Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 temporada escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 14
Conhecendo o sogro




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No dia seguinte Clara acordou com a claridade em seu rosto. Ela virou de lado na cama e olhou em cima da mesa de cabeceira. O cordão que Alex deu para ela. Sorriu sozinha olhando. Era lindo. A menina virou de barriga para cima e encarou o teto.

O que será que o Enrico está pensando nesse momento?

— Clara!

Ela deu um pulo na cama ao ouvir seu pai gritar com fúria lá do primeiro andar.

A menina levantou da cama e seguiu até seu pai. Assim que apareceu na escada, viu sua mãe cochichando alguma coisa com ele. O loiro tinha uma coisa na mão e a cara... Era péssima!

— O que foi?

— Quem é Enrico?

Clara engoliu em seco.

— Draco...

— Só estou perguntando quem é.

— É um colega da escola.

— Hum... E por que está te mandando cartinhas? — perguntou feroz.

— O que tem ele mandar? — Hermione perguntou de braços cruzados.

—... Não sei.

— Se fosse de uma menina? Ia ficar reclamando?

— Não.

— Me dá isso.

Draco entregou o envelope.

— Toma, filha. — Esticou a mão em direção a Clara. Ela pegou o papel e olhou seu pai.

— Quando chegou?

— Agora de manhã — respondeu Hermione.

— Hum...

— Não vai ler? — Draco perguntou.

— Sim.

— Então por que não abre?

— Draco! Ela vai abrir quando quiser!

— Promete que não vai me esconder nada?

— Se você prometer não fazer escândalo, prometo contar.

Os três ficaram em silêncio. Draco encarava a filha pensativo. Hermione o olhava esperando reação.

— Você tem um namorado, não é? E é esse tal de Enrico.

— Pai... Eu não...

— Onde ele mora?

— Draco! — Hermione repreendeu.

— Só quero saber se ele é bom o suficiente pra minha filha. — As duas riram. — Qual a graça?

— Deixa de ser bobo, Draco! O que importa é se ela gosta dele e ele dela.

— Hum... Mesmo assim eu quero conhecer.

— Eu não acho uma boa ideia... — Clara se manifestou.

— Por que não?

— Se você não gostar dele, vai dar ataque igual fez com o Alex.

Os três ficaram em silêncio e Hermione o olhou com as sobrancelhas levantadas.

— Prometo que não faço isso. Eu quero conhecer o garoto, só isso.

Clara olhou sua mãe pedindo a opinião dela sem abrir a boca.

— Acho que vai ser bom isso. Convide-o para vir almoçar aqui.

— Tem certeza?

— É claro. Seu pai não vai fazer nada, não é?

— Não vou.

— Então tá... — falou meio em dúvida.

A menina subiu para o seu quarto e abriu a carta de Enrico.

Oi minha menina misteriosa. Eu não aguentei esperar a gente voltar à escola. Estou com saudade de você.

Eu fui um idiota te pedindo aquilo... Não tenho direito de fazer isso. Você está certa. Não se pode cobrar uma coisa assim de ninguém.

Te peço desculpas por tudo. Não quero ficar sem você, pequena.

Por favor, me perdoa.

Ass: Enrico Agnelo.

Clara sorriu depois de ler a carta. Nem podia acreditar no que seus olhos mostravam. A menina pegou um papel e escreveu para ele, o convidando para almoçar em sua casa. Ela mandou sua coruja entregar e ficou esperando a resposta.

Assim que chegou, abriu a carta com pressa e a leu rapidamente.

Ele iria.

Gritou sua mãe na mesma hora. Em pouco tempo Hermione apareceu no quarto da garota.

— Que foi?

— Ele vem.

Hermione sorriu.

— Mas eu estou com medo do meu pai fazer alguma coisa.

— Não vai fazer. Sabe que estou de olho nele.

As duas riram.

— Me ajuda a arrumar meu cabelo?

Hermione sorriu. Ver sua filha nervosa em estar apresentando o namorado ao pai fazia lembra sua adolescência. Ela nunca passou por isso, mas imaginava ser bem agonizante.

— Ajudo.

Hermione pediu aos elfos para fazerem a comida. Desde que mudaram para essa casa, que ela não deixava Draco maltratar os criados. Eles também faziam parte da família. No início Draco não gostou nada da história, mas depois se acostumou com isso.

