Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 26
Someday


Notas iniciais do capítulo

Yoo!! Primeiramente Pati-chan e eu agradecemos as fofurinhas que comentaram no capitulo anterior, muitíssimo obrigada, Vocês com certeza deixam nosso dia mais feliz *------* Haruno Saky, GabbySaku, Washu Hime, Ana Oliver, Guarana com rolha. Obrigada, muito obrigada mesmo. Este capitulo Pati-chan e eu dedicamos a vocês com o mesmo carinho e dedicação.


ENFIM....

LEITORES FIQUEM ATENTOS AS NOTAS FINAIS, POIS AINDA TEMOS UMA SURPRESA PARA OS PARTICIPANTES DO CONCURSO!

Vamos as respostas do capitulo anterior
1.Após saírem da boate e pegarem um ônibus, para onde Naruto levou Hinata?(não se confundam pessoinhas)
R: Naruto levou Hinata a barraca de ramén.( Eu disse para não se confundirem u.u )
2.Qual o signo do Sasuke?
R; Leão
3.Qual é a profissão da Karin?
R: Karin é dona de uma loja de roupas ou seja, vendedora, comerciaria, empresaria. Qualquer descrição com a mesma denominação esta correta.

Quem fez pontinhos? A tabela será postada amanhã em meu jornal.

Bora ler!



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Capítulo XXVI

"Eu aprendi que não

posso escolher como me sinto,

mas posso escolher

O que fazer a respeito."

( Shakespeare )

Algum dia

Os amigos ali presentes observavam a porta por onde Sakura acabara de passar como um furacão. Kizashi e Mebuki tentaram impedi-la com perguntas aleatórias sobre o que havia acontecido, no entanto, apenas receberam o silêncio em respostas e uma densa preocupação.

Em seguida Gaara surgiu com o rosto ainda avermelhado.

─ Peço desculpas. Uma urgência no hospital está ocorrendo, vida de médico é tudo menos tranquila - brincou antes de se despedir. Apesar de estar nervoso e louco para correr atrás de Sakura, não ousou demostrar, se o fizesse apenas preocuparia ainda mais a todos - Obrigado, o jantar estava ótimo. Agradeça a senhorita Yamanaka em meu nome.

─ Eu que agradeço. Vou leva-lo até a porta - Kizashi o acompanhou. Assim que chegaram a porta prosseguiu - Peço desculpas por Sakura não estar aqui para se despedir... Acho que estou a sobrecarregando.

─ Eu...

─ Bem, não quero atrasa-lo ainda mais.

Gaara suspirou aliviado por não ser exigida uma resposta sua. Sentia-se culpado e agora responsável por qualquer coisa que ocorra com Sakura. Odiava mentir, mas foi necessário. Ino já estava sofrendo o inevitável, e ele não causaria mais dor permanecendo ali.

O clima tenso pairava sobre o jantar, que antes esbanjava sorrisos.

─ Uau, nunca comi tanto - soltou Naruto com um arroto.

─ CADE SUA EDUCAÇÃO SEU FILHOTE DE CHOCADEIRA? - disparou Kushina com um soco na cabeça do Uzumaki.

─ Ai - reclamou passando as mãos sobre a cabeça - Isso dói.

─ Ótimo - sorriu - Agora vamos comer a sobremesa - exclamou alegrando a todos. Kushina foi até a cozinha, abriu a geladeira e quase depois de meia hora tudo se encontrava revirado - MEU SANTO DOS CHOCOLATES PERDIDOS, UM ROUBO ACONTECEU AQUI!

─ Roubo? - indagou Minato.

─ A sobremesa sumiu - todos exclamaram com um "O" perplexo - PESSOAL... VAMOS PROCURAR! - declarou - NÃO PODEMOS DEIXAR A PARTE MAIS IMPORTANTE SER SURRUPIADA POR ALGUM DESPROVIDO DE SANIDADE MENTAL!

─ Kushina - Minato a cutucou - Pare de chamar nossos amigos de retardados, meu amor.

─ NÃO ME INTERROMPA INIMIGO - apontou para o marido - EIS AQUI UM CRIME QU... Ei! - Minato tampou a boca da esposa, com um sorriso sem graça.

