Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 8
To the Light


Notas iniciais do capítulo

Oi gente *--*
Primeiro quero agradecer por cada comentário, cada um deles é muito importante para nós !
Esperamos que vocês gostem (:

Boa Leitura!



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Capitulo VIII

A vida é feita de pequenos momentos

com profundos sentimentos

(Anônimo)

Para a luz

Sasuke estava paralisado não conseguia entender o que acabara de se passar, nunca em toda sua vida havia visto a ruiva daquele jeito, mesmo ela não estando mais ali podia sentir seu olhar penetrando em cada célula de seu corpo, o culpando por algo que ele não sabia se tinha feito. Ao finalmente voltar a si Sasuke resolveu ir atrás da Karin. Ela era sua melhor amiga e naquele momento precisavam esclarecer as coisas.

Quando Sasuke deu os primeiros passos para correr na mesma direção que a ruiva, uma voz lhe chamou a atenção.

─ Sasuke, está tudo bem? - a rosada parecia preocupada.

─ Hm, sim. Só espere aqui ok? Eu já volto - Sakura mal teve tempo de responder o moreno já havia sumido de seu campo de visão.

O fim de tarde logo viria, mesmo que aos poucos visse o tempo se fechar decidiu por esperar o Uchiha. Se sentou no banco e o aguardou preocupada.

Mansão Uchiha - 9 horas da manhã do mesmo dia.

Itachi estava cansado desde que seu irmão havia causado aquele acidente. Fugaku tinha se tornado mais exigente e furioso, agora sentia que a cada vez que pisava os pés na empresa seu pai iria arrancar sua pele com um simples olhar. Pelo menos aquele dia seria diferente, era seu dia de folga, nada nem ninguém iria incomoda-lo iria apenas deitar no sofá com um bom livro em mãos e relaxar. Ao menos era o que imaginava.

─ Bom dia meu amor - pronunciou a matriarca da família ao entrar na cozinha.

─Ah, Bom dia mamãe - levantou o olhar de seu jornal e sorriu gentilmente para a mulher a sua frente.

─ Então vejo que hoje é seu dia de folga, já que a essa hora você está sentado de cueca na bancada da cozinha - observou enquanto depositava um beijo na bochecha do filho, em seguida sentou-se para tomar seu café da manhã.

─ Exatamente - sorrio de canto.

─ Então o que acha de passar o dia com a sua mãezinha? - Itachi percebeu um brilho estranho no olhar da mais velha.

─ Hm, obrigado mãe mas eu prefiro passar o dia deitado descansando - responder ao saltar da bancada, espreguiçou-se e bocejou preguiçosamente.

─ O que? Deitado, sozinho? Você não quer ficar com sua mãe? - o olhou estupefata.

Ao olhar para sua mãe Itachi percebeu que acabara de entrar numa fria, sua mãe estava com os olhos marejados, ele sabia que a mais velha não ia começar a chorar, mas sim que ela estava disposta a chantageá-lo e da pior forma possível, emocionalmente. Era assim desde que Sasuke não frequentava mais aquela casa, ele tinha se tornado o alvo da senhora Uchiha, o novo bebê da mamãe. Itachi engoliu em seco, endireitou o corpo e colocou seu jornal por sobre a bancada.

─ Não é isso mãe, eu só quero descansar um pouco sabe, ler um livro - o rapaz sorriu gentilmente, mas não adiantou sua mãe começaria o show ele podia sentir a singela mudança.

─ Oh céus! - exclamou - Que tipo de mulher eu sou? Nem ao menos a atenção do meu próprio filho eu tenho, meu menininho que criei com tanto sacrifício, aquele pelo qual abandonei toda minha vida e carreira apenas para estar ao seu lado - Mikoto deslizada pelas paredes abraçada ao próprio corpo - Senhor por quê me castigas de tal maneira? Prefiro perder a vida á ter que sentir tamanho desprezo. Tudo que sempre quis foi que meus meninos fossem felizes e quando peço algo em troca - fungou provocando lagrimas grossas - Algumas poucas horas de atenção, recebo uma bofetada e sou trocada pelo que? Pelo que meu Deus? Por um livro... Um livro - gritou indignada - Um livro que existirá por muito e muito mais tempo que eu. Mas não importa - direcionou seus olhos tristes a janela, fazendo com que perdessem o foco - Esse é o fardo de uma mãe amar incondicionalmente mesmo sendo abandonada e desprezada por suas crias - sentada no chão com os olhos cheios de lágrimas a mais velha encarava seu filho enquanto mordia a manga de sua blusa na tentativa de conter seu choro.

