Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 28
All of me


Notas iniciais do capítulo

Yooo meu povo o/ Pois é, já é meia noite e nós estamos aqui postando Cap *////* Mas o importante é que chegou o/ Pati-chan e eu tomamos todo cuidado do mundo com este capitulo, ja que nele contem nossa premiação a Washu-chan, a ganhadora do concurso. O prêmio de primeiro lugar, como foi dito, é estrear em Akai ito como personagem original e uma das principais no enredo. E aqui estamos lol Felizes da vida por conhecer um pouco mais sobre a fofa da Washu, foi um prazer muito grande para nós ter esta interatividade com os leitores. Com certeza vamos guardar para sempre em nossos corações o carinho de cada um. Agradeço novamente pela participação de todos, obrigada mesmo.

Muito bem, vou deixar pra falar mais um tiquinho lá embaixo...

Bora ler!!!



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Capítulo XXVIII

"Nossas vidas são definidas

Por momentos.

Principalmente aqueles

Que nos pegam de surpresa."

(Bob Marley)

Tudo de mim

Itachi permanecia parado, aguardando por alguma reação de seus pais. Após o grito apavorado de Mikoto, um silencio perturbador tomou conta do local. Nervoso, passava as mãos sobre sua calça na tentativa de se concentrar em algo que não fosse a expressão de espanto da morena.

─ Co-como isso aconteceu? - indagou com a mão pousada sobre o peito e uma expressão indecifrável no rosto

─ Isso foi a alguns dias atrás...

Segunda-feira, 02 de Maio de 2015

Itachi arrumava sua mala no bagageiro do avião quando uma voz feminina chamou sua atenção.

─ Oi - sorriu - acho que vou sentar do seu lado.

Itachi olhou para dona da voz. Uma garota esbelta de olhos castanhos e cabelos loiros, seus cachos caiam como cascata sobre seus ombros lhe dando um ar angelical. Grossas armações destacavam seus belos olhos de maneira sexy. Seu corpo possuía belas curvas que mais pareciam terem sido esculpidas por Deus. Admirado, sentiu sua voz sumir por alguns instantes.

─ Oi - sorriu - Sou Itachi Uchiha - estendeu a mão para cumprimentar a garota.

─ Washu - envolveu a mão do rapaz em um aperto suave - Washu Nakamura - sorriu gentilmente.

Hipnotizado, Itachi observava a garota com um sorriso bobo no rosto. Só foi capaz de perceber o que acontecia quando um suave pigarro chamou sua atenção. Ao desviar seu olhar, notou a presença de uma jovem aeromoça.

─ Senhores, sentem-se por favor - sorriu apontando para as poltronas - Iremos decolar.

Enquanto a aeronave andava pela pista Itachi observava distraidamente a paisagem quando percebeu a garota ao seu lado se contrair.

─ Está tudo bem? - a olhou preocupado.

─ Oh - sorriu sem graça - Desculpe, eu não gosto muito do momento em que o avião começa a alçar voo - sentiu um pequeno solavanco que a fez, por impulso, esconder seu rosto no ombro do rapaz.

Itachi sentiu suas bochechas queimarem, a proximidade com aquela garota fez algo dentro de si se agitar. Tocou os longos fios loiros, incentivando a garota a olhar em seus olhos.

─ O que acha de conversarmos um pouco? Assim você pode se acalmar- sorriu de maneira doce.

Um pouco sem graça pela proximidade, Washu afastou-se vagarosamente e com um aceno de cabeça concordou com o moreno. Durante toda a viagem ambos conversavam animadamente, o momento de grande medo da garota já havia passado, porém nenhum dos dois desejava interromper o bate-papo.

Horas se passaram quando o cansaço dominou o corpo do rapaz, que acabou adormecendo.

Quando o avião pousou os passageiros saíram pouco a pouco sobrando apenas os dois. Itachi a cutucou e deslumbrou o pequeno ser sonolento acordar, linda seria pouco para descreve-la.

Assim que desembarcaram, procuraram por suas malas aproveitando para conversarem um pouco mais. Entretanto, em um momento de distração ele a perdeu de vista, a única garota que despertou seu interesse em frações de segundo havia simplesmente evaporado.

Sem mais esperanças, Itachi procurou por um táxi e deu as coordenadas do hotel onde se encontraria com a Gamer. Londres é uma cidade movimentada, o trânsito multiplicava-se comparado a Tóquio, por esta razão, demorou uma hora e meia para que chegasse ao seu destino, pagou a corrida e retirou as malas do carro.

Ao entrar no hotel foi cumprimentado por alguns funcionários, sempre que estava na cidade hospeda-se ali.

─ Hello, Mrs. I'm help you? "Olá senhor. Posso ajudá-lo?" - Sorriu gentilmente

─ Yes, I have a room reservation in this hotel. "Sim, eu tenho um quarto reservado neste hotel."

─ Your name, please? "Seu nome, por favor?"

─ Itachi, Itachi Uchiha.

─ Ok, Mrs. Uchiha. Just a moment "Ok, Senhor Uchiha. Um momento"- digitava rapidamente no computador - You are in room is 261. It is on the second floor . Here is your key. Sign here, please " Seu quarto é o 261. Fica no segundo andar. Aqui esta sua chave. Assine aqui, por favor" - entregou a ele uma folha.

─ Thank you "Obrigada"- sorriu gentilmente.

Itachi caminhava em direção ao elevador quando lembrou-se de algo.

─ Miss... "Senhorita" - observou a recepcionista.

