Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 44
Not alone


Notas iniciais do capítulo

Yoo! Boa noite fofas e fofos, esperaram muito? Bem, pelo menos hoje não saiu meia noite, né haha n.n'
Vamos lá. Primeiramente quero agradecer a todos que comentaram, Pati-chan e eu lemos cada um e estamos bastante empolgadas com as opiniões diversas.

Hoje teremos muita divergência... AI,ai ♥ Preparem seus corações, o Amigo secreto esta na área o/

Bora ler!!



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Capitulo XLIV

"O amor arranca as máscaras sem as quais temíamos não poder viver e atrás

das quais sabemos que somos incapazes de o fazer"

(James Baldwin)

Não está sozinho

Sakura caminhava sorridente pelos corredores da faculdade, seu primeiro dia de aula terminara a pouco, mal conseguia acreditar que aquilo se tratava da realidade. Desde pequena sonhava com o dia em que estudaria medicina, passava horas cuidando de suas bonecas, e agora lá estava ela, inscrita em uma das melhores faculdades de Tóquio, se preparando para futuramente ter seus próprios pacientes.

Saindo em direção ao estacionamento, resolverá pegar um atalho até o ponto de ônibus quando um certo ruivo chamou sua atenção. Encostado a um carro preto, o belo médico usava uma calça social igualmente escura com uma camisa polo branca de manga comprida dobras até os cotovelos e três botões abertos, parado ali ele comparar-se-ia a uma escultura grega. Admirada com a beleza do rapaz, sentiu seu rosto queimar ao vê-lo acenar em sua direção. Com o coração batendo forte, Sakura se aproximou lentamente sem desviar o olhar uma minuto se quer.

─ Oi Sakura - sorriu abertamente envolvendo a jovem em um abraço - Meus parabéns, fiquei muito feliz ao saber que você passou em medicina, tenho certeza que você será uma médica incrível - segurou delicadamente o rosto pálido.

─ O-obrigada Gaara-kun - sorriu encantada.

─ Bem, como soube da sua conquista incrível e coincidentemente hoje é meu dia de folga. Eu pensei... O que você acha de almoçar comigo hoje? - a olhou profundamente ansiando por uma resposta positiva.

─ Claro, eu vou adoraria - respondeu empolgada.

─ Então... - abriu a porta do carro a convidando a entrar - Por favor, senhorita.

─ Obrigada - acomodou-se confortavelmente no banco do passageiro.

Tomando o lugar do motorista, Gaara ligou o carro e saiu em direção ao local. Apesar de não ter muito tempo para decidir onde a levaria, seus privilégios como médico o ajudaram a conseguir de última hora uma reserva em um adorável restaurante localizado no extremo sul da cidade. Durante o trajeto, Gaara ouvia sua bela acompanhante lhe contar sobre o primeiro dia de aula. Vê-la descrever suas experiências, o fez sentir como se tivesse voltado a faculdade, e adoraria voltar se isso o permitisse passar todos os dias ao lado dela.

oOo

Ao chegar no restaurante, Gaara entregou seu carro ao manobrista e seguiu pelos corredores indo em direção à mesa que reservou, aquele local pertencia a um antigo amigo de faculdade, graças a isso ele podia fazer coisas que clientes comuns não poderiam.

A seu pedido, uma mesa para dois foi montada do lado de fora, escondida entre as flores do jardim, coberta por uma toalha rosa com desenhos geométricos em tons mais escuros, sobre a mesa também havia um abajur antigo e o conjunto de talheres e pratos elegantemente organizados. Distante o suficiente para deixá-los a vontade, os fundos do restaurante, parte que direcionava ao jardim, possuía paredes de vidro onde algumas mesas eram distribuídas dando aos clientes uma visão privilegiada das flores, deixando o local delicado e romântico.

A viagem até o local não demorou muito, em poucos minutos já se encontravam acomodados em sua mesa. Escolhido a dedo, o lugar solicitado pelo médico ficava de frente para um pequeno lago no estilo japonês, habitado por carpas de cores diferentes.

Gaara pensava com cuidado no que faria, aquele seria seu ultimo investimento, ele amava Sakura como nunca antes, porém Ino estava certa, ele não podia força-la a amá-lo, por mais que ele quisesse isso. Com a cabeça apoiada sobre as mãos, admirava cada movimento da moça enquanto folheava o cardápio escolhendo o que iria comer, tão linda... Parecia mais um anjo, e talvez fosse um ser celestial enviado à terra para mostrar aos homens o que Deus é capaz de criar.

─ Eu vou querer um... - ergueu os olhos em direção ao ruivo, sentindo seu rosto queimar - O que foi?

─ Nada - arrumou o corpo na cadeira - Eu estava apenas te admirando - sorriu encantador.

─ ... - abaixou o rosto encabulada.

─ Desculpe, eu não queria te deixar sem jeito - cobriu a mão dela com a sua.

─ Tudo bem - olhou para a mão que fora envolvida.

─ Então, vamos pedir ?

─ Claro.

Apertando um pequeno botão automático preso à mesa, Gaara chamou o garçom.

─ Eu vu querer Curry - falou com o rapaz parado ao seu lado.

─ Muito bem, e a senhorita? - virou em direção a Sakura chamando a atenção para si.

