Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 45
Need You Now


Notas iniciais do capítulo

Oi, Karol-chan. Não, não é miragem, realmente mais capitulo depois de tantos meses.
Quero deixar claro que não é oficialmente a volta de Akai, não. Há fatores diversos e um deles é que: Pati-chan desistiu. Ainda é muito doloroso. Ela tem seus motivos, entre eles a faculdade e o pai que não esteve muito doente.
Durante muito tempo recusei a se quer escrever uma só linha, pois Akai é metade de mim e a outra metade é Pati-chan, como um bolo de chocolate sem cobertura de brigadeiro.
Tive o apoio das leitoras mais queridas, fofas e maravilhosas que poderia ter. Quero declarar que se não fosse por elas, eu ao menos teria tentado. Ell, Washu, muito obrigada meninas, obrigada!
Realmente amo Akai com todo meu coração e tenho a imensa vontade de termina-la, mas ainda é um obstaculo muito grande fazer isso sem a minha parceira.

Hoje, dedico este capitulo a Paloma, Pati-chan!
A todos que continuam favoritando, comentando, meu muito obrigada, de coração. Espero que gostem.

Boa leitura!!



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Capitulo XLV

O tempo deixa perguntas, mostra respostas, esclarece dúvidas,

mas, acima de tudo, o tempo traz verdades.

(Desconhecido)

Preciso de você agora 

O sol começava a se pôr em meio as colinas, o horizonte era pintado por cores quentes e o céu pouco a pouco era engolido pelo anoitecer. Durante horas Hinata deslumbrou tal fenômeno natural, tão belo quanto enigmático. Quando as estrelas surgiram acompanhadas pelo brilho da lua nova, a pouca iluminação atingiu o rosto do loiro que dormia no sofá, sua face serena, ora franzia o cenho, ora esbanjava sorrisos, provavelmente tendo bons sonhos.   

    Seus olhos voltaram a noite que caia, o território do clã era envolvido por diversas árvores, dando a impressão que estava numa floresta. Aquele lugar que parecia tão familiar e tão desconhecido, não sabia como explicar, mas, desde que chegou tinha a impressão de ter estado ali em um momento distante de sua vida, o que era impossível, já que jamais saiu de Tóquio.  

    Aspirou uma lufada sentindo seu corpo relaxar. Voltou a direcionar seus olhos ao homem que amava, era impossível não sorrir, mesmo quando Naruto babava no travesseiro ou roncava tão alto quanto um porco, ainda sim o amava de todo coração. Com cuidado para não fazer barulho, aproximou-se sentando sobre os calcanhares, acariciou os fios loiros desgrenhados, porém tão macios e lisos quanto os seus. Encarou o curativo no nariz, ainda inchado, e cobriu a boca abafando o riso, havia ficado extremamente preocupada quando percebeu, Naruto resmungava todo manhoso como um gatinho carente, implorando por beijinhos enquanto deitava a cabeça no colo. Ela nunca teve tanta vontade de rir, apertar suas bochechas e trata-lo como um bichinho pequeno indefeso. Todavia, Neji acabou com toda pose do Uzumaki, contou como havia sido irritado a ponto de não controlar suas ações, assim deixando o pobre loiro com um enorme bico emburrado e um olhar mortífero com a promessa de vingança.  

    Hinata sabia que o primo era desprovido de paciência, e Naruto ia contra todos os conceitos de calma, tranquilidade e pacificação. Uma dupla imbatível. Continuo a traçar caminhos imaginários, como uma ação de relaxamento para ambos, já sentia o sono pesar em seus olhos, quando batidas na porta a forçaram se manter acordada. Levantou esticando o corpo, seus pés formigavam de maneira incômoda, consequências de permanecer na mesma posição por horas. As batidas voltaram a soar, caminhou até a origem e abriu revelando a moça acanhada de dias atrás.  

   ─ Yu-san - cumprimentou contente.  

   ─ Mandou me chamar, Hyuuga-sama - contrário da empolgação de Hinata, Yu fitava o chão submissa, sem emoção alguma em seu tom de voz.  

   ─ Sim, me desculpe por ser tão tarde. Mas é que... Preciso que me ajude em algo importante - murmurou apenas para que a outra pudesse ouvir, temia acordar Naruto, e seus planos irem por água baixo. 

   ─ Algo... importante? - ergueu os olhos, confusa e visivelmente surpresa. 

   ─ Vamos conversar em outro lugar, sim - sorriu. Yu assentiu sem objeções.  

    Em silêncio caminharam até o centro do pátio, fronte ao templo de Meyho. Sentaram em um banco de pedra próximo ao jardim, a fonte esguichava água como uma harmoniosa dança, a brisa leve balançava as árvores deixando o ambiente ameno, suave.  