Itachi conhecia sua mãe, no entanto sempre se surpreendia com sua capacidade de atuação. O moreno respirou fundo e passou a mão pelos cabelos.

─ Está tudo bem mãe, eu vou passar o dia com você - rendeu-se, sabia que se não fizesse agora não teria paz pelo resto do dia.

Como se nada tivesse acontecido a Uchiha já se encontrava de pé tirando a poeira de sua calça com um largo sozinho nos lábios.

─ Muito bem, te encontro lá fora em 20 minutos - rapidamente sumiu da cozinha.

O rapaz mal teve tempo de responder, Mikoto já havia desaparecido escada acima o deixando com cara de paspalho.

─ Inacreditável, a minha mãe é inacreditável - bufou caminhando em direção ao seu quarto.

Vinte minutos depois os dois já estavam na entrada da garagem. E enquanto Itachi buscava seu carro a senhora Uchiha dava os ultimas retoques em sua maquiagem.

─ Então mãe, por que mesmo vamos no meu carro? - perguntou, sua mãe se ajeitava no banco ao seu lado.

─ Porquê estamos indo passear e não precisamos de nenhum motorista para isso - explicou o obvio.

─ Hm.

Itachi não sabia para onde estavam indo, achou melhor não conversar nem discutir com sua mãe, se ele não podia passar o dia no sofá em silencio pelo menos ele poderia ficar em silencio. Ao perceber onde estavam chegando o moreno sentia a cor fugir de seu rosto.

─ Mamãe... isso é...

─ Sim amor, é o shopping - um sorriso sombrio surgiu nos lábios da bela mulher.

─ Mãe - sua voz soou em tom de repreensão - Por que sempre faz o contrario do que lhe peço, é tão difícil assim compreender que prefiro passar meu dia em locais tranquilos? Sem tantas mulheres loucas e compulsivas.

─ Não fale assim comigo, sou sua mamãe - desferiu um tapa na nuca do filho.

─ Ai, para com isso estou dirigindo mãe - suspirou levando uma das mãos ao lugar que agora ardia - Pronto chegamos.

─ Maravilha, preciso comprar alguns vestidos. Eu vi em alguma revista que a moda agora são estampas de bichos - comentou enquanto aguardava Itachi descer e acionar o alarme.

─ No que eu fui me meter - bufou entediado.

Itachi não sabia a quanto tempo estava andando pelos corredores daquele shopping, mas para ele parecia uma eternidade, suas pernas já estavam doloridas e sua barriga roncava alto. Finalmente sua mãe havia decidido almoçar e enquanto ambos sentavam em uma das mesas da praça de alimentação Itachi viu Mikoto arregalar os olhos surpresa.

─ Você viu como aquela garota se veste? Minha santa Chanel que o paraíso da moda tenha piedade - colocou as mãos sobre a boca horrorizada.

─ Deixa a garota, se ela se sente bem com as roupas rasgadas aqui e ali, que mal há? - revirou os olhos entediado com os dizeres da mãe.

─ Que mal há? Eu nunca deixaria os meus filhinhos se quer brincarem no quintal vestidos assim, com certeza essa garota não tem mãe, deve ter uma vida sofrida e viver com um bando marmanjos - seu coração doeu - Vou falar com ela.

─ Nada disso - a impediu - Para com isso, deixe as pessoas viverem do jeito que quiserem mãe. Pare de querer controlar tudo.

─ Você esta dizendo que sua própria mãe é uma controladora? - seu tom de voz soou ríspido - É isso mesmo o que eu estou pensando? - o olhou indignada.

─ Mãe não começa, eu não disse isso - seus olhos se fecharam na tentativa de conter a irritação.

─ O que eu fiz para merecer isso? Quanta ingratidão! - seus olhos lacrimejaram - Por um acaso eu deixei alguma vez de preparar seu Tetê pela manhã? - perguntou elevando algumas oitavas do seu tom de voz.

─ Mãe para - pediu baixinho tentando acalma-la. Ela estava o deixando constrangido.

─ Me responda filho, mamãe alguma vez te deixou dormir sem o Fufi? - o olhou magoada - Você não sabe pelo o que passei ao ouvir todas as mães da creche rirem por verem meu bebê arrastado um bendito paninho fedido e sujo, que só não largava porque era um antigo pedaço de uns dos meus vestidos - seus olhos se enchiam de lagrimas ao relembrar - Não, eu não te deixei sem ele, eu deixei você fazer o que queria e agora você me chama de controladora?

