Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 37
Something i need


Notas iniciais do capítulo

YOO leitores!! Tudo bem?
Hoje o capitulo saiu mais cedo, literalmente, né haha É que estamos ansiosas pois tudo esta ocorrendo como imaginávamos, agora, será que vocês irão gostar? 'O'
Bem, esta semana Pati-chan e eu quase enfartamos, Por que? Porque temos leitores maravilhosos, lindos e que da vontade de morde :p Pois é 300 favoritos, 300 minha gente!! Nunca que imaginamos que algum dia chegaríamos a este numero, era tipo algo impossivel e que hoje tornou-se divosamente possível. OBRIGADA CRIATURINHAS FOFAS♥

Muito bem, vamos ao cap. E leia as NOTAS FINAIS, temos novidades!

Bora ler!



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Capítulo XXXVII

"Você sabe que alguém te ama

Não pelo que ele fala, mas pelo o que faz.

O amor não sobrevive de teorias."

(Padre Fábio de Melo)

Algo que eu preciso

O dojo era iluminado apenas pela luz da lua, ao centro, mais precisamente exatamente encima do símbolo do clã, a Hyuuga repassava de olhos fechados a ultima luta. Suas mãos ainda tremiam de medo, seu coração descompassado recusava-se a se manter calmo e seus pensamentos trabalhavam a mil.

Quando sua presença foi convocada, imaginou que não houvesse nada pior do que ir assistir homens brigando por um prêmio. Para ela, a luta era um estilo de vida, algo muito mais que um simples hobbie. A concepção de trilhar o caminho de um samurai é uma decisão sabia, colocando em risco sua própria vida em prol dos outros. E não era o que ela via diante daquele tatame. Os lideres ao seu lado faziam apostas se divertindo feito crianças, sorriam e discutiam sobre o grande vencedor com uma tabela nas mãos, tabela esta que ela não se deu ao trabalho de olhar.

Durante o intervalo inventou uma desculpa para Kurenai, precisava espairecer, aquele ambiente a sufocava. Ate mesmo se sentiu mais leve quando iniciou a caminhada pelos corredores, andava distraída, sem rumo algum, até vê-lo diante dos seus olhos. Cabelos loiros espetados, olhos tão azuis quanto o céu em um dia ensolarado, pele bronzeada e incrivelmente alto. Não tinha duvidas, aquele era o seu amado, e ele estava ali para lutar por ela. Seu coração transbordou de alegria e angustia. Naruto entrara em um mundo completamente diferente, apenas por ela.

Para sua surpresa o primo carrancudo, Neji, havia ajudado o Uzumaki em seu treinamento. Outra vez foi pega de surpresa, Naruto treinou por ela. Não foi capaz de conter seus movimentos e logo selou seus lábios em um beijo repleto de sensações, queria mais, muito mais. No entanto, a timidez a tomou e sua coragem se foi.

Quando foi alertada que Kurenai se aproximava, afastou-se, mesmo a contragosto. Enquanto era guiada de volta ao dojo, o sorriso brincava em sua boca, algo inevitável. De repente aquela competição se tornara um evento importante, algo muito mais atrativo. Kurenai percebeu de imediato a súbita mudança, porém nada disse. Seus olhos brilharam quando Naruto entrou majestosamente, sentia cada célula do seu corpo se agitar, mas outra vez reprimiu seus sentimentos e ate mesmo suas expressões, pois Kurenai a olhava como quem encara o inimigo.

Durante a luta se manteve imparcial, Domaru com toda certeza era forte, e ela temeu por Naruto. Suas mãos pequenas apertavam o estofado, não poderia mais conter o que estava preso em sua garganta. Assim que se levantou os olhos dos lideres direcionaram a ela, em uma lufada gritou pelo nome do loiro sem se importar com o publico curioso. Seus braços e pernas tremiam feito vara verde, contudo sua voz se mantinha firme como rocha. Sorriu satisfeita quando o viu se levantar e prosseguir com a luta.