─ Eu quero o mesmo, por favor - sorriu.

─ Muito bem, trago o prato de vocês em alguns minutos - fez uma leve reverência com a cabeça - Com sua licença - assim como surgirá, logo desapareceu o jovem de avental preto.

Sem saber o que dizer Sakura virou o rosto para o lago ao lado, perdendo-se em pensamentos.

Respirando fundo, Gaara tentava encontrar coragem para o que viria a dizer.

─ Sakura? - a viu olhar para si - Eu... Nunca fui bom com essas coisas, na verdade eu sempre fui péssimo - riu fracamente - Então me desculpe se eu for indelicado ou indiscreto - esperou por algum sinal de que devia parar de falar, entretanto nada veio - Eu comprei um presente pra você, por sua aprovação. É algo simples, mas que logo me fez lembrar de você - retirou do bolso uma caixa de veludo pequena e a estendeu.

─ Oh, Gaara... Não, não precisava - o olhou surpresa.

Sem dizer nada, Gaara sorriu a convidando a abrir o presente. Ao erguer a tampa da pequena caixa, Sakura sentiu seu coração bater mais forte. Havia uma corrente dourada que trazia na ponta um pingente cor de rosa imitando a delicada flor de cerejeira. Apaixonada, foi como se sentiu ao ver seu mais novo colar, não tinha nem mesmo palavras para descrever.

─ S-Se você não gostou não precisa usar... - sentia-se receoso com o silêncio da rosada.

─ Não, eu... Adorei - ergueu os olhos para o ruivo - É tão lindo, eu nem sei o que dizer.

Sorridente, Gaara sentia-se imensamente feliz por ter conseguido deixá-la contente.

─ Permita-me que eu coloque em você?

─ Claro - entregou a corrente a ele.

Levantando de seu lugar Gaara posicionou-se atrás da cadeira da rosada, ergueu seus cabelos delicadamente e envolveu seu pescoço com os braços. Após fechar com cuidado o colar retornou a seu lugar.

Com a mão pousada sobre o pingente, Sakura sentia-se honrada e encantada. Aquele colar era simplesmente perfeito.

─ Eu adorei, adorei mesmo. Obrigada Gaara - sorriu abertamente.

─ Não precisa me agradecer, fico feliz que tenha gostado - retribuiu o sorriso.

Envolvidos um pelo olhar do outro, mal viram o garçom chegar com seus pedidos.

─ Posso? - os despertou de seus devaneios.

─ Desculpe - ajudou o rapaz a servir os pratos, retirando do caminho o que atrapalhava.

─ Bom apetite - sorriu - Se precisarem de algo é só me chamar, com licença.

─ Obrigado(a) - disseram em uníssonos.

Durante o almoço falaram sobre assuntos aleatórios. Gaara adorava ouvir Sakura sorrir, o som de sua risada lhe parecia mais uma sinfonia, tornando a refeição suave e divertida. Terminaram de comer a sobremesa quando o jovem garçom retornou à mesa de ambos.

─ Senhor Sabaku - aproximou-se - Seu pedido está pronto.

─ Pedido? - curiosa, intercalou entre ambos.

─ Obrigado - dispensou o garçom.

─ Do que ele está falando Gaara-kun? - indagou desconfiada.

Levantando de seu lugar Gaara parou ao lado da moça estendendo a mão convidando-a para acompanha-lo.

─ Você vai ver - sorriu.

Apoiada ao braço do ruivo, ele a conduziu pelo jardim até chegarem a uma espécie de praça, ao centro um coreto delicadamente entalhado em madeira da cor branca. O pequeno palacete os levou ao outro lado do lago, onde flores boiavam envolvendo um jato de água.

Completamente encantada Sakura parou em frente ao lago admirando a água sendo jogada no ar. Foi então que algo chamou sua atenção, sobre o lago, uma plataforma de madeira flutuava trazendo algumas pessoas, forçando os olhos, percebeu que essas pessoas traziam instrumentos como; Violinos, Violoncelos e flautas. Era uma orquestra de música clássica, formada por 5 ou 6 pessoas, mas ainda assim era uma orquestra.

─ Gaara - pôs a mão sobre a boca completamente surpresa.

─ Me permite essa dança? - curvou-se beijando a mão da garota.

─ S-Sim - segurou a mão dele ao ser levada ao centro do coreto.

Sincronizado com a doce melodia, envolveu o braço na fina cintura, segurando uma das mãos da jovem sobre a sua no ar, com o soar das primeiras notas, Gaara a conduziu pelo piso de madeira guiando a passos tímidos em uma valsa sem fim.

Sakura se sentia em um contos de fadas, nunca imaginou passar por algo assim. Sentia-se presa em um sonho, seu coração batia freneticamente, no entanto algo parecia faltar para ser perfeito. Por mais envolvida que estivesse sentia que algo estava errado, um pequeno detalhe faltava para tornar tudo esplendoroso, mas o que seria?

─ Sakura? - a olhava apaixonado.

─ Hm? - sentiu ser sugada pela intensidade dos olhos dele.

─ Eu te amo - olhou profundamente nos olhos esmeraldinos. Lentamente aproximou seu rosto ao da rosada, envolvendo os lábios dela com os seus provando do doce sabor de sua boca, saciando o desejo que a tanto tempo o sufocava. Carinhosamente, tentava demonstrar a ela tudo o que estava em seu coração, desejando transmitir tudo que ela despertou em si.

