Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 41
Writing's on the wall


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente *---*
Como estão?
Agradeço também a todos por compreenderem minha ausência, saibam que eu senti falta d'ocês :3
O capítulo está sendo postado nesse horário, por que a Karol-chan assim como muito de vocês foi fazer o enem e mesmo cansada, lascada, acabada ela se esforçou para escrever esse capítulo. Diva ❤
Muito bem, vou parar de tagarelar e deixar vocês lerem :D



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Capítulo XLI

"Mesmo sabendo que

Um dia a vida acaba

A gente nunca está preparado

Pra perder alguém"

Já está escrito

Quando o choro cessou, Ino se afastou o suficiente para enxugar o rosto com as costas das mãos, respirou fundo diversas vezes até que estivesse calma. Mesmo tranquila as lembranças dolorosas ainda perturbavam, era como se tudo não passasse de um terrível pesadelo. Sua boca abriu uma, duas, três vezes, não sabia como começar, ou apenas sentia medo do que sua melhor amiga poderia pensar. Não! Sakura seria a ultima pessoa a julga-la. Suspirou mais uma vez adquirindo coragem.

─ Muitas coisas aconteceram... desde a ultima vez que tivemos uma conversa descente. Acho que você não se lembra, mas foi em um jantar na sua casa, depois disso apenas nos vimos durante o casamento na mansão Uchiha. Eu não falei com você por um longo tempo, não brigamos, mas... pela primeira vez eu senti inveja de algo que você ao menos se dava conta que tinha... Eu fui tão boba - forçou um sorriso. Seus olhos direcionaram ao céu enquanto deixava seu corpo tombar sobre a grama, Sakura a imitou, aguardando pacientemente que prosseguisse - Eu me apaixonei por um cara, tudo foi tão de repente, quando vi já estava diante dele, no jantar que planejamos na sua casa. Na verdade ainda não sei se fiquei em choque por ele quase morrer com a sua comida ou por ser tão honesto comigo - soltou um riso nasalado, ao recordar do momento caótico - Eu vi em seus olhos que não estava mentindo, e que talvez eu jamais pudesse alcança-lo. Que talvez... o que eu sentia fosse apenas algo passageiro - suspirou aspirando ar puro, a brisa suave tocou em seu rosto bagunçando a franja, mas não se importou - Eu fiquei magoada, e triste por uns dias, mas logo sacudi a poeira e voltei a ativa. Dei uma chance ao Sai...

─ Sai? Aquele que vivia correndo atrás de você, e sempre o esnobava de diversas maneiras diferentes? É este Sai? - indagou incrédula.

─ Muito me admira você se lembrar dele, testuda. Mas é este mesmo. Por um mês me senti a mulher mais amada do mundo, ele era perfeito... perfeito até demais. O namorado que sempre sonhei, ele me mandava flores todas as manhãs, ligava ou enviava SMS, apenas para desejar "Boa noite" - sorriu ao lembrar-se de cada momento - Parecia até que nos conhecíamos a muitos anos. Contudo, por mais que eu dissesse que estava apaixonada por Sai, eu não conseguia me esquecer, meu coração não aceitava... E tudo foi se tornando tão difícil. Até que as provas do final de semestre chegaram e eu decidi me afundar cada vez mais nos livros, precisava distrair de alguma forma a tensão que se formava na minha cabeça. Sai percebeu tudo isso, ele também estava preocupado com as provas, mesmo que por motivos completamente diferentes, eu sempre acabava dormindo antes mesmo da segunda pagina do livro. Mas... um dia Sai chegou estranho, disse que tinha a solução para nossos problemas.

15 de Julho - 4 meses antes.

─ Ei Ino, trouxe algo que vai te ajudar - retirou do bolso do casaco um tablete com comprimidos e a entregou - Tome apenas um e você irá ficar acordada por toda noite sem nem mesmo perceber.

─ Tem certeza? Onde conseguiu isso? Que eu saiba precisa de prescrição medica para consumir comprimidos desse tipo - disse desconfiada, observou o tablete em suas mãos, não vendo nada suspeito - Ritalina - balbucio o nome.

─ Um amigo me ofereceu, pode confiar, amor - enlaçou a cintura da Yamanaka selando seu lábios - Experimenta, se não funcionar é só jogar fora - deu de ombros.

─ Tudo bem, se você diz. Eu acredito. Obrigada amor - envolveu seus braços envolta do pescoço do moreno e lhe beijo mais uma vez.

Despertou ao ouvir Sakura chamar.