No final ambos caíram ao mesmo tempo, sem discussões foi declarado o empate. Ignorando completamente a presença de Kurenai, Hinata pediu aos paramédicos que levassem Naruto para o clã, e sem hesitar a ordem foi executada.

─ Hyuuga-Sama - um samurai surgiu das sombras a retirando de seus devaneios - O Uzumaki despertou - ainda de joelhos em uma eminente reverencia o samurai pronunciou.

─ Certo, obrigada - o samurai tocou em seus pés em um costume de reverência para ser abençoado pelos sábios caminhos de sua líder, por sua vez, Hinata tocou sobre a cabeça do homem assim lhe dando a benção.

Assim que o homem saiu a Hyuuga se limitou a suspirar em alivio, rapidamente se dirigiu aos aposentos do loiro, mesmo sabendo que era um ato repugnante aos olhos do clã, pois nenhuma mulher deve ficar sozinha com um homem, ela se ariscou por ele. Durante o caminho foi cumprimentada pelos moradores, dês do dia do julgamento ninguém ousou comentar uma única palavra. Soube depois que Kurenai declarou que se ouvisse algum tipo de burburinho cortaria a língua de quem quer que fosse, os moradores morriam de medo, ainda mas quando a mesma direciona seu famoso olhar gélido.

Nos corredores não havia mais ninguém, quando chegou a porta foi como se seu coração soubesse que ali dentro se encontrava o homem que amou acima de todas as circunstancias. Antes mesmo que pudesse girar a maçaneta Neji abriu.

─ Ficara ai ate quando? - suspirou entediado a puxando para dentro - Sabe sobre as regras.

─ Como ele esta? - ignorou os dizeres do primo.

─ Veja por si mesma - apontou para o outro cômodo - Precisaremos de mais comida, ele come feito um porco. Logo estarei de volta - e aquele era modo de Neji dizer que os deixariam a sós por determinado tempo.

Hinata sorriu em agradecimento, e assim que a porta foi fechada ela se dirigiu ao quarto, seu coração poderia ser escutado de longe tamanha era a ansiedade. Quando o viu, o mundo ao seu redor pareceu parar por um instante, e mesmo machucado, coberto por hematomas e faixas, ela se apaixonou mais uma vez.

─ Naruto - o chamou e de imediato os grandes olhos azuis caíram sobre si.

─ Hinata - silabou o doce nome.

─ Como se sente?

To vivo - em seguida riu de sua própria situação - Vem, senta aqui - se arrastou para o lado deixando um espaço na cama. O rosto de Hinata tornou-se tão vermelho quanto um tomate, em meio ao receio e a vergonha ela se aproximou e se sentou.

─ Neji disse que dormi por dois dias - começou - Desculpa - a encarou tristonho - Queria ter ganhado.

─ Ninguém ganhou - Naruto franziu o cenho confuso e ela prosseguiu - Seu adversário também caiu.

─ Então... deu empate? - balbuciou incrédulo. Hinata assentiu e logo ele abriu um grande sorriso - Poxa, eu sou mesmo foda - se vangloriou.

Hinata o acompanhou, entre as gargalhadas ela mal percebia que Naruto foi parando aos poucos somente para observa-la.

─ Você esta diferente - comentou mantendo seus olhos nos perolados.

─ Di-diferente como?

─ Esta ainda mais bonita - sorriu depositando um beijo na pontinha do nariz.

A Hyuuga ofegou contendo um ataque cardíaco, almejou tanto por aquele toque, agora se sentia no paraíso. Encantada por cada gesto, apenas se deixou levar quando Naruto tomou sua boca em um beijo. A mão dele acariciou seu rosto em seguida deslizando para nuca, onde se apoiou para traze-la para mais perto. Suas línguas exploravam cada possível cantinho em uma intensa troca de carinho, sem pressa ou qualquer ansiedade beijaram-se ate perderem o fôlego. Suas testa se mantiveram unidas e seus lábios próximos trocando selinhos, por longos minutos ficaram apenas assim, sentindo, absorvendo e sorrindo.

─ Senti sua falta - sussurrou Hinata o surpreendendo - Achei que nunca mais iria te ver.