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Era loucura e ele sabia disso quando tomou aquela decisão, assim sendo taxado pelo irmão de; maluco, a ideia parecia ter muito mais pontos positivos do que negativos. Mesmo que tivesse que se esforçar um pouco mais, já que não possuía mais nenhum cartão de credito, pois ainda estava de castigo, com um pouco de bajulação conseguiu convencer Mikoto de que um dos milhares de cartões dela seria usado para recursos que trariam consequências excelentes, sendo assim ela não hesitou ao ter a certeza que o filho planejava algo para sua futura nora ex-desmoriada.

Ao estacionar do outro lado da rua, enfrente a casa dos Haruno, respirou fundo a fim de acalmar seu coração. Era sempre assim, bastava estar próximo do lar da garota de cabelos róseos, que seu coração bombeava enlouquecido como se soubesse que era ali que se encontrava sua dona. Riu com a constatação daquele pensamento.

Desceu do carro recém comprado, um Hyundai Veloster vermelho cereja, e caminhou até a casa tocando a campainha. Enquanto aguardava, repassou o momento em que estava na faculdade e recebeu uma mensagem de Mebuki, imediatamente se preocupou, abriu o sms escondendo o celular do campo de visão do professor e leu rapidamente as duas linhas.

Bom dia, querido. Tenho boas novas, Sakura fez o vestibular para entrar na

faculdade e passou. Venha nos visitar. Beijos, sogra.

Não respondeu a mensagem, pois não sabia muito bem o que dizer, então apenas estampou um sorriso de lábios unidos, se sentindo feliz por Sakura. Aos poucos ela retomava sua vida, a rotina, e voltava a encaminhar seus desejos. E ele jamais imaginou que se sentiria tão bem e satisfeito pelas conquistar de outra pessoa, que apoiaria em qualquer que fosse suas decisões e a seguiria sem hesitar.

A porta foi aberta por Mebuki, que no mesmo instante sorriu e o puxou para um caloroso abraço. Mais atrás estava Kizashi, com um sorriso estranho e um ar de sarcasmo no rosto. Sasuke nada compreendeu, estava prestes a perguntar por Sakura, o motivo para estar ali, no entanto um carro parou enfrente a casa e para sua surpresa a Haruno desceu do mesmo acompanhada pelo médico que tanto odiava.

─ Sasuke, o que faz aqui? - perguntou ao se aproximar - Aconteceu alguma coisa?

─ Não, mas talvez venha acontecer - mirou o ruivo, com seriedade. Agora compreendia a satisfação do Haruno.

─ Hã... Acho que você já conhece o Dr.Gaara, não é - forçou um sorriso para amenizar o clima, porém de nada adiantou, Sasuke e Gaara continuavam a trocar olhares amedrontadores, como se dissessem tudo que precisassem com um único gesto - Bem, obrigada pelo almoço, foi tudo maravilhoso - sorriu docemente.

─ Concordo, estava em ótima companhia - buscou pela pequena mão da Haruno para depositar um beijo demorado sobre o torço - Você merece ser feliz, e eu estou disposto a faze-la sorrir - Sakura corou violentamente. Gaara foi um perfeito cavalheiro do começo ao fim, a respeitou e a tratou como uma verdadeira princesa, se sentia confortável e segura - Vai ficar tudo bem? - referiu-se a Sasuke.

─ Creio que sim, não se preocupe - afirmou.

─ É Dr. Sabaku, não se preocupe - sorriu com sarcasmo o Uchiha.

Sakura revirou os olhos constrangida pela implicância do moreno. Estar na presença de ambos lhe trazia sensações diversas e completamente irregulares, seu coração batia feito louco e sua mente girava como um pião enlouquecido, ao mesmo tempo que era aterrorizante, ela sabia que havia um abismo muito maior entre ela e Sasuke do que com Gaara.

─ Não demore a entra, você precisa descansar - alertou - Boa noite Sakura - sorriu para ela - Uchiha - foi cordial.

─ Tudo bem, boa noite Gaara-kun - correspondeu ao sorriso.

Gaara dirigiu um ultimo olhar de alerta ao Uchiha, antes de entra no carro e dar partida.

Sakura observou o carro até sumir no horizonte, quando voltou seus olhos para porta de casa, nem sua mãe e nem mesmo Sasuke estavam mais lá. O viu atravessar a rua a passos duros, com as mãos enfiadas nos bolsos da calça jeans. Não tinha ideia do porque, mais o seguiu e antes que ele pudesse entrar naquele carro realmente muito bonito, ela segurou em seu antebraço.

─ Sasuke, você ainda não me respondeu, o que veio fazer aqui? - o braço foi retirado bruscamente de sua mão, o que a assustou.

─ Não sei se vale a pena dizer. Sabe, acho que vou facilitar pra você - virou-se para olha-la.

─ Do que esta falando? - franziu o cenho.

─ Fique com o "doutor sorriso" - fez aspas com os dedos - Assim será um peso a menos - sua voz soou fria, seca. Sasuke se virou para entrar no carro, mas foi impedido mais uma vez.

