Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 temporada escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 26
Isso não vai passar logo?




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Hermione acordou sentindo um enjoo muito forte. Ela levantou da cama com pressa e correu para o banheiro. Draco, que dormia ao lado dela, acordou assustado com o movimento brusco. O loiro suspirou. Todo dia era a mesma coisa. Não aguentava mais ver a Hermione passar mal assim.

Ela voltou para a cama e se jogou.

— Isso não vai passar logo? — perguntou fazendo carinho nos cabelos dela.

— Espero que sim. — Chegou mais perto e deitou a cabeça no peito dele.

— Quando vamos contar?

Hermione ficou pensativa.

— Vamos esperar mais um pouco...

— Já vão completar três meses, Hermione.

— E eu ainda não me acostumei com isso, Draco.

O loiro suspirou. Ninguém além dos dois sabia que ela estava grávida. E com tudo o que aconteceu, Hermione estava bem abalada e não conseguia coragem para contar. Draco já tinha falado mil vezes que eles falariam que era dele e ninguém saberia de nada, mas mesmo assim Hermione se sentia mal.

O loiro vinha tentando descobrir quem fez isso com ela, mas não conseguia saber. Tinha até imprensado a Jenny, mas ela, falsa do jeito que era, dizia não saber de nada e ainda colocava minhocas na cabeça dele, falando que a mulher dele devia sair com vários caras sem que ele soubesse.

Na hora que ouvia, Draco ficava furioso, mas depois parava para pensar e lembrava do que Clara disse há um tempo atrás "não confie nela". Então parava com as paranoias.

— Vamos comer alguma coisa?

— Daqui a pouco. — Fez cara de nojo.

— Então vou pedir ao Tipsi para trazer aqui pra você daqui a pouco, tá bom?

Hermione concordou e deu um beijo no rosto dele.

— Se estiver muito ruim, me chama.

— Pode deixar.

O loiro deu um selinho nela e levantou. Ele tomou banho e se arrumou para ir trabalhar. Hermione deitou de barriga para cima e ficou olhando o teto. Essa situação nunca vai encaixar na cabeça dela. Nunca... Por mais que Draco diga que o filho é dele, ela sempre vai ter a dúvida. Poderia saber de quem é, mas tinha medo de descobrir também.

Draco chegou em sua sala e a loira já estava lá dentro. Revirou os olhos ao ver que ela sorria de um jeito safado.

— Por que sua mulher não está vindo trabalhar?

— Isso não é da sua conta!

— Ok. Só perguntei porque ela pode estar com alguma doença ou algo assim. — Deu de ombros. — Isso seria até bom porque sem ela, você ficaria comigo.

Draco se aproximou feroz e a imprensou contra parede com raiva. Jenny não esperava por isso e se assustou.

— Escuta aqui sua piranha! Lave sua boca para falar da minha mulher! Nem que você fosse a última mulher no mundo eu ficaria com você, sua biscate de quinta!

Jenny ficou séria o encarando. O loiro a olhava com fúria.

— Tudo bem, senhor Malfoy. Não falarei dela.

— Ótimo! — Se afastou e sentou em sua mesa.

Jenny ficou uns segundos o encarando com raiva. Tudo isso era por causa daquela mulherzinha nojenta! Se ela não estivesse em seu caminho...

Saiu da sala para entregar uns papéis ao ministro a pedido de Draco e encontrou Caleb no caminho.

— Pelo visto não adiantou nada tudo que a gente fez...

— Eu não tenho certeza. Queria descobrir porque ela não está vindo trabalhar.

— O que acha que pode ser?

— Doença ou... — Refletiu um pouco. — Será que ela está grávida?

Caleb ficou em silêncio, o moreno ficou paralisado com o que Jenny disse.

— Ouviu o que eu disse?

— Merlin!

Jenny riu alto.

— Isso seria maravilhoso!

— É mesmo? — perguntou cínico. — E por que seria?

— Ué, você pode ser o pai.

— Só que você está esquecendo que era o tal do Vitor Krun que estava lá e não eu! — falou estressado.

— Merda! Esqueci disso...

— Se isso aconteceu mesmo, ele já foi atrás do cara.