─ Yes "Sim" - retirou seus olhos do monitor e focou no rapaz.

─ You know where will the meeting with Comic-con? " Você sabe onde será a reunião com a Comic-con?"

─ Yea, in the meeting room. I will ask for one of our employees accompany you - "Sim, será na sala de reuniões. Eu vou pedir para um de nossos funcionários acompanhá-lo" - conversou com alguém ao telefone - Peter , will find it in your room the 14hs "Peter, irá encontra-lo em seu quarto as 14hs"

─ Ok, thanks "Ok, Obrigado" - não esperou por uma resposta, caminhou em direção ao elevador na esperança de descansar um pouco antes da reunião.

Antes de procurar sua mais nova colega de trabalho, subiu para seu quarto, tomou um relaxante banho e vestiu-se com uma calça e uma camisa de mangas longas a qual dobrou até os cotovelos. Mesmo com roupas formais parecia mais descontraído e não um carrasco. Não queria meter medo na pobre garota em sua primeira impressão, seu pai é assim, não ele.

Desceu para o salão principal onde a recepcionista afirmou que a moça o esperava. Vasculhou o local quase vazio, encontrando apenas alguém escondida por trás de um livro de espessura grossa e muitas páginas. Observou a garota conseguindo enxergar apenas seu volumoso cabelo encaracolado, suas sobrancelhas arquearam duvidando de seus próprios olhos.

─ Washu? - tamanha foi sua surpresa ao ver os belos olhos castanhos por de trás das armações lilás - Não achei que a encontraria aqui.

─ Itachi? - abaixou o livro - Também estou surpresa, sente-se - ofereceu a cadeira.

─ Obrigado. Esta esperando alguém? - observou ela puxar um marcador de sua bolsa e colocar entre as páginas.

─ Estou, tenho uma reunião marcada para... - olhou a hora em seu celular - Era as 14hs,mas acho irão se atrasar - franziu o cenho impaciente, odiava esperar.

─ Hm. Eu também tenho uma reunião neste mesmo horário - olhou em seu relógio de pulso que marcava 14hs e 33min.

─ Então, no que trabalha senhor Uchiha? - apoio os cotovelos sobre a mesa curiosa.

─ Trabalho com meu pai em uma empresa de Games. Não era meu sonho, mas...

─ Mas alguns sacrifícios são válidos se for por aqueles que ama - completou encantando o Uchiha - Entendo perfeitamente.

─ E em que você trabalha, senhorita Nakamura? - imitou-a. Ambos se encaravam com olhares intensos sem o menor pudor.

─ Desenvolvo personagens de jogos, faço dublagem e as vezes dou uma mãozinha no roteiro - disse hipnotizada.

─ Você desenvolve personagens.... espera ai - Itachi afastou-se subitamente - Não vai me dizer que você trabalha para a Comic-Con!

─ Algum problema? - estava confusa, em um momento ambos eram envolvidos por um magnetismo poderoso e em seguida tudo desaparece.

─ Caramba - riu passando as mãos nos cabelos - Então é você, sempre foi você - estampou um grande sorriso.

─ Não estou entendendo - piscou os olhos perdida nas expressões daquele homem - Do que está falando?

─ Céus - ainda ria sozinho - É você!

─ Certo, não estou entendendo mais nada. E isso, está me irritando - pegou sua bolsa e seu livro.

─ Espera ai, onde você vai? - a impediu segurando seu pulso.

─ Sentar em outra mesa!? - arqueou a sobrancelha direcionando seus olhos a mão que segurava seu pulso.

─ Não. Você ainda não entendeu? Minha reunião é com você. Eu sou o produtor da Companhia Amaterasu.

Washu não pode conter um sorriso. A vida era realmente surpreendente, jamais imaginou conhecer seu futuro chefe durante um voo, no qual ela nem devia estar.

Havia decidido ir para o Japão de última hora, em busca de seu autor favorito: J. R. R. Tolkien. Ouviu dizer que ele lançaria seu novo livro por lá. Ansiosa demais para esperar, viajou no mesmo dia sem nem ao menos avisar alguém. Voltou para Londres no dia seguinte, com seu novo livro e um belo autografo, que quase a fez morrer do coração.

Imaginou que jamais veria aquele homem de novo. No aeroporto havia se distraído por alguns instantes com uma livraria e com isso, não foi mais capaz de encontrar o Moreno.

Chateada, foi embora triste com seu mais novo livro em mãos. Não era um dos seus amados escritores, entretanto parecia bem interessante. Nicholas Sparks podia não ser o maravilhoso Tolkien, contudo possuía seu encanto, principalmente para aqueles dias em que você deseja ler um belo romance com uma pitada de drama.

─ Nossa reunião acabou se transformando em uma conversa entre amigos - sorriu docemente quando sentiu sua mãe envolver suas mãos - Depois daquele dia não nos desgrudamos mais. Dia e noite ligávamos um para o outro quando um encontro não era possível. Uma semana se passou e já estávamos completamente apaixonados. Não fui capaz de deixá-la quando chegou a hora, então, garanti que fosse contratada e assim, viesse comigo. Jamais me senti tão completo assim mãe, espero de todo coração que você se encante por ela, tanto quanto eu. Washu é uma mulher tão incrível quanto a senhora, e é justamente por isso que sei que fiz a escolha certa.

─ Meu bebê - envolveu o filho em uma abraço calorosa enquanto finas lágrimas de emoção, deslizavam por seu rosto - Já gosto dela por que ela te faz feliz - beijou o topo da cabeça do rapaz.