   ─ Yu-san... Eu... Eu acredito que você deva ter seus problemas, suas duvidas e assim como qualquer ser humano anseia por respostas - fitando o balançar das árvores, tentava formular a maneira adequada de dizer o que queria sem que assustasse a moça - A pouco tempo eu decidi tomar responsabilidade pelo clã, com a concepção de que... "Seria fácil" - suspirou com pesar, mordeu o lábio inferior apreensiva e prosseguiu - Ninguém nunca foi tão severo comigo, apesar da rigidez, eu me sentia ainda mais fraca, humilhada e... inútil - dirigiu seus olhos a Yu, que, não deixou de observa-la por um só minuto - Eu não era forte, não era corajosa e não poderia lutar por um clã, porque eu não tinha motivos pra isso, não tinha razão alguma para ser o que eu nunca fui, o que eu nunca precisei ser. Então... pessoas que amo muito mostraram a mim pelo que eu deveria lutar - sorriu ao projetar a face sorridente do Uzumaki na sua mente, logo após a expressão impassível de Kurenai - Não é o clã que se torna importante, mas as pessoas que aqui habitam - seu rosto adquiriu uma expressão serena, determinada como nunca antes - É por cada um de vocês... - pousou sua mão sobre a de Yu, carinhosamente - Que eu quero lutar - declarou convicta - Honra, benevolência, respeito, amor. É o que eu desejo como líder, é o que eu quero para o meu... - repensou em suas palavras, suspirou e sorriu - Meu povo - seus olhos voltaram para o céu estrelado. Talvez estivesse indo rápido de mais ao despejar seus sentimentos daquela maneira. Ou então... 

   ─ Hyuuga-sama - Yu a chamou com seu timbre baixinho, parecia mais um miado, mesmo assim se esforçou para ser ouvida - Você é uma ótima líder. 

   ─ Yu...- balbuciou surpresa. 

   ─ E-eu quero ajuda-la, por favor me diga como - curvou sua cabeça a espera de uma resposta. 

   ─ Obrigada, Yu-san. - curvou-se também, uniu suas mãos as da moça e continuou empolgada - Vamos começar por este tratamento formal, me chame apenas de Hinata - tímida, a moça assentiu - Vou precisar de suas habilidades medicinais, quero falar com Kurenai, mas há dois guardas Samurais protegendo a entrada. 

   ─ Ma-mas isso é perigoso... 

   ─ Eu sei - entristeceu - Não quero obriga-la a nada, se não quiser esta tudo bem. 

   ─ Kurenai é uma criminosa, Por que se arriscar tanto? Se for pega poderá ficar trancada no calabouço, e tal... 

   ─ Eu não me importo - murmurou a interrompendo - Eu... apenas não me importo, Yu-san -  curvou os lábios em um sorriso doce - Você pode me ajudar? 

    A moça hesitou pensativa, sempre passou despercebida por todos, e até aquele exato momento ninguém nunca lhe pediu ajuda. Pela primeira vez seria útil em algo, parecia assustador, perigoso e ao mesmo tempo encorajador. Por breves minutos encarou as próprias mãos tremulas, abriu a boca diversas vezes até obter coragem. 

   ─ S-sim, eu vou ajuda-la - um sorriso de lábios unidos surgiu, deixando a Hyuuga feliz com a resposta. 

   ─ Obrigada, muito obrigada. Preciso que prepare um chá com algum tipo de erva que os faça adormecer, a noite esta fria, tenho certeza que não recusaram.  

   ─ Tu-tudo bem, Hyu... Quero dizer, Hinata. Conheço uma erva de nome Valeriana, é um eficiente sonífero, muito útil em pessoas que sofrem de insônia, ansiedade, estresse, epilepsia, entre outros. Mas precisa ser preparada com cautela, ou pode causar sonolência por um período muito longo - disse confiante, explicando tudo com teor de conhecimento. 

   ─ Você parece se familiarizar bastante com este tipo de coisa, Yu-san - a garota corou abaixando os olhos - Estou confiando na pessoa certa, agora são... - dirigiu os olhos para o relógio no alto do templo - Sete e vinte seis... Consegue deixar tudo preparado até as oito? 

   ─ Sim. 

   ─ Certo, esperarei por você aqui.  

    Yu assentiu e logo correu o máximo que pode para casa, precisava se apressar, antes que algum conselheiro decidisse fazer a ronda. 

oOo  

    As sete e cinquenta cinco verificou mais uma vez se Naruto dormia, suspirou aliviada quando o viu ressonar como um bebê.  Não tinha ideia de onde Neji estava, mas esperava que o mesmo não surgisse de repente, ou se não, levaria uma sermão terrível, já bastava o que ouviria de sua mestra por se arriscar tanto. 