— Vou procurar saber então. Assim a gente fica sabendo se ela está ou não.

***

Hermione tinha dormido de novo depois que o Draco saiu. Quando abriu os olhos, deu de cara com o Ethan e a Narcisa.

— O que...?

— Desculpa, ele queria te acordar e eu tentei impedir.

— Tudo bem.

Ethan deitou em cima dela.

— Você está muito dorminhoca!

Hermione riu.

— Eu já vou levantar, filho.

— Vou trazer algo pra você comer. — Saiu da cama e correu pela casa.

— Você está bem? — Narcisa perguntou.

— Estou... Por quê?

— Parece abatida.

— Estou bem. — Desviou o olhar dela.

— Tem certeza? Posso tentar ver o que você tem.

Hermione engoliu em seco.

— Não precisa, estou ótima.

— Tudo bem.

A mulher saiu do quarto e Hermione respirou fundo. Tinha certeza que a Narcisa desconfiava de algo, ela não é boba.

Hermione desceu para a sala de jantar e no caminho encontrou seu filho e um elfo.

— Mamãe! Eu disse que ia levar pra você!

— Mas a mamãe quer comer lá embaixo, tá bom?

— Então tá.

Eles descerram as escadas e seguiram para a mesa. Hermione comia lentamente sentindo seu estômago embrulhar. Não se lembrava de passar tão mal assim em nenhuma gravidez que teve antes dessa.

Narcisa sentou ao lado dela. Hermione tentou disfarçar, pois provavelmente estava bastante pálida. Hermione não a olhou e continuou comendo lentamente.

— Eu sei que anda passando mal...

Hermione engoliu em seco.

— O que você tem? É o que eu estou pensando?

— Depende do que você esteja pensando.

— Penso que pode estar grávida.

Hermione ficou em silêncio encarando a sogra.

— Por quê?

— Vejo que está enjoada com essa comida.

— Não pode ser outra coisa?

— Claro, mas acho que essa que eu disse é a mais forte.

— Por que acha isso?

— Você está nervosa porque toquei no assunto.

Silêncio. Hermione a olhava assustada e Narcisa sorria serena.

— Eu queria falar disso depois...

— Tudo bem, querida. Não precisa ficar com medo. Vai dar tudo certo.

Hermione respirou fundo segurando o choro.

— Vai sim.

***

Clara e Alyce conversavam no jardim da escola. A menina estava pensativa enquanto a morena tagarelava sobre o convite que tinha recebido para o baile.

— Você está me ouvindo?

— Ahm? Desculpa, Alyce...

— O que você tem?

— É que...

— Me conta.

— Não quero que mais ninguém saiba ok?

— Poxa amiga, sei que as vezes eu tenho uma língua grande, mas se é uma coisa séria, eu não vou falar...

— Tudo bem. É que o Alex... — Desviou o olhar.

— O que ele fez? — perguntou alto.

— Ele não fez nada. Só que ele meio que... Quer que a gente faça...

A morena a olhou de boca aberta.

— Faça...? Merlin! E você quer?

— Esse é o problema. Eu não... Não queria que ficasse tão sério assim.

— Como assim, Clara? Vocês são namorados, não são?

— Sim, mas não pensei que íamos ficar juntos muito tempo.

— Achou que seria um namoro qualquer?

— Não isso, mas pensei que ele veria que a gente só tem que ser amigo.

— É isso que você pensa dele? Que é só seu amigo?

— Não.

— Não estou te entendendo...

Clara respirou fundo.

— Eu só acho que ele não é a pessoa certa pra eu perder a virgindade.

As duas ficaram em silêncio se olhando.

— E quem você pensa que é?

— Não penso em ninguém. Não estou preparada pra isso.

— Mas você disse pra ele?

— Disse.

— Então ele vai respeitar.

— Eu achei que fosse... Ele disse que ia, mas as vezes ele força um pouco a barra e eu tenho que sair de perto.

— Que idiota! Se quiser falo com ele.

— Alyce! Eu disse que isso ia ficar entre a gente!

— Eu sei, mas se quiser eu falo.

— Não quero.

— Ok. Você tem que conversar com ele sobre isso que me disse.