─ MÃE - a repreendeu envergonhado - Para de falar do fufi - sussurrou corando.

─ Então por que meu filho, depois de tudo que passei por você, enfrentei o mundo por ti. Mastiguei comidinha e o alimentei para que não engasgasse e para que? Para que meu filho? - exigiu por uma resposta. Aquela altura as pessoas já encaravam de maneira curiosa a morena escandalosa.

Itachi suplicava para que fosse um pesadelo, no entanto os gritos de sua mãe estavam ali sendo a prova de que não estava dormindo. Sua paciência ia se esvaindo sem que pudesse controlar. Por um momento não aguentou mais e declarou sua sentença de morte.

─ Eu faço qualquer coisa que a senhora quiser, mas para com isso agora - sua consciência pesou no mesmo instante.

─ Ah meu bebê, da ultima vez durou um minuto e meio. Esta se superando, quase chegamos a dois desta vez - sorriu contente ao proferir os recordes de autocontrole do filho - Agora vamos.

Itachi permaneceu calado, mais uma vez perdeu para as torturas de sua mãe, agora só lhe faltava torcer para que as consequências não o obrigasse a preferir a morte.

Como se nada tivesse acontecido Mikoto voltou a sua postura elegante, limpou as poucas lagrimas que adquiriu com sacrifício e caminhou a procura de uma loja qualquer. As pessoas simplesmente observavam assustados sem entender absolutamente nada.

─ Chegamos Ita-kun - Mikoto sorriu de modo singelo, seu maior prazer sempre que saia com seus filhos era testa-los. Ah, não existia palavras para descrever como era divertido esses dias que aconteciam cada vez menos - Sente-se ali e aguarde - apontou para uma poltrona.

A cada segundo que Itachi esperava, mais crescia sua vontade de correr e deixar sua mãe ali. Não, não poderia fazer isso. Respirou fundo, e logo soltou o ar. Isso o relaxou um pouco.

─ O que acha deste? - Mikoto surgiu com um vestido de oncinha extremamente colado ao corpo, para sua idade estava em perfeita forma.

─ Vulgar - murmurou sem interesse.

Algumas horas depois Mikoto surgiu com o que devia ser seu vigésimo vestido. E itachi sabia, tortura psicológica era especialidade da matriarca, por este motivo arrependia-se por ser tão fraco e não ter herdado o orgulho e imponência de seu pai, o único homem capaz de driblar Mikoto Uchiha.

─ Estou cansada, mas ainda falta alguns. Ita-kun, faça este favor pra mamãe e prossiga com a prova - piscou seus olhos enquanto lhe sorria após fazer um simples pedido.

─ Provar... vestidos? - O moreno engoliu seco.

─ Sim. Você disse que faria qualquer coisa, se lembra?- sorriu juntando suas mãos e piscando seus olhos de maneira meiga - Então prove alguns vestidos para eu ver - seus olhos brilhavam - Vamos meu amor, mamãe esta com pressa.

─ Isso não, nem pensar – protestou. Jamais deixaria sua masculinidade ser pisoteada de forma tão grotesca assim.

─ Vamos bebê, pela mamãe – suavizou sua voz e piscou seus olhos agarrada ao vestido e o espartilho, ambos em tons diferentes de rosa.

Itachi balançou a cabeça negativamente, negaria ate a morte. Se rebaixar a isso seria demais. Então em um momento de desespero correu em direção a saída do shopping, ainda conseguia escutar os gritos histéricos e o inicio de mais um dos famosos dramas de sua mãe. Adentrou no carro sem pensar e deu partida. Pegou o celular apertando um único numero para discagem rápida.

─ Sim senhor Uchiha.

─ Pain, venha buscar minha mãe no shopping.

─ Sim senhor, estarei ai em menos de 15 minutos.

─ Ok – finalizou a chamada – Nunca mais, nunca mais faço isso – suspirou, observou o céu e não se agradou ao constatar o tempo nublado – Mas de jeito nenhum que volto pra casa – murmurou repudiando a ideia. Uma coisa era não ceder às vontades de sua mãe e outra bem diferente era não ceder e fugir. Com certeza ela o mataria. Ao menos agora teria um momentos só para ele.

Mansão Uzumaki

─ Anda Karin abre logo essa porta - insistiu mais uma vez Sasuke, já estava começando a ficar irritado.

─ NÃO! - gritou em resposta pela terceira vez.