Draco estava na sala assistindo um filme com Ethan. O menino insistiu para que ele assistisse. O loiro gostava, mas não os filmes de criança.

A campainha tocou e Draco olhou a porta com o rosto sério. Teria que se controlar ao máximo para não fazer besteira. Primeiro porque estava em dívida com Hermione e segundo porque prometeu a sua filha que se comportaria.

O loiro levantou do sofá e seguiu até a porta. Ele abriu e observou. O menino o olhava em silêncio. Até que era apresentável...

— Enrico Agnelo?

— Sim, senhor.

Draco olhou para trás.

— Não ouse abrir a boca, senhor Malfoy — escutou a voz de Hermione vir de algum lugar que ele não sabia qual.

Em pouco tempo ela apareceu na escada e Draco suspirou. Queria só dar um aviso ao garoto... Mas ele dá depois.

Bem atrás de Hermione, Clara apareceu. Draco e Enrico ficaram paralisados olhando-a descer. Estava com um vestido simples e tinha o cabelo todo ondulado. Clara não tinha cachos como Hermione, mas também não eram lisos como o de Draco. Foi uma bela mistura dos dois.

As duas desceram as escadas.

— É um prazer conhecer você — Hermione falou com o garoto e o fez desviar os olhos de Clara.

— O prazer é todo meu. — Sorriu olhando sua sogra.

— Adorei ele — disse olhando Clara que desviou o olhar com as bochechas rosadas.

Hermione deu uma risadinha.

— Entre.

Os quatro seguiram até a sala de estar. Assim que chegaram, Ethan ficou de joelhos no sofá olhando Enrico.

— Você é namorado da minha irmã?

— Ethan! — Clara brigou com ele e Enrico deu uma risadinha.

— Se o seu pai permitir... — disse olhando o loiro.

— É claro que ele permite! — Hermione que respondeu. — Não é mesmo Draco?

— Primeiro eu quero conversar com ele para depois responder.

Clara colocou uma das mãos no rosto querendo se esconder.

— Draco...

— Por mim tudo bem — disse antes que Hermione terminasse a frase.

Clara e Hermione o olharam surpresas.

— Ótimo! Venha comigo.

— Pai...

— Fica tranquila, filha. Só quero conhecê-lo melhor.

Clara olhou Hermione. Ela olhava Draco com os olhos cerrados. E ele entendeu que se fizesse besteira, ia ver só.

O loiro saiu da sala de estar sendo seguido pelo garoto. Os dois subiram as escadas. Draco o levou até o escritório dele.

— Sente aí.

O menino obedeceu e sentou em uma cadeira. Draco sentou de frente para ele.

— Tem uma bela casa.

— Obrigado. Mas vamos cortar a ladainha e ir direto ao ponto.

Enrico franziu a testa.

— É nascido-trouxa, certo?

— Sim.

— Hum... Qual sua casa?

— Sonserina.

Draco apertou as mãos.

— Certo. Quantos anos você tem?

— 15.

— Por que quer namorar minha filha?

— Porque eu gosto dela.

— Gosta mesmo?

— Sim.

— Tudo bem. Só vou te avisar que se isso tudo for uma gracinha sua, vai se ver comigo.

Os dois ficaram em silêncio se encarando.

— Claro que sim, senhor. Eu nunca faria qualquer gracinha com a Clara.

— Ótimo! Assim não preciso sujar minhas mãos.

Enrico sorriu.

— Que cara é essa?

— Eu sempre quis te conhecer pessoalmente.

— Por quê?

— Me contaram histórias sobre você.

— Boas ou ruins?

— As duas...

— Hum...

Os dois ficaram em silêncio se olhando.

— Você é virgem?

Enrico arregalou os olhos com a pergunta.

— O-oi?

— Responde, garoto.

— Por que você quer saber?

Draco apoiou os cotovelos nas pernas olhando mais de perto.

— Minha filha é uma menina pura e se eu souber que você a usou dessa forma eu vou te matar!

— Eu nunca me aproveitaria dela dessa maneira.

— Eu espero mesmo que não. Agora me responde. É virgem ou não?

Enrico desviou o olhar.