    Muitas vezes se esquecia que estava vivendo no século vinte um, imaginava o quanto àquele povo sofreu para agir de maneira tão rígida em um mundo moderno, será que eles conheciam a tecnologia e as mudanças extraordinárias que ultrapassavam o clã?  Diante de tal incógnita, viu Yu se aproximar.  A moça segurava uma jarra de cerâmica juntamente com dois copos da mesma matéria prima.  

   ─ Senhora...  - curvou-se em um cumprimento.  

   ─ Vamos, Yu-san. Antes que alguém nos veja - segurando o braço da garota, Hinata a puxou consigo, durante todo caminho em meio as árvores, verificava por onde passava se não havia ninguém.   

    Ao longe avistaram uma clareira, ambos Samurais comiam sentados ao redor. Logo atrás estava uma porta de madeira localizada ao chão, havia duas argolas de ferro que, serviam como maçaneta.  

   ─ Yu-san, não tenha medo, apenas haja normalmente, como combinamos - disse ajudando-a a colocar o chá nos copos - Tudo bem?  

   ─ S-sim - assentiu. Em suas mãos o copo chacoalhava quase derramando o líquido quente.  

   ─ Vai ficar tudo bem - tocou o ombro da outra, confortando-a - Se algo der errado eu vou te proteger.  

    Yu finalmente tomou coragem para sair de trás da árvore que se escondia, respirou fundo e caminhou em direção aos Samurais.  

   ─ Dare ka? "Quem esta ai?" - perguntou um dos homens aturdido, havia escutado o craquelar da folhagem ali por perto - Dare ka? 

   ─ O-Oyasuminasai "Boa noite" - cumprimentou ao se aproximar. 

   ─ Anata wa koko de nani o shite iru no? "O que você esta fazendo aqui? - perguntou o outro samurai. 

   ─ Anata wa kono shōjo o ninshiki shite imasu ka? " Você reconhece essa garota? 

   ─ Aa " Sim". 

    Yu estacou no lugar, suas pernas tremiam, assim como suas mãos. 

   ─ T-Tī "Chá"... Ocha nomimasu ka? " Vocês querem uma xícara de chá?" 

   ─ Ā, sore wa kono samui yoru no tame ni yoideshou "Oh, seria bom nesta noite fria". 

   ─ Sukoshi o irete " Coloque um pouco".  

    E assim ela fez, serviu a cada um com um pouco do chá amargo, o aroma forte inundou o local misturando-se ao ambiente. Ela curvou-se quando eles agradeceram, logo que terminaram refez o mesmo trajeto até que encontrasse Hinata. Com um suspirou longo e pesaroso Yu entregou a jarra e o copo a Hyuuga, se sentou no chão apoiando suas costas na árvore e agarrou os próprios joelhos, tinha impressão de que seu coração saltaria para fora a qualquer minuto, já não sabia se aquela sensação de alivio era puro nervosismo ou a pouca coragem se esvaindo, contudo estava feliz por seu feito, havia conseguido. 

   ─ Yu-san, você esta bem? - perguntou preocupada, a garota tinha uma expressão estranha como se a qualquer minuto fosse entrar em colapso.  

   ─ H-hai...  

   ─ Foi um grande passo, não foi? - sorriu orgulhosa, inclinou-se até estar da mesma altura que a moça para acariciar seus cabelos.  

   ─ H-hai... Precisamos aguardar por cinco minutos para ter certeza que estarão em sono profundo - balbuciou baixinho com o rosto escondido entre os joelhos.  

   ─ Tudo bem, descanse um pouco. Assim que adormecerem eu irei.  

   ─ Tome cuidado, Hinata-san - ergueu os olhos.  

    A Hyuuga apenas sorriu em resposta. 

    O tempo passou e os Samurais já dormiam de maneira desleixada no chão, Hinata se aproveitou do momento para se aproximar com cautela, tomou cuidado para não fazer barulho algum até estar frente a frente com a porta. Ela puxou de uma só vez, resmungando algo desconexo em seguida, a maçaneta de ferro parecia pesar uma tonelada, com um pouco mais de força abriu um dos lados revelando os degraus, buscou pela lamparina ao lado do samurai robusto, acendendo-a, antes de entrar dirigiu o olhar de alerta a Yu, logo prosseguiu hesitante, os degraus eram pequenos e íngremes, precisou se apoiar a parede até que tocasse o solo. 

