Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 temporada escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 16
Fica em paz mãe...




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Hermione estava agarrada em Draco, não queria se afastar por enquanto. O loiro fazia carinho no cabelo dela. Estavam em silêncio, mas não se sentiam mal com isso. Agora estavam só aproveitando o momento agarradinhos.

Draco deu um beijo demorado na cabeça de Hermione.

— Você está bem?

Hermione negou com a cabeça e o loiro respirou fundo.

Alguém bateu na porta.

— Oi.

— Pai... Posso falar com você?

O loiro olhou Hermione e ela acenou. Ele a beijou nos lábios e levantou da cama.

— Que foi? — perguntou assim que abriu a porta.

— Pode levar o Enrico em casa?

Draco olhou para trás e Hermione concordou com a cabeça.

— Já vou, tá?

— Está tudo bem?

— Sim. Eu já vou descer. Vai se despedindo dele.

— Tá bom... — Saiu dali confusa.

Draco fechou a porta e se aproximou de Hermione novamente.

— Vai ser rápido... Eu já volto.

— Tudo bem.

Draco beijou a testa dela e saiu do quarto.

Quando chegou na escada, viu Clara e Enrico juntos. O loiro acariciava o rosto dela, que sorria serena. Draco desceu as escadas lentamente olhando os dois. Pareciam realmente apaixonados... 

— Podemos?

— Claro — respondeu Enrico.

Clara deu um selinho nele e olhou seu pai. O loiro segurou o braço de Enrico e perguntou onde ele mora. Clara sorriu, nunca imaginou uma cena dessas em sua vida.

Os dois sumiram e a menina suspirou. Ela subiu as escadas correndo e seguiu até o quarto de sua mãe. Quando entrou no quarto, se aproximou lentamente.

— Mãe o que aconteceu?

Hermione virou de frente pra ela. Estava parada perto da cama.

— Não é nada, filha...

— Como nada? Você parece triste.

— Eu só preciso colocar os pensamentos no lugar.

Clara sentou na cama e acariciou a cabeça de sua mãe. Hermione sorriu levemente.

— Fica em paz, mãe...

Assim que ela falou isso, Hermione sentiu uma coisa quente em sua testa. Entre a mão da menina e a testa dela, brilhou uma luz branca e em menos de dois segundos ela se apagou. Hermione piscou confusa e Clara tirou sua mão do rosto dela.

— O que aconteceu? — Sentou na cama.

Draco apareceu no quarto e olhou de uma para outra.

— Você está bem?

— Parece que sim... — Franziu a testa. — Como você fez isso?

— Fez o que? — Draco se aproximou.

— Estou me sentindo tão leve.

— Que bom — disse Clara.

— O que você fez?

— Lembra a luz que vocês viram aqui aquele dia? — Os dois acenaram. — É essa paz que eu sinto.

— Não quero que faça mais isso.

— Mas você ficou bem....

— Não importa. A gente não sabe o que é isso.

— Se fosse ruim não teria ficado bem.

— Não use isso de novo Clara.

A menina olhou de um para o outro. Os dois estavam sérios a olhando.

— Tudo bem...

Clara saiu do quarto e fechou a porta. Hermione respirou fundo e olhou Draco. Estava com cara de quem não entendeu nada do que aconteceu ali.

— Que foi?

— Pode me explicar?

Hermione contou a ele o que aconteceu.

— Nossa. Ela é incrível, não é?

— Draco por mais que isso seja incrível... Eu fico preocupada. A gente não sabe o que é.

— Mas eu acho que ela tem razão. Se fosse ruim você não estaria assim.

— Assim como?

— Mais animadinha... — Se aproximou e sentou na cama bem próximo a ela.

— É, mas...

Draco a puxou para mais perto a segurando pela nuca.

— Shh! Fica quietinha fica... — A beijou antes que pudesse protestar.

***

Os dias foram passando e depois de todas as festas, Clara já tinha que voltar a Hogwarts. A família foi até a plataforma do trem deixar a menina.

— Olha lá o que você vai fazer com aquele menino hein!

— Pai! — repreendeu com as bochechas rosadas.

— Não quero ser avô antes da hora.

— Draco!

— Estou falando alguma coisa errada?

Clara colocou as mãos no rosto.

