Capitulo VI

"A dor é inevitável.

O Sofrimento é opcional "

(Carlos Drummond de Andrade)

Demônios

Sasuke estava atônito, ele não podia ser o culpado, ou podia? O moreno não queria pensar nisso por isso achou melhor sair para tomar um ar fresco.

O sol brilhava do lado de fora, a brisa suave brincava com os fios negros enquanto Sasuke se mantinha sentado na grama do jardim dos fundos do hospital. Por poucos minutos permitiu que o vazio tomasse conta de seus pensamentos, ele estava cansado, sua vida havia dado um giro de 180 graus em um tempo tão curto que mal teve tempo de processar os acontecimentos. Sentiu seu ombro ser sacudido, era seu irmão. Sasuke queria ignora-lo, mas por mais que tentasse não conseguia, Itachi era do tipo de pessoa da qual não se conseguia sentir raiva.

─ Hum, Itachi - pronuncio o mais novo enquanto tentava manter sua cara carrancuda.

─ Olá irmãozinho, vejo que resolveu tirar um cochilo.

─ Acho que ao menos isso eu posso fazer não é? Ou você e o papai pretendem controlar isso também?

─ Não estamos controlando nada Sasuke, estamos apenas te deixando resolver seus problemas.

─ Bem, mas eu não pedi por isso, eu gostava de ter meus problemas resolvido por vocês- Sasuke cruzou os braços e começou a fazer biquinho.

─ Eu sei caro irmão, mas você já está grandinho demais para ficar na aba de nosso pai e fazer manha também- Pronunciou Itachi enquanto dava um leve peteleco na testa de Sasuke.

─ Hm.

─ Então, eu trouxe as suas coisas.

─ Minhas coisas?

─ Sim, a não ser que você queira andar pelado pela casa dos Harunos ou então talvez você prefira usar as roupas de hospital, tenho certeza que o senhor Haruno iria adorar ver você desfilando pela casa dele com seu bumbum branquelo à amostra.

─ Pois saiba você Itachi que o senhor Haruno ficaria honrado de ver meu bumbum pela casa dele, pois meu bumbum é lindo. - disse o mais novo enquanto fazia uma dança esquisita.

Os dois caíram na gargalhada, ambos não puderam deixar de imaginar a reação do senhor Haruno se visse Sasuke andar pelado por sua casa.

Quando se acalmou Sasuke pode notar que seu irmão estava com uma embalagem colorida nas mão o que parecia ser um presente.

─ Hm, um presente? Então você arrumou alguma namoradinha e não me falou é? Seu garanhão! - Sasuke bagunçava o cabelo do mais velho, enquanto esboçava um de seus sorrisos de canto.

─ Que namoradinha o que, isso é pra você seu babaca - tirou as mãos do outro irritado com a petulancia.

─ Pra mim? Eu sempre soube que você tinha uma queda por mim Oni-san. Espero que seja um diamante, você não está tentando conquistar o grande Uchiha com um presente qualquer né? - Sasuke piscava os olhos e fazia biquinho como se tentasse seduzir o mais velho.

─ Sasuke você é realmente um idiota, abra logo isso - Itachi virou o rosto para o outro lado, não queria que Sasuke o visse corado, Itachi era tímido e não gostava de falar de garotas e formas de seduzi-las mesmo quando se tratava de brincadeiras do mais jovem.

Sasuke adorava presentes mas odiava o fato deles virem embrulhados, por isso rasgou logo a embalagem para saber o que tinha dentro.

─ Hm, uma câmera? Mas o que eu vou fazer com uma câmera? - observou o objeto sem entender o motivo para ganhar aquilo.

─ Talvez possa utilizar para tirar fotos - disse o obvio.

─ Há Há engraçadinho. - o olhou de esgueira emburrado.

─ Ela será útil Sasuke você vai ver, quando chegar a hora você saberá para que usa-la. Agora eu tenho que ir, já está na hora de voltar para empresa.