─ Para com isso, pare de ser tão infantil, Sasuke!

─ Infantil? Não fui eu que fiquei distribuído sorrisos como uma IDIOTA! - mirou os olhos esmeraldinos, furioso.

─ Eu não estava sorrindo - negou descaradamente.

─ Ah, claro - riu sem humor - Só era a personificação do coringa - foi irônico.

─ Gaara foi gentil comigo, e eu...

─ Foda-se - a interrompeu - O que você sente com aquele cara é o mesmo que sente quando esta comigo? - disparou a maior de suas duvidas - Fale olhando nos meus olhos.

─ Isso tudo é ciúmes? - provocou, porém seu sorriso sumiu com a expressão fria do Uchiha.

─ E se for? - rebateu com seriedade, não havia resquícios de divertimento no seu tom de voz - Responda.

─ Claro que não, Sasuke. Eu já te disse que é diferente, eu... eu ainda estou confusa caramba e você fica me pressionando - explodiu, sua voz alterava pouco a pouco.

─ Você não esta sendo honesta consigo mesmo, não será a única que vai acabar se machucando, Sakura - o silêncio predominou por alguns minutos. Ela se segurava para não derramar uma única lagrima e ele se esforçava para não feri-la com sua língua afiada.

─ Eu gostaria de entender seus motivos... Mesmo sem memoria, e não sendo o estereótipo perfeito de garota ideal para o seu tipo de pessoa, eu gostaria de compreender - desabafou com voz chorosa.

─ Garota irritante - balançou a cabeça negativamente, a segurou pelos ombros e se inclinou para olha-la de perto - Você é linda - murmurou. Ela corou e revirou os olhos - Seus olhos sempre giram para direita quando é elogiada - a Haruno estreitou os olhos surpresa - As vezes quando esta pensativa, seus olhos nem mesmo piscam, sua face fica serena e tão longe... fico tentando decifra-la, mas é como se estivesse em um labirinto - tocou os dedos na testa franzida, afastando a franja - Sempre achei que mulheres se pareciam mais como palhaças com tanta maquiagem.... Você fica bonita com quase nada - seu tom de voz era ameno, sem resquício de qualquer provocação. Acariciou o queixo da moça com o polegar, com seus olhos cintilantes presos as expressões, afastou-se colocando as mãos nos bolsos novamente - Eu... comprei esse carro pra você. É um pedido de desculpas e também pode considerar como presente.

Sakura ainda recobrava o oxigênio, havia o prendido quando Sasuke se aproximou, jamais se sentiu daquela maneira, nem mesmo quando ele invadiu seu quarto. Era uma sensação diferente, os olhos ônix pareciam penetrar sua alma, estava fascinada por tão poucos gestos. Cada mínimo detalhe que ele descrevia era como ser enxergada de dentro para fora em absoluta devoção. Ninguém jamais lhe disse nada parecido, com tamanha amabilidade, tão cheio de admiração e carinho. Aturdida, piscou algumas vezes voltando a consciência.

─ E-eu nã-não... Não sabia que você tinha todo esse dinheiro - praguejou por gaguejar.

─ Posso te contar o que quiser, basta perguntar - retrucou, mal humorado.

─ Eu não vou aceitar.

─ Eu não perguntei se você aceitaria ou não, toma, ele é seu - estendeu as chaves - Você disse que gosta de cores escuras e seu carro anterior era vermelho, acho que combina com você.

Se surpreendeu por ele saber tantas coisas sobre ela, mas também se sentiu decepcionada consigo mesmo por não se lembrar de quase sobre aquele homem.

─ A cor é linda, Sasuke, mas eu não vou aceitar. Não quero sua gratidão, ou que pense que sou interesseira, sua família já fez muito por mim - contrapôs irredutível.

─ Claro que não quer minha gratidão, comparado a bijuteria no seu pescoço, o que é um carro - áspero e sem o mínimo de escrúpulos, não se importou em demonstrar sua raiva.

─ Sasuke...

─ Eu não entendo - suspirou com pesar, guardou a chave de volta no bolso e prosseguiu - Nada parece ser certo. Eu estou lutando contra algo que nem mesmo compreendo, tentando descobrir qual é o melhor caminho, mas você não facilita.

─ Não esta sendo fácil pra mim também - pontuou - Tente se colocar no meu lugar, eu simplesmente não me lembro de vo... - não completou a frase.

─ Melhor eu ir embora - murmurou.

─ Sasuke eu...

─ Não vou voltar a insistir, te darei o tempo que for - ambos permaneceram encarando um ao outro, aguardando pela coragem de ir ou tomar iniciativa.

─ Sasuke... você não sente que falta algo? - suas bochechas coraram, em seguida cobriu a boca petulante que ousou ser mais rápida que a própria razão.

─ Hm? O que falta - franziu o cenho.

─ Hã... É que... Bem... - mordeu os lábios - Não é nada.

Sasuke se aproximou ate que seus rostos ficassem a centímetros de distância.

─ Esta me pedindo um beijo, Sakura? - arqueou a sobrancelha, sugestivo.

─ O-o qu-que? cl-claro qu-que nã-não - ela abriu a boca diversas vezes tentando negar, mais seu nervosismo a denunciou - E-eu não estava falando disso... E-eu só...