─ Eu sempre tive certeza que iria vê-la - selou seus lábios mais uma vez em um beijo delicado - Quero te contar um segredo - murmurou, seu sorriso parecia crescer a cada segundo.

─ Conta - sorriu também inebriada.

─ Eu amo Hinata Hyuuga e faria tudo de novo se fosse necessário - sussurrou.

─ Eu também tenho um segredo - murmurou ao morder o lábio inferior.

─ Tem certeza que quer me contar, e se eu não for digno? - fingiu estar triste.

─ O torno digno agora - era raro de se ver, ela desejou ter uma câmera para registrar aquela cena. Naruto estava começando a ficar com as bochechas coradas - Eu amo Naruto Uzumaki - sussurrou baixinho para então sorrir.

─ Quero te fazer a segunda pessoa mais feliz do mundo - declarou segurando o rosto dela em suas mãos - Porque a primeira sou eu - ambos sorriram e sem perder mais tempo beijaram-se mais uma vez aplacando toda saudade contida.

oOo

Uma semana se passou e pouco a pouco Naruto se recuperava, as vezes escapava da supervisão de Neji e ia a um dos vários campos de treinamento. Já havia sido advertido diversas vezes, porém mal ouvia e logo estava fugindo novamente.

Hinata pouco o visitava, Kurenai não demorou a ligar os pontos e a proibiu permanentemente de criar vínculos fora do clã, pois seria inadmissível uma líder como ela se envolver com um homem que ao menos era um Hyuuga. E foi durante esta discussão que ela descobriu que ate mesmo sua vida conjugal seria decidida pelo clã.

─ Kurenai-sama...

─ Cale-se - ordenou - Você é uma vergonha, desrespeita as regras como se nada significasse, passa por cima de tudo e todos sem escrúpulos. Para um gatinho medroso você se mostrou verdadeiramente como uma raposa! - seus olhos faiscavam em fúria - Não me faça perder a linha, Hyuuga-san. Se ponha no seu lugar.

─ Ter cada passo decido e nada pode fazer. Eu...

─ Exatamente. Nada pode ser feito - a interrompeu - Se não quiser que um clã inteiro se vire contra você, apenas obedeça. Aqueles conselheiros podem ser piores do que imagina.

Hinata apenas abaixou a cabeça e nada mas contestou, se sentia de mãos atadas, indefesa e sem qualquer saída. Kurenai logo saiu a deixando sozinha com seus próprios pensamentos. Caminhou ate a janela de onde poderia ver um pouco longe dali o quarto onde Naruto se encontra, um sorriso escapou de seus lábios e ansiedade lhe tomou o coração, iria vê-lo. Quando se preparava para ir, o viu saindo, segurava uma bainha nas mãos enquanto observava de um lado ao outro como se não quisesse ser visto.

Hinata franziu o cenho estranhando aquela atitude, decidiu que iria segui-lo. Naruto caminhava em direção a parte de trás de um dos dojos, com a mesma expressão cautelosa prosseguiu ate sumir por uma das colunas. Hinata estava prestes a continuar o seguindo, no entanto escutou um grito. Rapidamente refez seus passos e novamente escutou outro grito, mas agora poderia visualizar de onde viera. A entrada do clã era invadida por homens vestidos com armadura escura e mascaras, os samurais Hyuugas lutavam para conte-los e assim proteger os moradores.

Naquele instante Hinata ate mesmo se esqueceu de Naruto, sua prioridade era o clã. Correu em direção a um dos homens caído ao chão pegando sua espada, ela pouco sabia sobre armas, todavia em meio a uma guerra não há tempo para medir conhecimento, ou você luta ou você morre. E ela estava determinada a lutar.

Kurenai logo apareceu diante ao campo lutando ardentemente tanto com sua espada quanto com seus punhos. Por serem pegos de surpresa, havia alguns moradores feridos e outros com fraturas, mas nenhuma morte. A luta pouco durou e assim como surgiram os invasores recuaram e sumiram.