Emocionado Itachi afastou-se dá matriarca. Respirou profundamente para disfarçar às lágrimas que se formaram em seus olhos. Mais calmo, comunicou seus pais do almoço que havia marcado com sua amada, no intuito de que ambos se conhecessem.

oOo

No inicio a noticia havia pego todos de surpresa, pois Itachi jamais ousou agir inconsequentemente, contrario de seu irmão mais novo que sempre inventava algo diferente a ponto de causar um ataque de nervos no pai e desespero em sua mãe. No entanto, naquele momento se encontrava eufórica, era quase visível os fogos de artificio a seu redor. Com um sorriso radiante a Uchiha exigia conhecer sua mais nova nora, e como esperado Itachi a conhecia muito bem a ponto de ter feito uma reserva no seu restaurante predileto alguns dias antes.

Juntos, os três se dirigiram a mesa, o local parecia ter sido reformado a pouco tempo, pois, quando seus país ainda eram vivos frequentavam o simples restaurante tradicional Japonês. O gostinho familiar de comida caseira invadia suas narinas logo na entrada, trazendo uma sensação acolhedora.

As mesas antes amadeiradas, agora eram feitas de marfim cobertas por toalhas creme com Kanjis dourados bordados nas laterais. Em sua mesa, por exemplo, estampava a palavra "União" de acordo com o momento vinha a calhar. As paredes continham desenhos diferentes e até mesmo nomes feitos por clientes, havia a tradição de casais que juntos juravam amor eterno através daquele pequeno gesto. Percebeu que seu filho vasculhava com os olhos a procura de alguém, assim que seus olhos fixaram-se a cabeleira encaracolados volumosa e loira, seus pés caminharam com rapidez até a moça. Ele tocou em seus ombros recebendo em seguida um grande sorriso, ela se levantou o abraçou por longos minutos e beijaram-se sem pressa.

Mikoto se encheu de alegria, seu filho havia encontrado a dádiva da vida, o amor mútuo. Assim como seu marido ela aguardou até que o momento íntimo chegasse ao fim.

─ Mãe, Pai. Esta é a Washu, minha noiva - ainda agarrado a cintura da moça, apresentou a seus país - Washu, esses são meus país Mikoto e Fugaku Uchiha.

─ Muito prazer em conhecê-los.Washu Nakamura - estendeu a mão cumprimentando Fugaku, e logo depois Mikoto a puxou para um abraço forte.

─ Que bonequinha - elogiou encantada - Sempre soube que meu filho tem um ótimo bom gosto. Washu? Que belo nome - acariciou os cabelos loiros - Seus cachos são lindos, que produto usa?

─ Mãe, está deixando Washu constrangida - realmente a garota já estava com as bochechas coradas e corpo acanhado - Vamos sentar e fazer nossos pedidos.

─ Vejo que apesar do sotaque americano, sabe falar perfeitamente nossa língua - comentou Fugaku analisando o cardápio.

─ Minha mãe é japonesa e meu pai inglês, apesar dessa diferença de culturas, nasci em Konoha e vivi com meus avós até os 16 anos. Então, aderi muito da cultura oriental - explicou.

─ Oh querida, o que houve com seus pais para não cria-la? - perguntou preocupada.

─ Mãe - brandou Itachi incomodado.

─ Tudo bem - colocou sua mão sobre a do noivo - Meus pais tiveram a mim muito cedo, em uma época de tempos difíceis. Por esta razão migraram para América do Norte a procura de uma vida melhor, mas até que conseguissem se estabelecer me deixaram aos cuidados dos meus avós maternos.

─ Compreendo. Hoje você vive com eles? - inquiriu curiosa.

─ Tenho meu próprio apartamento.Tive que me mudar após a morte dos meus avós. Mas, meus pais moram próximos a mim e temos uma boa relação - esboçou um sorriso doce a qual era nítido seus sentimentos por seus avós.

─ Vamos fazer os pedidos? - Itachi chamou o garçom que, prontamente anotou tudo - Quer que eu escolha por você? - perguntou a noiva.

─ O que me sugere? - ambos aproximaram-se para olhar o mesmo cardápio, Itachi apontava para alguns nomes e explica com um sorriso radiante. Washu retribuía o sorriso ouvindo com admiração cada palavra - Certo, então vou pedir Sukiyaki, gosto de muita carne com legumes - o garçom assentiu curvando-se antes de afastar-se da mesa

─ Washu, soube que veio para trabalhar na empresa - comentou - Acho que... Gamer Art é sua profissão?

─ Sim, senhora Uchiha e-

─ Oh não querida, senhora Uchiha? - riu - Mikoto, está de bom tamanho.

Washu olhou para Itachi que, como uma confirmação a incentivou continuar.

─ Certo, Mikoto - pronunciou incerta - Sou sim uma Gamer Art. Através de uma seleção profissional fui escolhida para trabalhar na Companhia - a Nakamura abriu um grande sorriso - E espero ser de grande ajuda - desta vez seus olhos direcionaram a Fugaku.

─ Tenha certeza que vai ser - confirmou Itachi - Mas não vamos falar de trabalho agora. Certo, mãe?

─ Algum defeito meu bebê tinha que ter, não é? - riu - Deixe de ser chato, Ita.

Washu não pode evitar rir também, Itachi estava corado e sem jeito.

Os pratos chegaram acompanhados do chefe Akimichi, também dono do restaurante. O mesmo cumprimentou a família e logo desejou bom apetite a todos voltando a cozinha. Os quatro comeram em silêncio e assim que terminaram aguardaram pela sobremesa.

