Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 42
Clarity


Notas iniciais do capítulo

Yoo, boa noite pimpolhas e pimpolhos. Agradeço todo carinho, realmente não foi fácil terminar o capitulo depois de passar pela provação infernal do Enem T.T Mas, tudo é possível se vale a pena, e vocês fofuxos valem muito a pena o/

Capitulo hoje ficou grandinho Hehe espero que se divirtam, e vou logo dizendo; meu seguro não cobre ataque cardíaco alheio :p

Pati-chan não esta aqui hoje porque propus um desafio quanto ao cap de hoje pra ela, tadinha, ela esta recuperando os neurônios que não foram queimados, mas mesmo assim mandou um beijão ♥

Bora ler!!!



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Capítulo XLII

"Quando a boca não consegue

dizer o que o coração sente o

melhor é deixar a boca sentir o

que o coração diz."

( William Shakespeare)

Claridade

Os três homens observaram curiosos a morena que, oscilava com um sorriso perspicaz nos lábios. A única certeza que tinham era que ela aprontaria, e não seria nada comparado ao que já havia feito, talvez nem mesmo chegasse perto. Mikoto caminhou ao redor dos seguranças, braços cruzados sobre o busto e olhar analítico, o que se passava em sua cabeça era um completo mistério. Parou de repente a frente dos homens olhando cada um nos olhos, o medo era evidente, e ela se vangloriou por este efeito.

─ Iremos construir uma casa - disse sem rodeios - Onde estão os outros? - dirigiu a pergunta a Pain.

─ Estão a caminho, senhora - no mesmo instante que respondeu, um ônibus de pintura escura adornado por nuvens avermelhadas, parou do outro lado da rua.

Em torno de 80 homens musculosos, sem camisa, com apenas a calça jeans surrada e um tipo de bota, atravessaram, formando quatro filas no meio do terreno. Cada um segurava algum tipo de feramente de construção, prontos para seguirem qualquer comando da Uchiha.

Em seguida, cinco caminhões chegaram com os matérias necessários, os homens imediatamente se prontificaram a fazer o descarregamento e dar inicio ao projeto de Mikoto.

─ Acho que morri sem ao menos saber - Ori sorria empolgado observando com malicia todos aqueles homens trabalhando - Céus, encontrei o paraíso - suspirou completamente hipnotizado.

─ Ótimo, Pain. Eficiente como sempre - sorriu contente - Aqui esta a planta da casa, quero que fique exatamente assim. Vou precisar de três dos seus homens para construir um lindo jardim com canteiros e tudo mais.

─ Acredito que temos um prazo, nos diga e farei o impossível para terminarmos com êxito - disse Pain.

─ Muito bem, temos em torno de... - segurou o próprio pulso analisando o relógio - 42 horas, meninos.

─ O QUE? Eu não disse que essa mulher é louca! Quem constrói uma casa em menos de dois dias, quem meu pai? - desesperou-se Deidara - Ninguém aqui é ninja, ou tem superpoderes. Somos seguranças e não os vingadores!

─ Deidara, recomponha-se! - Pain o repreendeu com os olhos em chamas - Isso não é um pedido.

─ Tobi construir castelo de areia, não casa de verdade - choramingou.

─ Tudo bem querido, poderá ajudar no jardim - Mikoto afagou os cabelos do Homem/menino - Deidara - chamou o loiro que, congelou no mesmo instante - Este não é um projeto qualquer, se não é um ninja ou não tem superpoderes, pouco me importa. Esta é a casa do meu bebê, então comece a trabalhar, Thor - exigiu autoritária.

Amedrontados pelo que a Uchiha poderia fazer, Pain e Deidara juntaram-se na construção do alicerce da casa, preparam o cimento na betoneira, que nada mais; a maquina onde se mistura automaticamente concreto, cimento, areia, entre outros. A estrutura inferior foi construída por uma laje de concreto sobre o solo, que futuramente funcionaria como contra piso e calçada. As paredes internas e externas foram levantadas com blocos de concreto, seria niveladas com camadas de argamassa, para que a umidade do solo não suba.

O próximo passo foi colocar as caixas de luz e conduítes para a fiação elétrica, logo após o termino do telhado a instalação da caixa d'água e tubulações. Portas foram esquadrejadas no batente, janelas e vitrôs vieram montadas com toda a ferragem. Por ultimo foi colocado o piso laminado em tom carvalho colonial, finalizando a construção.

Mikoto juntamente de Ori, passaram os dois dias escolhendo cada mínimo detalha da casa. Desde toalhas de banho, enxoval a decorações como quadros, plantas e enfeites diversos. Por insistência de Itachi, deixaram que ele e a namorada escolhessem os objetos mais íntimos, como a cama e o sofá. No final do dia, quando a pintura interna e externa da casa se encontrava impecável, Ori organizou cada item em seu lugar, deixando os seguranças surpresos com seu talento.

─ Miko-chan, o que achou?