Hinata finalmente sentiu alivio e foi repreendida pela Sensei, não era hora para descansar, o clã se encontrava em completo caos. Todos viam claramente que havia algo de estranho, ninguém foi ferido de maneira brutal, todos apenas tinham cortes superficiais.

─ Com toda certeza eles não atacaram por nada - afirmou Neji.

─ Isso é obvio, ainda que nenhum deles se direcionaram a líder - pronunciou Kurenai com as mãos sobre o queixo.

─ O que queriam então? Apenas nos assustar? - questionou Hinata.

─ Eles são do clã Mamoru - disse Kurenai sob olhos confusos dos Hyuuga - Sei disso pois vi a marca no pescoço de um dos homens - explicou - Este é o mesmo clã que o traidor transmitia informações, mas, a algo que não se encaixa.

─ E sobre aquela arma, Kusanagui, não é? Você disse que eles viriam atrás dela - comentou Hinata lembrando-se.

─ Mas isso é apenas uma lenda - disse Neji.

─ Não, não é - contrapôs Kurenai - Entretanto, não há indícios que eles procuravam por algo.

─ Talvez quisessem nos distrair - supôs o Hyuuga. Em um rompante um dos samurais adentrou ao local apavorado, o homem mais gagueja do que falava.

─ Se acalme e nos diga o que houve? - exigiu a Yuuhi amedrontando o samurai.

─ O conselheiro... Mesaren ... ele ... ele esta morto - as reações foram divergentes diante aquela noticia tão devastadora.

Imediatamente Kurenai pediu para que o samurai os guiasse ate o local onde se encontrava o corpo. Os samurais que ainda rodeavam o conselheiro logo se afastaram para que assim pudesse ver o buraco estreito, porém fatal que atravessava de um lado ao outro o coração.

Perante aquela cena aterrorizante, todos puderam concluir a mesma coisa; Um assassinato havia ocorrido, mas quem seria o autor?

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Os dias durante aquelas duas semanas haviam se tornando piores do que imaginou. Decidiu por se afundar no trabalho, atendia mais pacientes que o de costume, pegava plantões virando noite e dia sem se importar com a própria saúde. Pois nada poderia ser pior do que ser obrigado a estar longe dela.

Naquela noite o hospital comparar-se-ia a um cemitério, sem uma única alma viva. Os corredores pareciam mórbidos demais, tal silêncio deu brecha para que seus pensamentos comprimidos invadissem sua mente mais uma vez. Ao chegar em sua sala jogou-se de qualquer jeito na cadeira giratória, e, inclinou a cabeça para trás fechando os olhos. Suspirou, talvez pela enésima vez naquele dia. Sentia raiva, sentia angústia e sentia medo, as vezes tudo junto e outras como agora em pequenas proporções.

Havia diversas razões, porém apenas uma predominava; Sakura Haruno. Ele nunca foi muito bom em lidar com sentimentos, nunca namorou e pouco se envolveu com mulheres, pois suas prioridades sempre estiveram relacionadas a sua profissão. Apesar de Temari ser mulher e ser sua irmã, a mesma mais parecia um macho-fêmea, mas cuidou de si, tal qual sua mãe faria.

Não sabia ser outra coisa além de sincero, se sentia tinha que ser dito e pronto. Muitos lhe diziam que era um cavalheiro, no entanto jamais aprendeu agir de outra forma. Era contraditório sim, mas sempre foi maduro o suficiente para discernir o certo do errado e ele não era o tipo mimado arrogante. Em contrapartida se perguntava como havia chegado ao ponto de se apaixonar, e a resposta surgia como que automaticamente; É um homem feito de vinte e quatro anos e tinha a absoluta certeza de seus sentimentos dês do momento que viu o Uchiha acompanhar Sakura em suas consultas.

Tinha esperança e a certeza de que adoraria viver aquelas sensações, todavia Sakura o confundia, as vezes o encarava com admiração e outras como se fosse um total estranho, seus olhos era um completo mar de mistério onde jamais conseguiu compreender o que ela realmente sentia.