─ O chefe disse que a sobremesa será uma surpresa, estou curiosa - disse a Nakamura um pouco mais descontraída.

─ Não seja impaciente - uniu suas mãos as dela trocando olhares.

─ Desculpe perguntar, mas você disse que tem um irmão, não é? - questionou por não vê-lo. No início achou que o outro chegaria logo depois, mas depois de tanto tempo desistiu de esperar e resolveu por perguntar.

─ Tenho sim, mas parece que Sasuke esta com os Haruno - lançou um sorriso malicioso.

─ Ah! Na casa da moça que você me contou a historia. Entendo.

Mikoto os observava com um sorriso nos lábios, aqueles dois lembravam perfeitamente a época que ela e Fugaku eram apenas adolescentes apaixonados, se quer imaginavam os problemas conjugais, apenas desejavam estar juntos por toda eternidade e nada mais. Por impulso olhou para o marido de soslaio, seu coração disparou como em todas as vezes que seus olhos se encontravam, rapidamente ele desviou para um ponto qualquer e sua alegria se foi.

O chefe Akimichi finalmente trouxe a sobremesa. Os olhos de Washu brilharam ansiosa para ver o que escondia abaixo da tampa de metal.

─ Pedi para que o chefe fizesse especialmente para você - sorriu.

A tampa foi erguida surpreendendo a todos, Washu mordeu os lábios evitando inutilmente que as lágrimas deslizassem por seu rosto.

─ Quero que agora seja oficial, Washu - sobre o prato duas alianças douradas reluziam ao centro - Quer casar comigo?

─ Claro - jogou-se nos braços do Uchiha.

Em silêncio a matriarca observava com um grande sorriso emocionada e Fugaku perdido em suas lembranças. A pouco mais de vinte anos, ali naquele mesmo lugar estavam eles, nervosos e ansiosos pelo jantar que viria entre as duas famílias. No fim, Fugaku surpreendeu a todos, ainda mais Mikoto, a pedindo em casamento.

A cena de Itachi e Washu causou uma nostalgia mútua, os mesmos sorrisos, a mesma sensação de felicidade. Por mais inesperado que fosse, foi inevitável quando Mikoto e Fugaku trocaram olhares significativos unindo suas mãos por de baixo da mesa como dois adolescentes tímidos.

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Naruto dormia calmamente no banco de trás do carro quando sentiu algo bater em suas pernas.

─ OE! - levantou-se assustado - O que foi?

─ Está na hora de começar seu treinamento - sorriu através do retrovisor enquanto estacionava no acostamento.

Animado, desceu do carro e observou a paisagem ao seu redor. Um belo campo os cercava, com arvores esparsas estre si, podia-se observar o horizonte com facilidade. Uma doce brisa bagunçou seus cabelos e naquele instante não pode deixar de pensar em sua morena de olhos perolados. Ela adoraria aquele lugar e ele ficaria feliz de tê-la ali.

Sacudiu a cabeça para espantar tais pensamentos, abaixou-se para ficar a nível da janela por onde observou sua mãe que permanecia dentro do carro.

─ O que vamos fazer aqui mãe? - a olhou desconfiado

─ Um minuto querido - esticou-se sobre o banco de trás para pegar algum tipo de corda - Ino, você pode amarrar isso aqui em baixo do seu banco?

─ Claro - deitou sobre seu banco para fazer o que lhe foi pedido.

─ Naruto? Amarre a outra ponta na sua cintura - sorriu - Bem apertado, viu?

─ Certo!- apertou a corda em volta de sua cintura forte o bastante para que ela não soltasse, porém folgada o suficiente para que respirasse sem dificuldade.

─ Muito bem! - soltou o freio de mão, começando a acelerar.

─ Mãe? - a olhou desesperado enquanto era puxado pela cintura.

─ Sugiro que você corra querido, acredito que seria bem ruim ser arrastado pelo carro.

Ino observava aquela cena espantada, Kushina sempre fora um pessoa rígida e meio maluca, entretanto, aquilo parecia fora do normal. Pelo retrovisor viu o loiro correr desesperado e não pode conter uma gargalhada.

─ Eu disse que você ia se divertir - sorriu docemente enquanto o vento balançava seus cabelos ruivos.

Kushina dirigiu por cerca 2 Km, quando enfim parou. Esperou pacientemente até que seu filho terminasse de rastejar pela rua.

Exausto parou ao lado do automóvel, apoiando seu peso sobre o capo. Respirava ofegante enquanto tentava acalmar seus batimentos cardíacos. Ao recuperar o folego caminhou indignado de um lado para o outro.

─ Você ficou MALUCA? - ergueu os braços indignado - Está querendo me matar?

─ Se quisesse te matar não teria dirigido a 20 km por hora - acariciou o rosto do rapaz - Agora vamos, esse foi apenas o aquecimento - sorriu.

─ A-Aquecimento? - sentiu seu corpo tremer.

Engolindo em seco, Naruto desamarrou a corda de sua cintura e seguiu a matriarca.

oOo

Em frente a uma espécie de casarão, Ino e Naruto pareciam hipnotizados ao observar tamanho conjunto arquitetónico. Com longas vigas e esculturas de anjo na fachada, parecia ter sido esculpida por romanos a dezena de anos.

─ Que lindo - suspirou a loira.

─ É mesmo não é? - Jamais se cansaria de admirar aquela casa - Esta casa pertence a uns amigos meus, pedi a eles que nos emprestassem por uma noite.

