Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 temporada escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 12
Família quase unida




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Clara estava em seu quarto sozinha. Deixou Ethan no dele dizendo que estava cansada e que mais tarde contava a ele mais histórias sobre Hogwarts. Era mentira, obviamente. Ela queria continuar lendo o livro.

.....

O bruxo achou que tirando o poder do menino, faria com que se tornasse o mais poderoso de todos os tempos. E que iria governar e mandar em todo mundo. Só que ele não sabia como retirar o poder do menino. Então o enganava para que ficasse ao seu lado e fizesse o que ele queria.

Muitos bruxos morreram por causa das mentiras que esse homem contou ao garoto. E cada vez piorava a situação, pois quanto mais ódio o garoto tinha, mas os poderes se manifestavam. E nem sempre era bom estar perto dele quando estava irritado. Poderia lhe custar a vida.

Clara engoliu em seco. Será que é por isso que aquelas abelhas aparecem quando está irritada?

Os grandes e poderosos bruxos da época quiseram interferir nos planos daquele homem maléfico. Mas o garoto era muito poderoso e confiava demais nele.

A guerra começou quando tentaram convencê-lo de que estava fazendo a coisa errada. Que não era certo matar pessoas a preço de nada. Mas ele estava com o coração tomado pelo ódio e só sabia ouvir o bruxo que julgava ser seu amigo.

Durou anos a perseguição, pois o garoto jurou matar a cada um que entrasse em seu caminho e dissesse o que fazer. Ele sabia de tudo. Ou julgava saber...

— Clara?

A menina fechou o livro com força.

— O que é isso?

— Nada, mãe. É um livro que peguei na biblioteca.

— E é bom?

— Na verdade, é meio cansativo... É para aula defesa contra as artes das trevas.

— Sei. Filha... — Sentou ao lado dela na cama. — Você sabia dessa história do seu pai... Por que não me contou?

— Eu achei que ele contando ia ser melhor, pois assim você veria que ele se arrependeu.

— Mas ele não contou.

— Eu sei... — Suspirou. — Ela entrou na frente. Desculpa mãe.

— Você tinha visto isso antes?

— Sim.

— E por que não me disse antes que ele fizesse, filha?

— Mãe eu não posso ficar contando tudo que vejo. Eu não sou dona do mundo ou do tempo. Não posso controlar a vida das pessoas e muito menos mudá-las.

Hermione ficou pensativa.

— Você está certa.

— Perdoa o meu pai, mãe... Ele está sofrendo tanto.

— Eu ainda estou muito confusa, filha.

— Sei disso...

— Você viu alguma coisa com a gente?

Clara ficou um tempo observando sua mãe em silêncio. Hermione a olhava curiosa e apreensiva.

— Sim.

— Pode dizer?

— Posso aconselhar...

Hermione suspirou.

— E o que você aconselha?

— Ouça seu coração e não o orgulho forte que grita dentro de você.

As duas ficaram em silêncio se olhando.

— Todos estão falando disso, mas será que ninguém entende o que eu sinto com essa situação? Não é fácil perdoar esse tipo de coisa. Quem me garante que ele não vá fazer de novo?

— Eu?

Hermione sorriu e Clara suspirou.

— Que foi?

— Você sempre consegue arrancar alguma coisa de mim!

As duas riram.

— Mas dessa forma eu fico mais tranquila.

— Então pode confiar. — Clara sorriu.

Hermione se aproximou e a abraçou apertado.

— Tem alguma novidade?

Clara desviou o olhar.

— Epa! Pode contando, mocinha! O que aconteceu hein?

— É uma longa história.

— Quero ouvir tudinho.

Clara, sem muita opção, contou tudo a sua mãe. Hermione a observava em silêncio.

— Você é muito madura, sabia? Se fosse outra garota, ia escolher ele.

— Eu só não acho certo fazer isso.

— Não é mesmo. Meu orgulho. — A abraçou.

— Mãe! — disse envergonhada.

— Mas você gosta dele, filha?

— Acho que sim.

— Acha? — perguntou rindo.

— Ele é muito complicado.

— Sei. Eu te entendo...

As duas riram.

— Mas seja lá o que aconteça, estou com você, tá bom?

— Obrigada. — Clara sorriu.

— Seu avô está lá em baixo.

— Já vou descer.

Hermione saiu do quarto de sua filha e seguiu para o seu. Sentou na cama e abraçou as pernas. Se continuasse pensando nessas coisas, seu cérebro ia dar um nó!