— Responde logo, garoto! Não vou contar para ninguém.

— Tudo bem... Sou sim.

Draco encostou na cadeira e apoiou um dos braços nela, a mão foi em direção ao rosto e ele ficou encarando o menino por uns segundos. Enrico estava com as mãos apertadas.

— Você disse que tem 15 anos, né?

— Sim.

Draco deu uma risada.

— O que foi?

— Quando eu tinha 15 anos já tinha dormido com pelo menos metade da Sonserina.

Enrico arregalou os olhos.

— Mas se você fizer isso eu vou te matar, lembre-se disso.

Os dois riram.

— Eu prefiro ficar só com a Clara.

Draco o olhou feroz.

— É claro que nessas condições só quando ela quiser ou quando tiver 30 anos...

Draco caiu na gargalhada e o menino riu junto.

— Boa. Mas eu prefiro com 50.

— Tudo bem.

Os dois riram.

Depois do questionário e brincadeiras, os dois conversaram sobre outras coisas. Ao contrário do que esperava, Draco gostou do menino.

Clara estava sentada no sofá roendo as unhas. Eles demoravam muito a descer. Estava com medo de ter que ligar para os pais de Enrico falando que seu filho tinha falecido.

— Mãe... Por favor, vai lá.

— Espere mais um pouco, filha.

Clara suspirou.

As duas escutaram passos na escada e levantaram do sofá. Os dois apareceram na sala rindo e elas trocaram olhares.

— Pelo visto a conversa foi boa — disse Hermione.

— Até que foi — Draco respondeu.

— Então você aprova? — Clara perguntou e todos ficaram em silêncio olhando o loiro.

Draco encarou sua filha por uns segundos e depois olhou o garoto.

— Sim.

A menina sorriu largamente e correu na direção do pai. Ela lhe deu um abraço apertado. Hermione sorriu. Ele abraçava Clara e olhava ela.

— Obrigada.

— Mas eu vou ficar de olho em vocês — disse olhando Enrico.

— Por mim tudo bem — o garoto respondeu.

Clara se aproximou dele e o abraçou. Draco ficou ao lado de Hermione olhando os dois.

— Eles não são fofos?

— Hnf...

Hermione riu e deu um beijo no canto da boca de Draco, fazendo ele sorrir.

Estavam todos sentados à mesa esperando a refeição que os elfos prepararam. Enrico fazia carinho nos cabelos de Clara. Hermione observava os dois. Eram tão fofos! Clara se aproximou e deu um selinho rápido em Enrico fazendo ele sorrir mais ainda. Hermione sorriu e olhou Draco. O loiro revirou os olhos.

— Seu ciumento!

— Sou mesmo! — falou fazendo bico.

— Por que ele pode te beijar e eu não? — Ethan perguntou do nada. Todos o olharam.

— Você pode me beijar.

— Mas você não deixa eu te beijar onde beijou ele.

— Você é meu irmão, seu retardado.

— Clara! — Hermione brigou com ela. — Filho esse beijo só é dado por namorados... Irmãos beijam no rosto.

— Por quê?

— Porque sim.

— Mas eu não tenho namorada...

Draco riu alto.

— Qual é a graça? — Hermione perguntou.

— Ele vai ser como eu, já vi isso — Draco e Enrico riram e Hermione deu um soco no peito dele. — Ai!

— Seu idiota!

Os dois começaram a conversar entre si e Enrico se aproximou de Clara.

— Eu adorei sua família.

— Jura?

— Sim.

— O que meu pai te falou?

— Conversa de genro e sogro.

Clara cruzou os braços.

— Eu quero saber!

— Não ouviu? Entre genro e sogro nada da filha saber da conversa.

Clara lhe deu um soco no ombro.

— Ai!

Hermione e Draco riram.

— Ela realmente puxou você.

Todos na mesa riram quando Draco falou isso. Menos Ethan que não entendeu a piada.

Depois do almoço Enrico disse que teria que ir embora. Para ele era mais complicado ir para casa, pois seus pais moravam bem longe. E ele não podia aparatar por ser menor de idade.

— Você podia ficar mais e depois meu pai te levava em casa... Não é pai?

Olhou o loiro, que ergueu as sobrancelhas.

— É claro que ele leva — Hermione respondeu.


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