─ Tem certeza? - aproximou-se um pouco mais, seus lábios estavam prestes a se tocarem, os olhos de Sakura se fecharam por instinto a espera do beijo desejado. Sasuke sorriu, ao observa-la tão esperançosa, então ele assoprou despertando-a bruscamente - Acha mesmo que vou beija-la depois de ter saído com aquele médico filho da puta? - empurrou dois dedos sobre a testa da Haruno - Se quiser algo de mim terá que se apaixonar, morango - o sorriso malicioso brincava em sua boca. Sasuke virou as costas para entrar no carro, quando a voz embargada da Haruno se fez presente.

─ Essa sua confiança... Como pode ter tanta certeza que vou me apaixonar por você? - fitava as próprias mãos cabisbaixa - Pare de brincar comigo - sussurrou em suplica.

─ Sakura... - silabou o doce nome, no entanto não tinha ideia do que dizer.

─ Será que não vê o quão egoísta esta sendo?

─ Se tudo isso for por causa do beijo, olha eu...

─ NÃO! - gritou aturdida, surpreendendo ate a si mesmo - Nã-Não é por isso. Na verdade todas as suas ações me deixam confusa, eu não sei como agir ou o que fazer... Eu não consigo vê-lo como você me vê... Acho que é melhor você não voltar mais - o pedido soou doloroso. E antes que Sasuke pudesse formular qualquer frase contraria, ela virou-se rapidamente correndo para dentro da casa, trancou a porta e o deixou ali, do outro lado da rua completamente vulnerável.

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Durante toda tarde Hinata permaneceu trancada no quarto, refletindo e divagando sobre tudo que acontecia, mesmo não chegando a qualquer conclusão esclarecedora, haviam duvidas que realmente a perturbavam ansiando por respostas concretas.

O assassinato que ocorrera a poucos dias, tornava cada vez mais complicado de ser solucionado, talvez nem mesmo os melhores investigadores conseguissem encontrar qualquer resquício ou uma pista evidente. Com o atestado de óbito a situação retornou a estaca zero, porém, agora tinha a certeza de que, quem o apunhalou atacou após a morte para incriminar Naruto.

Seus olhos se fecharam imaginando os fatos, com a morte de Mesaren, o conselho escolhera um novo porta-voz, este implicaria em todos os aspectos governamentais do clã, já que a líder é submetida a seguir com os conceitos inqueridos pelo conselho. Todavia ninguém havia se manifestado, e isso era o que a deixava intrigada.

Os problemas que vivenciava ali, não comparar-se-ia em nada com os que precisava lidar quando tudo que lhe preocupava era a faculdade e os amigos, as novidades inusitadas de Ino que, sempre estava a procura de festa e divertimento. O temperamento de Sakura que sempre ia de zero a cem, mas que sempre estava motivando outros, sempre sorridente e muito otimista, e então veio o acidente de que abalou a todos e transformou a vida da amiga, nem mesmo conseguia imaginar o quão difícil estaria sendo pra ela. Gostaria de ter apoiado muito mais, ter sido forte e corajosa, talvez tudo tivesse sido diferente.

Batidas na porta a trouxeram de volta, ainda desnorteada caminhou entre tropeços, ao abrir sentiu uma vontade imensa de fecha-la novamente.

─ Haiato-san - cumprimentou cordial - O que o traz aqui?

─ Hinata-sama, posso entrar? Tenho assuntos importantes para tratar - sem que pudesse discordar, a Hyuuga lhe deu passagem - Estava ocupada? - ele observava cada canto minuciosamente.

─ Não eu só... Só estava lendo - mordeu o lábio inferior em seguida forçou um sorriso, como sinal de sua mentira.

─ Desculpe atrapalha-la, mas o que tenho a dizer é realmente importante - focou sua atenção na imagem da Hyuuga próxima a porta.

─ Tudo bem - assentiu - O que é tão importante?

─ Vim avisa-la que o conselho já tomou a decisão de convidar Uzumaki Naruto a se retirar do clã, caso contrario sua relutância pode levar a execução.

─ O-o qu-que? - arregalou os olhos perplexa - Ma-mas vocês não podem matar alguém assim, isso é crime! - a cada palavra seu tom de voz aumentava - Eu não vou deixar!

─ Sabe que não tem poder algum, não é uma decisão sua. Somos um povo independente, se não se lembra - argumentou - Hinata-sama, eu...

─ NÃO! Quem criou essa regra? Para que? Para extorquir com a felicidade dos outros! - se exaltou. Haiato aproximou-se e a segurou pelos ombros.

─ Se acalme - pediu suave - Percebo o quanto ele é importante, mas não há como fugir. Você nasceu uma Hyuuga e carregara este peso para o resta da vida.

─ Me-me des-desculpe... E-eu... Você não tem culpa de nada... Mas é tão frustrante...

Hinata não foi mais capaz de segurar as lagrimas de desespero, suas forças esvaíram em segundos. Seu ódio pelo sobrenome crescia mais e mais, nunca pensou que sofreria tanto, afinal, nem mesmo tinha ideia que a responsabilidade que carregava era muito maior do que poderia imaginar. Quando o choro cessou, Haiato enxugou suas lagrimas carinhosamente, e lhe sorriu ao entregar um copo d'água.