    O odor de podridão embrulhava o estomago, a cada passo ouvia-se múrmuros horripilantes. Aquele lugar amedrontador era ainda pior do que imaginou, e era ali que Kurenai estava a cinco dias. Engoliu seco agarrando-se a lamparina, a todo minuto sufocava um grito quando alguém se aproximava das grades da cela suplicando por ajuda, ou apenas sussurrando palavras sem nexo. Já cogitava a ideia de retornar e nunca mais cometer a loucura de entrar ali sozinha novamente, quando um homem surgiu na grade da cela e gritou em um urro macabro agitando todos os outros. Hinata gritou de susto derrubando a lamparina, por instinto afastou-se para trás, no entanto, seu corpo estacou e tinha certeza que estava pálida tamanho era o medo, seu braço foi segurado por mãos gélidas, seus olhos marejaram no mesmo instante. 

   ─ NARUTOO! - clamou pelo único que almejava ser salva. Sua voz embargada ecoou silenciado os aprisionados.  

   ─ Shii, não seja tola garota! - ralhou a dona das mãos gélidas.  

   ─ Kurenai? - virou-se para constatar de quem era a voz, suspirou aliviada acalmando seu coração - Kurenai-sama é você? 

   ─ Esta tudo bem? - havia um tom de preocupação em sua voz. 

   ─ Sim, eu só... só fiquei com medo desse lugar. 

   ─ Medo? - arqueou a sobrancelha - Nunca vi uma Hyuuga tão apavorada por nada. Eles sentiram o cheiro do seu desespero de longe e apenas se aproveitaram disso. 

   ─ Não é pra tanto... - balbuciou frustrada. 

   ─ O que veio fazer aqui? Para se arriscar tanto acredito que seja algo muito importante. 

   ─ Talvez seja... - murmurou cabisbaixa, ainda sentia seu corpo convulsionar.   

   ─ Anda, fale logo. Não quero que permaneça neste lugar mais do que o necessário -  não se importou em ser rude.  

    Hinata calou-se por alguns minutos. Havia pensado tanto naquela pergunta que, acabou por se sentir patética agora diante dos olhos da Yuuhi. Era como se não soubesse mais se realmente gostaria de ter suas respostas. 

   ─ Você e meu... pai... Soube que viveram um relacionamento a alguns anos - começou - Eu fiquei bastante surpresa, nunca imaginei que... - interrompeu a si mesma - Bem, não é sobre isso que quero perguntar... talvez não agora. 

   ─ Não? Sobre o que quer saber então? - cruzou os braços a espera do que viria. A Hyuuga era uma caixinha de surpresas, mesmo que não admitisse, estava orgulhosa pela mesma ter chego ate ali.  

   ─ O que causou a separação de vocês foi o próprio clã, não é, então...  acho que houve um assassino incomum no passado também... Bem, só assim pra você saber exatamente o que devemos fazer, a quem temos que investigar e... Kurenai-sama, você sabe quem esta por trás de tudo isso, não é?  

   ─ Apenas suspeito - respondeu com um suspirou pesaroso - Você não esta errada, mas também não esta certa. Não houve assassinato no passado, mas sim uma manipulação de informações, naquela época não era preciso muito para separar um Hyuuga de uma garota qualquer - o rancor era visível em seus olhos, haviam um alto teor de desprezo e amargura nas suas expressões - Ainda sim foi cruel... desumano - fechou os olhos sufocando sua dor - O que eu perdi não pode ser recuperado jamais.... Tudo por culpa deste maldito CLÃ! - seus olhos se encheram de fúria.   

   ─ Kurenai... - nunca havia visto sua mestra daquela maneira.  

    Yuuhi respirou fundo até que estivesse mais calma. 

   ─ Novamente o clã esta sendo manipulado pelo conselho. Acredito que já devem ter lhe informado da expulsão do Uzumaki... 

   ─ Sim... 

   ─ Não deixo-o ir! 

   ─ Co-como? - arregalou os olhos surpresa - Mas se eu nã... 

   ─ Faça como fez durante o julgamento, não deve ser muito difícil. 

   ─ Eu não entendo - franziu o cenho confusa.  

   ─ Apenas não seja como eu e seu pai fomos, Hinata-hime - sua voz soou doce em meio ao breu - Não perca mais tempo aqui, volte rapidamente. 

    Hinata ainda observava a escuridão a procura do rosto da sensei, porém a claridade da lamparina havia diminuído, e Kurenai se escondido em algum canto da cela. Sem muito o que fazer retomou seu caminho, mesmo que muitas  duvidas ainda existissem, a que mais lhe perturbava já havia sido respondida,  

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    Por tempo indeterminado Karin permaneceu inerte sentada na poltrona, os olhos fixos na janela, parecia esperar por algo, ou melhor, alguém. Os dedos tamborilavam impaciente, ora ritmados, ora apenas como incentivo para sua agonia. O relógio soou sei em ponto, arrancando o ultimo pingo de paciência, pois levantou-se em seguida suspirando de maneira pesarosa. 