E como se não bastasse Tsunade lhe entregou mais uma bomba, o convocou a uma reunião particular e antes mesmo que pudesse se opor, disparou contra si como um tiro ao alvo.

─ Você não tem outra escolha, seu cargo está em jogo e eu não vou deixar que desperdice anos de carreira por uma paixonite - sua voz soava ríspida, Tsunade o encarava em pé próxima a porta.

─ O que está me pedindo é absurdo - sentado sobre a ponta da mesa, ainda tentava assimilar se não era um terrível pesadelo - Sei muito bem separar minha vida profissional e pessoal.

─ Já está decidido Gaara, a transferência já foi feita e a paciente Haruno não é mais responsabilidade sua. Agora, peço que atenda meu pedido.

─ Por que quer tanto que eu fique longe dela? - abrandou, precisava manter o controle - Estou determinado a ajudá-la, não só porque a amo, mas sou médico e tenho capacidade o suficiente para isso.

─ Concordo plenamente, não duvido de suas habilidades, pelo contrário. No entanto, você assim como qualquer outro médico tem conhecimento sobre as regras hospitalares - suspirou caminhando até ficar frente a frente com o Sabaku - Não vou permitir que perca tudo outra vez.

─ Se continuar o que está fazendo é exatamente o que vai acontecer - a raiva já fluía em seu sangue, novamente estava sentindo a mesma sensação terrível de ter tudo que ama escorregar por seus dedos.

─ Pense bem Gaara, não o quero perambulando na área de tratamento - sua expressão poderia ser inabalável, porém seu coração se partia ao ver o semblante triste, magoado e ferido daquele que tratava como filho.

Ele nada respondeu, nem mesmo viu quando a Senju saiu e o deixou sozinho perdido com seus próprios pensamentos.

Lembrar-se mais uma vez que fora proibido de prosseguir com o caso de Sakura era torturante, e até mesmo ele sabia que não deveria martirizar-se tanto. As regras eram claras e de acordo com o juramento que aceitou com ímpeto, nada mais poderia ser feito a não ser realizar o pedido de Tsunade.

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O grande dia havia chego, Karin sabia que aquele era o momento certo de agir. Naquele dia Sakura seria iria para a sala de cirurgia, e, ela precisava garantir que não fosse sem antes tomar algumas gotas de sua "poção especial."

Estacionou o carro próximo a casa dos Haruno, precisa manter-se em anonimato, se por o acaso algum conhecido a visse tudo podia ir por água abaixo. Caminhou em direção a entrada da casa se preparando para tocar a campainha quando a porta foi aberta bruscamente.

─ Oi - olhou surpresa a garota de cabelos cor de rosa - Eu posso ajudar?

─ Ah, olá Sakura - sorriu na tentativa de passar confiança.

─ Eu conheço você? - apertou os olhos, forçando sua mente a trabalhar.

─ Oh, eu tinha me esquecido. Você perdeu a memória, não é? Eu sou a Jasmim, ficamos amigas no hospital. Passei para te desejar boa sorte em sua cirurgia, fiquei sabendo que ela seria hoje, não é?

─ É sim - sorriu fraco, um misto de alegria e tristeza estampavam seu rosto – Desculpe por não me lembrar de você, mas gostaria de entrar? Eu acabei de preparar um chá.

─ Eu adoraria - sorriu vitoriosa, sabia que a gentileza de Sakura a ajudaria e muito.

─ Por favor - afastou-se da porta abrindo caminho para a jovem ruiva. Após recolher a correspondência guiou a moça até a cozinha.

Enquanto a Haruno fazia algo do lado de fora, Karin aproveitou para vasculhar a casa, precisava conferir se os pais da jovem encontravam-se ali. Não notou nenhum movimento, contudo preferiu perguntar para assim ter certeza.

─ Hm, e seus pais Sah? - imaginou que como amiga deveria trata-la com mais carinho.

─ Eles saíram, precisavam ir ao mercado. Acho que é uma forma deles se acalmarem, sabe, com tudo o que vai acontecer hoje.

─ Entendo - sorriu enquanto seguia a rosada.