— Está deixando sua filha constrangida!

— Mas eu não quero ser avô agora.

Hermione respirou fundo.

— Não se preocupa pai. Isso não vai acontecer tão cedo.

Draco sorriu vitorioso.

— Ainda bem.

Hermione revirou os olhos.

— Agora eu vou entrar.

— Tudo bem. — Deu um beijo na testa dela.

Hermione balançou a cabeça em negação e depois beijou sua filha também. Clara abraçou Ethan e quando virou as costas para os pais, viu Enrico se aproximando.

— Bom dia.

— Bom dia — responderam juntos.

— Pode vir comigo dois minutos?

— Pra que?

— Quero te apresentar aos meus pais.

Clara olhou Hermione, que acenou.

— Tudo bem...

Os dois se afastaram e Draco ficou olhando.

— Que foi?

— Minha filha é tão novinha...

Hermione caiu na gargalhada.

— Deixa de ser bobo! Ela é tão centrada que duvido que aconteça o que você pensa.

— E o que eu penso?

— Que ela vai se entregar ao menino na primeira oportunidade.

— Espero que esteja certa.

— Bobo.

Clara seguiu Enrico e em pouco tempo estavam parados em frente ao casal. A mulher era loira e tinha olhos azuis claro. Olhava Clara com um sorriso no rosto. O homem tinha cabelos negros e olhos verdes, como os de Enrico.

— Então, como tinha falado com vocês. Essa é a Clara. Minha namorada.

— É um prazer te conhecer, querida. — A mulher estendeu a mão a ela. Clara apertou.

— O prazer é meu.

— Tem bom gosto meu filho — o homem falou e Clara sorriu sem graça.

— É claro que eu tenho. E sou exigente escolhi a melhor de todas.

Os dois sorriram quando Clara desviou o olhar com o rosto vermelho.

— Vamos marcar de você jantar lá em casa algum dia.

— Claro. É só chamar — respondeu sorrindo.

— Melhor vocês entrarem — disse o homem. — Vê se estudem e não fiquem só de namorico por aí.

— Pai! — Enrico repreendeu.

Os dois se despediram do casal e entraram no trem. Eles encontraram uma cabine vazia e entraram nela.

— Gostei dos seus pais.

— Que bom.

Foram metade da viagem trocando carícias e beijos. Até que alguém bateu na porta da cabine. Os dois olharam. Enrico ficou sério no mesmo instante e Clara pediu para a pessoa entrar.

— Desculpa atrapalhar vocês...

— Não atrapalhou.

Enrico revirou os olhos.

— Queria falar uma coisa com você... Posso?

— Claro. — Olhou Enrico. — Você se importa se eu for ali fora um minuto?

— Não.

— Obrigada.

Clara levantou e saiu da cabine com Alex. Enrico tinha a cara amarrada e braços cruzados. O que será que esse ruivo idiota queria?

— Que foi?

— Eu andei pesquisando umas coisas sobre aquele cara...

— Achou alguma coisa?

— Pouca, na verdade o que achei foi o que você disse.

Clara suspirou.

— Acho que só tem aquele livro sobre isso.

— Não é possível, deve ter mais coisas. Vamos procurar na biblioteca.

— Não acho que deixariam algo como isso na biblioteca.

— Talvez na área reservada...

Alex ficou em silêncio a olhando.

— Você quer entrar na área reservada?

— Sim.

— Ótimo, lá vamos nós levar sermão...

Clara riu.

— É por uma boa causa. E a gente não vai ser pego.

— Como sabe?

— Pedi a Alyce para pegar a capa do pai dela...

Alex a olhou de boca aberta.

— Você pediu pra ela roubar a capa?

— Não. Pedi só um empréstimo...

— Sem ele saber?

— É claro. Acha que ele deixaria usar assim? Ainda mais sem saber pra que.

— Verdade.

— Vai dar tudo certo.

— Depois a gente pensa como fazer.

Clara concordou.

— Pode voltar pro seu... Namorado.

— Ok.

Alex suspirou e foi embora sem olhar para trás. Clara entrou na cabine de novo e sentou ao lado de Enrico. O loiro colocou o braço em volta do pescoço dela.

— Está tudo bem?

— Sim.

— O que ele queria?

— Enrico...

— Vai ficar de segredinho com ele?