Enquanto Itachi se afastava, Sasuke o observava, nunca tinha entendido seu irmão direito e odiava o fato dele ser cheio de enigmas e segredos. Por fim resolveu não se preocupar por agora, achou melhor retornar ao quarto. O vento aos poucos tornava-se gélido e sua porta dos fundos estava desprotegida.

A noite havia chegado tão rápido que nem mesmo percebeu, seus olhos úmidos se incomodavam com as luzes que acabaram de ser acesas. Sentia-se frágil, sem chão, perdida e tão confusa que tinha medo de cair no sono, pois agora sabia que ao acordar não se lembraria mas dos momentos vividos em sua vida recentemente.

Desde de que voltou para o quarto deitou-se em posição fetal e permaneceu ate o exato momento. Virou-se na cama direcionando seus olhos ao teto branco, tudo ali era branco.

─ Odeio branco – murmurou entediada. Sua voz soou rouca, a garganta estava seca.

─ Aposto que sua cor favorita é rosa – os olhos esmeraldinos focaram no moreno encostado no batente da porta.

─ Talvez – não sentia forças nem mesmo para enxotar o intrometido do Uchiha, então enfim percebeu o quanto estava depressiva.

─ Então qual é´? – realmente não tinha nada mais interessante para fazer, preferia chatear Naruto, mas o mesmo já havia ido embora. Então não tinha outra opção.

─ Não posso contar – murmurou aguçando o a curiosidade do moreno.

─ Por que não? É só uma cor – aquela garota era estranha, estava começando a se arrepender de não ter ficado perambulando pelos corredores.

─ É um dos meus dez segredos – um sorriso mínimo surgiu em seus lábios – Só posso contar ao meu verdadeiro amor.

Sasuke franziu o cenho, fez uma careta de nojo para em seguida rir como se tivesse escutado a melhor piada de todos os tempos.

─ Como você é tonta – sentou-se na poltrona ao lado da cama ainda gargalhando.

─ Como você é idiota – revirou os olhos irritada com a presença do Uchiha – Se não parar de rir lhe mostrarei uma maneira pratica e eficaz de falar fino para o resto de sua vida – disse furiosa.

─ É que... você disse... você disse amor verdadeiro – riu alto segurando a barriga.

Sakura antes não sentia força alguma, mas agora parecia que havia ganhado superpoderes, pois jogou os lençóis para o lado pegou um dos travesseiros e pulou sobre Sasuke batendo de forma aleatória no moreno.

─ Agora eu acabo com você seu bunda de pato filho da mãe – o moreno tentava a todo custo afasta-la de si, mas Sakura parecia estar possuída.

─ Me solta sua maluca – tentava desviar do objeto, mas uma vez ou outra era atingido.

─ Ri agora, cadê aquele seu sorriso de coringa em? – sorriu vitoriosa ainda sentada sobre o colo do Uchiha. Quando se cansou jogou o travesseiro de volta na cama e o olhou com superioridade– Ri agora cretino – se encontrava ofegante como se houvesse corrido uma grande maratona, não se lembrava de se cansar tão rapidamente assim – Agora... Você... Teve... O que... Merece... Idiota – seu corpo foi ficando mole e logo não tinha mais forças para manter o equilíbrio caindo sobre o colo do Uchiha.

─ Ei, ei você...

─ Eu estou tão cansada – murmurou ainda ofegante.

─ Mas isso não significa que tenha que ficar encima de mim – sussurrou, logo a empurrou deixando-a cair no chão – Primeiro tenta me matar e agora me usa como colchão? – perguntou indignado – Calma a e minha filha não é assim não em – a observou por um instante e a rosada não se mexia, agachou-se de súbito verificando sua respiração em seguida suspirou aliviado – Garota louca – sem mais opções Sasuke a pegou no colo e colocou de qualquer maneira sobre a cama – Dez segredos é... – resmungou olhando-a dormir – Sabe de nada inocente – balançou a cabeça negativamente se jogando na poltrona.

─ Por quê não me deixa em paz em? – murmurou levantando-se com esforço para se sentar sobre a cama.

─ Se eu pudesse não estaria aqui, acredite – retirou seu celular do bolso a espera de encontrar algo interessante – Esse negocio de amor verdadeiro é serio? – perguntou sem olha-la.