─ Chega meu amor, chega. Você exagerou no vinho outra vez.

─ Mas eu só tomei duas taças - mostrou cinco dedos e gargalhou.

Ino entrou quando todos estavam distraídos com a bagunça de Kushina. Todos estavam sorrindo e parecia não ter percebido o que aconteceu do lado de fora.

A Yamanaka caminhou até Naruto que estava um pouco mais afastado e lhe fez um pedido.

─ Naruto, você pode me levar para casa? - o Uzumaki estranhou o tom de voz manso.

─ Aconteceu alguma coisa, né - afirmou. Ino nada disse - Tudo bem, me espere lá fora. Vou avisar meus pais.

Naruto falou com seus pais rapidamente, não lhe deu grandes explicações e estas não foram necessárias, podia ver no olhar de sua mãe que ela compreendia que algo havia ocorrido. Com um beijo ambos se despediram. Ele havia se oferecido para buscar os pais na volta, porém eles disseram que não era necessário preferiam por pegar um taxi.

oOo

Já do lado de fora, Naruto seguiu ate o carro abrindo a porta para que sua amiga pudesse entrar. Algo em sua fisionomia o incomodava profundamente, nunca tinha visto Ino daquele jeito. Ela parecia tão perdida e confusa.

Enquanto dirigia em direção a casa da moça deixou que o silencio toma-se conta do ambiente. Em um breve momento ao olhar para a garota ao seu lado pode ver grossas lágrimas deslizarem por seu rosto silenciosamente

─ Ino? Está tudo bem? - indagou receoso.

─ ... - secou as lágrimas com a manga da camisa - Ah, está sim - forçou um sorriso.

─ Você sabe que pode confiar em mim, né? Posso não ser a melhor pessoa do mundo ou a mais inteligente, mas eu me importo com você. Somos amigos - curvou os lábios em um sorriso reconfortante.

Ino sentiu seu coração falhar uma batida, não queria falar sobre aquilo com ele, mas Naruto parecia tão acolhedor. Permaneceu em silencio por alguns minutos. A dor era maior, ela precisava falar com alguém .

─ Naruto? Por que ninguém nunca se apaixona por mim? - observou a paisagem sem ter coragem de desviar os olhos.

Ele a observou cautelosamente. Tinha receio de dizer qualquer coisa que acabasse a machucando. Seria tão bom se Sakura estivesse ali, ela sempre sabia o que dizer.

─ Você está falando do médico da Sakura?

─ Sim - respondeu debilmente - Eu planejei tudo. Fiz para o jantar a melhor comida possível, do jeito que minha mãe me ensinou - sorriu sem animo - Eu disse a ele tudo que eu sentia. Sei que era cedo pra sentir algo por ele, mas amor não se explica, não é mesmo? - soluços escapavam por sua garganta - Mas ele já amava alguém... Ele ama a Sakura - socou o acento do carro. Por alguns minutos tentou conter a dor em seu coração, respirou fundo e voltou a falar - Quem pode culpa-lo? Sakura é uma garota incrível. E por isso não consigo ter raiva dela... Eu queria poder culpar alguém, alguém que não fosse eu mesma.

─ Por isso ela estava estranha - sussurrou para si mesmo enquanto via passar em sua mente a cena de Sakura saindo as pressas de casa.

─ Eu sei que parte da culpa é minha - sorriu sem graça enquanto enxugava as lagrimas que insistiam em cair - Graças a minha incrível habilidade de me apaixonar rapidamente. Mas, será que é tão ruim assim se apaixonar por mim? Por que eu nunca sou a escolhida? - abraçou seu próprio corpo - Eu só queria ao menos uma vez não ser a garota de coração partido.

Naruto parou o carro subitamente. Não podia mais ouvir aquilo.

─ Ino - Segurou o rosto da amiga a forçando olhar para si - Você não tem problema nenhum. É uma garota maravilhosa que qualquer cara adoraria ter ao lado. Você é divertida, engraçada, protetora, uma amiga incrível. Sempre está lá quando Sakura precisa. apoiando em todos os momentos, me ajudou sempre que precisei. Se lembra do dia que você se vestiu de menino? - riu ao se lembrar da cena - Tudo pra que eu não acabasse reprovando em matemática. Você tem um coração de ouro e se eles não conseguem ver isso o problema é eles - puxou a garota contra si a envolvendo em um abraço acolhedor.