Chegando ao seu destino, acomodou-se em uma das cadeiras do balcão.

─ Você tem preferência quanto ao sabor do chá? - colocou sobre a mesa diversos chás de sabores e modos diferentes de preparo.

─ Não, o que você fizer está bom - sentiu o pequeno frasco em seu bolso, esperava pelo momento exato para usá-lo.

Virando em direção ao fogão, Sakura desligou as chamas e pegou a pequena chaleira que já apitava, encheu duas xicaras com água quente, sentindo-se agradecida por ser uma maluca por chás. Mesmo com as reclamações de sua mãe sempre adorou encher dois ou mais com sabores diferentes.

─ Você disse que nos conhecemos no hospital? - sentou de frente para a garota, entregando-lhe sua bebida já pronta.

─ Exato - deu um gole na bebida quente o que acabou por embaçar seus óculos, mais uma das desvantagens de ser míope. Apesar de adorar sua armação, por vezes incomodava-se por conta da chuva ou de vapores quentes - Nos conhecemos durante uma de sua consultas, eu estava internada pois precisei retirar algumas pedras do meu rim, então um dia enquanto tomava um pouco de ar fresco você apareceu, me contou sua historia e logo ficamos amigas - olhava fixamente para baixo, evitando que a mentira fosse entregue por seus olhos.

─ Eu gostaria de me lembrar disso - sorriu sem jeito.

─ Está tudo bem - pousou a mão sobre a da rosada - Tenho certeza que depois de hoje tudo vai mudar.

─ Obrigada - apertou a mão da ruiva em agradecimento.

Por alguns segundos o silenciou dominou o ambiente, entretanto logo foi quebrado. Era a hora de fazer o que a levou até lá.

─ Sakura - a olhou atentamente - Você teria alguns biscoitos? É que depois da cirurgia eu não posso ficar muito tempo sem comer.

─ Oh, claro! Como eu fui indelicada, vou pegar agora mesmo - levantou indo eu direção ao armário.

Assim que a viu levantar tomou o frasco nas mãos, apenas alguns segundos de distração era tudo do que precisava. No instante em que a Haruno abaixou-se para pegar algo no armário, Karin virou todo o conteúdo do vidrinho, logo colocando a bebida ao lugar em que antes estava.

─ Aqui está - estendeu duas caixas, uma de biscoitos doces e outra de salgados - Eu não me lembro de qual você gosta.

─ Esse está ótimo - estendeu a mão pegando a caixa de biscoitos salgados.

Ansiedade era o que corria em sua veias, como se toda a cena fosse congelada via cada movimento a sua volta ocorrer em câmera lenta. Conseguia ouvir seu coração batendo freneticamente enquanto a xícara era esvaziada. Estava feito, tudo havia terminado.

Tendo comprido sua missão, não demorou a se despedir. Abraçou a rosada agradecendo por tudo e desejando boa sorte a ela. Saltitante, caminhou em direção a saída, não sendo capaz de esconder sua alegria. Enfim tudo começaria a se ajeitar, tudo exatamente como ela desejava. E o melhor era que ninguém saberia, a poção faria efeito durante ou após a cirurgia, o que faria todos imaginarem ser um efeito da operação, assim seu problema com Sakura acabará de ser resolvido, agora era a vez de seu adorável amigo Uchiha. Naquele instante deu inicio a parte 2 de sua empreitada.

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Em um quarto qualquer do hospital, Sakura esperava o momento em que as enfermeiras a levariam até a sala de cirurgia. Seu coração batia freneticamente, mesmo tendo seus pais ao seu lado não era capaz de se acalmar.

─ Está tudo bem querida, vai dar tudo certo - Mebuki segurava a mão da filha junto a do marido, como faziam quando ela era apenas um bebezinho.

Suspirando impaciente, Sakura cobriu seu corpo com o lençol enquanto ouviu os ponteiros do relógio soarem lentamente.