─ Ino... Você tomou, né? - a pergunta soou mais como uma afirmação. Sakura virou-se de lado para encarar a amiga, precisava olhar em seus olhos para acreditar. Como se ainda não fosse suficiente, pousou sua mão sobre o ombro, a incentivando a prosseguir,

─ Tomei... eu precisava alcançar nota suficiente, você sabe, né? Consegui a bolsa por mérito, uma nota vermelha e tudo iria por água baixo. Com o tempo o efeito reconfortante que tinha no inicio foi sumindo, então eu passei a tomar dois, três, quatro... sete comprimidos por noite... - seus olhos azuis celeste nublaram, não continham mais o brilho de antes - Meus pais descobriram, pois meu comportamento havia mudado, me tornei mais agressiva, ansiosa... Sai não ligava mais pra mim, não se importava com meus problemas. Por duas semanas ele simplesmente desapareceu, não deu noticias, não foi a faculdade, nem mesmo seus amigos sabiam do seu paradeiro. E então, em uma noite ele simplesmente surgiu na minha janela. Disse que havia recebido uma proposta em Milão, alguns de seus quadros ficaram em exposição durante aquelas semanas. Ele conseguiu vende-los e ganhou uma boa comissão, sua carreira deu o primeiro passo. Eu fiquei tão feliz por ele... Mas eu via em seus olhos que havia algo mais, não foi preciso insistir muito, Sai nem mesmo me consultou, simplesmente tomou sua decisão. Ele... ele disse que não seria bom continuarmos com o relacionamento a distancia... Ele não me deixou se quer falar, não hesitou em aceitar a proposta e me deixar... - mordeu os lábios contendo o choro - Eu me sentia ainda mais depende daqueles comprimidos, agora também aliviavam um pouco da minha dor. Eu.... eu perdi o autocontrole, quando percebi já era tarde. Fui levada para uma clinica, e... - não foi capaz de segurar as lagrimas, os soluços vieram a seguir, ofegante, sôfrego - E-eu só qu-queria qu-que vo-você es-estivesse co-comigo... Me-me des-desculpa... Me-me des-desculpa Sa-Sakura... Eu...

─ Ino - a envolveu num abraço forte - Já passou minha amiga, já passou - depositou um beijo cálido sobre os fios loiros - Você foi forte, muito forte.

─ Ma-mas o Sai... E-ele nã-não po-podia... - agarrou-se ao colo de Sakura, como uma criança amedrontada. Aos prantos, chorou até que não pudesse mais - E-ele nã-não....

─ Shii. Chore o quanto quiser, não deixe nada no seu coração. Quando se sentir pronta ainda vou estar aqui - em nenhum momento deixou de acariciar os fios loiros, ora depositava beijos sobre a testa, ora enxugava alguma lagrima teimosa que insistia em brotar de seus olhos - Vai ficar tudo bem, acredita em mim?

─ Acredito - com a voz embargada, murmurou.

─ Esqueça esse babaca, e nem pense em se menosprezar. Você é Linda, inteligente, uma ótima amiga, irmã e companheira. Merece alguém igualmente ou melhor, e não será homem idiota algum que vai destruir esse sorriso bonito, ta me ouvindo porca? - com um sorriso radiante, repreendeu a Yamanaka.

─ Estou sim. Obrigada - sorriu docemente - Bem que você poderia ser homem, né testuda? - cutucou fazendo biquinho.

─ Se for preciso eu me torno sua única marida, porquinha. Já imaginou? - ergueu um dos braços mostrando seus músculos inexistentes.

─ Se tiver 25 cm ai escondido, eu aceito e até me caso com você, testa de marquise - sorriu sapeca.

Sakura corou por escutar tal bobagem. As duas se juntaram em uma sonora gargalhada, que poderia lhe render dores na barriga - Obrigada, Sakura.

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Sasuke abriu os olhos vagarosamente, observou o ambiente a seu redor, aquela não era sua casa. Sua mente tentava entender como fora parar ali, entretanto, de nada da noite anterior foi capaz de lembrar.

Com cuidado levantou do sofá, sua cabeça latejava o deixando tonto. Andar nunca fora tão difícil, seus primeiros passos terminaram em uma queda que foi amparada pelas almofadas do sofá. Enquanto se recuperava do tropeço, Sasuke notou que um copo com água acompanhado de alguns comprimidos permaneciam sobre a mesa de centro. Acreditando ser para si os tomou, retomando sua caminhada logo em seguida.

Seus olhos começavam a acostumar com a claridade, quando o cheiro de café fresquinho o guiou até a cozinha.

─ Acordou bela adormecida? - Karin desviou os olhos do jornal por alguns segundos para olhar o rapaz.

─ Shiiu - pousou o dedo sobre os lábios - Me dá logo esse café, ai.

─ Adorável como sempre - sorriu, atendendo o que foi pedido.

Por longos minutos nenhuma palavra se quer foi dita, Karin observava o moreno atentamente, movimento algum lhe passou despercebido. O olhar perdido do rapaz em direção ao café fez sua mente gritar, algo precisava ser feito.

