Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 temporada escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 28
Eu amo os dois




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Assim que o Draco chegou em casa, se deparou com a Hermione sentada no sofá e sua mãe ao lado. Parecia ser uma conversa séria.

— Está tudo bem? — Deu um selinho em Hermione e um beijo no rosto de Narcisa.

— Estou ajudando um pouco com os enjoos...

Draco olhou Hermione com os olhos arregalados.

— Ela descobriu.

— Não foi muito difícil. Estou feliz que a família vai aumentar!

— Eu também estou — disse olhando Hermione, que tentava esconder as lágrimas. — Melhor você descansar.

Hermione concordou.

— Será que você pode fazer um favor? — perguntou a Narcisa.

— Claro.

— Não conte a ninguém... Quero contar quando a Clara voltar.

— Tudo bem.

— Obrigada.

Hermione foi para o quarto e Draco a seguiu. Assim que o loiro fechou a porta atrás de si, Hermione pendurou no pescoço dele e desabou a chorar. Draco a abraçou forte.

— Fica calma. — Beijou a cabeça dela.

— Eu não consigo... — Apertou a camisa dele com força.

— Não consegue o que?

— Não vou conseguir ter esse filho...

Draco a olhou surpreso.

— Não fala besteira! — brigou com ela.

— Se for...

O loiro segurou a boca dela antes que terminasse a frase.

— Não tem se for! É meu e ponto! Que droga! Por que você não fala que é meu?

— Porque eu não sei...

Draco respirou fundo e a levou para a cama. Hermione deitou e continuou chorando.

— Por favor, para de chorar — pediu fazendo carinho no rosto dela. — Eu vou amar ele, Hermione. Já amo ele... Ou ela — falou sorrindo e acariciou a barriga dela.

— Eu juro que vou tentar me acostumar.

— Esqueça o que aconteceu!

— Como?

— Hermione a lembrança é que era eu, certo? Então eu sou o pai de qualquer jeito.

— Hum... Não sei disso.

Draco revirou os olhos.

— Tá bom é seu.

— Até que enfim!

— Vem cá... — Se aproximou e mordeu a orelha dele. Draco suspirou.

— Hum... Acho que a melhor parte de você estar grávida, está falando mais alto...

Hermione deu um tapa no ombro dele.

— Eu amo isso! — Pulou na cama e deitou por cima dela.

Os dois trocaram um beijo intenso e cheio de desejo.

Hermione o apertava com força e o puxava para si com se precisasse dele para viver. Draco ria a cada vez que ela o puxava.

— Eu te amo.

Draco sorriu largamente e a olhou. Estavam deitados um do lado do outro completamente cansados.

— Também te amo! — Se aproximou e a beijou. — Vocês dois — sussurrou no ouvido dela e acariciou sua barriga nua.

Hermione o observou em silêncio. Ele poderia não ter acreditado nela e agora estar passando o pior momento de sua vida... Mas ele acreditou, ele confiou na palavra dela. Tá certo que ela nunca deu motivos pra ele desconfiar, mas vendo a situação...

— Que foi? — perguntou ao ver ela tão séria.

— Obrigada por confiar em mim.

— De nada. — Franziu a testa.

— Não sei o que aconteceria se você não tivesse acreditado. — Fez carinho no rosto dele.

Draco segurou a mão dela e a beijou.

— Por mais que o que vi fosse real, não conseguiria viver sem você. Não conseguiria porque você que me ensinou o que é viver de verdade. — Hermione sorriu. — Você que me ensinou o que é amar e ser amado. — Aproximou o rosto do dela e sussurrou: — Você é a minha vida!

— Draco!

— Que foi?

— Assim eu vou chorar, as grávidas ficam emotivas...

Os dois riram.

— Eu te amo e isso nunca mudou. Estou feliz por ter tomado a decisão de ficar.

— Que bom. — Draco sorriu.

— Agora será que a gente pode recomeçar? — Deslizou a mão pelo peito e barriga dele.

— Estou ferrado!

Hermione riu e o agarrou.

Uns dias se passaram e Hermione passava menos mal, não tinha acabado ainda, mas diminuiu bastante os enjoos.

— Será que a Clara sabe tudo que aconteceu? — perguntou do nada.

Os dois estavam jantando e Ethan saiu para dar uma volta com os avós.

— Eu não sei.

— Acha que ela... — parou de falar bruscamente.

— O que? — perguntou sério.

— Deixa pra lá.

— Se ela sabe de quem é? — perguntou sem mudar o semblante. — Se souber, vai querer saber mesmo?

— Não.

— Tem certeza?

— Absoluta.