Clara desceu as escadas e seguiu até a sala de estar. Seus avós estavam sentados no sofá. Narcisa tinha Ethan no colo, o menino era bem apegado a ela.

Clara se aproximou e quando Lucius a viu, sorriu. Ela retribuiu. Depois de cumprimenta-lo, sentou-se junto com eles.

— Como está a escola? — o homem perguntou.

— Muito bem! Eu adoro cada aula!

— Todas? — perguntou rindo.

— Sim.

— Geralmente a gente tem uma matéria de que não gosta.

— Mas eu gosto de todas.

Narcisa deu uma risadinha.

— Ela realmente não puxou ao Draco.

As duas riram.

— Eu ouvi isso! — O loiro apareceu de braços cruzados.

— Ah, meu filho. Você não era ruim na escola, mas também não era ótimo como a Clara é.

— Mas ela puxou a inteligência da mãe. E a sorte dela foi essa...

Todos riram quando ele disse isso.

Depois de um tempo sozinha refletindo, Hermione desceu as escadas e se aproximou lentamente. Todos riam felizes. Ela se aproximou e observou a família. Nunca imaginou a família Malfoy assim. Na verdade, se alguém contasse a ela em outro tempo, ela diria que era mentira.

— Estava dormindo? — Assim que Draco perguntou, Hermione percebeu que todos a olhavam.

— Sim... — mentiu.

— Está tudo bem com você? — Narcisa perguntou.

— Sim.

Clara a observava sem desviar os olhos.

— Vamos jantar? — Ethan perguntou. — Estou com fome...

— E quando você não está? — Clara perguntou sarcástica.

O pequeno lhe deu língua.

Após o jantar, Lucius e Narcisa foram embora. Clara seguiu para seu quarto, queria continuar sua leitura. Mas quando viu seu pai a seguir, percebeu que não ia terminar agora.

A menina entrou no quarto sendo seguida pelo pai.

— Como estão as coisas em Hogwarts?

— Bem.

— Ninguém deu em cima de você?

— Não...

Draco a olhou desconfiado.

— Não minta. Eu sei que sim.

— Não é mentira, pai. As pessoas me acham estranha.

— Por quê?

— Não sei... — Deu de ombros.

— Isso é inveja porque você é especial!

— Mas eles não sabem de nada.

— Mas sentem e ficam assim.

Clara caiu na gargalhada e Draco sorriu.

— Estava com saudades.

— Eu também.

— Pode me dar certeza de uma coisa?

— De que?

— Se eu e sua mãe vamos ficar bem de verdade.

— Olha pai... Como eu sempre vejo, existem dois futuros... Um que sim e outro que não.

— Sei... Mas você não sabe qual vai se realizar, né?

— Não. Porque depende de vocês. Mais precisamente de você.

— De mim?

— Sim. Prove a ela que a ama e que não quer ficar longe. É claro, se for de sua vontade isso.

— É claro que é!

— Então corra atrás. Depois das festas, não vou estar aqui e ela vai voltar pra casa da vovó.

— Ela te disse isso?

— Não, mas eu sei que ela não quer dividir a gente.

— É...

— Não se preocupa, se você realmente quiser e mostrar que não vai fazer mais isso, ela vai te perdoar.

— Eu nunca mais vou fazer isso!

Clara sorriu.

— Eu sei.

Draco sorriu e a puxou para um abraço. O loiro saiu do quarto e Clara pegou o livro.

.....

O garoto julgava saber tudo, pelo simples fato de poder ver o futuro. Assim era muito mais fácil para ele se proteger dos ataques.

Demorou, mas um dia teve uma visão de seu suposto amigo o traindo. Por estar com tanto ódio e usando os poderes para o mal, as visões começaram a diminuir. Pelo menos em relação a ele próprio. E quando questionou se era realmente certo matar, teve a visão da traição.

Furioso, foi tirar satisfação com o homem, mas já era tarde. Ele tinha feito tudo certinho e o prendeu depois de deixá-lo inconsciente. Sabia os pontos fracos do garoto e ia usá-los contra ele.

Sua família.

Era tudo que ele mais valorizava. O homem prendeu toda a família do garoto e o chantageou. Como não queria o mal de sua família, ele fez tudo que foi mandando.

Só que o homem não contava que o menino veria o seu fim e se calaria. Claro que ele não contaria como seria sua morte, só falava coisas que ele queria ouvir. Coisas como: você será respeitado por todos, pois terão medo de você. Ou: você será o mais poderoso de todos.

