Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 temporada escrita por Jéssica Amaral
Hermione estava deitada na cama bastante nervosa com a situação. Não contou a Narcisa porque Draco queria pegar Krun, mas disse que estava furioso com o moreno.
— Draco me inventa cada uma!
— Nem me fale... — Hermione respondeu assustada. — Acha que o Lucius achou ele?
— Acredito que sim.
— Então por que será que demoram tanto?
— Fique calma.
Um tempo depois os dois chegaram em casa. Hermione levantou da cama e seguiu até a sala de estar com pressa. Quando viu Draco, deu um abraço forte nele, o loiro retribuiu na hora. Hermione se afastou e logo em seguida lhe deu um tapa na cara.
— Quer me matar do coração?
Narcisa e Lucius saíram de fininho deixando os dois sozinhos.
— Claro que não! — respondeu com a mão no rosto.
— Que porra você fez?
— Fica calma. Eu só fui tirar satisfações.
— Até parece! O que fez com ele?
— Preciso te contar uma coisa...
— O que?
— A Jenny que armou tudo isso.
— Como assim?
— Ele me disse que ela o chamou para a festa, mas não podia ir.
— Então quem era o...?
— Eu não sei, mas vou descobrir.
— Não mexe com isso, Draco...
— Como não? Você está grávida!
— É seu Draco.
— Como tem certeza?
— Se não for, vai querer que ele assuma?
Draco ficou em silêncio.
— Vai?
— Óbvio que não!
— Então é seu.
— Tá certo.
— Ou você não quer assim?
— Não vou fazer você passar por isso. É meu filho.
— Obrigada.
O loiro se aproximou e a beijou.
— Mas o que o Krun fez ou falou depois que você descobriu tudo?
— Disse que vai me ajudar a saber quem foi.
Hermione o olhou surpresa.
— Quer saber quem andou por aí usando o nome dele...
— Entendi.
— Está se sentindo bem? — Fez carinho no rosto dela.
— Só estou um pouco enjoada. — Fez careta.
Draco a puxou para mais perto e a abraçou. O loiro ficou sério ao pensar em quem fez isso com ela.
Ia descobrir sim.
***
Clara, Alex e Alyce estavam sentados no sofá em frente a lareira do salão comunal. Não tinha ninguém ali no momento além dos três e eles aproveitaram para conversar.
— O que você achou aí? — perguntou apontando para o livro na mão de Alyce.
— É um pouco confuso... Aqui diz que a família Moore era a mais rica e poderosa da época e que tinha uma rixa com outra família, que é... — Folheou o livro — A Bennert. Eles tinham um grande ódio uns dos outros...
— E o que mais?
— Bem, o que acontece aqui é que a filha dos Bennert se apaixona pelo filho dos Moore. Eles vivem um amor intenso e a mulher acaba ficando grávida.
— Do Joseph?
— Sim.
— E explica por que tem os poderes?
— Mais ou menos. Fala que por serem de sangue diferente e por existir essa rixa entre a família, a criança foi abençoada.
Os três ficaram em silêncio. Alex e Alyce não tiravam os olhos de Clara, que estava pensativa.
— Então os dons são dados as crianças?
— Sim. Ele teve um grande papel quando bebê.
— Como assim?
— Quando descobriu que ela estava grávida, o pai dela quis tirar a criança a força. Então ela fugiu com o pai de seu filho para que a criança nascesse e ele de fato nasceu, só que o pai dela os encontrou e quis matar o pai do bebê. Não o bebê. Só que não o fez, pois, o bebê mostrou o futuro. Ele estava predestinado a salvar e unir a família dos dois.
— E isso aconteceu?
— Sim.
— Fala como controlar isso?
— Não.
— Mas aqui fala... — Alex mostrou o outro livro. — Diz que é tudo na cabeça. Controlando as emoções você controla os poderes.
— Hum... É mais ou menos o que a diretora está me ensinando...
— É...
— Não fala mais nada?
— Só explica alguns dons.
— Como assim?
— Fala que existem dois tipos de dons, os do lado bom e os do ruim.
— O que isso quer dizer?
— O do lado da paz e o lado das trevas.
— Seja mais claro, Alex.