    Contendo a vontade de sair pela porta a procura de resposta, voltou a cozinha para preparar mais uma caneca de café, a quarta dose seguida, talvez pudesse acalmar os ânimos. Encostada ao balcão, ligou a cafeteira ouvindo o moedor triturar os grãos, o aroma puro inundou as narinas, causando a melhor das sensações, após diluir na caneca tomou com ainda fervente e sorriu como se estivesse no paraíso.  

    A porta principal foi aberta e fechada por alguém que continha a copia da chave do apartamento, ou seja, ele havia chegado. Rapidamente deixou a caneca sobre a pia e correu de volta a sala, sua ansiedade extrapolava a normalidade, antes mesmo que ele pudesse se sentar ela o abordou na porta. 

   ─ Então? - entrou na frente impedindo que o mesmo pudesse dar um único passo. 

   ─ Ela fez a ultima carta - respondeu em um murmuro - E já entregou a ambos.  

   ─ Ah, ótimo - suspirou aliviada, com as mãos sobre o peito, jogou seu corpo contra o sofá - Agora tudo vai depender deles... 

   ─ Karin, eu fiquei um pouco mais pra ter certeza que ele ia ver - começou hesitante, sentou-se no sofá e logo Karin apoio os pés em seu colo.  

   ─ E...? - arqueou a sobrancelha, apreensiva. 

   ─ Parece que Sasuke quer ir embora... 

   ─ O que? Pra onde? - sentou-se abruptamente. 

   ─ Fora do pais. E a tia Mikoto confirmou.  

   ─ Não, aquele paspalho não vai fazer isso - levantou indo direto ao pote de balas, precisava extravasar sua fúria em alguma coisa - Sui, eu não fiz tudo que fiz pra aquele idiota jogar tudo pelo ralo. Ah! não mesmo - andando de um lado ao outro em meio a sala, a ruiva mal percebeu quando Suigetsu interceptou seu caminho, quase resultando em uma queda, pois antes de ir ao chão ele a segurou pelos ombros. 

   ─ Melhor parar, deixe Sasuke viver a vida dele. Você não pode fazer nada se ele decidir que será melhor atravessar o continente e ficar longe de tudo que o perturba. 

   ─ Mas isso é querer fugir, e eu não vou deixar! - contrapôs decidida.  

   ─ Você não é Deus, então pare - interrompeu de maneira rude - A poção, as cartas... Pare Karin! 

   ─ Ele é meu amigo, Sui, se não fosse por mim, talvez aquele babaca nunca tives- 

   ─ NÃO... Não continue - Suigetsu enrijeceu, sua voz soou voraz como um leão, seus olhos sucintos carregados de raiva encontraram os dela em meio a batalha pela surpresa e  a magoa - Eu sou seu amigo também. Porra! Você só esta se machucando ainda mais. 

   ─ Eu nã-    

   ─ Eu sei disso, vejo nos seus olhos. Tudo que esta fazendo é por inveja. 

   ─ Não, não é... eu sinto gratidão, quero que Sasuke seja feliz com alguém que o ame, s-só i-isso. 

   ─ Pare de se auto torturar, caralho. Ninguém em sã consciência quer ver o cara que ama com outra garota - ela balançou a cabeça negativamente, reprimindo o choro, no entanto Suigetsu a puxou para um abraço apertado, depositou beijos sobre os fios ruivos desalinhados e afagou ali mesmo com carinho - Eu não devia ter deixado continuar, não devia. 

   ─ Como se a sua opinião fizesse alguma diferença - resmungou, ainda com o queixo apoiado sobre o ombro do amigo.  

   ─ A diferença entre ele e eu, é que ele nunca vai te amar. O esforço que esta fazendo é somente em prol da sua ruina, mesmo que ele não fique com a rosadinha, Sasuke nunca vai vê-la como opção - sua voz soou suave, em um sopro ameno, porém tão certeiro quanto uma flecha ao alvo. Karin jamais havia aceitado a verdade, nunca se quer quis ouvi-la, mas hoje Suigetsu não lhe deu brecha para escapar, mesmo que tentasse soltar-se enquanto ele pronunciava palavras dolorosas, que a feriam muito mais do que poderia suportar. 

    O tempo em que ficaram abraçados não foi estimado, ele não a soltaria ate que ela pedisse, e ela não o deixaria até que suas pernas firmassem ao chão.  

   ─ Sui... - ela sussurrou de repente. 

   ─ Fala ketchup - a chamou pelo apelido de infância, o que a fez sorrir contra a camisa dele.  

   ─ Quero mostrar uma coisa...Algo que fiz, é o ultimo item do meu plano - afastou-se um pouco para encarar as expressões confusas do Hozuki. 