─ Perfeito, não é atoa que se destacou no ramo de arquitetura - abraçou o amigo, não contendo a felicidade - Vou verificar se o jardim já esta pronto.

─ Ok, vai lá diva.

Incomodado com um jarro sofisticado fora do lugar, Ori o retirou da mesinha de centro colocando dois enfeites de cristal cintilante de cor azul. Agora tudo estava perfeito, exatamente como havia imaginado. Suspirou absorvendo ar puro e virou-se pronto para caminhar para fora da casa, isso se não fosse a parede de músculos estagnada na porta.

─ Você - acusou com desdém - Com licença, mas eu preciso passar. Retire essa terra de Neverland do meu campo de visão, por favor.

No entanto, o pedido de Orochimaru foi ignorado, o brutamontes caminhou ate o homem esguio e o agarrou pelos ombros erguendo-o até que seus rostos se alinhassem.

─ FICOU DOIDO, ME SOLTE!

─ Quero dizer que.... Me desculpe - pronunciou serio.

─ QUE? ME COLOCA NO CHÃO, AGORA! - no mesmo momento seus pés tocaram o piso - Céus, nunca gostei de montanha russa - com as mãos abanou o próprio rosto - Pedi perdão pelo que, criatura?

─ Olha, não começamos muito bem. E eu não quero ter problemas novamente com o chefe - explicou sem jeito - Então?

─ Hidan, Hidan. Que Aedes aegypti te mordeu? - cruzou os braços, apoiando o queixo em uma das mãos.

─ Eu não sei o que é isso que você esta falando, já que só diz coisas estranhas, mas se estiver me xingando eu juro que te quebro ao meio - ameaçou - Vim na maior humildade pedir desculpas, se aceita ou não, o problema é seu.

Ori se segurou para não rir, respirou fundo e lutou para não tornar tudo pior.

─ Tudo bem, esta desculpado - sorriu. Esticou a mão para que finalizassem o assunto, mas Hidan não pareceu se dar conta da força que tinha - AII, SUA CRIATURA GROTESCA, SOU UMA DAMA. VOCÊ NÃO SABE APERTA A MÃO DE UMA MULHER?

─ O QUE? VOCÊ NÃO SERIA MULHER NEM SE NASCESSE DE NOVO!

─ AH! É? JURO QUE SE EU NASCER DE NOVO, AINDA VOU SER SUA ESPOSA.... - Hidan fechou a cara e o colocou sobre os ombros como um saco de batatas - AII SEU OGRO, ME COLOCA NO CHÃO!

─ Mas o qu... Hidan, coloca o senhor Orichimaru no chão agora mesmo! - ordenou Pain - O que esta acontecendo aqui?

─ Fiz o que o senhor mandou - Hidan dirigiu o olhar mortal a Ori e saiu sem dizer mais nada.

─ Senhor Oro....

─ Esta tudo bem, já passou - suspirou recompondo-se - Agora sei como a escrava Isaura se sentiu, achei que iria para o pelourinho - riu de seus próprios dizeres, Pain o acompanhou não compreendendo muita coisa - Vamos, ainda temos muito o que fazer, meu herói sem armadura - deu dois tapinhas no peitoral definido e seguiu para fora.

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Itachi observava o jardim com um olhar preocupado, almejava ajudar seu irmão, contudo por mais que pensasse nada lhe vinha a mente. Nunca em toda sua vida viu Sasuke daquela forma, Sakura o pegou de jeito e ele sabia que não poderia culpa-la, a Haruno era adorável. Não tão adorável quanto sua namorada, mas fazer o que se ele ganhou na loteria ao encontrar aquela mulher.

Pensar em Washu sempre o deixava distraído, por isso não notou a aproximação do irmão.

─ Pega - estendeu uma cerveja ao mais velho.

─ Achei que você estava de ressaca - provocou, pegando a garrafa.

─ E tem jeito melhor de curar a ressaca que beber mais um pouco? - bebericou sua cerveja.

─ Só você Sasuke - sorriu enquanto abria sua garrafa.

Por alguns instantes permaneceram em silêncio. A irmandade de ambos jamais precisou de palavras, um compreendia o outro com poucos gestos.

─ E então? Como você está? - observou o mais velho.

─ Quem deveria perguntar isso sou eu - contrapôs.

─ Mas eu perguntei primeiro - tomou mais um gole de sua bebida gelada.

─ Estou bem, um pouco preocupado com a nossa mãe - acariciou a própria nuca com o intuito de aliviar a tensão - Washu permitiu que ela comprasse nossa nova casa. Só espero que a mamãe não compre uma mansão como essa - olhou a sua volta.

─ Difícil - riu fraco.

─ E você? Como está? - olhou o jovem ao seu lado - Quando te encontrei você não parecia nada bem.

─ Hm - olhou distraído para o nada - Nunca pensei que algum dia sentiria tanto a falta de uma garota.

─ É o amor, garanhão - ergueu sua bebida - Mal com elas, pior sem elas.

Sorrindo de canto, bateram suas garrafas em um brinde.

─ Isso é irritante - suspirou massageado as têmporas.