─ Vamos dormir aqui? - disseram os dois ao mesmo tempo.

─ Sim, porém não se preocupe Ino- sorriu - Eu falei com sua mãe e ela preparou uma mala para você, ela está no porta malas.

A loira sorriu docemente, seria bom passar um dia longe de tudo e de todos. Assim que entrou na casa, sentiu-se mais admirada que antes, sua decoração era requintada, delicada, poderia facilmente servir como cenário para gravação de um filme sobre Maria Antonieta.

─ Muito bem - bateu uma mão na outra como se retira-se delas o pó- Hora de começar seu treinamento - sorriu - Tira o casaco

Assim o loiro fez e aguardou pela próxima instrução.

─ Põe o casaco - Sorriu de canto

Naruto a olhou desconfiado ao ouvir as risadas vindas da loira. Sua mente acendeu com um clique ao repetir as palavras ditas anteriormente, sua mãe estava citando um filme, um que assistiu quando era mais novo.

─Você está citando Karatê Kid? - ergue a sobrancelha

─ Pra ele deu certo, não foi? - Kushina riu ao ver a expressão do filho.

Emburrado, cruzou os braços sobre o peito esperando que as duas mulheres terminassem suas piadas.

─ Bem, vamos ao que interessa - secou uma lágrima que escapava pelo canto de seus olhos.

─ Se você quer se tornar um homem de verdade, precisa aprender a fazer tudo que uma mulher faz - sorriu

─ O que isso quer dizer? - a olhou confuso

─ Isso quer dizer que você passará um dia todo como "Dono de Casa". Você deverá lavar, passar, cozinhar e limpar enquanto eu e a Ino observamos seu trabalho.

Naruto não conseguia entender onde isso o levaria, desde quando limpar a casa o tornaria um grande guerreiro? Naquele instante teve a certeza que sua mãe havia enlouquecido, contudo não teria escolha se não obedecê-la. Não estava nem um pouco afim de voltar andando para casa.

─ Se você ia me fazer limpar, por que não ficamos em casa? - cruzou os braços sobre o peito, desconfiado.

─ Essa é fácil - sentou em uma poltrona próxima de si- Achei que seria mais empolgante se o futuro de nossa família estivesse em risco.

─ Como é?

─ Se você quebrar qualquer coisa aqui, nossa família irá a falência - abriu calmamente um chocolate que pegará de sua bolsa - Meu amigo é um dos maiores colecionadores de arte do mundo, muitos de seus pertences estão expostos no Museu do Luvre e em tantos outros pelo mundo. Todas essas esculturas e quadros são originais então sugiro que você tome muito cuidado - levou mais um bombom a boca enquanto observava a cara de espanto do jovem rapaz.

Boquiaberto, não foi capaz de pronunciar uma palavra se quer. Se ele falhasse sua família iria a falência?

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Sakura permaneceu por alguns instantes parada em frente ao hospital, sentia-se nervosa demais, cada passo que dava em direção a recepção causava fortes contrações em seu coração. Desde o momento em que acordou e recebeu a notícia que começaria seu tratamento, teve a mente invadida por fortes temores que quase a fizeram desistir de sair de casa.

Perdida em pensamentos, não notou que havia chego em frente a sala do Doutor Gaara, até que a porta fosse aberta bruscamente.

─ Oh, Senhorita Sakura - Sorriu- Você já chegou.

Sakura sentiu algo balançar dentro de si, uma sensação estranha tomou conta de seu corpo, sua pernas almejavam em correr para longe daquele rapaz. Algo parecia errado... Mas o que seria? Mais uma vez teve seus devaneios interrompidos, desta vez por um convite para que se sentasse.

Gaara notou algo diferente na garota, porém decidiu por não comentar nada. Caminhou em direção a sua mesa, sentou-se confortavelmente. Com as mãos cruzadas em frente ao rosto, começou a explicar a garota de olhos esmeraldinos todos os procedimentos ao qual ela seria submetida.

Sakura prestou atenção em casa palavra, entretanto muito do que foi dito não foi capaz de entender. Os termos médicos lhe eram desconhecidos, apesar de ter cursado 1º semestre de medicina. Somente entendeu que seu cérebro seria monitorado e testado, até que pudesse ser identificado o local exato da fratura, onde posteriormente seria submetida a uma cirurgia.

Imaginou como seria passar por uma cirurgia em seu cérebro, sabia que aquele era um local delicado e complicado de ser operado. Neurologia era interessante, chegava a ser quase mágica de tão encantadora, porém tratava-se de uma das especializações mais difíceis da medicina.

Teve sua atenção chamada ao ouvir o nome de seus pais ser citado.

─ Você disse: Meus pais? - olhou desconfiada.

─ Sim, senhorita. Seus pais tem vindo quase todos os dias a clínica para nos ajudar com o seu tratamento, estamos pensando em usar a genética para resolver sua situação, mas para isso será necessários alguns teste.

Naquele momento Sakura se sentiu culpada. Não comentou com ninguém, mas vinha se sentindo abandonada. Seus pais quase não paravam em casa, pareciam voltar apenas para dormir. Chegou a imaginar que eles a estavam evitando por sua atual condição, entretanto, todas as fugas eram em prol do seu bem. Um sorriso brotou em seus lábios com tal pensamento.

Os exames ocorreram em completo silêncio. Sakura apenas respondia o que lhe era perguntado com o menor número de palavras possíveis, falar com o ruivo lhe incomodava. Parecia tão errado...