─ Sasuke... Sasuke... Ô Sasuke - estralou os dedos chamando atenção para si.

─ Hm.

─ Que maravilha, voltou a ser monossílabo - respirou profundamente - Tudo culpa daquelazinha - declarou com desdém.

Ao ouvir tais palavras o semblante do jovem se transformou.

─ Eu sabia que ia acabar assim - recolheu os copos, levando-os a pia - Eu tentei te avisar, mas você não me ouviu. Ficou encantado por aquela vagabunda - riu com desdém - E o que ela fez? Sugou você até o final, aproveitou-se de cada moeda da sua família, tudo que era necessário para ficar "boa" e depois te largou sem pensar duas vezes e por quem? Pelo médico dela. Não duvido nada que ela tenha transado com ele em cada canto daquele hospital!

─ CHEGA! - a fúria transparecia em seus olhos - Não diga mais ne-nhu-ma palavra, ouviu? - rosnou entre os dentes.

Karin virou de frente para o rapaz.

─ A Sakura é uma garota incrível. Ela não ficaria transando com ninguém no hospital nem se aproveitaria de alguém por motivo que fosse. Ela é uma mulher digna, jamais faria algo assim!

─ Digna? - riu ironicamente - Sua visão está distorcida. Uma mulher digna correria atrás de outro cara no mesmo dia que chutou seu "namorado" ? - ergueu a sobrancelha.

─ Não, não correria - parou pensativo.

Sem dizer mais nada, Sasuke correu por todo o apartamento recolhendo tudo o que lhe pertencia, sem olhar para trás abandonou o local.

Um pequeno sorriso brotou nos lábios da ruiva ao ver seu amigo partir.

oOo

Sasuke não estava com ânimo para fazer a longa caminhada até sua casa, nunca foi fã de metrô, na verdade jamais gostou de estar em locais com multidões, muitos menos em uma lata de sardinha como aquele transporte. Seguiu o trajeto da estação, respirou fundo, encarando o emaranhado de pessoas adentrar em quantidade muito maior do que, em sua opinião, caberia. As portas estavam prestes a fechar, e ainda sim não tinha coragem para entrar, quando uma mulher passou correndo ao seu lado e praticamente se jogou para dentro empurrando, e talvez machucando outras pessoas, caminhar tornou-se muito mais reconfortante. Girou os calcanhares dando meia volta, aproveitaria para refletir, pensar, e quem sabe compreender os motivos de Sakura. Não, isso nunca! Sua mente ralhou imediatamente. Quando se tratava dela, tudo era impulsivo, suas ações, atitudes, não pensava em nada, apenas fazia acontecer.

Parou em meio a calçada estranhando o caminho que havia tomado, seus pés o levaram para empresa, o ultimo lugar que gostaria de estar naquele dia medonho. Sua cabeça com toda certeza não estava indo bem, a bebida devia ter consumido alguns neurônios a mais. Estava pronto para retomar seu caminho, quando o que mais temia aconteceu.

─ Sasuke? - atônito, se aproximou para confirmar o que seus olhos custavam a acreditar - Sasuke, o que houve com você? Karin ligou para mamãe e nós disse que estava completamente bêbado ontem, depois que foi visitar a Haruno - tocou o ombro do irmão, que fitava o chão calado. Sabia que algo havia ocorrido, mas nem mesmo Karin contou. Sua mãe confiava piamente na ruiva, mas ele não. No entanto, ao menos sabia onde era o apartamento dela para ir buscar seu irmãozinho, por tanto, decidiu por esperar até que Sasuke voltasse para casa.

─ Ela... Me esqueceu - as palavras soaram amargas, dolorosas. Como se ainda não acreditasse em seus dizeres, balançou a cabeça arrastando os dedos entre os fios negros - O que eu faço? O que eu posso fazer Itachi? - a suplica por uma solução tangível transbordava em seus olhos - Me diz como posso fazer Sakura olhar para mim, e não pra aquele médico imbecil - apertou os dedos na palma até formarem nó, sentia a raiva e o ódio fluir em suas veias.

─ Dê tempo a ela, apenas aguarde um pouco mais. Talvez seja efeito da cirurgia ou en....

─ Só eu? - sorriu com sarcasmo - Não duvido nada que ela... que ela... argh... Mas que porra, não consigo nem xinga-la - socou o muro furioso, frustrado - Isso é uma merda, Itachi. Essa coisa que você chama de amor, é uma puta droga que eu não posso mais ficar sem. Me interne, porquê eu me tornei dependente e não vou mais parar.