Sasuke estava cansado, ele tinha corrido a cidade toda atrás da ruiva e só depois de um longo tempo pensou em procura-la em sua casa. E agora lá estava ele a horas esmurrando a porta do quarto da garota enquanto era totalmente ignorado.

─ Vamos lá Karin, precisamos conversar eu não quis te deixar chateada, se você me deixar entrar eu explico tudo e ainda te pago uma pizza - esperou alguns segundos e logo sorriu, a conhecia como a palma de sua mão.

─ Pizza é? - perguntou duvidosa.

─ Sim, uma marguerita enorme, seu sabor favorito - a batalha estava ganha.

Alguns minutos depois Sasuke já estava sentado em silencio no chão do quarto da ruiva. Desde que tinha entrado ali, a garota mal lhe direcionava uma palavra se quer, ela se concentrava apenas em devorar a pizza que estava entre eles. Quando a garota terminou de comer, Sasuke viu a oportunidade perfeita de esclarecer as coisas.

─ Então... Por que você não me diz o que eu fiz de errado pra você ficar tão furiosa comigo? - perguntou enquanto colocava um pouco mais de Coca-Cola em seu copo.

─ Não quero falar com você - Karin cruzou os braços e fez bico como uma criança birrenta.

─ Sabe Ketchup, falar que não quer falar comigo é falar comigo - ele riu ao vê-la elevar uma das sobrancelhas confusa.

─ Hm.

─ Então tá bom se você não quer conversar comigo eu vou embora - se levantava quando teve seu braço segurado pela Uzumaki.

─ Tá bem. Hm, eu fiquei brava porquê você sumiu - Karin olhava para o lado tentando esconder o rubor que tomou conta de suas bochechas.

─ Por que eu sumi? - franziu o cenho fingindo não compreende-la.

─ É seu emo esquisito. Você sumiu por o que, 4 dias? E quando finalmente te encontro, cá entre nós quase depois de morrer de preocupação. Você está onde? Em um parque de diversões tendo um encontro com um sorvete de morango ambulante?! - falou tudo em um único folego, suas mãos gesticulavam de maneira nervosa. Sua vontade era de matar aquele idiota.

─ Ah, então é isso - o rapaz sorriu de canto - Você está com ciúmes - afirmou. Karin arregalou os olhos corando no mesmo instante.

Sasuke não pode conter o riso quando o rosto da garota a sua frente tomou um tom de vermelho quase tão intensos quanto seus cabelos. Gargalhou tanto que Karin acabou por ataca-lo com o travesseiro.

─ Tá... legal... chega... - o ar lhe faltou nos pulmões.

A ruiva parou de esbofeteá-lo pra ouvir sua explicação.

─ Eu não estava em um encontro com... Como você chamou ela? Ah, sorvete de morango ambulante. Eu sou o guarda-costas dela - resumiu de maneira simples.

─ Guarda-costas? Por quê? Sasuke pare de enrolar e me conte essa historia direito - cruzou os braços o encarando seria.

─ É, eu meio que atropelei aquela garota e ela ficou meio tantan da cabeça então agora meu pai me obrigou a ficar perto dela até ela melhorar - explicou achando tudo aquilo um absurdo.

─ Sasuke - o olhou indignada, no entanto conhecia bem o suficiente o patriarca da familia Uchiha e sabia que milhares de sermões já haviam sido direcionados ao mais novo - Bem, se era isso por que não ligou para me avisar?

─ Porque não deu tempo, aconteceu tudo muito rápido - suspirou, já estava de saco cheio daquele assunto.

─ Unf - resmungou se desfazendo da postura rígida

Karin estava feliz por ser só aquilo, por um segundo teve medo que Sasuke fosse abandona-la e que por isso sua promessa nunca pudesse ser cumprida. Poderia estar sendo um pouco egoísta, mas todos que a deixaram nem mesmo por um segundo pensaram em como se sentiria, então não havia motivos para agir diferente.

Depois de longas horas conversando e jogando vídeo game a ruiva acabou por pegar no sono, Sasuke depositou um beijo em sua testa sussurrando um "se cuida" antes de sair, deixaria sua amiga descansar.

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Sakura reviveu em sua mente todo aquele dia e se perguntou pela milionésima vez se lembraria de tudo. A resposta veio em seguida como um jato de água fria. Sua cabeça latejou e mais uma vez sentiu vontade de chorar, ultimamente vinha chorando por tudo e lamentava-se sempre que estava sozinha. Alguns pingos começaram a molhar seus ombros, então apenas fechou os olhos e deixou com que a chuva lhe molha-se. Ali estava deixando com que tudo fosse levado, não se importava se pegaria um resfriado ou qualquer coisa do tipo.

