Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 temporada escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 25
Estou cansado dessa besteira!




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Hermione estava deitada na cama bastante nervosa com a situação. Não contou a Narcisa porque Draco queria pegar Krun, mas disse que estava furioso com o moreno.

— Draco me inventa cada uma!

— Nem me fale... — Hermione respondeu assustada. — Acha que o Lucius achou ele?

— Acredito que sim.

— Então por que será que demoram tanto?

— Fique calma.

Um tempo depois os dois chegaram em casa. Hermione levantou da cama e seguiu até a sala de estar com pressa. Quando viu Draco, deu um abraço forte nele, o loiro retribuiu na hora. Hermione se afastou e logo em seguida lhe deu um tapa na cara.

— Quer me matar do coração?

Narcisa e Lucius saíram de fininho deixando os dois sozinhos.

— Claro que não! — respondeu com a mão no rosto.

— Que porra você fez?

— Fica calma. Eu só fui tirar satisfações.

— Até parece! O que fez com ele?

— Preciso te contar uma coisa...

— O que?

— A Jenny que armou tudo isso.

— Como assim?

— Ele me disse que ela o chamou para a festa, mas não podia ir.

— Então quem era o...?

— Eu não sei, mas vou descobrir.

— Não mexe com isso, Draco...

— Como não? Você está grávida!

— É seu Draco.

— Como tem certeza?

— Se não for, vai querer que ele assuma?

Draco ficou em silêncio.

— Vai?

— Óbvio que não!

— Então é seu.

— Tá certo.

— Ou você não quer assim?

— Não vou fazer você passar por isso. É meu filho.

— Obrigada.

O loiro se aproximou e a beijou.

— Mas o que o Krun fez ou falou depois que você descobriu tudo?

— Disse que vai me ajudar a saber quem foi.

Hermione o olhou surpresa.

— Quer saber quem andou por aí usando o nome dele...

— Entendi.

— Está se sentindo bem? — Fez carinho no rosto dela.

— Só estou um pouco enjoada. — Fez careta.

Draco a puxou para mais perto e a abraçou. O loiro ficou sério ao pensar em quem fez isso com ela.

Ia descobrir sim.

***

Clara, Alex e Alyce estavam sentados no sofá em frente a lareira do salão comunal. Não tinha ninguém ali no momento além dos três e eles aproveitaram para conversar.

— O que você achou aí? — perguntou apontando para o livro na mão de Alyce.

— É um pouco confuso... Aqui diz que a família Moore era a mais rica e poderosa da época e que tinha uma rixa com outra família, que é... — Folheou o livro — A Bennert. Eles tinham um grande ódio uns dos outros...

— E o que mais?

— Bem, o que acontece aqui é que a filha dos Bennert se apaixona pelo filho dos Moore. Eles vivem um amor intenso e a mulher acaba ficando grávida.

— Do Joseph?

— Sim.

— E explica por que tem os poderes?

— Mais ou menos. Fala que por serem de sangue diferente e por existir essa rixa entre a família, a criança foi abençoada.

Os três ficaram em silêncio. Alex e Alyce não tiravam os olhos de Clara, que estava pensativa.

— Então os dons são dados as crianças?

— Sim. Ele teve um grande papel quando bebê.

— Como assim?

— Quando descobriu que ela estava grávida, o pai dela quis tirar a criança a força. Então ela fugiu com o pai de seu filho para que a criança nascesse e ele de fato nasceu, só que o pai dela os encontrou e quis matar o pai do bebê. Não o bebê. Só que não o fez, pois, o bebê mostrou o futuro. Ele estava predestinado a salvar e unir a família dos dois.

— E isso aconteceu?

— Sim.

— Fala como controlar isso?

— Não.

— Mas aqui fala... — Alex mostrou o outro livro. — Diz que é tudo na cabeça. Controlando as emoções você controla os poderes.

— Hum... É mais ou menos o que a diretora está me ensinando...

— É...

— Não fala mais nada?

— Só explica alguns dons.

— Como assim?

— Fala que existem dois tipos de dons, os do lado bom e os do ruim.

— O que isso quer dizer?

— O do lado da paz e o lado das trevas.

— Seja mais claro, Alex.