─ Se acalme Sasuke - ele o entendia, mais do que poderia imaginar. Não havia cura, nem mesmo método para parar. Seria uma luta árdua, com muitos obstáculos, porém, nada que Sasuke não pudesse alcançar com perseverança - Vamos para casa. Você precisa de um bom banho e uma ótima refeição, vai ver que tudo irá melhorar - sorriu. Itachi abraçou o irmão pelos ombros e o levou até seu carro. Mais tarde explicaria ao pai, que logicamente ficaria irado com ambos, mas arriscaria tudo pelo bem estar do seu querido irmão apaixonado.

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Sentado ao lado da janela de seu consultório, Gaara aproveitou seus minutos de intervalo para esvaziar a cabeça, porém, tudo foi em vão. Seus pensamentos insistiam em voar em direção a bela jovem de cabelo cor-de-rosa. Era assim desde o primeiro dia que a viu, aquele doce sorriso aqueceu seu coração a tanto tempo congelado.

Almejava tê-la em seus braços e agora ele tinha essa chance, Sakura parecia apaixonada por ele, seus olhos brilhavam quando o viam e seu sorriso aparecia mesmo sem querer. No entanto, algo o incomodava, seu coração e mente batalhavam ferozmente, seus sentimentos queriam apenas aproveitar a reciprocidade, mas sua razão gritava que havia algo de errado.

Cansado, deslizou a mão pelos cabelos espantando tais pensamentos. Era hora de voltar ao trabalho e esquecer de todas as preocupações em relação a si, agora tudo que importava eram seus pacientes, apenas eles. Vestindo seu jaleco abandonou a sala, indo em direção a enfermaria.

Caminhava pelo corredor distraído quando sentiu algo se chocar contra seu peito.

─ Ai! - tocou o próprio nariz.

─ Sakura?

─ Olá Doutor - sorriu de maneira encantadora.

─ Você se machucou? - afastou a mão da jovem para assim analisar seu possível ferimento.

─ Na-não - sentiu seu rosto esquentar devido a proximidade - Eu estou bem.

─ Oh, certo - afastou-se encabulado ao ver o desconforto da jovem - Hm, eu vou indo então - passou pela jovem retomando sua caminhada.

─ Gaa-kun, espera! - cobriu os lábios ao perceber o próprio desespero.

─ Sim? - sentiu o coração aquecer.

─ Bem, você... Pode ficar mais um pouco? - mordeu os lábios com receio - Me sinto bem ao seu lado.

Ao ouvir tais palavras, Gaara, não foi capaz de se controlar, seu coração batia freneticamente, viu seu corpo ir em direção a garota envolvendo-a em seus braços.

Com o simples toque Sakura sentiu sua mente esvaziar, tudo parecia em câmera lenta. O olhar apaixonado, o perfume amadeirado, a proximidade diminuindo cada vez mais, no instante em que os belos olhos verdes se fecharam, Sakura, sentiu seu coração enlouquecer ao imaginar seus lábios sendo envolvidos pelos do rapaz. A poucos milímetros de distancia, seu nariz foi acariciado pelo de Gaara. Ela seria beijada, algo dentro de si gritava loucamente, até ter sua mente ocupada por um flash. Não sabia ao certo o que era ou quem era, sabia que se tratava de um rapaz... Seria ele, Gaara?

─ Gaa-kun... - o olhou curiosa sem se afastar.

─ Sim?

─ Você por acaso já pintou o cabelo?

Gaara abriu os olhos, estranhando a pergunta repentina.

─ Como assim? - indagou confuso.

─ Você já … Hm - mordeu o lábio - Já teve o cabelo preto?

─ Preto? - Gaara sentiu seu coração quebrar.

A poucos minutos ele provaria os lábios que tanto desejou, e agora lá estava ela perguntando de outro. Gaara não precisava ser um gênio para saber quem era o dono dos fios negros. Suas dúvidas foram confirmadas, Sakura não o amava.

─ Sakura, eu... - sua frase foi interrompida.

─ SA-KU-RA! - gritou a loira sorridente que se aproximava saltitante - Sua mãe está te chamando Testuda, acho melhor você ir logo ela parece nervosa - inclinou o corpo em direção a amiga - Como naquele dia que você comeu o bolo de aniversário da sua prima - sussurrou.

Ino observou os olhos da rosada crescerem apavorados, um pouco antes dela sair correndo desesperada. Um pequeno sorriso tomou seus lábios, Sakura se lembrava do aniversário, aquele dia fatídico em que as duas roubaram o bolo da aniversariante e o devoraram sozinhas, depois mancharam o gato da casa de chantilly o culpando do ocorrido. Não demorou muito para Mebuki perceber o que acontecerá, principalmente depois das duas chorarem de dor de barriga, acabaram por terminar aquela noite no hospital, juntas.

