-la?

— Não.

— Por quê?

— As pessoas falam. Podem pensar mil coisas, como que ela te manipulou. Não queremos isso, certo?

— Claro que não.

— Então peço que se controle.

— Ok.

***

Quando chegou em casa, Clara foi direto para o quarto e se jogou na cama. Que merda ela foi fazer... Mas realmente não poderia deixar o Enrico morrer.

Hermione entrou no quarto e fechou a porta. Clara suspirou e sentou na cama.

— Eu sei que foi errado usar os poderes, mas...

— Não precisa falar nada, filha. O que você fez foi lindo. Salvou a vida de alguém.

— Mas agora...

Hermione se aproximou e segurou o queixo dela fazendo ela a olhar. Estava com os olhos cheios de lágrimas.

— Não se preocupa com isso, vamos dar um jeito. Só tenha calma.

— Eu sei.

— Como andam suas visões?

— Uma loucura.

— Como assim?

— Não sei explicar. Acontece muita coisa quebrada e eu não estou sabendo montar para saber o que significa.

— Entendo, mas são ruins?

— Não sei. É confuso.

— Tudo bem. Vamos cuidar de você daqui pra frente.

Alguns dias se passaram. Narcisa avisou ao Albern o que tinha acontecido e ele estava agora na casa deles para conversar com a Clara. Os dois estavam sentados no sofá. Clara estava com as mãos entre as pernas e não olhava o homem.

— Eu disse para não fazer isso.

— Mas ele ia morrer.

— Mesmo assim.

— Só que não podia deixar...

— Ele é seu namorado?

— Sim.

— Eu entendo.

— Mesmo?

— Sim, pena que não agi como você.

Clara o olhou finalmente. Olhava para cima como se recordasse de alguma coisa.

— O que quer dizer?

— Não é nada. Mesmo com tudo que aconteceu, você precisa continuar os exercícios para controle. — Levantou do sofá.

— Espera! Você sabe... Não fez a mesma coisa... — Refletiu um pouco e levantou do sofá. — Você também tem esse dom.

Os dois ficaram em silêncio se olhando por um longo tempo.

De repente vários passarinhos coloridos apareceram na sala e voaram em volta dos dois. Clara se assustou, mas depois sorriu um pouco olhando o homem.

— Por que não disse antes?

— Não me deram a liberdade de falar a sós com você como agora.

— Ninguém sabe disso?

— Não.

— Você controla bem?

— Sim. Não é tão difícil. Só fica complicado quando envolve pessoas que amamos.

Clara desviou o olhar.

— Mas não se preocupe. O que você fez foi mágico.

— Então é por isso que quando você chega eu sinto sua presença e também sinto um formigamento?

— Sim.

— E por que sinto esse formigamento com o Enrico?

— Seu namorado?

— É.

O homem sorriu.

— Você achou a pessoa para qual está destinada. É por isso.

Clara sorriu.

— Sentia isso também?

O olhar do homem mudou e os passarinhos sumiram.

— Sim.

— O que aconteceu?

— Perdi a chance de curar a pessoa que amava por medo do que fariam comigo. Fui um covarde. Você é uma menina muito corajosa.

— Na verdade impulsiva...

O homem deu uma risadinha.

— Nesse caso foi coragem. Você pensou no que eu disse na hora, mas mesmo assim o fez.

— Como sabe disso?

— Eu vi antes de acontecer.

— Claro.

Os dois riram.

Draco e Hermione estavam no quarto. O loiro andava de um lado para o outro e ela estava sentada na cama o observando.

— Já está bom! Vamos lá.

— Draco deixa eles conversarem!

— Mas...

— Ele está ajudando a gente e você com suas paranoias!

— Não quero que façam mal a nossa filha...

— Eu também não, mas ele mostrou que quer ajudar.

— Eu sei.

— Vem cá... — Bateu a mão na cama para que ele se sentasse. O loiro foi até ela e sentou onde ela apontou. — Vamos deixar eles conversarem e depois ela nos conta.

— Tudo bem... O que vamos fazer nesse tempo de espera? — perguntou alisando a coxa dela.

— Seu safado!

Draco sorriu.