─ Senhorita Haruno - alguém a chamou e tocou em seu ombro.

─ Hm? - se assustou com a presença do moreno bonito, ele parecia a conhecer.

─ O que faz aqui nesta chuva? - perguntou preocupado.

─ Estou esperando por Sasuke - respondeu - Eu te conheço? - franziu o cenho tentando se lembrar de onde o conhecia.

Itachi primeiramente praguejou por ter um irmão tão tolo, perguntava-se se ele nunca temeu a morte, pois a estava procurando. Em seguida franziu o cenho pela pergunta direcionada a sua pessoa.

─ Acho melhor sairmos da chuva, vamos para o meu carro - decidiu por ignora-la, com certeza era algum tipo de brincadeira.

─ Ficou maluco? Nem mesmo te conheço - sentiu o pânico se apoderar do seu corpo.

─ Sakura, sou eu, itachi Uchiha não se lembra? - estranhou a forma como a Haruno estava agindo, depois encheria Sasuke de perguntas.

─ Uchiha? Você é algo do Sasuke? - o observou com mais precisão, o moreno a sua frente se parecia um pouco com Sasuke. Mesmo assim estava desconfiada.

Primeiro Itachi a olhou intrigado, havia algo de errado com aquela garota. Pensou então em talvez ser algo relacionado ao acidente, por fim deu de ombros e apenas a respondeu para que não prolongasse aquela conversa.

─ Ele é meu irmão mais novo. Agora vamos, antes que se resfrie - a segurou pelo braço ate encontrarem o automóvel, abriu a porta e assim que a rosada se acomodou deu a volta e entrou rapidamente - Pegue - estendeu seu celular para a rosada.

─ Pra quê? - franziu o cenho confusa.

─ Ligue para seus país e confirme o que quiser - deu de ombros colocando o aparelho sobre o painel do carro.

Sakura observou o celular por um bom tempo, concluiu que se Itachi fosse lhe fazer mal não a deixaria falar com seus país, muito menos seria gentil. Outra coisa que havia constatado também era que não se lembrava do numero do seus país, nem mesmo o de sua casa ou qualquer outro.

─ Tudo bem, se fosse fazer algo ruim já teria feito não é? Então lhe darei um voto de confiança - sorriu, seus braços tremeram pelo frio o que não passou despercebido pelo Uchiha.

─ Obrigado Senhori...

─ Sakura, me chame de Sakura - o interrompeu.

─ Ok, obrigada por confiar em mim Sakura - itachi ligou o ar condicionado sentindo o ambiente ficar quentinho - Vou leva-la para casa, pode me dizer o endereço?

─ Não - respondeu sem se dar contar.

─ Hm? Acho que não entendi - Itachi a olhou confuso.

─ Não sei meu endereço, bem eu sei onde é minha casa, mas não consigo lembrar o endereço. Sabe, dizem que isso é efeito do acidente - sorriu envergonhada.

─ Oh, entendo - Itachi se sentiu desconfortável - Então o que acha de tomarmos um chá enquanto esperamos pelo meu irmãozinho tolo?

─ Por mim tudo bem - deu de ombros,

Assim que chegou a lanchonete Itachi deixou a moça na mesa e saiu para ligar para seu irmão. O moreno não conseguia acreditar na irresponsabilidade do caçula, deixa-la sozinha na rua no meio da chuva e ainda mais uma garota que não sabia como voltar para casa?. Suspirou pesadamente, era inacreditável como nem mesmo depois de tudo o tolo do seu irmão não mudava. Quando Sasuke atendeu o telefone o bombardeou com broncas e reclamações, ficou incrédulo ao escuta-lo dizer que tinha se esquecido da moça porque estava com Karin. Itachi nunca simpatizou muito com a ruiva, a moça podia ser gentil e bem educada, porém havia algo nela que realmente o incomodava. Por fim finalizou a ligação após exigir que o mais novo viesse em menos de quinze minutos ou as coisas piorariam ainda mais para o seu lado.

Ao voltar para lanchonete Itachi não pode deixar de sorrir, a garota parecia uma boneca, uma boneca de porcelana com cabelos cor-de-rosa.

─ Então Sakura, como se sente?

─ Hm, desculpe - sorriu gentilmente distraída - O que você disse?