─ Não, eu vou dar o rabo pro primeiro que se oferecer quando sair deste hospital e foda-se as consequências – disse com sarcasmo.

Sasuke a olhou de esgueira com um sorriso malicioso nos lábios.

─ Se for assim não precisa esperar – levantou-se e sentou ao lado da rosada na cama.

─ O que pensa que esta fazendo? – franziu o cenho desconfiada.

─ Estou apenas sendo um bom samaritano – sua voz tornou-se rouca e gostosamente sensual. Colocou seus braços um de cada lado da Haruno, enquanto aproximava seu rosto da mesma. Os olhos esmeraldinos arregalaram-se assustados.

─ Ficou louco seu tarado, saia de cima de mim! – maldita hora para estar cansada, tudo que poderia fazer era se encolher e gritar ate que aquele maluco se afastasse de si – Eu vou gritar se não sair de perto.

─ Isso, grite, vou fazer você gritar de prazer – riu quando as bochechas de Sakura tornaram-se avermelhadas – Vou te levar ao paraíso, deixa-la delirar com meus beijos e... – lambeu o pescoço alvo em seguida saindo da cama, a porta foi aberta por Tsunade quando Sasuke se sentou de volta a poltrona. Sakura estava em choque, sentia seu corpo esquentar desgraçadamente e não poderia conter a coloração corada em seu rosto.

─ Sakura, esta tudo bem? Sente falta de ar? – a Senju rapidamente se aproximou a examinando com cautela.

─ E-eu...e-eu es-estou bem – disse com dificuldade. Sasuke se segurava para não rir, o que estava sendo uma tarefa bastante difícil – Eu. Mato. Você. – sussurrou entre dentes somente para o Uchiha ouvir.

Tsunade seguiu os procedimentos habituais , checou a temperatura, os reflexos e por fim ao constatar que tudo estava em ordem se retirou do quarto não sem antes alertar a rosada:

─ Descase agora querida, você ainda está doente, então não exagere. Não se renda aos encantos do seu namorado. E não esqueçam crianças isso é um hospital, dá pra ouvir tudo dos corredores

─ Mas... ele... eu... não - Sakura estava tão vermelha que mal conseguia pronuncia uma frase que fizesse sentido.

Ao ver que a médica já tinha saído do quarto Sasuke caiu na gargalhada, o moreno ria tanto que chegou a chorar.

─ EU TE ODEIO, argh - proclamou o rosada logo depois de jogar os lençóis sobre seu próprio rosto.

Sakura acordou na manhã seguinte quando o sol invadiu seu quarto, cansada a rosada não quis abrir os olhos, mas devido a fome que sentia por ter ido dormir sem jantar precisava faze-lo urgentemente, depois de se preparar mentalmente para a chuva de cores claras Sakura abriu seus olhos, no entanto tamanha foi sua surpresa quando viu que tudo ali era rosa.

─ Rosa? É rosa? AI MEU DEUS EU ESTOU EM CASA! - gritava atônita enquanto girava como uma bailarina por seu quarto.

A rosada correu para o banheiro cantarolando fez sua higiene matinal e saiu saltitando em direção a cozinha.

─ OLÁ ESCADA, OLÁ SOFÁ, OLÁ GELADEIRA. Essa é realmente a minha casa - suspirou aliviada - Chega de médicos, chega de remédios, chega de hospital.

─ Hum, Bom dia - pronunciou o moreno que acabara de entrar na cozinha.

─ AI MEU DEUS UM EMO ESQUISITO - Sakura se assustou ao ver aquele rapaz em sua cozinha

─ UM O QUE? - franziu o cenho irritadiço.

─ Ei, acho que eu te conheço - Sakura forçava a mente ela sabia que já tinha visto aquela pessoa antes - Eu sei que te conheço... saque, samba lê lê, Assume, não espera... Sasuke - apontou o dedo para o moreno eufórica - Você é o Sasuke não é ? Sasuke de que mesmo... Hm

─ Uchiha - completou

─ Ah, saúde querido - pronunciou a rosada enquanto tomava um copo de suco.