Como o homem estava cego pelo poder, nem percebeu que o menino mentia.

A guerra terminou quando por fim os bruxos que queriam pegá-lo armaram uma cilada e ele caiu. Como não se deu por vencido e se achava forte, tentou matar um dos irmãos do garoto quando percebeu que tinha sido enganado.

E o próprio menino o matou.

Quando percebeu o que o homem pretendia fazer com seu irmão, ele ficou cego de raiva. No mesmo instante uma luz negra envolveu o corpo dele fazendo todos que estavam no lugar se assustarem. Ele se aproximou do homem e murmurou coisas que ninguém compreendeu. Assim que terminou de falar, o bruxo caiu no chão se contorcendo, a luz negra o envolveu também.

O homem gritava em agonia, mas o garoto não queria parar. Iria até o fim custe o que custar. E ele foi.

Só que quando o homem morreu, o menino entrou em uma depressão profunda, pois ele sentiu a alma do homem sair do corpo dele e nesse momento compreendeu o peso de matar alguém.

Lembrou de todas as outras que matou e com isso ficou depressivo.

Clara fechou o livro em suas mãos. Que luz negra será essa? Ele tinha tudo igual ao dela, como prever o futuro e aparecer coisas inexplicáveis quando estava feliz ou nervoso. Mas ela não tinha essa luz negra. Mas tinha a branca... O que será aquilo afinal de contas? Será que tem respostas nesse livro? E se pesquisasse sobre o garoto? Ah! Ela precisava saber.

Pesquisaria sobre Joseph Moore.

No dia seguinte saiu com seus pais e irmão para as compras de natal. Ethan queria tudo que via e esperneava até conseguir. E não era Hermione que dava...

— Você vai fazer esse menino ser mesquinho quando adulto! — disse furiosa.

— Por que negar se ele pode ter o que quiser?

— Pelo motivo que eu acabei de falar!

— Ele não vai ser assim.

— Imagina! — falou cínica.

Clara respirou fundo e cutucou seu pai. Draco a olhou franzindo a testa e a menina ergueu as sobrancelhas.

— Tudo bem. Vamos fazer do seu jeito.

Hermione o olhou desconfiada.

— Por quê?

— Ué... Se você diz que isso é ruim... Faremos do seu jeito.

— Hum...

Após um dia cansativo de compras e choros de Ethan, eles finalmente voltaram para casa.

— Eu não aguentava mais ouvir ele chorar — Clara reclamou cansada.

— É, mas ele tem que entender que não é dono do mundo. Está muito novo pra se consumista assim.

Clara e Draco riram.

— Eu não sou condsumista!

Todos explodiram em gargalhadas e o pequeno fez bico.

— Eu tenho certeza que ele ficará na Sonserina quando for a Hogwarts... — Hermione disse rindo.

— Por que você acha? — Draco perguntou inocente.

— Porque ele é você escrito! — Saiu da sala rindo.

Draco cruzou os braços a olhando sair rebolando. Clara deu uma risadinha.

— Você concorda com ela?

— Na verdade, sim.

O loiro resmungou e fez bico.

— Tá vendo! Tal pai tal filho! — Apontou para o menino que estava do mesmo jeito que ele e o fez rir. 

Depois de colocar Ethan na cama, o loiro ficou o observando um pouco. Era realmente parecido com ele. No fundo sabia que Hermione tinha razão. Não podia permitir que seu filho ficasse igual a ele no passado. Mimado e egoísta.

Seguiu para o quarto e quando entrou, encontrou Hermione sentada na cama. Fechou a porta atrás de si sem desviar os olhos dela e se aproximou lentamente. Hermione também não tirava os olhos dele.

O loiro se aproximou e sentou na cama de frente para ela. Os dois ficaram se olhando em silêncio. Por mais que Hermione o amasse, não conseguia tirar essa mágoa de dentro de si.

Em pouco tempo Draco se aproximou bastante dela e segurou seu rosto com uma das mãos. Ele se aproximou lentamente e a beijou. Hermione retribuiu e o beijou de volta.

Lentamente Draco deitou por cima dela na cama sem desgrudar os lábios. Se beijaram por um tempo até que o loiro se afastou um pouco para respirar. Ambos respiravam rápido tentando recuperar o fôlego.

— Você quer? — Draco sussurrou perto dos lábios dela.

— Quero.

Assim que ouviu a resposta, a beijou intensamente.


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