Ino aconchegou-se nos braços do loiro deixando que toda a dor fluisse por seus olhos. Mais calma, Ino afastou-se e depositou um suave beijo no rosto do amigo .

─ Obrigada Naruto - sorriu - Hinata tem muita sorte de ter alguém como você - enxugou os resquícios de lagrimas presente em seu rosto - Agora deixa de viadagem e dirige esse carro. Estou cansada e preciso dormir .

Naruto sorriu enquanto voltava para a estrada, o restante do caminho se seguiu em completo silencio. Quando estacionou em frente a casa simples de dois andares, despediu da amiga com um forte abraço e a viu entrar. Enquanto saia com o carro não pode deixar de pensar em Hinata. Será que ela alguma vez já havia chorado por ele? Sentiu seu coração se contrair, almejava nunca tê-la feito sofrer, mas se já tivesse, passaria o resto de sua vida a fazendo feliz para compensar cada lagrima que a fez derramar.

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Assim que chegou no quarto que foi reservado especialmente para ela, a primeira impressão era que seria maior que o necessário. Quando as caixas foram sendo empilhadas e os moveis posicionados, duvidou de sua percepção. O dojo era uma replica perfeita de sua casa em Tokio, pois seu pai exigia como prioridade respeito a tradição.

Mas, aos seus olhos o local tradicionalista não tinha harmonia alguma com a cidade moderna que é Nova York. Na verdade nem ela mesmo parecia se encaixar.

Retirou alguns porta retratos de uma caixa media, ali estava toda sua família e amigos. Pegou um dos diversos quadros em mãos deslizando seus dedos sobre a imagem de Naruto Uzumaki. Seu sorriso contagiava ate mesmo a pessoa mais solitária sem mesmo ter um motivo.

Lembrava-se perfeitamente quando se conheceram. Era primeiro dia de aula, quinto ano. Sempre foi muito tímida, mas adorava fazer novos amigos, mesmo sendo atrapalhada com as palavras e deixando suas frustrações transparecerem em suas bochechas coradas. O Uzumaki chegou a sala sendo apresentado pela professora como aluno transferido para sua quarta escola, mais tarde descobriu o porque. Naruto não escondia o quanto era hiperativo e gostava de aprontar, sorria ate mesmo quando era levado para diretoria e fugia após levar suspensão.

Admirava aquele garotinho de cabelos espetados como raio de sol que parecia não conhecer a palavra tristeza, mas sentia medo de aproximar-se e ser tachada como baderneira. No entanto, ele era inalcançável com sua alegria desmedida, tão oposto de si que logo desistiu daquela ideia boba.

Ingênua, cega. Ela apenas enxergava o que deseja ser. Somente quando sentiu curiosidade em persegui-lo, que pode ver que durante o intervalo Naruto se sentava sozinho e observava as outras crianças brincarem, seus olhos azuis brilhavam com uma vontade contida de estar junto a elas. Suas tentativas eram falhas e em seu rosto refletia a mágoa. Um sentimento que era substituído pelo prazer das travessuras.

Não tinha coragem para se aproximar. E esta foi a primeira vez que implorou por algo para Sakura e Ino, mesmo que o Uzumaki tenha se enturmado por meio delas, ela estava feliz, pois não estava mais sozinho.

Ao completar 15 anos seu pai a presenteou com um dojo, ate que estivesse pronta seria treinada para ser líder e tomar conta de parte dos negócios da família. A responsabilidade exigia um grande esforço, para isso, o tempo com os amigos foi reduzido.

Nunca escondeu de ninguém que a tradição que se seguia a séculos pelo sangue Hyuuga sempre seria seu orgulho. Por esta razão desde muito cedo sabia exatamente que caminho seguir.

Entretanto, nunca imaginou que conviver com seus amigos, com Naruto. Surgiria o sonho de estar na faculdade.