Fios foram conectados a sua cabeça, enquanto era pedido que realiza-se diversas atividades. De comer algo até tentar recordar de fatos da sua infância. O que lhe causou certo desconforto, era mais fácil lidar com aquela situação sem a frustração de saber a quantidade de lembranças que lhe foi roubada.

O silêncio da Haruno o incomodava, mas não tanto quanto o fato de ela evitar em olha-lo. Sentia que estava sendo excluído, como se Sakura não desejasse tê-lo por perto. Preocupado, aproximou-se da rosada e grande foi sua dor ao vê-la se contrair.

─ O que houve? Eu lhe fiz algo? - ergueu a sobrancelha.

─ NÃO - coçou a bochecha - Bem, eu... não sei.

─ Então por que não me conta o que você está sentindo?

─ Algo em você está me incomodando, sinto que estou cometendo um erro, mas não sei qual seria - olhou para baixo.

─ Entendo - sorriu - Devo dizer que estou feliz por você sentir esse incomodo. Isso é uma forma de reação do seu cérebro para sua falta de memória, porém eu mentiria se dissesse que não fico triste, jamais imaginei que meu amor você te deixaria desconfortável.

─ A-amor? - o olhou confusa

Gaara explicou cada detalhe. Do jantar até a declaração feita pela Ino, explicou para Sakura por que não podia retribuir ao amor de sua amiga. Pediu para que ela não se culpasse nem o excluísse, pois estar ao lado dela era uma das maiores alegrias de sua vida.

Boquiaberta, Sakura não conseguia dizer nada durante alguns instantes. Respirando fundo, enfim foi capaz de reagir as palavras do ruivo.

─ Gaara, eu não posso.... Eu Não... Não serei capaz de corresponder. Não assim - suspirou com pesar olhando para suas próprias mãos.

─ Sakura, eu sabia da sua condição quando deixei me apaixonar por você - envolveu o delicado rosto com suas mãos, obrigando a garota a olhar para si - E sinceramente? Eu não me importo - sorriu docemente - Repetirei quantas vezes for necessário. sempre que você se esquecer de mim, eu direi o quanto te amo e lutarei para conquistar seu coração mais uma vez, desde que isso me dê a oportunidade de estar ao seu lado, vai valer a pena - encostou sua testa a da garota enquanto aspirava seu doce perfume.

─ Gaara, eu... - foi interrompida com um beijo, um suave beijo que esquentou seu coração, fazendo com que perdesse o controle de sua respiração.

Ao voltar a si, Sakura desprendeu-se dos fortes braços que a envolvia, saiu da sala sem olhar para trás, correndo em direção a saída. O que acabará de acontecer ali? Aquele beijo a fez se sentir tão bem, então, por que culpa e medo invadiram seu coração? O que estava acontecendo consigo?

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O silêncio era uma das poucas coisas que, com os anos aprendeu seu valor, algo realmente difícil para alguém como ele. Sua profissão exige raciocínio rápido, criatividade em alta e habilidades lógicas que poucos são capazes de realizar. Desta forma, o silêncio era a ultima coisa a qual seus funcionários jamais dariam prioridade.

De sua sala, através das paredes de vidro era possível observar os setores de Designer gráfico e produção. Em um deles estava seu filho mais velho, com um sorriso que mal cabia em seu rosto, apesar de Itachi agir daquela maneira todos os dias, ele sabia que seu filho estampava na face o único motivo para tamanha felicidade. A admiração por seu primogênito era nítida. Em apenas dois anos se mostrou um perfeito prodígio na área de Gamer, mesmo começando em um dos setores mais baixos: testador de jogos, seu potencial se destacava em alta. Hoje, designado ao cargo de braço direito, é considerado um dos melhores produtores, estabelecendo o gerenciamento e assegurando o desenvolvimento de prazos e orçamentos do game.

Seus olhos voltaram aos papeis sobre a mesa, em suas mãos se encontrava uma oportunidade de ouro, a qual levaria sua empresa ao topo e lhe renderia milhões. Quem seria louco em recusar um contrato com a Shonen Jump? Talvez ele fosse. Todavia, nada era mais importante que sua família. Um vinculo agora o obrigaria viajar por algumas semanas ao Japão, ocuparia seu tempo com reuniões intermináveis, assim o afastando ainda mais daqueles que ama.

Seus problemas imploravam por uma solução, não poderia continuar fugindo para o resto da vida. Ainda mais agora que Itachi surgira com a súbita ideia de casar-se. Pegou o quadro sobre o canto da mesa em mãos, haviam tanto tempo que não deslumbrava os sorriso sinceros de Mikoto, nem mesmo a sensação reconfortante de estar com seus filhos. Tanto tempo, que a culpa o atingiu como uma flecha.

─ Senhor Uchiha - a secretaria bateu a porta.

─ Entre - permitiu. O porta-retratos com sua família voltou ao lugar, nem mesmo por um segundo desviou seus olhos.

─ O diretor Uzumaki ligou solicitando uma resposta, quanto ao desenvolvimento do próximo projeto. O que devo dizer?

─ Peça para aguardar mais dois dias - havia se esquecido de seu projeto vinculado a empresa Uzumaki. Nada certo, apenas mais uma ideia que logo seria arquivada. Ultimamente tudo que iniciava não passava do papel, a empresa se afundava junto a seus problemas, tornando-se um caos.

─ Ah! Senhor. Os sócios da Konami Corporation, em agradecimento pelo desenvolvimento do novo jogo, mandou esta carta - retirou o envelope de sua pasta e o entregou nas mãos do Uchiha - Com licença.