— Assim eu não vou ficar lembrando que ele está sozinho com minha filha... — Se aproximou e deitou por cima dela.

— Você e suas desculpas. É só falar que me quer.

— Eu sempre te quero.

Hermione sorriu.

— E está esperando o que então?

O loiro sorriu de lado e atacou a boca dela com rapidez. As mãos dela foram direto ao cabelo dele. Quando ficava assim com ela, podia dizer que todos os problemas pareciam sumir, como se nem existissem...

Um tempo depois Draco estava deitado de barriga para cima e Hermione com a cabeça apoiada no peito dele.

— Agora eles devem ter conversado bastante, né?

— O que você pensa que ele vai fazer com ela?

— Tenho medo de que esteja mentindo e faça a cabeça dela para o mal...

— Draco a Clara nunca vai se virar para o mal assim.

— Como tem certeza?

— Pense no jeito dela. Não tem como ela ficar ruim.

— Vamos descer agora?

Hermione riu.

— Tá bom!

Os dois colocaram uma roupa e desceram as escadas, ao chegar na sala de estar encontraram os dois rindo.

— Está tudo bem por aqui?

— Claro — respondeu Clara.

— Que bom.

Hermione revirou os olhos.

— Quero pedir uma coisa a vocês...

— O que?

— Se posso vir aqui ajudar ela nos exercícios, afinal, Minerva não vai poder mais ajudá-la.

Os dois trocaram olhares.

— Podem ficar despreocupados. Ele é bom — disse sorrindo. Sabia que ele tinha os mesmos poderes que ela e que tinha escolhido o lado da luz.

— Tudo bem — disse Hermione.

— E você o que acha? — perguntou a Draco.

— Tudo bem.

— Venho todos os dias no fim da tarde.

— Ok — respondeu Clara.

— Até mais.

Hermione o acompanhou até a porta e depois voltou para onde a Clara e o Draco estavam.

— O que ele disse?

— Me deu umas dicas de como controlar os poderes com mais facilidade.

— Hum... Que mais?

— Draco!

— Pai você precisa confiar em mim agora. Ele não é o que você pensa.

— Como sabe?

— Eu sou diferente, lembra?

— Tudo bem.

— Obrigada. — Beijou o rosto dele. Ela beijou Hermione também e seguiu para seu quarto.

— Acho que podemos confiar nela.

— Eu sei. Eu só estou preocupado.

— Mas não precisa ficar. — Beijou de leve os lábios dele e o fez sorrir.

Assim que Clara chegou no quarto, viu que seu celular tocava. Ela correu até ele e atendeu.

— Pensei que tinha acontecido algo!

— Por quê?

— Estou ligando a um tempão!

— Está tudo bem. Esqueci meu celular no quarto.

— Estava na rua?

— Não. Na sala de estar.

 Entendi. Como você está? Estou com saudades.

A menina sorriu.

— Estou bem e morrendo de saudades também.

Enrico sorriu do outro lado da linha.

— Alguém está vendo você falar nesse celular?

— Não. Estou no armário de vassouras.

Clara deu uma gargalhada ao ouvir isso.

— Só aqui tenho paz.

 O que quer dizer com isso?

— Não é nada. Quero te ver logo...

— Assim que puder venha me visitar.

— Claro que vou! Em poucos dias vou aí.

— Estou ansiosa...

— Eu também.

— Está me escondendo algo?

— Por que essa pergunta?

— Só uma sensação...

Os dois ficaram em silêncio.

 Não estou.

— Tudo bem.

— Eu amo você.

Clara sorriu.

— Não quero desligar... Mas vão acabar me pegando aqui.

A menina deu uma risadinha.

— Depois nos falamos. Não quero que se prejudique por minha causa.

O loiro suspirou.

— Fica bem.

— Você também e se acontecer qualquer coisa, não me esconda.

— Tudo bem...

Os dois desligaram e Enrico respirou fundo. Vinha sendo perseguido pelos alunos por causa de Clara. Viviam implicando com ele e falando besteira a respeito da menina, mas como Minerva disse que ele teria que se controlar, não respondia a nada que provocavam. Alyce até ajudava ele quando tinha muitos alunos o "atacando".

A vontade dele era de estuporar todos eles, mas...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.