Compreensivo, um acordo com Hiashi foi estabelecido. E com toda certeza jamais iria se arrepender de ter tentado. Suas raízes foram mais fortes, poderia ter se perdido em meio a realizações que apenas sentia curiosidade, mas quando sonhos e vontades foram postas na balança com "o que quero ser?" Não houve dúvidas ou qualquer hesitação.

Seus olhos vagaram até a janela aberta, debruçou sobre o parapeito e ali pode observar o campo de treinamento, em uma média de 80 homens seguiam um sincronismo de golpes, pareciam formigas trabalhando em conjunto para o bem de uma geração.

A arte de movimentos sutis, foi criada para auto defesa e nunca o contrario, aprenderá que a destreza e o controle da mente é o princípio de tudo. Assim como Hiashi dizia: A força não provém da capacidade física. Vem do desejo da alma.

Ao menos percebeu quando lágrimas traçava caminhos imaginários por suas bochechas.

─ Espero conseguir cumprir seu último pedido, meu pai...

─ Hyuuga-san - alguém bateu na porta a despertando de seus devaneios.

Hinata caminho, ainda dispersa, até a porta de correr. Antes de abrir retirou as poucas lágrimas que restaram escondendo qualquer vestígio de tristeza.

─ Sim? - a sua frente uma mulher de longos cabelos negros vestia um cheongsam top woolen branco de mangas longas e desenhos assimétricos. A vestimenta oriental surpreendeu Hinata.

─ Yuhi Kurenai. Shihandai que lhe dará suporte até que minha presença não seja mais necessária - apresentou-se curvando seu corpo em reverência e respeito.

─ Ce-certo - incerta Hinata curvou-se brevemente. Havia perdido o costume por liberdade de seu pai. Entretanto, em Nova York seu clã parecia lutar arduamente contra o jeito americano de ser.

─ Kurenai-Sama - ofereceu a palavra - Dirija-se a mim como: Kurenai-Sama - repetiu em repreensão, balançou a cabeça a medindo dos pés a cabeça - Agora tenho a certeza que Hiashi perdeu qualquer resquício de razão.

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Quando saiu de casa para caminhar, jamais imaginou que encontraria Sakura perambulando pela rua. Almejava encontra-la, mas nunca pensou que seu desejo seria atendido. Distraído, tentava esvaziar sua mente enquanto a imagem da garota lhe perseguia, por um tempo achou que era loucura, depois culpa, no fim percebeu que não sabia o que era aquilo. Talvez fosse um castigo de Deus por ele tê-la feito sofrer.

Foi arrancado subitamente de seus pensamentos ao ver fios róseos dançando no ar, carregados pelo vento. Pensou que estivesse sonhando ou pior delirando. Seus lábios a chamaram instintivamente antes mesmo que sua mente tivesse alguma ideia do que estava acontecendo, no entanto, ao ver aqueles olhos teve certeza que não estava louco.

Ninguém no mundo possuía aquele brilho, nem mesmo a melhor das alucinações. Sentiu seu coração se contrair ao ver as lágrimas acariciarem o rosto pálido. Perturbado, a envolveu em seus braços na tentativa de absorver a dor que ela sentia, naquele instante daria tudo para vê-la sorrir.

Ele nunca foi bom em consolar as pessoas, se sentia tão perdido quando alguém chorava ainda mais quando este alguém tinha cabelos cor-de-rosa . Cada lágrima daquelas belas esmeraldas causava uma dor dilacerante em seu peito.

Enquanto se levantava, Sakura inspirava profundamente na tentativa de guardar o cheiro dele em sua mente, aquele perfume lhe trazia algo tão reconfortante, algo quase mágico. Quando enfim se separaram sentiram falta do calor do corpo um do outro.

─ Des-desculpe - o choro cessará, mas os soluços ainda permaneciam audíveis.

─ Está tudo bem - sorriu enquanto prendia uma teimosa mecha de cabelo que insistia em cair sobre os olhos da garota - Você quer me contar o que aconteceu?

Sakura recusou balançando a cabeça negativamente.

─ Muito bem - suspirou frustrado - Acho melhor eu te levar para casa.