Mebuki desejava tomar o lugar de sua menininha, se pudesse fazer aquela cirurgia por ela ou até mesmo impedir que tal procedimento fosse necessário, faria sem hesitar. Desde o momento em que a operação fora marcada rezava todas as noites pedindo a Deus que protegesse sua filha. Em um momento de distração algo chamou sua atenção.

─ Kizashi, vamos pegar um lanche.

─ Não podemos deixar Sakura sozinha - declarou surpreso com a atitude da esposa.

─ Talvez ficar sozinha seja o que ela precise - sussurrou em seu ouvido para que apenas ele pudesse ouvir.

Kizashi não queria ir, contudo Mebuki sempre foi melhor em entender os sentimentos ocultos de sua menininha, por isso atendeu o pedido da esposa a contragosto.

─ Voltamos já querida - ambos beijaram o topo dos fios róseos, saindo logo em seguida.

Ao sair Mebuki deixou a porta entreaberta para que a silhueta que viu passeando aos arredores pudesse entrar sem grandes problemas. Com um pequeno sorriso mexeu a cabeça sutilmente, dando assim permissão para que o quarto de sua filha fosse invadido.

Perdida em pensamentos, Sakura notou a presença de seu convidado apenas quando escutou a voz de alguém cantarolar um tipo de apelido.

─ Morango - um sorriso de canto fez seu coração bater mais forte.

─ Sasuke - sussurrou o nome como uma melódica canção.

Ao vê-lo ali parado ao lado da porta, todos os seus medos e anseios se exauriram. Ele era a paz de que tanto precisava.

Caminhando em direção a cama, depositou um doce beijo em seus lábios antes de sentar-se ao lado dela e aconchega-la em seus braços. Suas mãos deslizavam pelos cabelos róseos os acariciando gentilmente.

Com a cabeça apoiada no peito do moreno, Sakura podia ouvir o coração dele bater como uma doce música que a acalmava a cada nova batida. Distraída, deslizava os dedos entre os gomos do abdómem, desenhando algo aleatório.

─ Sakura - a chamou com a voz rouca.

─ Hm? - levantou a cabeça para que assim pudesse olhar em seus olhos negros.

─ Eu sei que você é louca por mim e não consegue ficar longe desse meu corpo sarado e maravilho, mas eu sugiro que pare com esses desenhos se não quiser que eu te devore, aqui e agora - em uma naturalidade que fez Sakura corar ate o ultimo fio de cabelo, Sasuke sugeriu descaradamente sem o mínimo de pudor.

O rosto de Sakura queimava loucamente, envergonhada batia levemente sobre o peito do moreno que gargalhava vendo graça no simples gesto. Quando se preparava para desferir outro golpe seu punho foi segurado, Sasuke a puxou colando seus corpos. Corações batendo forte, respiração descompassada, olhar intenso e penetrante, Sakura o desejava como jamais antes.

─ Eu te amo Sakura - soprou, tomando os lábios dela com ímpeto.

Ao ouvir vozes advinda do corredor, foram obrigados a se separar. Aquele local era apenas para familiares, ninguém podia vê-lo ali, principalmente o senhor Haruno. Com um toque delicado na testa despediu-se de sua amada deixando o local logo em seguida. De maneira astuta se escondeu no corredor impedindo que o casal que acabará de chegar notasse sua presença.

─ Filha, você está bem? - indagou Kizashi preocupado, com a mão verificou a temperatura do rosto da filha, acreditando que ela encontrava-se febril.

─ É só o calor papai, só o calor...

oOo

Juntamente a equipe Tsunade já se encontrava na sala de cirurgia devidamente preparada, quando a jovem de cabelos róseos chegou ainda desperta, os enfermeiros a posicionaram próximo ao equipamento cirúrgico. Aguardou até que o anestesista chegasse para então se aproximar.

─ Olá Sakura, não se preocupe tudo vai dar certo - sorriu gentilmente - Agora vamos te anestesiar está bem? Você não vai sentir absolutamente nada, apenas uma leve picadinha da agulha - com um aceno Tsunade permitiu que a injeção fosse aplicada.

─ Certo - foi tudo que disse antes de adormecer.