Ter sua amiga de volta era a melhor coisa que havia acontecido nos últimos meses. Sakura sempre fora seu porto seguro, agora era a hora dela retribuir. Suspirou virando em direção ao ruivo, pouco a pouco o sorriso gentil desapareceu dando lugar a um olhar meticuloso. Ino sabia o que viria agora, algo que ela almejava por não ter de fazer.

─ Um dia um cara legal me disse que não podemos forçar alguém a nos amar, no coração não se manda. Talvez seja a hora de você ouvir seus próprios conselhos - saiu sem esperar por uma resposta.

Gaara sentia seu mundo girar, o que estava acontecendo? Desejar ser amado era algo tão ruim assim?

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Dois samurais se aproximaram, não hesitando em agarrar os braços de Kurenai e leva-la para o calabouço. Ela não protestou em nenhum momento, permaneceu com o semblante impassível e queixo erguido por todo trajeto. Como se nada e ninguém a afetasse, não demonstrou preocupação.

Fora do salão, os moradores observavam assustados, incrédulos. Pois Kurenai sempre agiu como uma guardiã, ajudando e prezando pela paz e benevolência. Conhecida como uma mulher fria e rigorosa, que amedrontava muitos, porém expandia conhecimento inigualável, suas atitudes e ações por mais exigentes que fossem transmitiam clareza e visão plena da realidade.

Quando o caminho de pedra chegou ao fim, a alguns quilômetros do dojo, um alçapão foi aberto por um dos homens, uma escadaria se prolongava ao subsolo, assim que desceram, o samurai buscou por uma lamparina. A tradição os proibia de utilizar o modernismo, por esta razão, o local abandonado por qualquer cuidado transmitia um odor terrível de podridão. Nas celas haviam pessoas esquecidas, condenadas a ficarem ali por tempo indeterminado, pois crimes mesmo pequenos, eram considerados uma grande afronta.

No fim do corredor uma cela foi aberta, Kurenai foi empurrada para dentro e as grades trancadas com cadeado. Cada canto fedia a mofo, sangue e solidão. Não havia janelas, nem mesmo uma cama para dormir, o chão frio seria sua companhia, sua mente seria sua ruina e os sussurro dos loucos as únicas vozes que escutaria.

Em nenhum momento os Samurais lhe dirigiram a palavra, assim que deixaram-na ali, voltaram a superfície.

Kurenai se apoiou a parede quando sentiu vertigem, seu estomago revirou, porém respirou fundo buscando tranquilidade. Aguardou até que seu interior se mantivesse calmo, cruzou as pernas em lótus e fechou os olhos levando sua mente a outro patamar.

oOo

Hinata permaneceu em pé até que todos saíssem do salão a deixando sozinha, seu corpo tremia em estado de choque, quando pensou que cairia, braços rodearam sua cintura a protegendo de uma queda feia.

─ Hina, você esta pálida. Hinata! - a sacudiu em seus braços, no intuito de desperta-la. Aos poucos os olhos perolados focaram em seu rosto, retomando a consciência.

─ Naruto-kun - balbuciou dispersa.

─ Estou aqui, princesa - sorriu - Deve estar cansada, vou te levar para o quarto, tudo bem? - ela apenas assentiu. Naruto a pegou no colo com facilidade, averiguou se não havia ninguém por perto, para rapidamente se dirigir aos aposentos da Hyuuga - Prontinho, esta sã e salva - disse ao deposita-la na cama.

─ Naruto, estou com medo. Estou com medo de não conseguir... - sua voz soou tremula, amedrontada. Suas mãos buscaram a do loiro, inconscientemente procurava coragem, força, naquele que sempre admirou.

─ Hoje você foi incrível, Hina-chan. Aqueles velhotes ficaram de boca aberta. E você estava tão... tão linda. Acho que vi uma auréola em cima da sua cabeça, talvez umas asas, linda e brilhante cheia de penas, com um poder muito louco... - a gargalhada da morena o interrompeu. Mas Naruto sorriu, pois era exatamente o que almejava - Isso, é assim que eu gosto Hinatinha. Seu sorriso é o meu tesouro - acariciou o rosto corado, seus olhos transmitiam um misto de felicidade e alivio.

─ Só você mesmo, Naruto - sorriu, elevou suas mãos ao rosto dele e acariciou com carinho - Obrigada por estar aqui.

─ Me deixa triste se você estiver triste, me faz feliz se você sorri. Eu faço qualquer coisa por você, Hinata - a envolveu em seus braços afundando seu rosto nos cabelos negros.

─ Eu também, Naruto - sussurrou, seus lábios se aproximaram em um leve roçar, o beijo inicio calmo, lento e cheio de paixão. Quando se separaram, sorriram felizes. Porém, a felicidade durou pouco - Naruto eu preciso perguntar sobre uma coisa.

