Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 temporada escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 29
É ele!




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— Do que você está falando? — Hermione perguntou assustada.

Clara alisou a barriga dela.

— O que foi Clara? O que não é bom? — Draco perguntou nervoso.

— Não consigo ver...

— O que? — Draco perguntou impaciente.

— O futuro dele...

Todos trocaram olhares, assustados.

— O que isso quer dizer? — Hermione perguntou com medo.

Clara pensou no que responder e achou melhor não falar a verdade.

— Não sei... Deve ser porque ainda é muito recente.

— São três meses.

— Mas ainda não deve dar para ver — disse olhando a barriga de Hermione.

— Eu preciso deitar... — falou se sentindo tonta.

— Vem comigo. — Draco a levou dali.

Ethan desceu do colo da avó e foi atrás de seus pais.

— O que você viu de verdade? — Narcisa perguntou e Clara desviou o olhar.

— Não vi nada.

— Não minta — Lucius falou sério.

— Então coloquem um feitiço contra som aqui.

Os dois trocaram olhares e Narcisa fez o que ela pediu.

— Pode falar agora.

— Não vejo futuro, porque não existe futuro pra ele.

— O que isso quer dizer? — Lucius perguntou confuso.

— Quer dizer que ele não chegará nem a nascer.

— Como tem certeza? — Narcisa perguntou com a mão na boca.

— Eu apenas sei... Não consigo se quer senti-la. Eu não sabia de nada, mas quando a vi... — Refletiu um pouco.

— Conte, querida — Lucius incentivou.

— Tem uma nuvem negra nela.

— Na Hermione?

— Sim. Bem no seu ventre.

Os dois trocaram olhares.

— Não contem pra ela.

— Não vamos contar.

Clara suspirou. E agora mais essa! A menina se despediu de seus avós e subiu as escadas seguindo até o quarto de seus pais. Quando chegou, viu Hermione deitada na cama, Ethan sentado bem perto dela fazendo carinho em seus cabelos e Draco segurava a mão dela.

— Está bem?

— Estou sim. Posso falar com ela um pouco? — perguntou olhando Draco.

— Claro. Vamos, filho.

— Por quê?

— Sua mãe quer conversar com a Clara.

— E por que eu tenho que ir?

— Anda logo, pirralho!

Ethan deu língua para ela e saiu do quarto com o pai.

— Como foi o baile?

Clara suspirou e sentou na cama. Hermione também sentou e ficou de frente para ela.

— O que aconteceu?

A garota contou toda a história a sua mãe. Desde o término com o Enrico ao começo de namoro com Alex e o que fez no baile.

Hermione ficou estática a olhando surpresa. Quanta coisa sua filha passou!

— Você está com o Alex?

— Sim.

— Mas ficou com o Enrico e...

— É! — Cortou antes que ela terminasse a frase e tudo ficasse constrangedor.

— Filha eu sei que você gosta do Enrico, mas não pode fazer isso com Alex.

— Eu sei mãe, mas não consigo pensar em um jeito de terminar com o Alex sem magoá-lo.

— Entendo, mas ficando com ele e com o Enrico, você vai acabar magoando os dois.

Clara ficou em silêncio olhando sua mãe.

— Não acha?

— Verdade...

— Quem você quer de verdade?

— O Enrico.

— Tem certeza?

— Por que não teria?

— Pense bem e escolha direito para não ter arrependimento depois.

— Mas eu amo o Enrico, mãe. Desde que tive a visão antes mesmo de conhecê-lo. — Hermione sorriu. — Por isso fiquei com ele no dia do baile.

— Então converse com o Alex. Eu sei que você consegue. Sempre foram amigos e ele vai ter que entender.

— Tudo bem.

— Você sabe o que aconteceu?

— Como assim?

— Deixa pra lá.

— De que você está falando?

— Deixa filha. Vai ficar tudo bem... Não é?

Clara demorou a responder.

— Claro.

Passaram o dia conversando sobre tudo que viveram esse ano. Draco também estava ali. Ele não sabia que a Clara estava com o Alex e nem precisava saber, já que ela terminaria.

Alguém bateu na porta e Draco abriu.

— Com licença, senhor. — Um elfo fez reverência.

— Aconteceu alguma coisa?

— Tem uma pessoa lá embaixo querendo falar com a senhora Malfoy, senhor.

Draco olhou para trás e Hermione franziu a testa.

— Quem?

— Disse que se chama Caleb.

