Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 25
Because I'm stupid


Notas iniciais do capítulo

Hellllooo leitoras e leitores fofos, maravilindos e cheirosos. Senti saudade de vocês e estava prontinha pra morder cada um, mas a Pati-chan brigou comigo T.T ( mesmo assim vou dar só uma mordidinha u-u ) Enfim, GENTE EU ME SINTO ÓRFÃO?! Esta semana terminei de ler uma trilogia incrível, LEIAM, serio, meninas que curtem um romance entre vampiros, com uma mistura de mistério e originalidade, mega recomendo: Como se livrar de um vampiro apaixonado.
CHEGA DE PROPAGANDA!!!

Pessoal, quero agradecer por cada comentário, Pati-chan e eu estamos com o tempinho curto para responder a todos, mas, lemos cada palavrinha e piramos com tanto carinho. Antes que eu chore, amo todos vocês o/

Washu-chan sua fofa maravilinda, eu sei que a Pati-chan ja te agradeceu, mas eu ainda quero dizer quão excepcional foi para nós receber uma recomendação sua. Não tenho palavras, estou mega feliz. Só te digo uma coisa - se prepare que eu ainda vou te morder :p

Agora sim, vamos as respostas *o*/
1. Quem foi a primeira pessoa que a Sakura encontrou ao chegar na faculdade ?
R: Naruto
2. Quais foram as fantasias que Mikoto e Ori escolheram para os nossos seguranças ?
R: Zorro, Rapunzel e Cowboy.
3. O que Kushina fez com o Naruto quando ele tentou contar seu segredo sobre MK?
R: Amarrou ele e o colocou no guarda-roupa do Sasuke.

Quem fez pontinhooss?? Amanhã a tabela estará atualizada no meu jornal.

Bora ler meu povo que o capitulo de hoje esta pegando fogooo!!!



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Capítulo XXV

"Aprendi que não posso exigir

O amor de ninguém...

Posso apenas dar boas razões para que

Gostem de mim...

E ter paciência

Para que a vida faça o resto"

( William Shakespeare )

Porque eu sou estupido

Há quase uma semana que Naruto não saia de casa, desde o dia em que Hinata foi embora não via sentido algum em sair do quarto, a luz da sua vida estava agora do outro lado do mundo por isso estava decidido a nunca mais sair dali.

Enquanto abraçava seu travesseiro, onde tinha colado uma foto de sua amada, ouviu sua porta ser esmurrada e derrubada por uma mulher ruiva, suas cortinas bruscamente foram abertas quase o fazendo ficar cego com a forte luz que invadiu o ambiente.

─ Ai! - usou o travesseio para proteger seus olhos.

─ Naruto levanta dai agora, antes que eu arranque seus cabelos e faça uma peruca com ele - enfurecida Kushina puxou o coberto do filho quase o derrubando no chão com tamanho força.

─ Não - choramingou

─ Eu sei que você amava aquela garota, mas você é muito jovem para morrer de inanição por culpa de uma paixonite - sentou-se ao lado do filho na cama.

─ Inani o que? - franziu o cenho confuso - Não importa, não é uma paixonite - levantou-se bruscamente - Eu a amo com o fogo de mil sóis.

─ Você está citando Shakespeare? - o olhou desconfiada.

─ Não mãe. Eu estou citando um poema da Hinata - corrigiu orgulhoso de sua poetisa.

─ Filho esse poema é do Shakespeare e não da Hinata... Quer saber, deixa isso pra lá - deu de ombros - Ino ligou nos convidando para um jantar na casa da Sakura, ela disse que se você não for ela ficará muito triste.

─ Não quero ir - deitou-se envolvendo seu corpo com o coberto.

─ NARUTO UZUMAKI! Levante agora dessa cama! - exigiu perdendo a paciência - Você está fedendo, seu quarto está fedendo e tem um rato comendo pizza na sua escrivaninha - apontou para o rato que correu de medo do olhar feroz da mulher de cabelos ruivos - Hinata foi embora e pronto. Você fez o que podia e não deu. A vida é assim, não é nenhuma fabrica de realizações de desejos. Ou você supera isso ou então toma vergonha nessa sua cara, levanta dessa cama e lute por aquela garota. Corra atrás dela até vence-la pelo cansaço. Hinata é uma lutadora, ela vem de uma família de lutadores e se tem uma coisa que é inadmissível é que ela namore um molenga que nem você - bufou.

─ É ISSO! - levantou-se em um salto com um largo sorriso estampado no rosto - Você está certa mãe - pulou nos braços da mulher a abraçando fortemente.