— Certo. Ele é meu! E ai de quem disser que não! — falou feroz.

— É seu. Todo seu. Assim como eu...

Draco sorriu de lado.

— Hum... Só minha... — Mordeu o lábio dela.

— Draco para de me provocar! Eu preciso terminar de comer!

— Por quê? Se eu te provocar não vai comer nada?

— É porque aí vou ter que te levar pro quarto...

Draco caiu na gargalhada. O loiro se aproximou e fala no ouvido dela:

— Gostosa!

Hermione suspirou. Ele estava fazendo de propósito!

— Você vai ver só uma coisa quando eu terminar de comer...

— Estou ansioso!

Hermione riu. Ele era terrível! Nunca vai mudar.

***

Clara estava deitada com a cabeça apoiada no peito de Enrico. O loiro fazia carinho no cabelo dela.

— Eu te machuquei?

— Não.

— Tem certeza?

— Você foi perfeito.

Enrico sorriu. A menina se aproximou e o beijou. O loiro a puxou para mais perto colando seus corpos.

— Senti tanto sua falta... — sussurrou perto dos lábios dela.

— Eu também senti a sua.

Enrico mordeu o lábio e a beijou. Em pouco tempo começaram tudo de novo. Enrico era totalmente cauteloso e preocupado com o que ela sentia, nem se preocupava muito com ele mesmo, só com ela.

Os dois respiravam ofegantes e olhavam o teto. Estavam deitados um do lado do outro com as mãos entrelaçadas.

— Foi bom?

— Foi — disse sorrindo.

O loiro sorriu e respirou fundo.

— O que vamos fazer agora?

Clara ficou em silêncio. Tinha esquecido completamente a vida real. Parecia que estava vivendo um sonho maravilhoso, mas agora que o Enrico a trouxe para a realidade, começou a se sentir desesperada.

A menina sentou na cama com pressa e passou a mão no rosto. Enrico sentou ao lado dela.

— Que foi?

— Merlin!

— O que?

— Não sei o que fazer...

— Como não? Fica comigo! — Se aproximou depressa e a beijou levemente nos lábios.

Clara fechou os olhos e suspirou. Que merda! E agora?

— Larga ele e fica comigo!

— Você espera eu resolver essa situação?

— Claro! Mas não demora... Quero você pra mim! — Beijou o pescoço dela.

— Só peço que tenha paciência.

O loiro se afastou e a olhou nos olhos.

— Por quê? Quer continuar com ele?

— Não, mas também não quero magoá-lo... Será que pode guardar segredo quanto a isso?

Enrico ficou em silêncio a olhando pensativo.

— Guardo sim, mas não por ele e sim por você.

— Obrigada — disse sorrindo.

A menina se espreguiçou e bocejou. Enrico sorriu.

— Está com sono?

— Bastante...

— Vem cá. — Puxou a garota e fez ela deitar em seu peito.

Em pouco tempo os dois apagaram, pois estavam exaustos.

Enrico acordou assustado ao ouvir um grito. Ele sentou na cama com pressa e olhou para o lado. Clara chorava e se contorcia em cima da cama, mas estava dormindo.

— Clara... — Sacudiu ela e percebeu que se encolheu. — Clara acorda...

A menina sentou na cama respirando ofegante. Chegava a estar suando. Ela engoliu em seco olhando fixo para a frente.

— Você está bem?

Clara olhou para o lado e viu que Enrico estava assustado com o estado dela.

— Sim. Tive um pesadelo...

— Está tudo bem.

— Eu sei... Melhor irmos embora.

— Está tão bom ficar com você.

— Está mesmo, mas a gente precisa voltar.

— Eu sei.

Clara deu um selinho demorado nele, fazendo-o sorrir. Os dois colocaram as roupas e saíram da sala precisa. Não antes de trocarem alguns beijos. Clara pediu a Enrico para deixar ela ir na frente, pois Alex poderia desconfiar se chegassem juntos. Enrico queria mais que o ruivo visse logo, mas não queria que Clara ficasse chateada, então esperou um pouco.

A menina seguiu para o salão e quando chegou, tinha poucas pessoas lá. Alex estava sentado em uma cadeira e olhava os poucos casais que dançavam na pista de dança. Alyce e Connor estavam entre os casais. O moreno tinha a pedido em namoro, o que fez ela ficar extremamente feliz.

Clara se aproximou e sentou ao lado de Alex. Ele a olhou por um momento e então desviou o olhar.

— Me desculpa, Clara... Eu não deveria ter feito isso com você. Fui um completo idiota...

— Foi mesmo.

Alex deu uma risada. Clara sempre foi sincera e espontânea.