— Eu não sei explicar... E nem entendo isso, nunca vi nenhum dos dois em você.

— O que?

— "Quando há paz, o ser irradia luz por onde passa e cura as dores de quem sofre..." — Procurou pelo livro. — "Quando há trevas, todos fogem e muitos perecem." Não sei o que isso quer dizer.

— Acho que sei.

— E o que é? — Alex e Alyce perguntaram juntos.

— O Joseph tinha uma luz negra sinistra que aparecia quando ele estava nervoso.

— Então ele era das trevas?

— Acredito que se tornou por ter sentido tanto ódio.

— Verdade.

— Mas e a luz da paz? — Alex questionou.

— Eu tenho que mostrar uma coisa a vocês...

Os dois trocaram olhares. Clara suspirou e fechou os olhos. Pensou em coisas calmas e deixou o corpo relaxar.

Alex e Alyce arregalaram os olhos quando a luz branca invadiu o local.

— Que...? — Alyce nem conseguiu falar.

Clara abriu os olhos e a luz sumiu. Os dois estavam estáticos a olhando.

— Por que nunca falou sobre isso?

— Meus pais falaram para não usar mais.

— E você é uma filha super obediente, né? — Alyce revirou os olhos.

— Cala a boca, Alyce! Eu fiquei um tempo sem usar, mas ao mesmo tempo penso que uso sempre que Minerva me pede para ficar calma. É a mesma sensação.

— Se bobear é com isso que você controla. Se dá a paz...

Os três ficaram pensativos. Não sabiam se era exatamente assim. Vários alunos começam a entrar no local e eles esconderam os livros.

Os dias foram passando. Clara não sabia o motivo, mas agora mais do que nunca, Agnes estava implicando com ela. Jogava piadinhas sobre o baile e ria dela, ou beijava Enrico só porque ela passava.

— Você vai me levar ao baile, né?

— Eu não vou.

— O que? — gritou.

— Eu disse que não vou.

— Por quê?

— Não estou afim.

— Mas você tem que ir! É meu namorado e tem que me levar.

— Eu não sou seu namorado, Agnes. Isso é tudo falso e quer saber de uma coisa? Estou cansado dessa besteira! A Clara está com aquele imbecil e acredito que é porque a gente começou com essa porcaria de namoro falso! — falou alto.

— Fala baixo seu idiota! Então é assim? Eu ajudo você e agora me chuta?

— Eu não pedi sua ajuda.

A garota rosnou de raiva.

— Seu mal-agradecido! É assim? Me usa para tentar chamar a atenção dela e me descarta? Quer saber de uma coisa? Ela não está nem ai pra você! Está ótima com o ruivo! Sempre soube que ia ficar com ele e não com você!

— Cala a boca! — falou alto. Estava ficando muito irritado com as coisas que ela falava.

— Só está assim porque sabe que é a verdade!

Enrico saiu de perto dela com raiva. Andava pelos corredores furioso e sem querer esbarrou em alguém. Por extinto, segurou a pessoa que com certeza cairia com a pancada.

O loiro ficou paralisado por uns segundos olhando a pessoa que segurava. Fazia tempos que não ficava tão próximo assim. Seu coração batia rápido no peito.

— Desculpa... — falou tentando sair dos braços dele, mas Enrico apertou as mãos que estavam na cintura dela.

— Desculpar pelo que? Por estar com aquele imbecil?

Clara ficou em silêncio. O que deu nele?

— Eu não te vi e por isso batemos...

— Larga ele! Larga aquele babaca! — A colocou contra parede.

A menina piscou assustada.

— O que deu em você?

— Eu quero você... — Aproximou o rosto com pressa, Clara foi um pouco para trás e encostou a cabeça na parede.

— Você tem namorada, Enrico.

— Não tenho. Nunca tive.

— Você está bêbado?

— Que droga! Aquilo foi tudo mentira! Eu nunca namorei ela! Foi só para fazer ciúmes em você!

Clara ficou estática. Enrico respirava rápido e não tirava os olhos dela.

— Me solta.

— Por favor, acredita em mim...

Clara desviou o olhar.

— O que pensa que está fazendo?

Enrico olhou para o lado e viu Alex completamente sério.