─ Não sua tonta, eu sou Sasuke Uchiha. Sério estou pensando seriamente em usar um crachá - revirou os olhos entediado, sua paciência estava indo pelo ralo.

─ Ah, certo desculpe - Sakura sorriu gentilmente.

Sasuke estava assustado, aquela garota não parecia a mesma louca que tinha tentado mata-lo, aquele sorriso era tão gentil, era doce e fazia ele se sentir confortável como quando deitava no colo de sua mãe e pela primeira vez ele entendeu o que Naruto quis dizer, ela realmente devia cativar as pessoas. O moreno não conseguia parar de encarar a rosada enquanto ela tomava café, ele se encontrava tão perdido em pensamentos que não percebeu o senhor Haruno entrar na cozinha.

─ Bom dia!

─ Hm - desviou seus olhos para qualquer ponto.

─ Bom dia papai - sorriu a rosada enquanto recebia um doce beijo em seus cabelos.

─ E então minha princesinha pronta para sua primeira aula na faculdade? - perguntou o pai com um sorriso enorme. Sasuke apenas revirou os olhos ao observar a maneira que Kizashi tratava a filha.

─ Ah, claro papai - respondeu alegre.

─ Quer uma carona? Papai te leva - dizia como se estivesse conversando com uma criança.

─ Não precisa nós vamos andando, não é Sasuke? - virou-se para o Uchiha esperando com que confirmasse.

─ Hm, tanto faz - disse o moreno enquanto se levantava para pegar sua mochila

─ Então já vamos, até mais tarde papai, mande um beijo para a mamãe -beijou o rosto do pai que a correspondeu com um beijo em sua testa.

─ Tome cuidado - alertou, mas já era tarde Sakura já havia saido levando Sasuke consigo.

A rosada passou como um furacão pela porta mal dando tempo do Uchiha acompanha-la. Ela correu, correu com todas as suas forças, até finalmente chegar ao parque mais próximo, Sakura se aproximou de uma cerejeira e se agachou em frente a árvore, ela não aguentava mais tinha segurado as lagrimas desde quando seu pai apareceu na cozinha e tudo que ela mais queria era deixa-las sair.

Sasuke se sentia estranho, em um dia normal deixaria aquela garota correr para o mais longe dele sem se importar, mas algo o incomodava ver aqueles cabelos róseos se afastarem o deixava em pânico por isso ele a seguiu, e a viu se encolher próximo a uma cerejeira. Lentamente o moreno foi se aproximando e pode ouvir o baixo choro que emanava daquela garota que agora parecia tão frágil.

─ Sakura, você está bem? - perguntou preocupado.

─ Eu pareço bem pra você? Vai Embora - Sakura ergueu a cabeça direcionando os olhos marejados a figura masculina.

─ Ei, está tudo bem. Eu sou seu amigo - o moreno se aproximou.

─ Amigo? Eu não me lembro - contrapôs - E este é o problema eu não me lembro. Não me lembro de terminar a escola, não me lembro de passar na faculdade, eu não me lembro - a cada palavra dita lagrimas grossas enchiam seus olhos esmeraldinos.

─ Você vai se lembrar um dia - tentou conforta-la.

─ Eu vou? - perguntou duvidosa.

─ É claro - Sasuke não sabia por quê estava fazendo aquilo só não queria que ela continuassem chorando, o choro dela o incomodava.

Aos poucos o choro foi cessando e os fortes soluços se transformaram eu suave suspiros.

─ Sasuke?

─ Hm.

─ Será que podemos faltar a aula hoje?

─ Mas é claro. Eu nunca gostei de ir a aula mesmo - deu de ombros.

Sakura sorriu gentilmente e se levantou, ela podia não saber direito quem era aquele cara mas estava feliz em estar com ele.

─ Por quê você esta se levantando? Achei que fossemos matar aula e ficar por aqui.

─ E vamos, só não será aqui - Sakura sorriu e saiu andando na frente.