— É coisa dele. Eu não posso dizer.

Enrico suspirou.

— Você confia em mim, Nico?

O loiro sorriu de lado.

— Nico?

Clara concordou com a cabeça.

— Eu confio em você, mas como disse, não nele.

— Basta confiar em mim.

— Tudo bem... — Puxou o rosto dela de encontro ao seu e a beijou.

Chegaram ao castelo e todos os alunos seguiram para seus aposentos. Clara, Alex e Alyce estavam em um cantinho separado dos outros alunos que conversavam no salão comunal.

— Você pegou, Alyce?

— Sim. Quase fui pega pela minha mãe. Se ela tivesse visto eu estava frita porque ela não descansa até você abrir a boca.

— E a sua abre fácil né... — Alex falou sarcástico.

— Cala sua boca!

— Parem! — Clara brigou com os dois. — O que importa é que conseguiu e deu tudo certo. Vamos planejar o dia de entrar lá. Quero o quanto antes achar alguma coisa.

— Ok.

Os três conversaram mais um pouco até que tiveram que ir dormir, pois estava tarde.

No dia seguinte todos os alunos estavam tomando café da manhã em suas mesas. Clara, Alyce e Alex foram os primeiros a chegar. Queriam marcar logo a entrada na biblioteca e não poderiam conversar isso na aula.

— Vamos hoje à noite. As 2hrs da manhã. Não têm ninguém acordado...

— Se alguém pegar a gente estamos fritos! — disse Alyce.

— Quer ficar de fora dessa?

— Eu posso?

— Se quiser o Alex vai comigo... Não é Alex?

— Vou sim.

— Então eu não vou dessa vez. Vocês pegam tudo que encontrarem e eu ajudo a ler.

— Combinado.

Começou a encher o lugar e eles pararam de falar sobre isso. Clara deixou a colher cair no chão e abaixou para pegar. Alex abaixou junto com ela e conseguiu ver que usava o cordão que ele deu. O ruivo sorriu.

— Que foi?

— Está usando o cordão — disse colocando a mão nele.

— Por que não estaria?

— Não sei... — Na cabeça dele, imaginava Enrico dando ataque por causa disso.

Na mesa da Sonserina Agnes olhava a cena. A menina sorriu de lado e olhou Enrico.

— É mesmo bonito, não é?

— O que? — perguntou sem dar muita atenção.

— O colar que o Weasley deu pra sua namorada.

Enrico, que olhava sua comida, levantou a cabeça e olhou na direção da mesa da Grifinória.

Os dois conversavam normalmente.

— Do que você está falando?

— Ué você não viu? Ela não te mostrou?

— Não...

— Observe então. — Sorriu maliciosa enquanto Enrico não tirava os olhos de Clara e Alex.

Depois de comer, foram para as aulas. Clara ao mesmo tempo que queria prestar atenção, pensava em sua entrada na biblioteca e o que acharia sobre seus poderes.

Nem percebeu quando a aula terminou. Só se deu conta quando os alunos levantavam de seus lugares e saiam da sala. Levantou também e saiu. Assim que apareceu no corredor, deu de cara com Enrico.

— Está me esperando?

— Sim.

— Por quê?

— Não posso?

— Pode. — Franziu a testa.

— Vamos, temos mais aulas. — Segurou a mão dela.

Clara ficou desconfiada. Tinha algo errado nele.

Os dois seguiram seu caminho e se sentaram um ao lado do outro. Dessa vez Clara prestou atenção no que o professor falava, mas Enrico a observava o tempo todo.

— O que você tanto olha?

— Não posso te admirar?

— O que tem de errado com você?

— Não tem nada de errado.

— É claro que tem! Você está muito esquisito!

— É impressão sua.

— Tá — respondeu nervosa e continuou olhando pra frente.

— Bonito colar...

Clara olhou para baixo e viu o coração.

— Sim, é lindo.

— Quem te deu?

— O Alex — respondeu simplesmente.

— Presente de natal?

— Sim.

— Hum... — Virou o rosto para a frente e olhou o professor. Clara revirou os olhos.

— Vai ficar nervosinho por causa disso?

— Não importa — respondeu seco.

Clara suspirou e não falou mais nada, pois iam acabar levando bronca do professor por conversas paralelas.


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