Sasuke começou a andar quando teve seu braço agarrado. De cabeça baixa Sakura cobria sua boca com a manga da camisa na tentativa de conter os soluços, lentamente levantou a cabeça e focou seus olhos no rosto do Uchiha.

─ Eu não... Por favor não me leve para casa - lágrimas já começavam a brotar em seus olhos.

─ Hm - observou a garota em silencio tentando imaginar o que havia acontecido - Que tal um sorvete? - tornou a andar com a mão da garota presa em seu braço.

Quando ambos chegaram a sorveteria, o lugar pareceu muito acolhedor com pequenas mesas e cadeiras coloridas, desenhos infantis tomavam conta das paredes. Um homem vestido de casquinha de sorvete os recebeu de braços abertos.

─ Bem vindos a sorveteria Amor maior - sorriu largamente - O que o casal gostaria de pedir ?

─ Nós não... - Sasuke foi interrompido pela rosada

─ Vamos montar nossos sorvetes, Sasuke - apertou fortemente o braço do rapaz. Seus olhos brilhavam de uma maneira quase infantil - Gosto de fazer meus próprios sorvetes - sorriu

Sasuke deu de ombros enquanto caminhava em direção a geladeira onde poderiam montar seus sorvetes. Sakura saltava de um lado para o outro escolhendo um pouco de cada, seu pote devia conter mais de 20 sabores diferentes de sorvete, fora as balas, chicletes, confetes e caldas.

Sasuke escolheu apenas dois sabores, morango e creme. Já caminhava em direção ao caixa quando teve seu copo arrancado de suas mãos.

─ O que pensa que está fazendo? - tentou alcançar a garota que despejava litros de chocolate e balas no recipiente.

─ Estou deixando seu sorvete mais doce - sorriu

─ Mas eu não gosto de doces!

─ O QUE? - seu queixo teria caído se não estivesse muito bem colada em seu maxilar.

─ Eu não gosto de doces - repetiu tomando o copo de volta. A surpresa da garota fez um leve rubor dominar sua bochechas.

─ Hm... Isso explica muita coisa - deu de ombros.

─ O que quer dizer com isso? - ergueu a sobrancelha desconfiado.

─ Quero dizer que sua falta de doce explica você ser meio azedo - mostrou a língua.

─ Você não devia dizer isso ao cara que vai pagar seu sorvete - sorriu vitorioso enquanto deixava a Haruno zangada para trás.

Enquanto pagava pelo sorvete, Sasuke aproveitou para avisar Mebuki que estava com Sakura. Achou melhor deixar a mãe despreocupada e garantir que não teria sua cabeça arrancada ao chegar a casa dos Haruno. Do jeito que o pai da garota era, ele podia muito bem acusa-lo de sequestrar sua filha.

Ao encerrar sua ligação caminhou em direção a rosada. Permaneceu em silencio ao degustava seu sorvete, incrivelmente doce. Estava tão disperso que ao menos percebeu quando seu rosto tornou-se alvo de algo extremamente gelado.

─ Ai meu Deus - cobriu a boca surpresa - Desculpe Sasuke.. Eu não...- não pode terminar sua frase, pois uma bola de sorvete foi atirada em seu nariz - Sasuke! - uma guerra de sorvete começou naquele instante. Sakura levava vantagem por seu sorvete ser maior que o do Uchiha, contudo, graças a sua ótima pontaria Sasuke estava se saindo muito bem.

A diversão deles foi interrompida pelo homem casquinha, que os colocou para fora a pontapés, mas não sem antes fazer Sasuke pagar pelo prejuízo causado.

Do lado de fora, ambos riam compulsivamente, nunca em toda sua vida Sasuke havia feito algo como aquilo.

oOo

Mesmo a contra gosto, Sakura deixou que Sasuke a leva-se para casa. Seus pais já deviam estar preocupados com seu sumiço e ela não queria deixa-los triste.

Os dois caminhavam lado a lado quando uma forte chuva começou a cair. Sasuke retirou sua jaqueta puxando Sakura para protege-la, evolveu em seus braços escondendo-a em baixo do agasalho na tentativa de evitar que acabasse pegando um resfriado. Abraçados, caminharam até a casa dos Haruno.