─ O que? Pode falar, vou dizer qualquer coisa que queira saber, até a cor da minha cueca - completamente submisso, o sorridente Naruto a abraçou apertando-a em seus braços.

Hinata sentiu suas bochechas esquentarem, deveria parecer um tomate, tamanha vergonha. Há tempos não se sentia assim, como nos tempos de colégio, ela e Naruto eram apenas dois adolescentes comuns, sem responsabilidades, sem noção do que era amor. Sempre adorou a presença do Uzumaki, no entanto, descobriu que não era apenas uma paixonite quando ingressou na faculdade. Pouco a pouco ela também descobriu que, o amor trás felicidade, mas também a leva, os obstáculos não são tão simples e ela nunca foi do tipo corajosa e determinada, como ele. Talvez, somente talvez, tudo poderia ter sido diferente.

─ Naruto... - afastou-se apenas o suficiente para olhar em seus olhos - No dia da invasão, eu o vi saindo do seu quarto e o segui até o dojo. Você carregava uma bainha e...

─ Hinata - gritou, seus olhos surpresos caíram sobre o rosto assustado - Esta desconfiando de mim? Você acha que eu matei aquele conselheiro? - rosnou em descrença.

─ Naruto eu...

─ Eu não estou ouvindo isso, não mesmo. Me recuso - se levantou tampando os ouvidos - Você disse que confiava em mim e agora...

─ Me deixa falar - gritou irritada, ofegante - Eu não estou acusando de nada, quero apenas respostas. Eu só... só preciso saber o que aconteceu.

─ Eu fui treinar naquele dia, e como já te disse antes, a espada, a tal de Kusanagi foi a Kurenai quem me deu - suspirou, encostou seu corpo na parede e cruzou os braços - Neji me falou sobre o campo de treinamento que havia ali e fui dar uma olhada. Somente isso aconteceu.

─ Fico feliz que não tenha acontecido nada a você, naquele dia fiquei tão preocupada - suspirou aliviada, aproximou-se envolvendo a cintura em um abraço apertado.

─ Eu nem mesmo escutei nada, quando voltei a invasão já tinha acontecido - desviou os olhos para um ponto qualquer. Não retribuiu o carinho, seus braços permaneceram suspensos ao lado do corpo.

Quando Hinata se preparava para pronunciar, alguém bateu na porta. Rapidamente pediu para Naruto se esconder e foi ver quem a visitava, assim que abriu encontrou o homem de características parciais a suas.

─ Neji? O qu...

─ Ele esta aqui, não é! - afirmou já entrando a procura do loiro - Apareça Uzumaki!

─ Neji, o que esta havendo? - visivelmente nervoso, não deu ouvidos a moça, apenas estacou no lugar quando o Uzumaki surgiu de trás da porta.

─ Ei, pra que tanto barulho. Já estou aqui, Mestre-sama - riu de sua própria ironia.

─ O que estava fazendo com Mesarem no dojo? Meça suas palavras Uzumaki, ou eu acabo com sua vida, aqui e agora - ditou furioso, seus punhos apertaram a gola da camisa do loiro e logo o soltou com brutalidade.

─ O que? - Hinata arregalou os olhos, surpresa - Você disse que nada aconteceu, por que mentiu?

─ Eu não fiz nada - rosnou impaciente, sentou-se na cama puxando os fios loiros nervosamente.

─ Se não fez, diga exatamente o que aconteceu - exigiu o Hyuuga.

─ Eu não menti quando disse que estava indo ao campo de treinamento - direcionou seus olhos a morena - Quando cheguei, esse tal Mesarem, já estava lá. Ele me chamou para conversar e fomos até o dojo.

Alguns dias antes

─ Uzumaki Naruto - pronunciou com desdém - Desde que o vi no campeonato, já desconfiava de suas intensões com a Hyuuga-idiota.

─ Ei! Não chame a minha Hina-chan de idiota, não - apontou para o homem irritado - Fala logo, o que você quer, em?

─ Quero que volte de onde quer que tenha vindo, para o seu próprio bem - sem rodeios, fez questão de demonstrar antipatia.

─ Eu não vou fazer nada - virou as costas e deu meia volta. Todavia, Mesarem o virou e segurou a gola de sua camisa.

─ Quem você pensa que é moleque? - o mediu de cima a baixo - Acha que por ter um relacionamento proibido, vai ficar por isso mesmo? - arqueou a sobrancelha e riu - O concelho esta apenas esperando o momento certo para expulsa-lo daqui, por bem ou mal.

─ Então tente - balbuciou próximo ao rosto do outro - Tente me afastar da Hinata... E eu acabo com cada um de vocês - vociferou aturdido.