— Eu não sei explicar... E nem entendo isso, nunca vi nenhum dos dois em você.
— O que?
— "Quando há paz, o ser irradia luz por onde passa e cura as dores de quem sofre..." — Procurou pelo livro. — "Quando há trevas, todos fogem e muitos perecem." Não sei o que isso quer dizer.
— Acho que sei.
— E o que é? — Alex e Alyce perguntaram juntos.
— O Joseph tinha uma luz negra sinistra que aparecia quando ele estava nervoso.
— Então ele era das trevas?
— Acredito que se tornou por ter sentido tanto ódio.
— Verdade.
— Mas e a luz da paz? — Alex questionou.
— Eu tenho que mostrar uma coisa a vocês...
Os dois trocaram olhares. Clara suspirou e fechou os olhos. Pensou em coisas calmas e deixou o corpo relaxar.
Alex e Alyce arregalaram os olhos quando a luz branca invadiu o local.
— Que...? — Alyce nem conseguiu falar.
Clara abriu os olhos e a luz sumiu. Os dois estavam estáticos a olhando.
— Por que nunca falou sobre isso?
— Meus pais falaram para não usar mais.
— E você é uma filha super obediente, né? — Alyce revirou os olhos.
— Cala a boca, Alyce! Eu fiquei um tempo sem usar, mas ao mesmo tempo penso que uso sempre que Minerva me pede para ficar calma. É a mesma sensação.
— Se bobear é com isso que você controla. Se dá a paz...
Os três ficaram pensativos. Não sabiam se era exatamente assim. Vários alunos começam a entrar no local e eles esconderam os livros.
Os dias foram passando. Clara não sabia o motivo, mas agora mais do que nunca, Agnes estava implicando com ela. Jogava piadinhas sobre o baile e ria dela, ou beijava Enrico só porque ela passava.
— Você vai me levar ao baile, né?
— Eu não vou.
— O que? — gritou.
— Eu disse que não vou.
— Por quê?
— Não estou afim.
— Mas você tem que ir! É meu namorado e tem que me levar.
— Eu não sou seu namorado, Agnes. Isso é tudo falso e quer saber de uma coisa? Estou cansado dessa besteira! A Clara está com aquele imbecil e acredito que é porque a gente começou com essa porcaria de namoro falso! — falou alto.
— Fala baixo seu idiota! Então é assim? Eu ajudo você e agora me chuta?
— Eu não pedi sua ajuda.
A garota rosnou de raiva.
— Seu mal-agradecido! É assim? Me usa para tentar chamar a atenção dela e me descarta? Quer saber de uma coisa? Ela não está nem ai pra você! Está ótima com o ruivo! Sempre soube que ia ficar com ele e não com você!
— Cala a boca! — falou alto. Estava ficando muito irritado com as coisas que ela falava.
— Só está assim porque sabe que é a verdade!
Enrico saiu de perto dela com raiva. Andava pelos corredores furioso e sem querer esbarrou em alguém. Por extinto, segurou a pessoa que com certeza cairia com a pancada.
O loiro ficou paralisado por uns segundos olhando a pessoa que segurava. Fazia tempos que não ficava tão próximo assim. Seu coração batia rápido no peito.
— Desculpa... — falou tentando sair dos braços dele, mas Enrico apertou as mãos que estavam na cintura dela.
— Desculpar pelo que? Por estar com aquele imbecil?
Clara ficou em silêncio. O que deu nele?
— Eu não te vi e por isso batemos...
— Larga ele! Larga aquele babaca! — A colocou contra parede.
A menina piscou assustada.
— O que deu em você?
— Eu quero você... — Aproximou o rosto com pressa, Clara foi um pouco para trás e encostou a cabeça na parede.
— Você tem namorada, Enrico.
— Não tenho. Nunca tive.
— Você está bêbado?
— Que droga! Aquilo foi tudo mentira! Eu nunca namorei ela! Foi só para fazer ciúmes em você!
Clara ficou estática. Enrico respirava rápido e não tirava os olhos dela.
— Me solta.
— Por favor, acredita em mim...
Clara desviou o olhar.
— O que pensa que está fazendo?
Enrico olhou para o lado e viu Alex completamente sério.