   ─ Achei que tivesse colocado um pouco de juízo nessa sua cabeça de pano - cutucou a testa da ruiva, rapidamente ela bateu em seu dedo, emburrada - O que é? 

    Karin seguiu ate a estante onde havia guardado sua pasta, de dentro retirou alguns esboços e os entregou nas mãos de Suigetsu. 

   ─ Quando eu for contar tudo ao Sasuke, quero entregar isso, e então meu plano chegara ao fim. 

   ─ Isso é loucura, por que esta fazendo isso com eles, com você? - chacoalhou o papel indignado com o que via - O que vai ganhar com isso? Que merda você esta pensando? - suspirou, resignado - Realmente, não entendo e nem quero entender. Pra mim chega, Karin – deixou os papeis sobre a mesa e levantou indo em direção a porta, quando a voz dela soou com convicção.  

   ─ Nada disso é loucura, é apenas o meu jeito de deixa-lo ir. Libertar a nós dois de uma promessa antiga – suspirou, recolheu os esboços e sorriu para o que havia criado – Eu sempre o amei, mas ele nunca foi capaz de olhar para mim. Compreendi no dia do jantar na mansão Uchiha, quando ele apenas olhava pra ela, acompanhando o mínimo dos movimentos. Mas foi durante a cirurgia que eu vi que eu não o perdi, pois Sasuke nunca foi meu – o tom de sua voz deixou claro o pesar que sentia.   

    Em momento algum Suigetsu voltou a olha-la, seu corpo tremia a medida que sua mão aperta o trinco entre os dedos. Seu rosto é coberto pelos fios platinados, escondendo sua dor por ouvir tudo aquilo que sabia, contudo, fingiu durante todos esses anos que jamais se importaria. Seus olhos marejaram no momento que Karin tocou seus ombros e instantaneamente a repeliu. Antes que ela pudesse prosseguir ele abriu a porta e bateu atrás de si sem olhar para trás.  

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    Depois de ter uma conversa seria com o pai, Sasuke por fim saiu do escritório decidido. Itachi simplesmente ignorou a noticia e nada disse, ao menos ficou para ouvi-lo. Havia tomado uma difícil decisão a qual nem mesmo Fugaku cogitou questionar, apenas lhe ofereceu tudo que fosse necessário para sua estadia em Nova Iork. 

   ─ Quando pretende ir? - perguntou ao acompanhar o filho enquanto seguiam para sala. 

   ─ Se possível hoje mesmo. 

   ─ Certo. Quando chegar já estará tudo pronto, nossa filial irá recebe-lo. Mai lhe entregará as chaves do apartamento. Espero que possa mostrar o homem que se tornou – deu dois tapinhas sobre o ombro do filho e curvou os lábios em sorriso mínimo - As regras continuam as mesmas, Sasuke, apenas o jogador amadureceu o suficiente para compreender o jogo. 

    Sasuke parou próximo a escada refletindo nas palavras proferidas pelo patriarca. Suspirou cansado e assentiu para o pai que, se despedia enquanto saia para trabalhar, quando  o mesmo fechou a porta, continuou com o trajeto até o quarto. Sua mala estava ao chão próximo a cômoda, como havia deixado. Colocou sobre a cama e iniciou o trabalho árduo de não ser pego pelas memorias incessantes.  

   ─ Meu filho, pare por favor – implorou, angustiada ao adentrar o quarto. 

   ─ Parar com o que? - continuou tirando suas roupas do closet e as colocando dentro da mala estendida. 

   ─ Você não pode ir assim, e a faculdade, seus amigos... A família, meu bebê. Pare! - interviu derrubando no chão as roupas que ele segurava – Eu não vou te deixar sair por esta porta  - exclamou, pondo-se a frente da porta.  

   ─ Eu já comprei a passagem – curvou para recolher as peças - Vou passar na faculdade depois – dobrou uma a uma colocando na mala. Não olhou para ela, não poderia. 

   ─ Eu não criei um covarde, meu filho não é assim – a voz embargada denuncio a mensura da magoa – Fugir não vai resolver, tudo que se passa aqui – tocou o próprio peito sobre o coração - Só vai crescer. 

   ─ Eu não ligo para o que vou parecer ser, só quero estar longe – murmurou, voltando a cômoda, retirou objetos a qual denomina importante, junto veio uma foto que ao cair no chão não pode ignora-la, a pegou entre os dedos e suspirou. Ele e Sakura no dia do jantar em sua casa dançavam juntos, descalços, sorrindo um paro o outro. 

   ─ Você vai deixa-la sem sentir arrependimento algum? - observou o filho prosseguir com seu trajeto, ignorando-a por incontáveis minutos.  