─ Senhores, vamos começar! - ordenou.

A operação deveria ser rápida, a anestesia não funcionaria por um longo tempo, uma cirurgia que envolve o cérebro precisa ser feita com ele ativo, contudo deixar a jovem completamente consciente seriam absurdo.

Todos trabalhavam em perfeita sintonia. Um geneticista recolheu, preparou e agora injetava as células tronco na agulha. O neurocirurgião responsável por substituir Dr.Gaara, olhava atentamente os monitores enquanto Tsunade com a ajuda de um enfermeiro fazia uma espécie de raios X, o que permitiria que eles vissem dentro da cabeça da moça sem precisar abrir o crânio.

Achar o ponto exato onde dever-se-ia colocar a agulha era a tarefa mais complexa, por isso assim que o foi encontrado Tsunade não conseguiu conter sua alegria. Tomando a agulha em suas mãos, passou para os enfermeiros a função de manter a imagem cerebral no local correto.

Cuidadosamente, empurrou a agulha na pequena linha que divide a parte óssea, atravessando o fontículo superior, sem deixar de ouvir os batimentos da jovem sendo reproduzidos na máquina ao lado, trabalhava atenta em cada detalhe, qualquer passo em falso poderia ser letal, o BIP era quem a incentivava a continuar.

─ Entramos! - declarou ao ver a agulha surgir na tela - Muito bem, vamos liberar as células sobre a lesão.

Lentamente o conteúdo celular foi liberado, todos atentos a qualquer anormalidade por menos que fosse, todavia nada ocorreu. A inserção fora realizada com sucesso, agora era só retirar a agulha e torcer para que o tratamento experimental dê certo.

No instante que a agulha fora totalmente retirada os sorrisos de alívio inundaram toda a sala. A primeira cirurgia intracraniana sem corte algum fora um sucesso.

─ TUM...TUM...- o barulho vindo do monitor cardíaco soava como música aos ouvidos de todos.

Sem reação aparente, Tsunade solicitou que o curativo fosse realizado, apesar de não ter cortes até mesmo uma pequena injeção causa algum tipo de sangramento. Todos falavam e riam animados, aquele momento entraria para a historia, aqueles que terminavam suas funções eram calorosamente abraçados e parabenizados.

─ Doutora Tsunade - disse uma das enfermeira, sua voz soou preocupada espantando a todos.

Ao virar-se de encontro a voz, a Senju sentiu seu corpo gelar. O sutil festejo a distraiu a tal ponto que não foi capaz de notar o que acontecia, a alegria de todos fora destrinchada, o que mais temiam estava acontecendo.

─ PIII.. - havia parado, o coração de Sakura parará de bater. Eles estavam a perdendo.

Não havia tempo para pensar apenas de agir, Tsunade gritava a plenos pulmões o que devia ser feito, rapidamente debruçou-se sobre o corpo inerte rezando para não ser tarde demais.


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Notas finais do capítulo

Quem ai se derreteu com esse Sasuke fofo e tarado O/O/
Karin aprontando, hmmm...
Gaara na sofrência T.T
Sera que Sakura morreu? (talvez as autoras sejam malvadas, vai saber né)O.O
Como se não bastassem ficarem curiosos quanto ao amigo secreto agora vem mais essa haha Quem será o assassino? Nos digam seus palpites.

VAMOS AS NOVIDADES
Finalmente as autoras preguiçosas criaram um grupo no Whats (Aaeee o/ o/) Então quem quiser participar é só deixar o numero ai bonitinho no comentario. Estaremos em aberto para perguntas relacionadas a Akai ito, que não sejam sobre o futuro dos personagens. Tambem sobre qualquer coisa relacionada a Sasusaku, Naruto e afins.

E a próxima novidade é que eu acabei de postar uma Oneshot muito louca, sombria e curtinha. Para quem ficou curioso >> https://fanfiction.com.br/historia/646792/Akazukin/


Enfim, por hoje é só fofuras. Beijão e ate o próximo domingo o/
Música de hoje: Something i need - OneRepublic



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