Fugaku estava pouco interessado ao conteúdo daquela carta, suspirou cansado ao abrir o envelope. Dentro continha apenas um cartão com um curto agradecimento e três ingressos para as fontes termais - Onsen, não tinha tempo para regalias, deixou os ingressos sobre a mesa e tentou se concentrar nos papeis.

Contudo, as letras pareciam sumir pouco a pouco e logo não compreendia mais nada. Passou as mãos sobre os cabelos, contendo um ataque de nervos, a partir dali já tinha ideia de que não conseguiria terminar a analise ou qualquer outra coisa que exigisse decisões imediatas.

─ Pai? Bati na porta umas cinco vezes e não respondeu...

─ Não ouvi - murmurou - Algum problema?

─ Bem...

─ Sem rodeios Itachi - encostou suas costas na cadeira de maneira relaxada.

─ É sobre minha noiva, Washu. A contratação dela ainda não foi enviada ao RH. Pai, o senhor não confia em mim? - seus olhos demonstravam preocupação.

─ Mais do que em mim mesmo, meu filho - apoio os cotovelos sobre a mesa entrelaçando as mãos a frente do rosto - Itachi tem certeza do que esta fazendo? Não quero que uma garota atrapalhe em sua carreira, nem mesmo interfira em seu desempenho.

─ Pai - suspirou relaxando os ombros - Eu sempre fui o melhor no colégio, na faculdade e aqui. Mas chega um momento que ao refletir em toda minha carreira, imagino como seria se - assim como você teve a mamãe - alguém torcesse por mim, mostrasse todo seu apoio e dissesse sinceramente se fiz as escolhas certas - pela primeira vez desde que entrou para a faculdade, sentia vontade de expor ao seu pai seus verdadeiros sonhos - Talvez hoje estivesse voando - sorriu ao lembrar-se de seu maior sonho - Mas não me arrependo do que sou hoje, pois foi por ser quem sou que pude conhecer a mulher da minha vida.

Fugaku viu em seu filho o mesmo adolescente que refletia no espelho a pouco mais de 30 anos, perdidamente apaixonado e sem qualquer receio de suas escolhas. A certeza brilhava em seus olhos, não havia um futuro sem aquela que povoava seus pensamentos, seus sonhos, beirando a loucura. Era engraçado como antes mesmo de dizer seus sentimentos a ela, já havia sonhado com diversas maneiras de construir uma vida ao lado daquela mulher, e após 25 anos de casados nunca se quer supos a hipótese de não tê-la.

─ Pai, eu tenho mais do que certeza, muito além - Itachi sorria como uma criança que acabara de ganhar diversos doces.

─ Eu acredito - observou a mesa e seus olhos caíram sobre a ficha de sua mais nova nora - Mas isso não significa que vou aceitar este seu casamento relâmpago. Reveja seus conceitos, Itachi. Quem casa, quer casa - suas mãos ágeis deslizaram a caneta sem hesitação sobre a única linha, entregou o papel ao filho e voltou a apoiar seu corpo na cadeira.

─ Sei muito bem disso. Meu casamento vai acontecer, o senhor quer queira ou não - Itachi o encarou irredutível - Entretanto, não vim aqui para falarmos deste assunto. Há outro motivo.

─ Qual seria? - rendeu-se, apesar dos pesares, seu filho já era um adulto de 25 anos e não mais uma criança.

─ Andei pensando, muito, alias. E acho que tenho a solução para você e a mamãe reatarem - Fugaku franziu o cenho arqueando uma das sobrancelhas. Mais uma vez Itachi abriu seu grande sorriso confiante, atraindo o interesse do patriarca.

oOo

Após o expediente, Itachi ligou com certa pressa para o irmão, o mesmo demorou um pouco para atender, porem assim que o fez sua presença foi exigida a frente do Onsen.

─ E por que raios temos que nos encontrar nas fontes termais?

─ Foi um presente. Seria desrespeitoso recusar.

─ Então vá você e ele, oras!

─ Tsc. Deixa de ser imbecil! Papai quer passar um tempo com os filhos, além do mais, tenho uma noticia pra te contar.

─ É só falar - incentivou impaciente.

─ Sasuke! - brandou.

─ Ok, chego lá em... algumas horas.

─ Ótimo - encerrou a chamada.

No inicio seu pai discordou prontamente de sua ideia genial, contudo um pouco de tempo e persuasão, e todos os seus planos caminhariam. No fim, para contribuir ainda mais ao bem estar do patriarca, insistiu em utilizar o presente, a qual Fugaku fez questão de deixar de lado.

─ Itachi, eu não vou - ralho pela quinta vez.

─ A questão não é querer, precisa relaxar. Há quase trinta anos que o senhor somente trabalha, e esta... - chacoalhou os ingressos no ar - É uma boa oportunidade.

─ Certo - suspirou deixando os papeis que tentava ler sobre a mesa - Vamos antes que eu me arrependa - pegou seu terno e o vestiu.

Com outro de seus grandes sorrisos, Itachi seguiu o pai ate o estacionamento, a partir dali, cada um adentrou em seu carro e partirão em direção a casa de banhos.

No meio do caminho Sasuke ligou resmungando sobre algo como " Se tivesse meu carro de volta, não estaria quase morto depois de andar mais de 2km" Itachi riu das reclamações de seu irmãozinho e o respondeu com um simples " Me espere onde esta" demorou alguns minutos, mas logo encontrou o Uchiha emburrado algumas quadras próximo a sua casa.