— Solta ela!

Enrico ficou uns segundos encarando Alex e depois olhou Clara, ela respirava rápido e o olhava. O loiro se afastou devagar.

— Vamos, Clara. — Estendeu a mão a ela.

A menina se aproximou dele e segurou sua mão. Alex virou as costas para o Enrico e puxou Clara dali. Ela olhou para trás enquanto era puxada por ele. Enrico estava parado olhando os dois irem embora sentindo uma grande tristeza em ver ela com o ruivo.

Alex carregou Clara pelo lugar e parou onde não tinha ninguém.

— O que era aquilo?

— A gente esbarrou e eu quase cai.

— Por que ele estava tão perto?

— Não sei. Ele estava estranho, não falou nada com nada.

— O que ele disse?

— Alex... Deixa isso pra lá, já passou.

— Você beijou ele?

— Não.

— Tem certeza?

— Alex eu não faria isso com você.

O ruivo ficou em silêncio. Estava um pouco inseguro quanto a isso, mas tinha que confiar nela.

— Tudo bem.

Clara se aproximou e o abraçou. A menina ficou pensativa, o que será que deu em Enrico para falar aquilo?

Os meses foram passando e o baile estava cada vez mais próximo. Alyce estava histérica porque ninguém tinha a convidado para o baile.

— Já vi que não vou... — falou cabisbaixa. Ela e Clara estavam sentadas no jardim estudando um pouco.

— Vai sim. Tenha calma.

— Você disse que ele ia me convidar! E não convidou!

— Calma Alyce. Espere e verá.

Alyce respirou fundo e olhou o lago a sua frente. Clara olhou para trás e viu Connor andando em direção a elas, logo ele parou e voltou para trás indo para longe. Depois voltou a andar na direção das duas. A menina deu uma risadinha com o nervosismo dele.

— Está rindo de que?

— Nada.

— Er... Com licença... — As duas olharam para trás e logo Alyce arregalou os olhos olhando Clara.

A menina a olhou sugestiva.

— Oi Connor. A gente pode te ajudar em alguma coisa? — Clara falou, já que Alyce não conseguia nem se mexer.

— Eu queria falar com você, Alyce...

— Te vejo no salão. — Clara levantou e foi embora.

— Pode falar.

— Eu... Na verdade, queria te fazer um convite... — Coçou a cabeça.

— Pode fazer.

— Você tem par para o baile?

— Ainda não. Por quê?

— Gostaria de ir comigo?

— É claro! — Alyce sorriu.

Connor sorriu e respirou aliviado. Estava há dias tentando convidá-la e não conseguia coragem para isso.

Clara sentou ao lado de Alex para jantar. O ruivo se aproximou e cochichou com ela.

— Depois quero falar com você...

— Sobre o que?

— Vai saber depois.

— Tá bom. — Franziu a testa.

Alyce se juntou a eles. Estava toda sorridente e mais animada. Os dois riram dela. Depois de comer, todos seguiram para o salão comunal, a maioria foi direto dormir, pois estavam cansados. Os últimos dias de aula foram pesados.

Alex e Clara estavam sozinhos sentados no sofá.

— O que você quer falar?

— Calma, apressadinha.

— Anda, Alex, fala logo!

— É que hoje é um dia especial

Clara pensou um pouco.

— Estamos fazendo mais um mês.

Alex concordou com a cabeça.

— Desculpa, com todos esses trabalhos e aulas eu esqueci.

— Não se preocupa com isso... — Se aproximou e a beijou.

Tinha alguma coisa diferente nele. Clara estava sentindo, mas não quis perguntar para saber. Só que ela percebeu quando o beijo ficou mais intenso e ele apertou a cintura dela com mais força.

— Alex... — Se afastou um pouco.

— Que foi?

— Olha eu... Não estou pronta para dar um passo a mais...

O ruivo a olhava em silêncio.

— Espero que não seja um problema...

— Mas por quê? Você não se sente à vontade comigo?

— Sinto, mas não estou preparada.

— Entendo.

— Mesmo?

— É claro. Quando se sentir realmente à vontade e preparada, a gente vê.

— Obrigada.

— De nada. — A beijou de novo.


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