─ Hinata... - ele a chamou de maneira diferente, mais dócil e gentil - Tenho uma proposta a fazer.

─ Proposta? - franziu o cenho.

─ Sim - ele respirou fundo, abriu a boca algumas vezes, como se repensasse no que iria dizer - Eu... Quero pedi-la em casamento - disse de uma vez.

A Hyuuga se afastou assustada, sendo seguida pelos olhos do outro. Havia perdido o senso da fala, não conseguia formular uma palavra se quer, não que não tivesse uma resposta, pelo contrario, tinha certeza absoluta de que nunca aceitaria.

─ Não me entenda mal - tentou se aproximar, porém ela se afastou um pouco mais - Se nos casarmos o conselho não a perturbaria, de toda forma a vida do Uzumaki corre risco se ele permanecer aqui, não é algo que podem decidir, seu caminho esta traçado desde que nasceu. Seus deveres, sua conduta, sua vida é o clã Hyuuga e você não pode negar aquilo que esta no seu sangue - segurou as mãos tremulas dela junto a suas - Não tenho sentimentos por você, não como homem, por favor, tenho idade para ser seu pai - sorriu.

Mesmo que Hinata não retribuísse o sorriso, ela não discordava de nada do que era dito. Naquele momento fitou Haiato com a intenção de analisa-lo esteticamente, apesar de aparentar poucos sinais da idade, seus curtos cabelos castanhos penteados para trás lhe davam um ar jovial, olhos perolados lascivos, queixo pontudo proeminente, o porte rígido escondido pelo kimono negro, talvez beirasse a casa dos 45, constatou que ele era um homem charmoso, não tanto quanto Naruto. No entanto, apesar de sua beleza, havia algo na personalidade dele que a incomodava, trazia desconforto e desconfiança sempre que estava presente.

─ O que me diz? - ele ainda aguardava uma resposta. Hinata desfez o contatou puxando suas mãos, caminhou até ficar próxima da cama, onde estaria longe e segura.

─ Haiato-san, eu agradeço por seu gesto gentil.

─ Acho que ainda não compreendeu a gravidade do problema - acompanhou as ações da moça, suspirou com pesar direcionando um olhar de seriedade - Não vê que se permanecer como esta não saíra do lugar, fara um clã inteiro virar-se contra você e decepcionar seu pai. Se estivermos juntos teremos poder para mudar tudo, trazer a liberdade almejada e paz ao povo.

─ Haiato-san, se esqueceu que temos um assassino a solta, que pode estar tramando por coisa pior e..

─ Não percebe que Kurenai é a culpada por tudo? Senhorita Hinata, Kurenai teve sua família massacrada pelo clã que a adotou, que outro motivo ela permaneceria aqui, mesmo sendo desprezada por todos, se não fosse por vingança?

─ Kurenai nunca faria - seu tom de voz baixo a denunciava, pois sabia que tudo se encaixava, tinha sentido.

Que outro motivo Kurenai estaria ali por tantos anos?

─ Isso é o que você quer acreditar, não a conhece, não sabe do que aquela mulher seria capaz. Veja como você foi tratada ao chegar aqui e tire suas próprias conclusões - Haiato dirigiu ate a porta e virou-se antes de sair - O julgamento ocorrerá em dois dias, pense na minha proposta - o baque surdo da porta lhe deu a certeza de que estava sozinha.

Sua mente girou até que pudesse visualizar a imagem de Naruto. Se sentia tão confusa, tão perdida, que apenas foi capaz de cair em prantos. Ele nunca aceitaria as exigências do clã, e mesmo que tivesse que lutar contra todos não a deixaria de maneira alguma. Se perguntava que caminho deveria tomar.

oOo

Da casa de Darin ao quarto de Hinata no dojo levava no máximo vinte cinco minutos, isso se não fosse pelas reclamações e choramingo de Naruto, o que levou Neji a perder a paciência diversas vezes até que mudasse o caminho e seguisse as instalações de enfermagem do clã. Além de tudo, precisou assegurar que o loiro chorão na fosse fugir do remédio amargo, extraído de ervas da região, um analgésico natural. Curativo feito, ambos retornaram ao caminho em silencio, assim chegando com rapidez.

Naruto nem mesmo bateu na porta, foi logo entrando a procura da Hyuuga, encontro-a dormindo sentada na cama com um livro repousado em seu colo.

─ Hina-chan - sussurro tocando em seus ombros - Hei - os olhos perolados abriram sonolentos - Uau, que bela visão, Hina-chan - murmurou extasiado. Neji lhe deu um tapa na nuca que o deixou emburrado - Oe, Neji, qual é?

─ Deixe-a despertar, vá procurar algo para comermos - o loiro estreitou os olhos, com um bico do tamanho do mundo saiu para procurar por alimento.

─ Neji? - indagou com os olhos semicerrados.

─ Fiquei ai mesmo - ele a impediu de se levantar, sentou-se na beirada da cama e a fitou - Parece que encontramos pistas de um possível suspeito, não temos provas concretas, mas é um ótimo começo.

─ De quem esta falando?

─ Darin, irmão de Mesaren. Naruto e eu fizemos uma visita a ele, e o mesmo tentou nos envenenar, além de ter mentido sobre alguns fatos - explicou.