─ E então... O que você pretende fazer? - o observou curioso

─ Com o que? - olhou rapidamente para o mais velho.

─ Com a Sakura, o que você vai fazer em relação a ela?

─ Eu não sei - bufou.

─ Por que não?

─ Será que é porque ela me esqueceu?! - contrapôs o obvio.

─ E daí? - deu de ombros.

─ Como assim e daí? - o olhou furioso.

─ Você passou os últimos meses com uma garota que acordava sem se lembrar do dia anterior e ainda assim a fez se apaixonar por você, por que dessa vez seria diferente? Está com medo irmãozinho? - se levantou batendo as mãos sobre a calça, no intuito de retirar a grama grudada - Não achei que Sasuke Uchiha tivesse medo de perder uma garota para um cara qualquer.

─ E não tenho - rosnou, irritado.

─ Então prove e faça o que tem de ser feito - entrou em casa sem dizer mais nada.

Itachi tinha razão, já estava na hora dele reagir. Conseguiu fazer com que a rosada se apaixonasse por ele nos últimos meses, poderia fazer de novo, uma última vez.

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Há duas horas que treinava sem o mínimo de descanso, as roupas molhadas de suor colavam moldando o corpo feminino. O saco de pancadas havia tornado o seu pior inimigo, seu único alvo, ali se concentrava todas as suas frustrações, seus problemas e suas duvidas, tudo era golpeado com precisão, astucia e força. Sua mandíbula rígida controlava o oxigênio, que, pouco a pouco torna ofegante. Seus joelhos dobravam e desferiam chutes no ar, em uma sequência de cinco a direita e cinco a esquerda, os socos acompanhavam o mesmo ritmo ágil, sem parar.

"Eu fui treinar naquele dia, e como já te disse antes, a espada, a tal de Kusanagi foi a Kurenai quem me deu. Neji me falou sobre o campo de treinamento que havia ali e fui dar uma olhada. Somente isso aconteceu."

─ Mentiroso - rosnou, colidindo seu punho ao saco de pancada.

"Eu nem mesmo escutei nada, quando voltei a invasão já tinha acontecido."

─ Como pode não confiar em mim, hã? - chutou o alvo com a panturrilha.

"Eu não queria te deixar ainda mais preocupada. Aquele velhote só disse baboseira em cima de baboseira, você já tem problemas demais pra se preocupar com mais um, Hina."

─ Mas deixou... idiota - golpeou pela ultima vez, sua cabeça despencou para trás em um suspiro pesaroso. Sentia raiva e frustração, queria bater, não no objeto, mas em alguém. Era como se todo peso do mundo fosse jogado em suas costas sem piedade alguma. Se perguntava se o concelho ria, enquanto ela tentava agir como uma líder, seguir as regras, ser forte e luta para manter o equilíbrio.

De repente algo a tomou, a sensação de impotência e fragilidade consumia seu intimo. A garganta se fechou engolindo o choro, doía, rasgava sua alma, mas ela não deixaria uma única lagrima deslizar por seu rosto. Seus punhos se elevaram, rapidamente socou o saco de pancadas inúmeras vezes, como se pudesse sanar com a dor. Quando duas mãos seguraram o alvo afastando para o lado e deixando à mostra o rosto entristecido, ela estacou, seus músculos enrijeceram incapazes de mexer-se.

─ Naruto - a raiva ainda era eminente em seu tom de voz.

─ Deve estar com muito ódio disso aqui - balançou o objeto forçando um sorriso, que logo desapareceu - Ou de alguém.

─ Eu não estou - as paredes do dojo tornaram mais interessantes, seus olhos fitavam os adornos em flor de cerejeira e a estatua de buda feita de ouro maciço, ao lado, duas cabeças de dragões em cobre completava a decoração. A estrutura e o tatame eram de madeira, em um perfeito equilíbrio entre o simples e o esplendoroso.

─ Não parece - arqueou a sobrancelha loira.Virou o saco de pancadas na direção da Hyuuga e mostrou o rasgo, de onde a espuma que o preenchia saia - Acho que precisamos ter uma conversinha.

─ Naruto, estou muito cansada agora. Vou tomar um banho, depois conversamos - enquanto retirava as luvas das mãos, voltou-se a porta de saída, porém, o Uzumaki foi mais ágil segurando seu antebraço.

─ Ah, mais não vai mesmo, Hina-chan - havia um sorriso sucinto em seus lábios - Eu sei que esta brava porque escondi alguns acontecimentos, mas, peço que não seja egoísta e me entenda. Fiz tudo preocupado com o seu bem estar, não quero que sofra, se pudesse eu tomaria todas as suas dores.

─ Mentira! - sua voz soou estridente em um grito que ecoou pelo local - Você não confia em mim e me pede confiança, implora para que eu não seja egoísta, tampouco se importando em ser - seu corpo tremia, frágil, insegura... amedrontada. Não fitava nada além que o chão, perdida em seu próprio mundo catastrófico - Não brinque comigo.... NÃO BRINQUE COMIGO! - abruptamente, virou para encara-lo. Olhos esbugalhados, vermelhos, transbordam todo medo enclausurado, lábios trémulos, presos com uma força desnecessária entre os dentes caninos.