    Apesar de impaciente, Mikoto esperou até que ele pudesse perceber que aguardaria o tempo que fosse preciso para obter respostas. Se sentou na ponta da cama enquanto tranquilamente retira tudo que ele coloca na mala, embalando a ambos a um ciclo entediante e birrento, como duas crianças que puxam uma corda e espera que o lado mais fraco desista.  

   ─ Meu pai e você agiram como se eu fosse um boneco maleável, jogando de um lado ao outro. E eu fiz tudo que queria, mãe. Cuidei dela, mesmo não querendo, a conheci e odiei enxergar o quão grande eram meus defeitos perto dela. Eu não sou perfeito, mãe, nunca fui, mas tudo em mim torna suficiente quando ela simplesmente sorri ao me ver. O cara que arruinou a vida dela, que acabou com qualquer possibilidade de viver normalmente. Tudo por causa da porra de pessoa que eu sou - amaçou a foto formando uma bolinha e jogou para longe.  

   ─ Meu bebê, não fala assim – o abraçou aos prantos, afagou os cabelos negros lisos, reprimindo o soluço - Mamãe não sabia que se sentia desse jeito, vai ficar tudo bem. Você não é alguém ruim, meu amor, não é! - afastou pouco para acariciar a face do filho - Não coloque essas coisas na cabeça, eu o conheço e sei o quanto você é perfeito com todos os seus erros, meu bebê. Eu sei – voltou a abraça-lo apertando em seus braços.  

   ─ Eu preciso de um tempo pra pensar. Isso não é só sobre ela, sou eu também. Não me perdoei ainda e quero buscar por compreensão dentro de mim, pra isso preciso conhecer um pouco o mundo, outras pessoas, outros valores - disse, apoiou o queixo sobre o ombro da mãe e fechou os olhos recebendo o carinho.  

   ─ Tudo bem, meu amor. Posso aguentar ficar distante, mas será por pouco tempo. 

    Sasuke sentiu alivio por não lidar com os ataques de superproteção da senhora Uchiha, seria um problema a menos.  

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    O relógio sobre o criado mudo soou seis em ponto, as mãos pequenas tatearam em busca do botão, assim que se viu livre do barulho, sentou na cama enquanto coça os olhos. O sol já se escondia entre as nuvens em tons alaranjados, a tarde ia embora deixando que a noite acomodasse.  

    Seus olhos recaíram sobre o papel na ponta da cama, a carta que havia lido diversas vezes cada verso. Deixara ali após sentir sua cabeça latejar e não mais aguentar manter a consciência, as memorias iam e vinham depressa, embaralhadas, poucas eram aquelas que conseguia compreender, Buscou pela carta novamente, não parar ler, iria guarda-la, por isso abriu a gaveta do criado mudo e antes que pudesse coloca-la ali franziu o cenho com outras diversas organizadas acima do que parecia ser um diário.  

    Cada palavra tocou profundamente seu coração, lembranças ao qual remetiam a Sasuke e diversos momentos que viveram juntos, fotos do jantar, de ambos dormindo juntos num sono tranquilo, tudo que sua mente ousou espalhar começara a se encaixar, cada coisa em seu lugar. Todavia, lagrimas já banhavam seu rosto freneticamente, seu corpo convulsionou com o soluço e a dor no peito tornara agonizante.  

    Estava perdida a ponto de não saber mais o que deveria fazer, Sasuke e Gaara, havia apoiado tanto a eles que não soube definir seus sentimentos, com as memorias retornando pouco a pouco, agia por impulso, como uma egoísta mesquinha em busca de resposta, pois apenas com eles conseguia enxergar quem fora Sakura Haruno.  

    Mas agora via o quão errônea foram suas escolhas. Agora, a nuvem que cobria seus olhos evaporou para que pudesse ver com clareza.  

    Suas unhas fincaram no meio da palma da mão, como se pudesse descontar ali suas frustrações.  

    Fechou os olhos por um momento e lembrou-se da visita de Sasuke em seu quarto, as sensações únicas que havia sentido apenas com a sua presença. De fato, não conseguiria definir em palavras a mensura, nem mesmo tentaria. Entretanto é inevitável não comparar com Gaara, são completamente diferentes e isso ela percebeu quando almoçaram juntos.  

    Completamente encantada Sakura parou em frente ao lago admirando a água sendo jogada no ar. Foi então que algo chamou sua atenção, sobre o lago, uma plataforma de madeira flutuava trazendo algumas pessoas, forçando os olhos, percebeu que essas pessoas traziam instrumentos como; Violinos, Violoncelos e flautas. Era uma orquestra de música clássica, formada por 5 ou 6 pessoas, mas ainda assim era uma orquestra.   

    ─ Gaara - pôs a mão sobre a boca completamente surpresa.   

    ─ Me permite essa dança? - curvou-se beijando a mão da garota.   