─ Demoro - acusou entrando no carro.

─ Calado - retrucou.

─ Vai se ferrar Itachi! Que noticia é essa que você tem pra conta?

─ Irmãozinho, vou me casar - foi direto.

─ Isso brincadeira, né? - Sasuke não foi capaz de se segurar, gargalhou ate que sua barriga doesse.

─ Não Sasuke, é serio! - ignorou o fato do mais novo achar graça.

─ Porra Itachi! Que tipo de droga você uso nessa viagem? - o sorriso sumiu deixando apenas uma expressão de incredulidade estampar em sua face.

─ Nenhuma - respondeu seco.

─ Então que caralhos você esta fazendo? Tem certeza que é mulher? - era incredível, seu irmão que sempre o repreendeu pela falta de juízo, agora, agia completamente como ele, ou pior.

─ Tenho. E para de fazer pergunta tosca - irritou-se - Washu é uma mulher perfeita, sei que é difícil de acreditar mas.... nos apaixonamos em pouco tempo e temos a plena certeza do que queremos.

─ Essa é aquela tal garota que você foi buscar? - ainda não conseguia compreender o irmão, talvez nunca o entendesse.

─ É, sim...

─ Você enlouqueceu - murmurou balançando a cabeça negativamente.

─ Pelo menos eu tenho coragem de admitir meus sentimentos e não fico agindo como um covarde egoísta - contrapôs.

─ Ta falando de que? - franziu o cenho.

─ Me diz você? - indagou - Estou de saco cheio de te ver fingindo que não gosta da Haruno.

─ Mas eu nã-

─ E pior, alimentando esperanças da Uzumaki - deu uma pausa. Sasuke estava com os olhos fixo na janela, parecia inerte em seus próprios devaneios - Você vai acabar se ferrando, Sasuke.

─ Não me lembro de pedir sua opinião - sua voz soou baixa, foi incapaz de esconder a frustração - Cuida da sua vida, que eu cuido da minha.

O silencio predominou ate que chegassem, Sasuke desceu primeiro, ainda de cara amarrada. Fugaku esperava na porta, e assim que se encontravam lado a lado adentraram. A recepcionista os recebeu com um belo sorriso, fez seus registro e mostrou o caminho ate a sala de troca de roupas.

A sensação acolhedora os envolveu em um picas de olhos, a água permanecia na temperatura ideal relaxando cada musculo.

Fugaku não sabia como demonstrar, mas estava feliz, pois depois de tantos problemas, a melhor das soluções se encontrava ali ao lado de seus filhos.

─ Faz quanto tempo que passamos um tempo juntos? Uns 10 ou 15 anos? - perguntou Itachi sereno - Ah! Isso aqui é ótimo. Se lembra, Sasuke, de quando papai nos levou a cachoeira em Kyoto?

─ Não - murmurou.

─ Ah! Acho que você era muito pequeno - suspirou pensativo - Foi ótimo dia, aquele. Você se lembra pai?

─ Lembro. Sua mãe simplesmente planejou tudo e nos expulsou de casa, alegando que precisávamos ter um momento entre pais e filhos - um sorriso pequeno surgiu em lábios.

─ Mamãe sempre pensando em nós...

─ Desculpe - Fugaku suspirou fixando os olhos em qualquer ponto - Não estou sendo um bom pai. Me desculpe.

Itachi olhou de soslaio para o irmão que, tentava inutilmente esconder suar incredulidade.

─ Tudo bem pai. Sabemos que tudo o que faz é para nosso bem, não é Sasuke? - tocou o ombro do mais novo. Sasuke fitava água, seus olhos direcionaram ao pai que, parecia estar ansioso por uma reação.

─ É, pai. Ta tudo bem - um sorriso quase impercetível formou-se em seus lábios.

A conexão de pai e filhos não era perfeita, como quando eram pequenos. No entanto, naquele momento um novo recomeço se estabeleceu.

─ Sasuke - chamou Itachi.

─ Hm?

─ Tenho outra noticia pra você.

─ Fala!

─ Papai e eu concordamos em deixar você ocupando meu lugar na empresa. Será apenas ate o dia da cerimonia, quero acompanhar os mínimos detalhes do casamento - por alguns minutos Itachi esperou por uma resposta ou qualquer reação.

Sasuke permaneceu inexpressivo, o choque havia sido grande demais para que seu cérebro pudesse processar. Abriu a boca diversas vezes, ate que finalmente se levantou, pegou a toalha e enrolou sobre a cintura com pressa.

─ Sasuke! - Fugaku o repreendeu.

─ Esqueça Itachi, e vá se ferrar - virou-se furioso e saiu a procura de suas roupas. Poderia aguentar as baboseiras de Itachi e as broncas de seu pai, Mas nem se o amarrassem trabalharia naquela empresa.


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Notas finais do capítulo

Uou 'o' Este veio pegando fogo né Hehe O que acharam da Washu? E este beijo do Gaara, hm? Mikoto e Fugaku nem se fala :s

Pessoal, quero dizer que mesmo que quem participou e não tenha ganho premio, não seja por isso, Pati-chan e eu estamos sempre disponíveis a saber suas opiniões, compartilhar ideias e ate mesmo conversar sobre SasuSaku, Naruto, entre outros assuntos, Não se sintam acanhados :)

Gente preciso dizer que me sinto órfão nas notas finais depois que o concurso acabou T.T

Sem mais delongas, Até domingo. Beijos



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