Naruto se assustou, afrouxou o aperto, mas não a soltou. Encarou igualmente os olhos perolados, elevou sua mão livre ao rosto delicado deslizando o polegar sobre as lagrimas que, intensificaram. Carinhosamente segurou o rosto com as duas mãos, depositando beijos sutis pelo caminho que as gotas salgadas percorriam.

─ Hinata - ele a observava com devoção, nada mais existia ao redor de ambos.

─ Vo-você... Você ia esconder mesmo tudo de mim? Sobre a discussão com Mesaren, Kurenai e meu pai, tudo, ia esconder de mim? - sua voz beirava ao desespero, em seus olhos a suplica por uma resposta negativa era evidente.

─ Quantas vezes preciso repetir que eu só queria te proteger? - a forçou olhar em seus olhos - Se eu estivesse brincando, nunca teria enfrentado seu pai e lutado com um brutamontes, sem nem mesmo saber um único golpe - beijou com graciosidade cada uma das bochechas, enxugando o rastro de lagrimas - Se eu estivesse brincando, não desistiria da faculdade para aprender a lutar com o cara mais chato, impiedoso e leal da face da terra - beijou a pontinha do nariz e demorou um pouco mais sobre a testa - Hinata, se eu estivesse brincando, eu não deixaria minha família, meus amigos, minha vida em Tóquio, para vir até aqui lutar por você, dizer o quanto te amo e que ainda vou torna-la minha esposa.

─ Naruto... Me solta - de forma contraditória, suas mãos agarraram a camisa dele com todas as forças. Sua voz profanava mentiras que seu corpo recusava-se a aceitar.

─ Não posso, na verdade, eu sei que essa não é e nem nunca será a sua vontade. Minha Hinata - sussurrou, para enfim tomar os lábios famintos da Hyuuga. O beijo avassalador transmitia a amabilidade mútua em cada movimento. A satisfação revigorante e a magnitude do entrelaçar das línguas, o encaixe sublime dos lábios compunham a mais bela confissão.

As mãos dele mantinham o afago suave entre a cavidade da nuca e o moldar da cintura, unindo seus corpos ao limite. O sincronismo imperfeito beirava o irreal, obstinados a paziguar o desejo arrebatador.

Submissos ao néctar da vida, ambos ofegaram afastando apenas o suficiente. Permaneceram de olhos fechados e corpos colados, seguindo a harmonia ritmada de seus corações. A quietude amena concilia pouco a pouco com os sentimentos escancarados em seus rosto, o sorriso acalentador embala um ao outro, tornando-os apenas um.

Suas mãos se entrelaçaram, para que juntos caminhassem para fora do dojo. Pela primeira vez não se importariam em transmitir a quem quer que fosse, o que verdadeiramente sentiam, o que eram. Se amavam e não teria porquê esconder, talvez, seria ainda pior se continuassem a mentir para si mesmo, sem ao menos tentarem, sem ao menos mostrar que a felicidade que vivenciavam não poderia ser abalada, nem mesmo pelo conselho.

Chegaram ao cômodo destinado ao quarto da Hyuuga, entraram sem cerimonia, deixando para trás os curiosos pasmos pelos corredores do clã. A porta foi fechada em um baque surdo, seus olhos se encontraram, divergentes sob o anseio de corromper o silêncio. No entanto, Hinata não suportou mais o incomodo de ficar calada.

─ Naruto, o que vamos fazer?

─ Sobre nós ou assassino?

─ Sobre ambos. O conselho logo vai começar a exigir por respostas, provas que não temos. E também irão nós confrontar, de alguma maneira, se eu pudesse desistiria de tudo.

─ Eu sei que tem medo, Hina, eu também sinto - confessou - Minha maior vontade é ir embora com você, sem olhar pra trás - trouxe o rosto da morena próximo ao seu - Mas, eu aprendi com alguém; Que fugir dos obstáculos é apenas um atalho para idiotas, fracotes, boçal, medroso, verme, um filho da puta fudido.... Que perdeu a coragem e a dignidade.

─ Acredito que essas sejam as palavras do Neji - sorriu com a confirmação do loiro.

Hinata se aproximou pronta para beija-lo e sanar com a distância de seus corpos, seu amor parecia crescer a cada segundo juntamente com a vontade de estar sempre em seus braços, mas foi interrompida por batidas que soaram na porta. Suspirou derrotada imaginando o pior, já conseguia prever samurais a levando juntamente com Naruto e os amarrando ao centro de uma fogueira, para queimarem como dois pecadores, o concelho satisfeito e as pessoas com olhares de pena.

─ Com licença, Hyuuga-sama - uma mulher de estatura mediana, cabelos castanhos presos em um coque desajeitado, óculos fundo de garrafa cobrindo os olhos perolados, surgiu ao abrir a porta.