— Solta ela!
Enrico ficou uns segundos encarando Alex e depois olhou Clara, ela respirava rápido e o olhava. O loiro se afastou devagar.
— Vamos, Clara. — Estendeu a mão a ela.
A menina se aproximou dele e segurou sua mão. Alex virou as costas para o Enrico e puxou Clara dali. Ela olhou para trás enquanto era puxada por ele. Enrico estava parado olhando os dois irem embora sentindo uma grande tristeza em ver ela com o ruivo.
Alex carregou Clara pelo lugar e parou onde não tinha ninguém.
— O que era aquilo?
— A gente esbarrou e eu quase cai.
— Por que ele estava tão perto?
— Não sei. Ele estava estranho, não falou nada com nada.
— O que ele disse?
— Alex... Deixa isso pra lá, já passou.
— Você beijou ele?
— Não.
— Tem certeza?
— Alex eu não faria isso com você.
O ruivo ficou em silêncio. Estava um pouco inseguro quanto a isso, mas tinha que confiar nela.
— Tudo bem.
Clara se aproximou e o abraçou. A menina ficou pensativa, o que será que deu em Enrico para falar aquilo?
Os meses foram passando e o baile estava cada vez mais próximo. Alyce estava histérica porque ninguém tinha a convidado para o baile.
— Já vi que não vou... — falou cabisbaixa. Ela e Clara estavam sentadas no jardim estudando um pouco.
— Vai sim. Tenha calma.
— Você disse que ele ia me convidar! E não convidou!
— Calma Alyce. Espere e verá.
Alyce respirou fundo e olhou o lago a sua frente. Clara olhou para trás e viu Connor andando em direção a elas, logo ele parou e voltou para trás indo para longe. Depois voltou a andar na direção das duas. A menina deu uma risadinha com o nervosismo dele.
— Está rindo de que?
— Nada.
— Er... Com licença... — As duas olharam para trás e logo Alyce arregalou os olhos olhando Clara.
A menina a olhou sugestiva.
— Oi Connor. A gente pode te ajudar em alguma coisa? — Clara falou, já que Alyce não conseguia nem se mexer.
— Eu queria falar com você, Alyce...
— Te vejo no salão. — Clara levantou e foi embora.
— Pode falar.
— Eu... Na verdade, queria te fazer um convite... — Coçou a cabeça.
— Pode fazer.
— Você tem par para o baile?
— Ainda não. Por quê?
— Gostaria de ir comigo?
— É claro! — Alyce sorriu.
Connor sorriu e respirou aliviado. Estava há dias tentando convidá-la e não conseguia coragem para isso.
Clara sentou ao lado de Alex para jantar. O ruivo se aproximou e cochichou com ela.
— Depois quero falar com você...
— Sobre o que?
— Vai saber depois.
— Tá bom. — Franziu a testa.
Alyce se juntou a eles. Estava toda sorridente e mais animada. Os dois riram dela. Depois de comer, todos seguiram para o salão comunal, a maioria foi direto dormir, pois estavam cansados. Os últimos dias de aula foram pesados.
Alex e Clara estavam sozinhos sentados no sofá.
— O que você quer falar?
— Calma, apressadinha.
— Anda, Alex, fala logo!
— É que hoje é um dia especial
Clara pensou um pouco.
— Estamos fazendo mais um mês.
Alex concordou com a cabeça.
— Desculpa, com todos esses trabalhos e aulas eu esqueci.
— Não se preocupa com isso... — Se aproximou e a beijou.
Tinha alguma coisa diferente nele. Clara estava sentindo, mas não quis perguntar para saber. Só que ela percebeu quando o beijo ficou mais intenso e ele apertou a cintura dela com mais força.
— Alex... — Se afastou um pouco.
— Que foi?
— Olha eu... Não estou pronta para dar um passo a mais...
O ruivo a olhava em silêncio.
— Espero que não seja um problema...
— Mas por quê? Você não se sente à vontade comigo?
— Sinto, mas não estou preparada.
— Entendo.
— Mesmo?
— É claro. Quando se sentir realmente à vontade e preparada, a gente vê.
— Obrigada.
— De nada. — A beijou de novo.
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