─ Eu perguntei como você se sente.

─ Bem, obrigada!

─ Que bom. Você quer conversar um pouco, sei que tudo deve estar um caos pra você e sabe o que me disseram ? Que as vezes conversar com um desconhecido ajuda - sorriu sendo acompanhado pela Haruno.

─ Bem, não sei - não tinha ideia de quem era aquele homem, se sentia receosa..

─ Vamos lá, talvez eu possa ajudar - o moreno parecia acolhedor.

─ Hm, bem... eu me sinto meio estranha - a rosada se agarrava a sua xicara de chá.

─ Viu, já é um bom começo. - incentivou - Por que você não me diz o motivo para se sentir estranha?

─ Porquê eu estou sentada com um moço muito bonito, que eu nem sabia que conhecia e que é parente do cara mais babaca que eu conheço. Sem ofensas - riu de sua própria sinceridade.

─ Tudo bem, não ofendeu - sorriu- Então o que acha de eu te contar como nós conhecemos, isso fará você se sentir mais confortável?

─ Sim, obrigada - assentiu agradecida.

─ Muito bem, então vamos lá.

Sakura prestava atenção em tudo que o moreno dizia e a cada palavra ela se perguntava como alguém como ele podia ser parente do Sasuke. Itachi parecia tão gentil.

Alguns minutos depois Sasuke chegou na lanchonete.

─ Hm, acho que tenho que ir, Sasuke já está aqui - apontou para o moreno que estava na porta - Obrigada de novo Itachi.

Sasuke parecia irritado mas a rosada preferiu não comentar, ela também se sentia extremamente irritada, afinal de contas era ela que tinha passado o dia sozinha na rua. O silencio imperou a viagem inteira, Sakura mal olhava para Sasuke desde que tinham entrado no mesmo carro. Ela podia sentir que sua atitude incomodava o Uchiha, mas não se importou.

Ao chegar em casa, Sakura desceu do carro sem nem olhar para trás, tudo que queria era ir para cama, o dia que tinha começado tão bem, mas por conta de certas atitudes tudo tinha virado de ponta cabeça de uma hora para outra. Enquanto subia as escadas ouviu seu nome ser chamado.

─ Sakura... Bem, precisamos conversar - começou incerto.

─ Não, não precisamos - disse rude.

─ Precisamos sim, mais que saco - Sasuke passou a mão pelos cabelos irritado - Eu sei que errei tá ok? Mas você podia ter ido embora.

─ Hm, desculpas aceitas é só isso? - estava encostada no corrimão com os braços cruzados.

─ MAS QUE DROGA GAROTA! Qual é o seu problema ? - Sasuke avançou pra cima da rosada e agarrou seu braço. Odiava quando estava se esforçando por algo e não era reconhecido.

─ Me larga. Você esta me machucando - lagrimas surgiam nos olhos esverdeados.

─ Não, eu não vou te largar. Meu irmão está uma fera comigo só porquê você foi burra de ficar naquele parque sozinha - vociferou, sentia seu sangue fervilhar - Por que você fez isso?! Você é idiota?

─ Porque você disse... - as palavras saíram como um sussurro.

─ O que?

─ VOCÊ DISSE PARA ESPERAR - a rosada puxou o braço bruscamente - Você me disse para esperar e eu esperei, droga. - fungou tentando contar as poucas lagrimas que já surgiam - E eu não sabia como voltar pra casa, tá? Eu simplesmente não sabia como voltar - lagrimas percorriam pelo seu rosto sem que pudesse evitar.

─ Eu não... - Sasuke se sentia culpado

─ Não importa, deixa isso pra lá - respondeu enquanto voltava a subir as escadas.

─ Olha eu não quero que você fique brava, ok? Eu errei, foi mal.

─ Tanto faz - a rosada já estava no final da escada.

─ Mais que saco, eu já pedi desculpas! - o moreno estava fora de si

─ Não importa Sasuke... Nada disso importa. Suas desculpas, seus erros, você ter me esquecido no parque - suspirou cansada - Não importa porque não vou me lembrar amanhã, amanhã tudo isso será esquecido pelo meu cérebro, então apenas não se importe também.

Logo a rosada sumiu pelos corredores deixando Sasuke perdido e mais uma vez sentindo a culpa o incomodar.


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Notas finais do capítulo

e então vocês gostaram ? :3
Se sim já sabe o esquema né ?
Deixe um comentário ai em baixo e encha o coração das autoras de amor
Musica de hoje - To the light - Ft Island.