A garota curvou-se diante de Hinata, em sinal de respeito.

─ Os exames que foram solicitados e o atestado de óbito de Mesaren Hyuuga, senhora - esticou o envelope pardo. Hinata pegou com certo receio, naquele momento era para Kurenai estar ao seu lado e não confinada como uma criminosa.

─ Obrigada... Hã...

─ Yu, senhora - a moça que não aparentava ter mais que 18 anos, fitava o chão escondendo a timidez, suas mãos apertavam a vestimenta branca, em um típico sinal de nervosismo.

─ Obrigada Yu-san - Hinata encarou a moça como se estivesse diante de um espelho. Via-se de longe a falta de confiança e a timidez exacerbada da jovem, poderia constatar também, que Yu começava a se sentir incomodada, e apostava que inconscientemente a mesma travava uma luta de auto depreciação.

─ Com sua licença - curvou-se novamente tocando os pés de Hinata, que tocou a cabeça da menina abençoando seus passos.

Assim que se encontraram a sós, a Hyuuga encarou o envelope em suas mãos, indecisa. Contudo, tudo se esvaiu quando Naruto envolveu sua cintura e depositou um beijo cálido no pescoço, amenizando a tensão.

─ Ela se parece com a antiga Hinata - apoiou o queixo sobre o ombro da Hyuuga, também observando o envelope - Não quer abrir?

Hinata respirou fundo, acalmou seu coração e retirou os papeis. Primeiramente leu os exames, continha diversos termos médicos, que de nada compreendia. Passou para o atestado de óbito, que não tinha muita diferença do outro, todavia, algo chamou sua atenção. Uma frase pequena, no canto inferior direito, que tornava tudo mais complexo.

─ Isso é... Oh, céus! - exclamou aturdida.

─ O que foi? - ela apontou o dedo para onde ele deveria ler, sua reação foi a mesma, porém silenciosa - Hina, a Kurenai e o Neji precisam saber sobre isso. Desse jeito nossas investigações voltaram a estaca zero, mas que caralho - afastou-se da Hyuuga - Eu vou avisa-los, você fica aqui e descansa, ta? - beijou o topo dos fios negros e em seguida os lábios - Vai dar tudo certo - afirmou convicto.

Após o Uzumaki deixa-la sozinha, os olhos perolados percorreram o papel novamente, estacando no mesmo lugar. Releu a frase repetidas vezes a procura de um erro, mas não havia.

Hyuuga Mesaren

Causa da morte; Insuficiência respiratória.

oOo

O odor de podridão era forte, causando embrulho no estômago todas as vezes que ingeria algo. Não tinha ideia de quanto tempo se passou, nem que horas eram, se era dia ou noite, não sabia. Se sentia cansada, com dores excessivas no corpo inteiro e uma enxaqueca horrível, que temia explodir sua cabeça a qualquer minuto.

As lamurias dos condenados ecoavam em proporções irregulares, choramingo e gritos aterrorizados oscilavam entre a alusão e a loucura. Mentes fracas que não mais tinham forças, família, ou qualquer cresça. Aquela era casca de um morto-vivo, sem objetivos ou qualquer resquício de sanidade. Aquela realidade era o que mais temia, seu maior medo.

Meditar era a única maneira para que não perdesse seus sentidos, porém no estado em que se encontra seria fácil perder a consciência. Suas mãos tatearam as roupas sujas a procura de algo, a foto que havia guardado com tanto carinho. Se aproximou das grades para obter o pouco da iluminação do corredor, parcialmente pode enxergar as pessoas daquela imagem. O dedo polegar acariciou a gestação da mulher da foto, seus olhos se fecharam sentindo a paz necessária.

Assustou-se quando o ranger da porta do calabouço ecoou, escondeu a foto novamente e voltou ao canto da cela. Conseguia escutar os passos hesitantes, a respiração ofegante e o apavoramento, seus instintos diziam que quem estava ali procurava por alguém e não tinha muito tempo, pois se fosse pego, jamais sairia daquele lugar horrendo. A luz de uma lamparina iluminou seu rosto, forçando a fechar os olhos no mesmo instante que a pessoa surgiu.

─ Kurenai? - aproximou-se da grade constando suas conclusões - Sou eu, Naruto. Caramba, tem algum bicho morto nesse lugar? - segurou o nariz fazendo careta.

─ O-o qu-que...- sua voz soou esganiçada, fraca - O que faz aqui, Uzumaki?

─ Precisamos da sua ajuda. Hinata recebeu os exames do conselheiro que morreu e agora esta tudo muito confuso, ele não foi assassinado. Kurenai? Oe, ta me ouvindo?

─ Resolva - suspirou apoiando suas costas na parede fria, sua cabeça pendeu para trás direcionando seus olhos ao teto mofado.

─ O que? Você ouviu o que eu falei? Acho qu...

─ O que quer que eu faça? Deixe-me em paz e resolva.