─ Mas que motivos ele teria? Não faz sentido.

─ Não sabemos ainda - suspirou - Mas tenho certeza de que ele não faria nada sozinho, Darin esta com medo de algo e eu irei descobrir.

─ Só tenha cuidado, Neji - tocou as mãos do primo em um gesto terno - Se estivermos perseguindo a pessoa errada... - não prosseguiu.

─ O que quer dizer? Suspeita de alguém, Hinata? - alarmado, mirou a Hyuuga cabisbaixa.

─ Neji, e se... Kurenai tiver feito tudo isso por vingança? - indagou insegura - Ela tem motivos pra isso.

─ Eu não discordo de você, mas também não concordo. Kurenai foi criada por membros da nossa família, sobreviveu apenas por esta razão. Se ela esta aqui, tenho quase certeza que seja por gratidão, o povo acredita quando ela se impõe, pois como viu na invasão, Kurenai não luta por si mesmo.

─ Você parece conhece-la bem - constatou.

─ Vim muitas vezes a Nova iork com seu pai, enquanto ele estava ocupado com a democracia do clã, Kurenai treinava a mim e a Darin - com um ar de nostalgia nos olhos, Neji mirou a janela pensativo.

─ Eu não sabia - direcionou seus olhos ao mesmo lugar que o primo, e viu a grande fonte ao centro do pátio - O conselho já tomou a decisão de expulsar Naruto, fui avisada hoje - sua voz soou embargada, triste.

─ Uma hora ou outra isso aconteceria, peça para o Uzumaki apenas concordar e não criar confusão - levantou-se da cama e a encarou - E você não ouse impedir.

─ E-eu não vou... Acho que será melhor assim - murmurou baixinho, porém ele ouviu, mas nada comentou, apenas saiu do quarto para ir a procura do loiro.

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Uma semana depois

Sakura sentia falta dele, há uma semana não recebia notícia alguma do Uchiha, desde o dia que ele tentou presenteá-la com um carro. Ela sabia que tinha exagerado, mas tudo o que envolvia o moreno a deixava fora do controle, ele mexia com seu interior, a virava de cabeça pra baixo. Suspirando, sentou em frente à janela fitando a rua, não tinha ânimo para sair de casa ou fazer qualquer outra coisa, tudo o que conseguia era ficar ali, parada. Durante a semana ainda se esforçava para assistir às aulas, contudo era sábado e seu desanimo só tendia a piorar.

Levantou-se assustada ao ouvir a campainha tocar, não espera por visita alguma, então o que poderia ser? Por um breve instante imaginou ser "ele" Seu coração disparou e seus passos se apressarem ao descer as escadas rapidamente, abriu a porta em supetão não encontrando ninguém ali. Suspirou frustrada, arrependida, martirizando a si mesmo. Só então estranhou a situação, caminhou até a rua, porém nada parecia ter passado por ali, estaria ela enlouquecendo? Cansada demais para se preocupar com o que quer que fosse, retornou para casa. Antes que pudesse fechar a porta viu um envelope branco no chão, recolheu a carta e constatou ser endereçada para si. Fechou a porta e atirou-se no sofá, Sakura já conhecia aquela correspondência, era mais uma daquelas cartas misteriosas sem remetente algum enviada por alguém denominado como “Um amigo”. Curiosa rasgou o envelope conferindo o que havia dentro.

A algum tempo atrás

Ouvi uma doce historia

Sobre uma pequena flor e sua perda de memória

Um acidente colossal

Ou talvez peça do destino

A fez perder algo e achar o que tinha perdido.

Desde que era pequenina

O via ali voar

O falcão cruzava o céu

Planando sobre o jardim

Ela admirava a todo momento

Desejando com ele ir

Porém ela não podia

Era sempre o que dizia

“Como pode uma flor, por uma ave sentir amor?”

O amor não se explica

Você devia saber

Peço que confie em mim

Não quero vê-la sofrer

Sou apenas um amigo

Livrando-a do perigo

Contudo a decisão

Só você há de tomar

Uma flor e um falcão

Podem eles combinar?

Pergunte ao coração

Quem a ele vai amar.

Alma gêmea só há uma

Pense bem no que fazer

As pessoas erram

Você deveria saber

Ele a ama desde pequeno

Isso posso garantir

Ele pode não ser perfeito

Mas nem tudo é do seu jeito

Pense bem e com carinho

Ao tomar tal decisão

O tempo não retorna

Tudo está em suas mãos.

Esta é a última vez

Que para você vou escrever

Se decidir ficar com ele

Te ajudarei a ver

O encontre no parque

Ao lado da roda gigante

Entretanto não se apresse

Aguarde ao cair do anoitecer

Exatamente as oito, ele irá aparecer

Faça o que deve ser feito

Se esforce e Tome jeito

O Falcão está voando

Por bons frutos procurando

Decidiu ele partir

A deixando ser feliz

Seu coração está ferido

Desistiu de te buscar

A vez agora é sua

Por seu amor lutar

Espero que dê tudo certo

Eu torço por vocês,

Um amigo

Sakura leu cada palavra, e o medo a inundou por completo, o falcão seria Sasuke? Se sim, ele ia embora? Como poderia abandoná-la? Como pode ela abandoná-lo? Arrependia-se profundamente por tudo o que foi dito, precisava vê-lo de novo, ao menos para pedir desculpa.