Ao bater na porta essa foi rapidamente aberta. Mebuki e Kizashi pareciam aliviados ao verem a filha. Mesmo tendo sido avisados que ela estava com Sasuke a preocupação não deixava de rondar suas cabeças.

─ Sakura meu amor - ambos envolveram a filha em um abraço apertado - Obrigada Sasuke - sorriu docemente para o rapaz.

─ Não precisa agradecer senhora Haruno - sorriu de volta - Bem... Eu já vou indo agora - se virou em direção a rua quando seu nome foi chamado.

─ Espere Sasuke - impediu o garoto antes que ele fosse - Por que não dorme aqui essa noite? Já está bem tarde e você tomou muita chuva - Mebuki o olhou como uma criança na loja de doces, seus olhos brilhavam implorando por uma resposta positiva.

─ Não precisa senhora Haruno - virou-se, porém mais uma vez foi interrompido

─ Por favor - segurou o braço do garoto - Kizashi não vai se importar. Não é mesmo querido? - direcionou seu olhos pidões ao marido.

─ Claro - pronunciou entre dentes enquanto um sorriso assassino tomava conta de seus lábios.

Sasuke fingiu não perceber o olhar assustador do senhor Haruno. Estava cansado demais para andar até em casa e graças a rosada todo o dinheiro que trouxe consigo ficou na sorveteria.

─ Sendo assim eu aceito - deu de ombros voltando a entrar na casa.

Alguns minutos depois Sasuke já estava em seu antigo quarto. Roupas encontravam-se dobradas sobre sua cama, ele devia ter esquecido elas ali. Tomou um banho quente e se aconchegou em baixo dos lençóis, quando estava quase dormindo percebeu que sua porta estava sendo aberta cuidadosamente.

Sakura entrou de fininho no quarto, não queria que ele acordasse nem que a achasse louca, ou pior uma tarada. Só não queria estar sozinha, não naquela noite.

Devagar deitou na cama e escondeu-se em baixo dos lençóis. Deixou que um suspiro de alivio escapasse por seus lábios quando conseguiu concretizar seu plano sem acordar ninguém.

─ Sakura - a voz rouca a fez tremer.

─ Ah, Oi Sasuke - sorriu sem graça - O que faz aqui?

─ Eu é que pergunto. Afinal este é o meu quarto - arqueou a sobrancelha.

─ Oh, é mesmo - fingiu estar surpresa - Nem percebi - riu sem graça.

─ Por que não me diz o que esta realmente fazendo aqui, morango - virou-se para ela apoiando sua cabeça sobre a mão.

─ Eu... - mordeu seu lábio - Só me deixe ficar aqui Sasuke... Por favor - levantou seu olhar permitindo que o rapaz vissem as lágrimas que começavam a brotar em seus olhos.

Sasuke a analisou em silencio por alguns instantes. Sabia que se a deixasse dormir ali acabaria morto ou pior castrado, mas como a colocaria para fora? Ele não seria capaz. Naquele instante percebeu que jamais seria capaz de expulsa-la de perto de si. Com um sorriso nos lábios aproximou-se da garota.

─ Tanto faz - a envolveu em seus braços e com um suave beijo lhe desejou boa noite.

Sakura se sentia tão acolhida, protegida, inteira. Tudo que queria naquele momento era estar ali com ele e naquele momento se sentiu normal de novo. Como se tudo de ruim que houvesse acontecido não passasse de um longo pesadelo.

♥。・゚♡゚・。♥。・゚ESPECIAL・。♥。・゚♡゚・。゜♥

Não muito distante dali em uma pequena cabana, uma garota de longos cabelos negros descansava em sua poltrona na companhia de um de seus livros favoritos.

Mergulhada encontrava-se nas páginas de seu livro já surrado pelo tempo. Nunca se cansava de reler as aventuras do Pequeno Principezinho que com seu amor e inocência transformou o mundo a sua maneira.

Distraída, foi arrancada de seu pensamentos ao ouvir estranhos barulhos vindo da cozinha.