Sasuke seguia Sakura pelas ruas de Tóquio, ele não conseguia entender como uma louca assassina tinha se transformado naquela criança boba, mas achava melhor assim pelo menos desse jeito o pescoço dele estaria a salvo. Sasuke andava tão distraído com a mão nos bolsos que mal notava a presença da rosada ao seu lado.

─ Ei Sasuke eu vou comprar as entradas tá ? - avisou.

─ Aham - a ignorou completamente.

─ Pronto, já podemos ir - pronunciou saltitante.

─ Hm, ir pra onde? - o moreno mal dava atenção ao que a garota dizia.

─ Ao parque de diversões.

─ O QUE? Eu lá tenho cara de quem vai ao parque de diversões? - a olhou indignado.

─ Tem sim - Sakura sorriu e saiu correndo.

─ Era só o que me faltava - bufou o moreno enquanto entrava naquele pesadelo.

Sakura estava feliz, ela havia esquecido todos os problemas e preocupações, era como se tivesse entrado em um mundo só seu onde nada nem ninguém pudesse lhe machucar ou magoar. Enquanto corria de um brinquedo ao outro sempre parava para chamar um certo moreno que estava emburrado sentado em um banco qualquer, mas por mais que ela insistisse o rapaz se mantinha firme em sua decisão de não ir em não sair de onde estava. Por fim Sakura decidiu descansar um pouco e aproveitar para tomar sorvete.

─ Ei emburradinho o que acha de tomarmos um sorvete? - propôs cutucando as bochechas do Uchiha com o dedo indicador.

─ Eu não sou emburradinho e além do mais eu detesto coisas doces - já estava cansado, se ele soubesse que aquele seria o destino deles teria preferido ir a aula.

─ Você não gosta de doces? Caramba, sua vida deve ser muito triste mas tudo bem lá perto tem uma lanchonete.

─ Hm - Sasuke não protestou, pois estava morrendo de fome.

Sakura tomava sorvete de morango quando Sasuke chegou com um copo de suco vermelho e um hambúrguer.

─ Ei o que é isso? - apontou para a bebida que Sasuke tinha na mão.

─ Suco de tomate - deu de ombros.

─ Hm. Você realmente não gosta de sorvete? - perguntou ao pegar mais uma colherada da massa gelada.

─ Não - pronunciou de boca cheia enquanto devorava seu hambúrguer.

─ Sabe um dia eu vou criar um sabor inusitado de sorvete - disse a garota sorridente.

─ Hm e por quê? - a olhou de esgueira.

─ Não posso contar - deixou a colher de lado para dar uma bela de uma lambida no sorvete, se sentia no céu ao degustar daquela forma.

─ Por quê? Esse por acaso é outro de seus segredos - Sasuke a observava minuciosamente.

─ Exatamente. Ei bonitão o que acha de irmos no carrossel? - assim que terminou seus olhos brilharam ao morder a casquinha recheada por chocolate.

─ Não - disse ríspido.

─ A vai por favor - Sakura olhava pra ele com olhinhos pidões

─ É... Não.

─ Vai, se você aceitar ir nós poderemos ir embora e prometo nunca mais te trazer aqui a não ser que você realmente queira - um rostinho meigo, uma voz suave e um belo de um drama era tudo o que precisava para conseguir chantagear o Uchiha.

─ Ok mas eu não vou subir em nenhum cavalo - rendeu-se.

─ Tudo bem, mas você tem que entrar no carrossel se não, não vale - a garota fez biquinho.

─ Hm.

Ambos terminaram de comer e se dirigiram ao carrossel. Sasuke não conseguia entender por quê raios tinha topado algo como aquilo. A Haruno subiu no carrossel com grande facilidade enquanto o moreno tentava encontrar um modo de fugir dali.

─ Anda Sasuke não temos o dia todo - Sakura estendeu sua mão para ajudar-lo a subir no brinquedo.

Sasuke segurou a mão da rosada para poder subir, estava decidido quanto mais rápido subisse mais rápido sairia dali até que ouviu seu nome ser chamado.

─ Sasuke o que é isso?

O Uchiha imediatamente direcionou seus olhos surpresos a pessoa que o chamava, descendo rapidamente do brinquedo.