─ Moleque ingénuo - gargalhou alto - Acha mesmo que pode ir contra o clã? Você não passa de um bastardo, exatamente igual a Kurenai.

─ Kurenai? - franziu o cenho confuso.

─ Vou lhe contar algo, preste muita atenção - sorriu, balançou a cabeça negativamente e o soltou com repulsa - Aquela vagabunda só esta aqui por pena. Henzashi, líder anterior a Hiashi, a acolheu depois de sentir remorso por mandar exterminar o clã Yuuhi, por engano. E então aquela bastarda se apaixonou por Hiashi. Como vê eles não estão juntos, e isso serve de lição a você.

─ O pai da Hinata... com a Kurenai? - nada pareceu fazer sentido - Do que isso importa? Eu não sou eles, e não vou deixar nada me afastar da Hinata, nada esta ouvindo?

─ Não aconteceu antes e não vai ser agora que essa blasfémia irá começar, será que não entendeu? Se não desistir... Nós faremos isso por você - um sorriso macabro surgiu em seus lábios - Não teme pela vida da Hyuuga?

Naruto não pensou em mais nada, apenas avançou desferindo um soco no rosto de Mesarem, que cambaleio para trás surpreso. Sentia vontade de mata-lo, mas não o fez. Com medo do que poderia causar, saiu dali o mais rápido possível. Assim que chegou ao campo de treinamento, suspirou tentando acalmar os ânimos. Suas mãos tatearam o corpo a procura da espada, porém logo se lembrou que a deixou cair no dojo em seu momento de fúria.

─ Quando voltei para o quarto a espada estava encima da cama, eu a retirei da bainha e o restante vocês já sabem - explicou aflito - Juro que não fiz nada e não sei como ela veio parar no meu quarto.

─ Então foi nesse meio tempo que tudo aconteceu, a discussão de vocês iniciou exatamente quando ocorreu a invasão - disse caminhando ao longo do quarto - Como suspeitei, o conselho pode estar envolvido. Isso torna tudo mais difícil.

─ Como soube sobre isso? - perguntou desconfiado - Alias, como Kurenai estava com a Kusanagi?

─ Darin. Ele contou que durante a invasão saiu em busca de reforço e passou pelo dojo, os viu discutindo, e achou melhor não se intrometer - apoio a mão abaixo do queixo pensativo - E quanto a espada, ela me pediu para leva-la. De alguma maneira, Kurenai sabia que se tudo caísse sobre você não teríamos tempo para provar sua inocência, muito menos encontrar o culpado, já que esta aqui praticamente como um intruso.

─ Isso tudo é demais pra minha cabeça - soou a voz embargada de Hinata - Eu achei que confiasse em mim, Naruto - seu tom denunciou a decepção - Você ia me esconder isso?

─ Eu não queria te deixar ainda mais preocupada. Aquele velhote só disse baboseira em cima de baboseira, já temos problemas demais pra se preocupar com mais um, Hina.

─ Kurenai e meu pai? Henzashi é o irmão do meu avô, como eu nunca soube de nada? - as duvidas saltavam de sua boca, seu semblante atordoado procurava por respostas nas safiras.

─ Estamos em busca do assassino, não temos tempo para saber de passado amoroso de ninguém, Hinata - repreendeu, Neji - Se concentre em conseguir provas.

─ Você já sabia? Você... já sabia! - se sentia traída - Isso é tão confuso... Não entendo porque tudo tem que ser assim.

─ Do que isso vale agora? Se eles tiveram ou não um relacionamento no passado, não importa. Acredito que você e Naruto sejam mais fortes e farão a diferença. Agora, esqueça!

─ Impossível, Neji. Mesmo que possamos descobrir quem é o assassino... Como vamos provar? E depois, o conselho irá dar um jeito para me afastar de Naruto - lamentou aos prantos - Eu não tenho poder algum, nem mesmo sei por que sou a líder... Eu nã...

─ Chega! - Neji a segurou pelos ombros e sacudiu - Pare de ser tão egoísta, o que pensa que esta fazendo, agindo feito uma boçal!

─ Oe! Solte ela - tentou afasta-los, porém Neji continuo a apertar os ombros da prima - Você esta machucando ela, solte! - o Hyuuga apenas ignorou, nervoso, descontava suas frustrações.

─ Seu pai não lutou por anos, não sacrificou tudo, para que uma garotinha estupida esmague seus esforços como se não fossem nada. Fique satisfeita por chegar até aqui, erga a cabeça e enfrente-os, se não for por você, que seja por todos nós.

"A Vitória verdadeira não é vencer de alguém forte. É defender o que é importante pra você. Não ouse esquecer, Hinata-hime."