O semblante de Draco mudou totalmente. Clara olhou sua mãe, confusa.

— Draco pode ser algo do trabalho...

— Espero que seja! — Saiu do quarto e foi até o moreno.

Hermione levantou da cama com pressa e desceu também. Clara foi atrás dela. Assim que chegou à sala de estar, viu Caleb parado, esperando.

— O que você quer? — Draco perguntou feroz.

— Olha, eu também não queria estar aqui, mas me mandaram para pedir explicações quanto ao desaparecimento da sua esposa.

— E por que não me perguntou no trabalho?

— Porque você também não foi e o Ministro precisa pra hoje.

Os dois ficaram em silêncio se olhando. Hermione apareceu na sala e os olhos de Caleb foram na direção dela. O moreno a olhou de cima para baixo.

— O que quer?

— Saber o motivo de não ir trabalhar... A mando do Ministro é claro. — Pegou um papel do bolso e estendeu a mão a Hermione. Ela pegou o papel.

Clara apareceu no local e olhou o homem que estava presente. A garota ficou paralisada o olhando sem piscar. Draco franziu a testa ao ver ela nesse estado.

— Clara?

Ela não respondeu e continuou o encarando. Quando Draco ia se aproximar, ela começou a respirar rápido.

— É ele! A culpa é dele! — falou alto.

Hermione a olhou assustada e Draco confuso.

— O que...? — o homem perguntou perdido.

— Não era aquele que você achou pai! Era ele!

Draco entendeu na mesma hora e olhou Caleb com um olhar de ódio profundo. Ao perceber o olhar de Draco e o que poderia acontecer, Caleb pegou a varinha na mesma hora, mas o loiro foi mais rápido e o desarmou.

O moreno levantou as mãos para o ar.

— Seu desgraçado! — Se aproximou e começou a socar Caleb com toda a fúria que sentia no momento.

— Draco para! — Hermione pediu nervosa, mas o loiro se quer a escutou.

Clara estava parada no mesmo lugar petrificada. Todas as pequenas visões que teve nos últimos dias com pessoas desconhecidas vinham em sua mente agora. E eram todas com esse cara e uma mulher loira. Agora tudo ficava claro de ante de seus olhos.

A menina voltou a si quando viu sua mãe voar de encontro a parede.

— Mãe!

Quando Clara gritou, Draco olhou para trás e viu ela correr de encontro a Hermione, que estava caída no chão desacordada.

— Que merda... — Recebeu um soco no estômago antes de terminar a frase e caiu para o lado. Caleb sentou em cima dele e quando ia acertar um soco...

— Sai daí!

O moreno trincou os dentes ao ouvir.

— Anda!

Caleb saiu de cima de Draco com raiva. O loiro olhou para o lado e viu Jenny em pé com a varinha apontada para eles. O loiro trincou os dentes e olhou na direção de Hermione. Continuava desacordada e Clara segurava a mão dela.

— Por que fez isso? — Tentou levantar, mas Jenny apontou a varinha.

— Não era pra ter acontecido isso! Quem mandou você atacá-lo?

— Vocês estão juntos? — perguntou alto.

— Olha, já que a merda já foi feita. Ele quer saber se é o pai da criança.

— Ele é meu! — disse feroz.

— Você queria saber de quem é?

Os três ficaram em silêncio quando Clara falou e a olharam. Estava em pé ao lado de Hermione que ainda não tinha acordado.

— E essa?

— É a filha deles... — respondeu Caleb.

— Não se mexa ou eu acerto seu pai!

Clara a encarou com um olhar assustador. Jenny e Caleb trocaram olhares.

— Acho melhor vocês irem...

— Você não manda em mim!

Clara respirava rápido. Estava tentando controlar a raiva, mas estava muito difícil no momento.

— Então fiquem.

Assim que ela falou isso, as janelas e portas bateram. Os dois se assustaram e Caleb se escondeu atrás de Jenny. Draco olhou ao redor um pouco assustado.

— O que é isso? Que magia é essa? — perguntou histérica.

— Você disse que eles não tinham proteção na casa! — Caleb brigou com ela.

— Agora tem — Clara respondeu. Estava séria e de um jeito que Draco nunca viu.

— Você que colocou? — Jenny riu debochada.

— Está rindo de que?

— Saia das fraudas, garota! Nem deve saber um feitiço de defesa!

— Não preciso dele.

Draco franziu a testa.

— Clara...

— Vai ficar tudo bem, pai...