Clara ficou pensativa. Como falar uma coisa dessas sem magoá-lo?

— Vou ver...

— Mas agora vamos falar do baile! Estou tão nervosa! Já parou para pensar que falta só três dias?

— Eu sei — disse rindo com a empolgação da morena. — E vai ser incrível.

— Teve alguma visão sobre o baile?

— Sim — disse sorrindo.

— Me conta!

— Eu não!

— Aah Clara! Conta logo! — falou curiosa.

— Não.

— Conta!

— Você vai descobrir.

— Então foi comigo? Agora que eu quero saber mesmo!

Clara caiu na gargalhada enquanto Alyce a sacudia para que contasse. Enrico ouvia a conversa delas atrás da árvore. Muita informação ao mesmo tempo... O imbecil forçando a barra, ela não querendo ele e... Visão? O que isso significa?

O loiro saiu dali antes que fosse visto. Caminhando pelo castelo, pensava no que poderia ser isso que elas falavam. No caminho avistou Alex conversando com uns meninos e fechou a cara. Ao passar por perto, ouviu o papo sem querer.

— Eu vou pedir ela em namoro.

— Boa sorte! Conviver com a Alyce não é fácil... — disse rindo.

— E quanto a Clara? É uma pessoa fácil por acaso?

— Na verdade, é ótimo conviver com ela. Não tenho problemas nenhum.

— A não ser que ela não quer ir pra cama com você, né? — um outro garoto perguntou rindo.

Alex trincou os dentes.

— Isso não te interessa!

— Olha eu no seu lugar já tinha pegado ela de jeito!

— Cala a boca, seu idiota!

— Tudo bem ruivinho... — disse com as mãos para o ar. — Mas você é bem lento. Eu já teria conseguido... E acho que você vai ter uma ótima oportunidade.

— Como assim?

— O baile, querido. Depois de um tempo os professores nem prestam tanta atenção. É a melhor oportunidade para levá-la a algum lugar escuro...

Alex ficou pensativo com o que ele disse.

— Mas se ela não quiser?

— Ué. Ou você parte pra outra ou convence ela.

— Como convenceria?

— Mulheres são burras! Se você for muito amoroso e souber envolve-la, é fácil...

O menino saiu de perto deixando Alex pensativo com as coisas que disse.

— Você não vai dar ideia pra ele, né?

— Por quê?

— Ele sempre pega todas as meninas e usa elas.

— Eu não faria isso com a Clara.

— Sei disso. Só que não pode forçar a barra com ela. Quem sabe quando está pronta é ela e não você.

— Mas eu poderia tentar pelo menos. Eu nunca vou saber quando ela vai estar pronta.

— Por que não?

— Acha que ela vai vir do nada falando "Alex te quero agora"?

Connor riu.

— Acho que não...

— Então...

— Vê se não faz besteira hein.

— Não farei.

Enrico ouviu cada palavra da conversa, estava no corredor encostado na parede. Sentia um ódio maior ainda de Alex no momento. Que desgraçado! Forçar a barra com a Clara é demais! Ele tinha que impedir!

E faria qualquer coisa...

Seguiu para o salão comunal da Sonserina e como esperado, encontrou Agnes conversando com uma menina.

— Preciso falar com você.

— Estou ocupada, não vê?

— A gente se fala depois...

Agnes segurou o braço da garota.

— Não. Ele não tem nada para falar comigo.

— Que pena... Era sobre o baile que eu ia falar, mas já que não se importa... — Virou as costas.

— Espera!

Enrico sorriu um pouco e virou de frente para ela com o rosto sério de novo.

— O que tem o baile?

— Você não está ocupada? — perguntou cínico.

— Te vejo depois. — A menina foi embora com pressa.

— Não estou mais. O que quer?

— Decidi ir ao baile.

— Agora? Faltando três dias?

— Sim. Você já arrumou par?

— Claro.

— Tem certeza?

— Por quê? Agora decidiu ir comigo?

— Sim. Queria te levar, mas já que arrumou outro... — Virou as costas de novo.

— Espera!

O loiro a olhou.

— Eu posso ir com você.

— E seu par?

— Eu não estou nem aí.

— Ótimo! — Enrico sorriu.


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