─ HINATA ESTA SE ESFORÇANDO, NEJI TAMBÉM. TODOS POR VOCÊ, PARA PROVAR A SUA INOCÊNCIA! - indagou indignado.

─ Esta agindo igualmente aos que estão confinados neste lugar, pare de gritar - balbuciou indiferente.

─ Achei que quisesse ficar livre. Você me livrou de ser condenado e talvez... Eu nem mesmo pudesse provar minha inocência. Kurenai...

─ Enquanto vivermos sob a democracia de antepassados, jamais estaremos livres - o cortou - Não fiz isso por você, não agradeça ou dirija sua gratidão a mim. Vá embora, volte para o dojo.

─ Mas eu vo...

─ SAIA! Eu não preciso de ninguém, muito menos de um garotinho petulante como você - enfatizou, tão fria quanto gelo.

Naruto suspirou derrotado, seria impossível salvar quem não quer ser salvo. Saiu do calabouço fervendo de raiva, caminhava a passos duro, resmungando e amaldiçoando toda a geração da Yuuhi.

─ Velha idiota, quer morrer nesse buraco de urubu, então que morra! - apertou os punhos contendo sua irritação - Vá embora, volte para o dojo - afinou a voz imitando-a - Volte pro dojo o caralho, velha ingrata. Eu nã... Espera ai... Ela disse mesmo " volte para o dojo"? - estacou no meio do caminho - Não foi volte pra casa, nem volte para o quarto... - seu sorriso cresceu de orelha a orelha. Deu meia volta seguindo para o outro lado, seja lá o que Kurenai queria lhe dizer, iria em direção ao dojo.

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Sakura corria pelo hospital desesperada, não sabia o que tinha acontecido, mas seja lá o que fosse, ela deveria estar encrencada.

Ao chegar em seu quarto abriu a porta em rompante, parando por um tempo para retomar o folego.

─ E-eu che-guei - sentou no chão - E-eu posso explicar .

─ Explicar o que querida? - Mebuki a olhou curiosa.

─ A Ino disse que... - parou para refletir. Sua mãe não parecia furiosa - Aquela porca mentirosa - pronunciou entre os dentes.

─ Como é?

─ Deixa pra lá - deu de ombros - Você mandou me chamar?

─ Oh, sim - sorriu contente - Tsunade liberou você, podemos ir para casa.

─ Podemos? - indagou surpresa.

Sakura não sabia o que pensar, sentia-se feliz em saber que voltaria para sua casa, mas sentiu seu coração apertar, teria de deixar Gaara para trás.

─ Hoje? - tentou disfarçar sua preocupação.

─ Sim, arrume suas coisas. Vamos agora mesmo - sorriu.

─ Mas e os exames?

─ Tsunade disse que a prendeu demais aqui. Quando precisar fazer algum exame, vai nos chamar, por enquanto o que ela precisava já está em suas mãos.

Sakura forçou um sorriso, algo lhe dizia que tudo mudaria no instante que deixasse aquele hospital.

─ Vamos para casa, meu amor - envolveu sua menininha em um caloroso abraço.

─ Vamos sim, mamãe - retribuiu o carinho, enquanto sua mente se perdia em pensamentos.

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A noite havia caído a um bom tempo, porém Sasuke pareceu não se dar conta disso, permanecia deitando lançando uma bola de tênis para o alto a pegando antes que caísse. Em sua mente imagens da garota de cabelo-cor-de-rosa lhe roubava o sono, desejava tanto vê-la, e talvez pudesse. Ao pegar seu celular pesquisou na internet o telefone do hospital desejado, discou o número rapidamente, sem saber ao certo o que falaria.

─ Hospital central de Tóquio. Mayumi falando, em que posso ajudar? - disse a doce voz feminina do outro lado da linha.

─ Alô, aqui é... Fugaku Uchiha - tossiu tentando engrossar a voz - Há uma garota internada aí sob meus cuidados, gostaria de saber como ela está.

─ Um minuto Senhor Uchiha - uma melodia suave começou a tocar.

Enquanto aguardava Sasuke sorria contente, graças a sua mente brilhante se livrou de uma grande encrenca. Se por acaso Kizashi soubesse que ele estava ligando a procura de Sakura, iria matá-lo, algo lhe dizia que aquele homem o odiava profundamente.

─ Senhor Fugaku... Senhor? - chamou a atenção do homem.

─ Si-sim.

─ Como se chama a paciente?

─ Haruno, Sakura Haruno.

─ Certo - a respiração da mulher soava através do telefone - Hm, aqui! Senhorita Sakura Haruno, internada na área neurológica...

─ Exato! - ele ao menos sabia que área era aquela, mas se a enfermeira dizia, então era correto.

─ Deixe me ver, hospedada no apartamento 22 - sussurros podiam ser ouvidos - Hm, segundo me consta, a Senhorita Haruno recebeu alta esta tarde.

─ Alta? - sussurrou para si mesmo.

─ Sim, parece que ela saiu por volta das... - o apito constante soava avisando que apenas um dos lados permanecia na linha - Senhor Uchiha, Senhor? - dando de ombros devolveu o telefone ao gancho.