— Isso nunca mais vai acontecer. Eu prometo.

— Alex...

O ruivo a olhou finalmente. Clara engoliu em seco.

— O que?

— Eu te desculpo.

— Obrigado.

Clara sorriu levemente. Droga! Como falaria?

— Quer dançar um pouco comigo?

— Tudo bem.

Os dois foram para a pista de dança. Enrico apareceu no salão e olhou os dois dançando juntos. Ele engoliu em seco. Tem que se segurar! Ela prometeu que ia dar um jeito na situação e ficar com ele.

— Ah você está ai! — Escutou uma voz nervosa e olhou para o lado. Agnes tinha um olhar de fúria e punhos cerrados.

— Sim, estou.

— Seu babaca! Me deixou sozinha o baile todo! — falou histérica.

— Não.

— Não — disse irônica. — Onde você estava?

— Você não é nada minha para me cobrar — disse calmo.

Agnes rangeu os dentes.

— Você é um babaca, Enrico! Eu vou descobrir onde estava! E se tiver feito coisa errada... — Olhou Clara. — Vou contar para todo mundo.

— Conte o que quiser, Agnes. Quero ver você provar! — Saiu do salão a deixando furiosa.

Clara dançava com Alex e não tirava os olhos dele. Tinha que arrumar um jeito de dizer a ele, mas não sabia como... Não queria mesmo magoá-lo, mas gostava de Enrico e não dele. Que coisa difícil!

A festa acabou e todos foram para seus aposentos. Estava próximo a volta para casa. Clara pensou em terminar logo com isso, mas não conseguia coragem para falar com o Alex, então pensou em pedir ajuda a sua mãe, claro que seu pai ficaria de fora desse assunto...

Queria solução, não derramamento de sangue.

Todos os alunos já estavam no trem para voltar para casa. Clara estava sentada ao lado de Alex. Alyce e Connor estavam no banco em frente ao deles. A menina estava olhando para fora da janela. Estava muito confusa...

Os três conversavam, mas ela se quer sabia de que assunto falavam. Pensava na melhor maneira de sair dessa furada que se meteu. Só que ela não se arrependia do que fez na noite do baile, pelo contrário, estava feliz em ter feito com o Enrico.

A menina suspirou e levantou.

— Que foi? — Alex perguntou.

— Preciso ir ao banheiro.

— Ok.

Clara saiu da cabine e seguiu até o banheiro. Assim que abriu a porta, deu de cara com o Enrico. O loiro segurou o pulso dela e a levou para uma cabine vazia ali perto. Ele fechou a porta e a cortina. A menina observava o que ele fazia.

Assim que tudo estava fechado, ele se aproximou e a beijou intensamente. Clara o apertou.

— Você já falou com ele?

— Enrico eu pedi pra você ter paciência...

— Mas é muito ruim ver você com ele! Que droga! Por que não fala logo?

— Não consigo falar.

— Como assim não consegue?

— Eu preciso arrumar um jeito de não o magoar, só isso.

— Mas... E quanto a mim? Fico esperando?

— Se você puder.

— Até quando?

— Até voltarmos as aulas.

— Tudo isso?

— Se eu resolver antes, te mando uma carta.

— Posso ao menos conversar com você nesse tempo?

— Claro, mas você espera?

— Por você sim.

Clara sorriu e o beijou. Os dois saíram dali com cautela para não serem vistos e cada um seguiu seu caminho.

Quando chegaram a estação, Clara correu de encontro a seu pai.

— Cadê a mamãe?

— Não pôde vir.

— Por quê?

— Vamos pra casa e a gente conversa.

— Ok...

Assim que chegaram em casa, Clara viu Hermione sentada no sofá. Achou estranha aquela situação e continuou andando na direção dela. Quando se aproximou, percebeu que seus avós estavam lá e Ethan estava no colo de Narcisa.

— O que aconteceu?

Hermione levantou e ficou de frente para Clara. A menina a olhou confusa e seus olhos desceram para a barriga da sua mãe. No mesmo instante a expressão dela mudou ficando completamente séria. Draco se aproximou de Hermione olhando Clara.

— Você sabia?

Clara não respondeu. Parecia paralisada. A olhos normais, não dava para ver que Hermione estava grávida, pois não tinha barriga nenhuma, mas como a Clara era diferente, eles imaginaram que ela sabia.

— Filha? — Draco chamou a atenção dela.

A menina se aproximou de Hermione e colocou uma mão na barriga dela. Hermione respirava rápido. Estava assustada com o jeito de Clara.

A menina a olhou finalmente.

— Isso não é bom.


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