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Sentado na cama Sasuke observava suas malas, a hora de partir havia chego, almejava tanto que fosse diferente, mas ele não poderia continuar ali, ela pediu para que fosse embora e ele não via outra maneira que não fosse para longe. Depois de tudo que a fez sofrer, ao menos uma vez ele faria algo, a deixaria ser feliz. Seu coração estava apertado, ele ia perdê-la mais uma vez. Passando a mão pelos cabelos tentando afastar todas as lembranças que atormentavam seus pensamentos, alongou o corpo e saiu do quarto. O ambiente estava quieto, seus pais precisaram sair, estavam arrumando os últimos detalhes para a viagem dele. Não havia sido difícil de convence-los, tudo que foi preciso dizer; Era que gostaria de abranger seus conhecimentos no exterior por um tempo, pronto. Fugaku nunca ficara tão contente, quanto a Mikoto, estranhamente dirigia olhares de desconfiança, não demonstrando qualquer opinião contra ou a favor.

Descendo as escadas, caminhou em direção a cozinha para pegar um copo de água, quando ouviu a campainha tocar. Foi em direção à porta, porém ninguém estava ali, no chão tinha um envelope endereçado a si, abaixou recolhendo a carta e retornou para dentro. Encostado no balcão da cozinha Sasuke rasgou o envelope puxando a folha que tinha dentro. A letra presente na carta lhe pareceu familiar, contudo não conseguia se lembrar a quem pertencia, desistindo retornou a ler a carta.

Vou te contar um conto

Preste muita atenção

A historia de uma flor

E de um belo falcão

O falcão onipotente

Viajava pelo céu

Fazendo o que queria

Sem se importar com o que viria

Todos achavam ele demais

Um tremendo garanhão

Mais algo faltava nele

Lá dentro do coração

Foi então que um dia

Quando estava a planar

A flor de cerejeira

Com o vento viu dançar

Delicada e perfumada

A flor logo o cativou

Invadiu a sua vida

E lhe mostrou o que é amor.

No começo relutante

Não queria acreditar

Apostava com os amigos

Que jamais iria se apaixonar

Mas o tempo foi passando

E aos poucos se aproximando

O amor então veio

Acertando-o em cheio

Não tinha como fugir

A pequena flor

inocente e delicada

Sua vida transformava

Porém o falcão era novo

Um tremendo bobalhão

Tentava fazê-la feliz

Mas sempre errava a mão

Por mais que ele tentasse

Só fazia a magoar

Foi então que desistiu

Não podia mais tentar

Mas estava enganado

A flor o queria sempre ali

Ela o amava perdidamente

Não podia vê-lo partir

Tenho certeza que faria

O possível para não deixá-lo

Será que ele ficaria, pra ser seu bem amado?

O tempo está passando

Chegou a hora de crescer

Ambos têm de decidir

Que caminho seguir

Sei que ela o ama

o que é que sente?

Por mais que quisesse

Não posso escolher

A decisão é sua

De ficar ou de correr

Como eu disse antes

Ela não que lhe ver partir

Almeja vê-lo uma só vez

Você poderá ir?

Hoje à noite no parque

Próximo a roda-gigante

Ela estará lá

Desejando vê-lo ali

Uma vez ouvi dizer

Que uma flor não pode amar o falcão

Mais amor não tem medidas

Muito menos uma razão

A história quem faz é você

Por isso não tem final

O que vai acontecer

Será bom ou mau?

Espero que dê tudo certo

Eu torço por você

Um amigo

Sasuke relia a carta pela terceira vez, será que era verdade? Seja lá quem fosse, os conhecia muito bem, estranhou todo aquele mistério. Se perguntava se Sakura queria realmente vê-lo? Tinha receio de ir até lá e não encontrá-la, talvez partir sem vê-la fosse o melhor final para aquela historia. Toda sua vida ao lado dela só a fizeram sofrer, ele não a merecia.


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Notas finais do capítulo

Romance BOOW Beijos, brigas e... mistério BOOW o/
Estamos animadas, deu pra perceber né? haha
Há quem ama Sasusaku e ficou decepcionado neste cap, não desanime.
Quem ama GaaSaku, se esbalde, por favor *w*/

Darin agora é o nosso principal suspeito, será que foi ele?
Narutinho será enxotado de vez, o que será do nosso casal 'o'

Não percam o próximo cap.. uhsuhsu Ok, parei!

Pare quem sentir curiosidade, esta são as imagens da residencia WaIta, que esquecemos de colocar no cap anterior >> http://i.picasion.com/pic81/8f845bba02a1690d7a0198dc42816c70.gif

E estas sãos as imagens do local do jantar onde o romântico Gaara levou Sakura, e o pingente do colar descrito. E claro, a imagem do Carro que o Sasuke escolheu >> http://i.picasion.com/pic81/8583b31620982de633138489ab3b2061.gif

Muito bem, muito bom...

Ah é, Pati-chan e eu estamos com um grupo no Whats, quem quiser participar deixa o número ai com seu comentário (separadinho ta, se não aparece "numero restrito".) Ou manda por MP.

Beijão, fui o/

Música de hoje; Not alone - Red