Com um largo sorriso Sasuke levantou da cama rapidamente, pegando seu casaco saiu noite a dentro sem nada dizer a sua família. O visor do seu celular marcava 22h, pelo que se lembrava, nesse horário Sakura já devia estar em seu quarto se preparando para dormir. Apressando o passo, não podia conter a alegria de rever a jovem. Pela primeira vez os céus suspiravam a seu favor, com Sakura em casa tudo seria mais fácil.

A brisa gélida tocou seu rosto o despertando, ansioso não percebeu o quão rápido andou até se ver parado em frente à casa dos Haruno, a luz do andar de baixo estava ligada assim como a luz do quarto dela. Com cuidado para não chamar atenção de ninguém, escalou as paredes se apoiando sobre algumas plantas, o que deixaria Mebuki furiosa, contudo pouco importava naquele momento.

Segurando nas laterais da varanda, usou os braços como uma alavanca para leva-lo pra cima, enquanto deslizava o corpo pelo concreto, sorriu, aquela cena parecia tão clichê, o cara apaixonado invadindo a varanda de sua amada, um típico romance Shakespeariano.

Deitado no chão frio aguardou alguns minutos, tanto esforço havia o deixado cansado, mas também queria ter certeza que ninguém o ouvirá e aproveitaria para recuperar o fôlego, aquilo havia sido mais difícil do que ele imaginará. Nenhuma movimentação podia ser ouvida, parece que seu plano funcionou.

Através do vidro, viu Sakura caminhar em direção à porta, desligar o interruptor e retornar a cama, aquela era sua deixa. Vagarosamente empurrou as portas de vidro, que coincidentemente não havia sido trancadas naquela noite.

Sakura parecia distraída, encarava o teto perdida em seus próprios devaneios, com fones nos ouvidos, encontrava-se absorta demais para notar a aproximação do rapaz.

A cada passo Sasuke temia por qualquer tipo de reação, entretanto nada aconteceu. Respirando aliviado, soltou os braços antes tensos, e foi quando ela enfim o notou, suas mãos bateram em algo, não sabia o que era, mas fora o suficiente para fazer a garota despertar.

─ Ma-mas... - o pavor dominava suas feições - SOCORRO! SOCORRO! - desesperada, lançou tudo o que encontrou em direção ao rapaz.

Almofadas, lençol, livros, diversos objetos voavam em direção ao moreno, que com grande destreza desviou de todos, se aproximou da cama da jovem e cobriu a boca dela com a mão. No primeiro instante Sakura lutou bravamente, mas logo desistiu.

─ Shiiu - pousou o dedo sobre os próprios lábios - Está tudo bem Sakura, eu não vou te machucar, só quero conversar um pouco.

Sasuke analisava minuciosamente a expressão da rosada. Com receio tirou a mão dos belos lábios, entregando sua vida a ela.

─ Sakura está tudo bem? - a voz de seus pais podia ser ouvida do outro lado da porta.

─ Confie em mim Sakura, por favor - os olhos negros suplicavam em silencio.

─ Sakura?! - a maçaneta da porta começava a ser forçada.

─ Es-esta tudo bem papai - observou o homem a sua frente suspirar em alivio - Foi apenas um sonho, não precisa se preocupar. Vou voltar a dormir.

Sakura torcia para seu pai acreditar e não tentar entrar em seu quarto, enquanto Sasuke paralisado esperava o acaso decidir seu destino. Ao ouvir passos se afastando respiraram aliviados.

─ Obrigado - sorriu de canto.

─ Fique sabendo que se você tentar algo contra mim, meu pai tem um arsenal de armas - declarou convicta.

─ Eu sei - sorriu - Sei muito bem disso.

Ambos se olhavam intensamente envolvidos em uma espécie de encantamento mágico.

─ Sakura, eu... - respirou profundamente a procura de coragem - Sinto sua falta.

Sakura sentiu seu coração contrair, as palavras do moreno a acertaram em cheio, como se ouvir aquilo fora o que sempre almejou.

─ Eu sei que você não se lembra de mim, mas...

─ Eu me lembro de você Sasuke - sorriu docemente.

─ Se lembra? - a encarava surpreso - Mas você disse que não se lembrava...

─ E eu não me lembrava, na verdade... Não me lembro muito, sei quem você é, e o que fez, no entanto nada após o acidente, nada me parece claro. Ao menos o que se relaciona a você - pensou com cuidado no que viria a dizer - E...

─ Me diga Sakura - segurou carinhosamente as mãos dela - Eu preciso saber.

O olhar gentil fez seu coração bater mais forte.

─ Eu... Hm, não sei... - tentava encontrar uma maneira de dizer a ele - Eu sei que gosto de alguém, sinto isso no meu peito. Mas, toda vez que tento me lembrar tenho a mente engolida pela escuridão. Tenho fortes sentimentos por você e... - suas mãos foram pressionadas com um leve aperto, por extinto a recolheu - E pelo Gaara.