Apoio seu livro sobre a mesa e seguiu em direção ao local de onde vinha o barulho. Ao chegar no recinto notou a presença próximo da geladeira de uma garotinha vestida com roupas pretas e uma touca que cobria boa parte de seus cabelos.

─ O que você está fazendo? - indagou a garotinha morena enquanto se aproximava cautelosamente.

─ Hm? - devido a surpresa a pequena ninja caiu no chão - Pati-chan? - abaixou a colher que havia pego as escondidas para usar como arma.

─ Yo Karol-chan - sorriu largamente com a boca toda suja de algo cor de rosa

─ o que é isso na sua boca?

─ É... Hmm... o que é isso na minha boca? - forçou uma risada - Oras, claro que são meus dentes.

─ Você está comendo algo - olhou desconfiada - Não é o que estou pensando, né?

─ Depende. Se você estiver pensando o mesmo que eu acho que você está pensando, não é nada do que penso - coçou a cabeça confusa.

─ Pati-chan, não enrola - apontou para a mancha cor de rosa sobre a bochecha - Você comeu o mousse - afirmou.

─ Mousse? Que mousse? Eu não vi nenhum mousse de morango com pedacinhos de Kit Kat deliciosos e... Eu não sei nem o que é mousse - seus olhos desviaram para um ponto qualquer.

─ Não minta pra mim mocinha - apoiou as mãos sobre o quadril - Tem morango na sua bochecha e chocolate na sua roupa - Agora me diga, onde você conseguiu esse mousse? - arqueou a sobrancelha desconfiada.

─ Eu... Bem... Hm...Eu que fiz?! - sorriu amarelo

─ Vamos ver - observou a cozinha a sua volta - As paredes estão intactas, sem sinal de incêndio, não a sujeira no chão nem louça na pia. Você está mentindo de novo - lhe dirigiu um olhar inquisidor fazendo a garota tremer.

─ Eu não roubei da casa dos Haruno, se é o que você está pensando - olhava para os dois lados em buscar de um local por onde pudesse fugir

─ Eu não estava pensando nisso até agora. Espera aí, não me diga que você? PATI-CHAN! - exclamou incrédula.

A pequena ninja arregalou os olhos, ali era o fim da linha.

─ Pernas, pra que te quero! - em poucos segundos restou apenas uma nuvem de fumaça.

─ Pelo menos a Pati-chan foi boazinha e deixou um pedacinho - colocou uma colherada do mousse na boca - Hmm... delicia - pegou a forma e voltou a ler seu livro.


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Notas finais do capítulo

UHUSHUS *////* Só tenho a dizer que " ta ai" o motivo da Pati-chan não aparecer hoje. Sorry u.u

Shihandai - Significa mestre substituto.
Cheongsam top woolen - É uma vestimenta. Pode se comparar como um tipo de blusa elegante. Link>> http://www.elegente.com/media/catalog/product/cache/1/image/9df78eab33525d08d6e5fb8d27136e95/1/3/13127685911_1.jpg

CHEGOU A HORA!!!

PESSOINHAS QUE PENSAM QUE O CONCURSO JÁ ESTA PERDIDO, PRESTEM ATENÇÃO O/

Ultima postagem de perguntas, porem, não será como antes.
5 perguntas serão feitas, no entanto, vocês responderam apenas 3.
Cada pergunta contem uma pontuação diferente de 3,5,6,8 e 13 pontos.
As pontuações são aleatórias,

Entenderam?
Vocês escolhem as perguntas que irão responder, mas não saberão quanto cada uma delas vale. É um tiro no escuro que poderá dar a oportunidade de quem tem poucos pontinhos ter chance de concorrer as premiações e quem esta nas primeiras colocações ter muito cuidado.

Vamos as perguntas:

1.Que roupa Kizashi usou no dia de seu casamento?
2.Qual o signo da Sakura?
3.Que música tobi cantou ao entrar em pânico?
4.Como Mikoto e Ori se conheceram?
5.Para que Mikoto invadiu a sede da akatsuki as escondidas?

Que a sorte esteja com vocês, pois quando voltarmos no próximo domingo iremos anunciar as três vencedoras!

Música de hoje - Someday - IU

Ja disse que amo vocês?



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