A voz da Sensei soou suave em suas lembranças, como se o céu abandonasse as nuvens cinzentas e o sol voltasse a brilhar novamente. A chave de tudo sempre esteve no ímpeto de proteger aqueles que ama, de tornar o impossível possível e acreditar, confiar que a força vem primeiramente do coração.

─ Ei, seu idiota - finalmente conseguiu afasta-lo - Hina, você esta bem? - ela apenas assentiu, assustada - Qual a tua, Neji? Enlouqueceu?

Neji respirou fundo se recompondo. Jamais havia falado daquela maneira com ela, sempre cuidou e a protegeu como uma irmã querida, feri-la com palavras nunca esteve próximo as suas atitudes. Frustrado, saiu sem responder Naruto, esfriaria a cabeça, precisava de um tempo para recolocar seus pensamentos em ordem.

Hinata intercalou entre Neji e Naruto, ambos concordavam em simplesmente esquecer aquele assunto. Se não fosse pela tradição rigorosa do clã, seu pai talvez estivesse com Kurenai, seria justo se não sentisse remorso algum? Sua existência e a da irmã contribuíam muito, em uma balança, não teria duvidas em escolher a mãe, mas até que ponto? Agora o mesmo acontecia com ela. Quão forte ela seria para enfrentar tudo e a todos? Quão longe ela poderia ir por Naruto? Será que seu caminho seria o mesmo de sua mestra? O que aconteceu com Kurenai e Hiashi? Por que Kurenai condenou a si própria?

Perguntas e mais perguntas rondavam sua cabeça, no entanto algo lhe dizia que apenas ela; Kurenai, poderia sanar com todas as duvidas

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Pain analisava com cuidado o endereço que lhe foi passado, a rua era a mesma em que a família Uchiha morava, contudo, a numeração era diferente. Algo o alertava que se tratava de mais uma arte de Mikoto, por maior que fosse seu receio, jamais foi capaz de recusar um chamado da morena, por mais maluco que fosse. Enquanto estacionava o carro rezava silenciosamente para que ao menos dessa vez não precisasse levar ninguém ao médico ou a terapia.

Deidara e Tobi seguiam de perto seu chefe, entorpecidos pelo sono, tentavam a todo custo esconder o cansaço, mesmo com as olheiras enormes, rosto pálido e andar desengonçado os denunciava claramente. Sem conseguir abrir os olhos, eram guiados apenas pelo som da grama sendo pisoteada. Essa era uma das vantagens de ser treinado por Pain, que usava sons como sinais de comunicação entre os diversos treinamentos, fazendo assim, com que todos desenvolvessem a audição a níveis impressionantes.

Com grande esforço Deidara abriu um de seus olhos e analisou o local a sua volta, nada lhe parecia familiar. Foi então que uma mancha cor de rosa chamou sua atenção. Quanto mais próximo chegavam o borrão tomava forma: roupa extravagante, cabelos negros, um homem saltitante... Aquela só podia ser...

Como se um balde de água fria o despertasse, Deidara parou sentindo seu corpo tremer com o frio imaginário.

─ A-Aquela é... - apontava petrificado para o horizonte.

─ Mikoto Uchiha - confirmou o ruivo.

─ Mas nem fudendo! Eu não quero trabalhar pra aquela maluca - cruzou os braços sobre o peito, recusando-se a dar mais um passo.

─ Eu não perguntei se você quer - o olhou impaciente - Trata-se de uma ordem.

Próximo dali, Mikoto e Ori sorriam animados, estavam prestes a construir uma casa. Apesar de terem formação no ramo de construções, sendo Mikoto engenheira e Orochimaru arquiteto, poucas chances tiveram de atuar na área.

Erguendo os braços animada, Mikoto fez diversos sinais para chamar a atenção de seus ajudantes, que por algum motivo estranho pararam de andar no meio do caminho.

─ Uh, rapazes. Estamos aqui! - saltitava Ori.

Ao ouvir os gritos, Pain retomou sua caminhada sem olhar para trás. Deidara sabia as consequências de desobedecer a uma ordem de seu superior, se ele estivesse disposto a arcar com ela, ele não iria impedir.

Mikoto observava curiosa os segurança, podia perceber que algo interessante acontecia. Talvez um conflito? Não que gostasse de ver as pessoas brigando, pelo contrário, adorava reconciliar relações turbulentas.

─ Muito bem rapazes - os recebeu com um doce sorriso - É bom vê-los de novo.

─ Senhora Uchiha - curvou-se sutilmente sendo acompanhado por seus homens.

─ Tenho uma missão para vocês... - sorriu sombriamente.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Valeu a pena esperar? Deixem a opinião de vocês aí embaixo, estamos curiosas pra saber.
Não vou falar muito, vocês devem estar cansados, desejo uma boa semana a todos



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