O loiro estava assustado com a filha.

— Vamos logo, queremos saber de quem é a criança.

— Não existe criança.

— De que está falando garota?

— Você a matou.

Draco olhou Hermione, assustado.

— Do que você está falando, Clara? — perguntou nervoso.

— Assassina!

Jenny colocou a mão no pescoço e engasgou sozinha.

— O que foi? — Caleb perguntou alto.

A loira deixou a varinha cair no chão e levou a outra mão ao pescoço. Tentava respirar e não conseguia. Draco levantou do chão e se aproximou de Clara, ele colocou a mão nela, que se quer desviou o olhar da mulher.

— Clara... — Olhou Jenny que estava ficando roxa. — Para com isso, Clara! — falou alto.

A menina piscou e Jenny puxou o ar com mais força começando a tossir em seguida.

Caleb respirava rápido olhando a garota. Estava muito assustado, nunca viu algo assim na vida. Jenny tossia desesperada recuperando o fôlego.

Draco se aproximou de Hermione e a segurou em seus braços.

— Fala comigo Hermione!

Ela estava desacordada e pálida. O loiro viu sangue entre as pernas dela.

— Leva ela a um medibruxo.

— Não vou deixar você sozinha com eles!

— Você precisa deixar — disse olhando sua mãe.

Draco engoliu em seco. Que merda! O loiro aparatou dali levando Hermione. Clara olhou os dois e Caleb já logo levantou as mãos para o ar.

— Por que querem o mal dos meus pais?

— Não quero o mal deles...

— Mentiroso!

Caleb levou susto quando ela falou alto.

— Não estou mentindo...

— Acha que sou idiota? Sei que vieram aqui com intenções ruins.

— Como sabe disso? — Jenny que perguntou e recebeu um olhar fatal de Clara.

— Você entrar aqui e atacar minha mãe diz muita coisa, não acha? — perguntou cínica.

— Espertinha você, né? — Riu sarcástica.

— Clara?

A menina arregalou os olhos ao ver Ethan parado perto da porta. Estava bem próximo a Caleb. Antes que ela pudesse reagir, o homem correu e pegou o pequeno segurando com um dos braços em sua barriga.

— Agora estamos páreo a páreo, não acha?

Clara olhou Ethan que tentava tirar o braço de Caleb e não conseguia.

— Solta ele.

— Ou?

Clara olhou Jenny, que tentou andar para trás e caiu deitada no chão se contorcendo como se tivesse tendo uma convulsão.

— Para com isso! — falou alto, mas Clara não ligou. — Para agora! — Segurou Ethan pelo rostinho ameaçando quebrar o pescoço dele.

A menina relaxou os músculos e Jenny parou de se contorcer.

— Boa menina.

— O que você quer pra soltar ele?

— Quero que venha comigo.

— O que? — as duas perguntaram juntas.

— Você viu o que ela faz? Se tivermos ela do nosso lado, vamos ser poderosos...

Jenny ficou pensativa.

— Por que acham que eu iria com vocês?

— Porque não vai querer perder mais um irmão — disse sugestivo enquanto segurava Ethan. O pequeno chorava pedindo para o colocar no chão.

— Então solta ele!

— Preciso de uma garantia de que vai comigo sem me matar.

— Que garantia?

O homem sentiu uma coisa no seu pescoço e ficou paralisado.

— Solta o meu filho seu desgraçado! — Draco falou feroz. Tinha a varinha imprensada contra o pescoço de Caleb. O homem lentamente abaixou e colocou Ethan no chão. Clara abriu os braços e abaixou um pouco para ele ir até ela. O pequeno correu e pulou no colo da irmã.

— Pai...

O loiro a olhou.

— Não mate ele.

— Por que não? Que droga! Você e sua mãe não entendem!

— Eu entendo perfeitamente, mas isso não vai resolver.

— Claro que vai! Ele não vai mais existir!

— É, mas você não quer voltar pra Azkaban e deixar seu filho traumatizado...

Draco olhou o pequeno nos braços dela. Chorava de soluçar. O loiro suspirou.

— Vou chamar o Harry.

— Ok.

Em pouco tempo o moreno estava ali com Rony e alguns bruxos. Draco conversou com eles explicando a história. Caleb e Jenny iam acompanhá-los para serem julgados.

Entraram na casa dos Malfoy com uma carta falsa do Ministro, machucaram Hermione e ainda tentaram sequestrar Clara.

Resumindo: eles estavam ferrados!


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