    ─ S-Sim - segurou a mão dele ao ser levada ao centro do coreto.   

    Sincronizado com a doce melodia, envolveu o braço na fina cintura, segurando uma das mãos da jovem sobre a sua no ar, com o soar das primeiras notas, Gaara a conduziu pelo piso de madeira guiando a passos tímidos em uma valsa sem fim.  

    Sakura se sentia em um contos de fadas, nunca imaginou passar por algo assim. Sentia-se presa em um sonho, seu coração batia freneticamente, no entanto algo parecia faltar para ser perfeito. Por mais envolvida que estivesse sentia que algo estava errado, um pequeno detalhe faltava para tornar tudo esplendoroso, mas o que seria?   

    ─ Sakura? - a olhava apaixonado.   

    ─ Hm? - sentiu ser sugada pela intensidade dos olhos dele.   

    ─ Eu te amo - olhou profundamente nos olhos esmeraldinos. Lentamente aproximou seu rosto ao da rosada, envolvendo os lábios dela com os seus, provando do doce sabor de sua boca, saciando o desejo que a tanto tempo o sufocava. Carinhosamente, tentava demonstrar a ela tudo o que estava em seu coração, desejando transmitir tudo que ela despertou em si.  

    Contudo, gentilmente Sakura colocou as mãos sobre o peito e o afastou, desfazendo do beijo. Gaara a encarou confuso, não compreendendo o que havia acontecido, pois parecia estar indo bem, tudo perfeito. 

   ─ Gaara... 

   ─ Fiz algo de errado? Algo que não gostou? - questionou aflito. 

   ─ Não eu... E-eu não posso... - murmurou cabisbaixa, mordendo os lábios visivelmente nervosa – Eu não o amo. 

   ─ Sakura... - abriu a boca para prosseguir, mas interrompeu a si mesmo. Enfiou as mãos entre os fios ruivos e suspirou – Me desculpa, eu não deveria força-la. Desculpa – buscou pelas mãos pequeninas e acariciou com o polegar os dedos. 

   ─ Melhor pararmos por aqui, Gaara. Eu não quero te magoar ainda mais, será doloroso para nós dois se continuarmos – seus dedos escorregaram um a um afastando das mãos do Sabaku.  

   ─ Você gosta do Sasuke, não é? - sua voz soou baixa, enquanto observava as próprias mãos - É por isso que ao menos se esforça pra sentir algo por mim – afirmou, o sorriso triste estampado em sua boca sumiu no instante que ergueu os olhos para encara-la – Esta tudo bem, Sakura. 

   ─ Eu não sei o que sinto, ainda estou perdida e você... Você surgiu oferecendo todo seu amor. Eu não soube o que fazer, então, me deixei levar. Mas agora vejo que não posso mais, me desculpe Gaara – suspirou, reprimindo o choro. 

   ─ Hey, tudo bem – a puxou para um abraço. 

   ─ Ainda podemos ser amigos, se você quiser – hesitante, sugeriu.  

   ─ Não posso dizer que sim agora, seria hipocrisia ignorar o que sinto – suspirou, afastando-se para olha-la – Melhor leva-la pra casa. 

   ─ Gaara – segurou sua camisa – Eu gostei muito, de tudo. Obrigada. 

   ─ Eu também - respondeu, sucinto.  

    Sakura entrou no carro após o Sabaku, ambos permaneceram em silencio, dispersos em seus próprios pensamentos.  

    Os soluços tornaram cada vez mais audíveis, como se a torturassem cruelmente, aos prantos clamou para que tantas lembranças parassem de surgir.  

Meu morango 

   ─ Sa-suke... - silabou debilmente – Sasuke... - chamou, com a esperança de que assim como as outras vezes ele surgiria na porta, sorrindo de maneira debochada, zombando do seu estado, enquanto dizia palavras ousadas da qual a deixaria corada. No entanto, ele não veio.  

   ─ Sakura, levante-se dessa cama – a voz de Mebuki soou autoritária como nunca foi – Chega de lamentar, minha filha. Esta na hora de ir atrás dele e ser sincera consigo mesma – afagou os fios róseos com carinho. 

   ─ Mãe... - não foi capaz de evitar a voz embargada, e atirou-se nos braços da matriarca – Eu não posso deixar Sasuke ir... Eu o amo – sorriu ao admitir, seu coração pulsou descompassado – Sempre o amei – a felicidade expandiu irradiando em seus olhos. Precisava traze-lo de volta, tomar o que é seu.  

Você pertence a mim, como eu pertenço a você...  

Não seja irritante. 


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Notas finais do capítulo

Se chegou até aqui, agradeço imensamente.

Música de hoje: Need You Now - Lady Antebellum

Beijos



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