Em silêncio Sasuke tentava absorver tudo o que lhe foi dito, ouvir que ela se lembrava dele era reconfortante, todavia saber que não era o único lhe acertou em cheio.

Sakura olhava o rapaz atentamente, não queria magoa-lo, porém não poderia iludi-lo, tinha que deixar claro o que sentia, por mais que doesse. A cada minuto que passava o medo tomava conta de si, o moreno permanecia estático, sem nada dizer. E esta reação começava a apavora-la.

Completamente perdido Sasuke tentava entender tudo que estava acontecendo, seus pensamentos vagavam sem rumo, quando uma gota de água caiu em sua mão, o despertando. Seus olhos se encontraram com os dela e então pode constatar o que imaginava, ela estava em prantos, tão desesperada quanto ele.

─ Sakura - preocupado, acariciou as bochechas enxugando cada traço feito pelas lagrimas.

─ Eu não queria te magoar - o soluço escapou por seus lábios - Juro que não queria... Mas estou tão cansada de viver na escuridão, eu tento me lembrar - apertou a mão livre no tecido do pijama - Juro que tento.

─ Ei, está tudo bem.Você nunca vai me magoar, se estiver feliz eu estarei feliz - afagou os cabelos rosados dês da raiz até estar próximo a nuca, tentando apaziguar o sofrimento tanto dela quanto o seu próprio.

Sakura sentiu seu coração descompassado com aquele toque, mas o medo foi mais forte. Levantou da cama sem nada dizer, secou as próprias lágrimas abruptamente e caminhou pelo quarto parando próxima a escrivaninha, onde apoiou os quadris.

O desejo de se afastar não passou despercebido aos olhos do Uchiha, sabia que ela estava assustada, confusa e tão perdida quanto ele.

─ Eu entendo - apertou o lençol - Acho melhor eu ir embora... - levantou cabisbaixo, seguindo em direção à varanda, sairia por onde entrou.

Ao notar os planos do moreno, segurou o braço forçando-o a virar de frente para si. Nem ela mesmo compreendia suas ações, uma hora o queria longe e no instante seguinte o queria por perto.

─ Bem... - retirou a mão envergonhada - Eu... Acho melhor você sair pela porta.

─ Está tudo bem - sorriu fraco - Não se preocupe, tenho mais chance de sobreviver pulando da varanda do que cruzando com seu pai pela casa - se alegrou ao ouvir a risada que tanto amava.

Sem que pudesse controlar, se aproximou a passos curtos, temendo algum tipo de reação negativa. Tocou suavemente o rosto pálido sustentando o olhar encantador, selou a testa dela com os lábios, afastando-se logo em seguida.

A uma pequena distância sentiu o aroma inebriante de morango o envolver por completo, tentou resistir com todas as forças, todavia seu autocontrole chegará ao limite. Aproximando seus lábios, tomou os dela em um beijo sôfrego e apaixonado, saciando o desejo que por tanto tempo o consumia. O toque começou suave, o pavor de ser rejeitado rondava sua cabeça, porém logo todos os anseios desapareceram, envolvendo-os por completo.

Hipnotizados entregaram-se por inteiro aquele momento, as mãos dele deslizavam pelas costas femininas a puxando mais para perto, seu desejo era aconchega-la em seu colo e não solta-la nunca mais. Apesar dela estar em seus braços, ele não era capaz de acreditar, temia que aquele sonho acabasse.

A sintonia entre ambos era evidente, suas línguas dançavam em perfeito compasso. O tempo, a duração do beijo pouco importava, tudo que queriam era saciar o fogo que os queimava e alcançar a plenitude.

Envolvendo o pescoço do moreno em um abraço, aprofundou mais daquele beijo avassalador. Ao senti-la se aproximar Sasuke ergueu o corpo feminino o colocando sobre a escrivaninha, derrubando tudo que havia ali encima, envolveu os cabelos róseos com uma das mãos, como se os prendesse em um rabo de cavalo, levando-a loucura. Em resposta, Sakura deslizou as mãos sobre o peitoral coberto pela camisa, traçando caricias.

A relutância foi mútua, porém seus pulmões clamavam por ar. Sem afastar um milímetro se quer, ofegavam de olhos fechados, suas testas unidas confirmava que aquilo não se tratava de um sonho.

─ Sa...Suke - pronunciou sem fôlego enquanto brincava com os fios negros.

Eu te amo, Sakura - sussurrou em seu ouvido antes de beija-la mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Finalmente SASUSAKU O/ isso é algo que tem que ser comemorado!!!
E Mikoto apronta mais uma das suas.... Gente, quem dera eu estar naquele ônibus *////* Ori aprova o/
Mas essa revelação de Mesaren 'o' E agora?

Não perca os proximos capitulos de Maria do Bai...ops hehe Então, gostaram meu povo? Não? Comenta ai, adoraríamos saber qual é a sua opinião!

Música de hoje: Clarity - Madilyn Bailey ft. Clara C.

Beijão até a próxima o/