Ele precisava ser um lutador. Hinata era uma mulher forte e doce, ela precisava de um homem forte que pudesse a apoiar quando precisasse e ele seria isso. Ele seria tudo que ela precisasse pois tudo que ele precisava era dela

─ Eu sempre estou certa - beijou seu ombro direito e saiu do quarto sorridente enquanto o filho começava a arrumar tudo .

♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。゜♥

A poucos dias o senhor e a senhora Haruno haviam decidido, por também influencia de Tsunade que, por decorrência da condição instável de Sakura a melhor escolha seria parar de frequentar a faculdade por período indeterminado.

A conversa durou poucos minutos, envolvendo a pequena família em um terrível clima tenso. Mebuki chorava pedindo pela compreensão da filha, que ainda incrédula, trancou-se no quarto irredutível.

Ao final da tarde Kizashi tentou mais uma vez aborda-la, não obtendo sucesso. Mesmo que um sentimento ruim o incomodasse durante o restante do dia, uma faísca de esperança era visível diante aquele problema.

Assim como em todas as manhãs Sakura esqueceria qualquer tipo de acontecimento anterior. Sua mente brincaria com lembranças vagas e entrecortadas, a realidade se mistura com os sonhos restando apenas um quadro branco. O presente sempre seria um vácuo mórbido, sem memórias, sem experiências ou sentimentos.

A manhã logo veio, Sakura pouco se lembrou do acidente, mencionou o nome de Sasuke como um mantra logo ganhando uma tremenda dor de cabeça. As imagens iam e vinham confundindo sua sanidade, forçando a encontrar um ponto de equilíbrio. Contudo, com a teimosia da Haruno era o bastante para que a mesma seguisse seus instintos e procurasse por respostas dentro do criado mudo.

A capa escura de couro parecia engolir o símbolo central de um leque branco e vermelho, cores tão vivas e chamativas que, seus olhos não ousaram titubear. Um diário, recheado por informações, um deleite para sua mente confusa.

─ Uchiha Sasuke - o nome forte formigou entre seus lábios.

Seu cociente repetiu diversas vezes as mesmas sílabas lhe trazendo conforto e um outro sentimento que não soube decifrar.

Seu íntimo a alertara de que seria necessário mais, mais do que anotações para suprir sua curiosidade. Sua cabeça latejou outra vez montando um filme em completa desordem. Estava cansada de tentar, pois tudo parecia ir além de sua compreensão.

─ Ei, Sakura, esta tudo bem? - a voz preocupada de Ino lhe trouxe de volta a realidade - Está pálida. Sakura! - sem que a loira pudesse perceber guardou com pressa o diário de volta em seu lugar.

─ Eu... eu estou bem porquinha - balbuciou com os olhos perdidos - O que faz aqui em pleno domingo?

─ Vamos descer e tomar uma água - arrastou-a até a cozinha buscando por um copo, assim que o entregou com uma mistura de açúcar, sal e água, prosseguiu - Se sente melhor?

─ Estou bem - repetiu.

─ Hm. No que estava pensando - cruzou os braços encostando seu corpo a pia de mármore - Você parecia estar longe, em outro planeta.

─ Ah, é? - fingiu estar surpresa - Não era nada importante - desviou os olhos para um ponto qualquer na janela.

─ Sakura você sabe que...

─ O que veio fazer aqui tão cedo? - mudou abruptamente de assunto.

Ino mordeu os lábios com a dúvida de insistir ou apenas deixar para outra hora, Sakura estava claramente inquieta e não pode deixar de se preocupar.

─ Hoje farei um jantar entre amigos, tia Mebuki ja deixou e você também aceitou - conhecendo-a como conhecia, sabia que Sakura nunca voltaria a tocar no assunto. Por um breve momento sua mente ralho a condenando por agir mais como uma mãe do que como amiga, confiaria em Sakura, confiaria em sua promessa de que; sempre poderiam contar uma com a outra.

─ Se é entre amigos, tudo bem - concordou.

─ Mal posso esperar para ver aquele médico gato - suspirou de olhos fechados - Se lembra dele testuda, Doutor Gaara.

─ Médico gato... Doutor Gaara? - franziu o cenho confusa.

─ Certo, esqueça. Melhor não forçar sua cabecinha, pode começar a sair fumaça - apontou para a testa da Haruno enquanto segurava-se para não rir.

─ Porca - a repreendeu, não tinha gostado nem um pouco daquela brincadeira.

─ Ok, Ok. Precisamos começar a preparar tudo, não tente fugir dona Sakura, você irá me ajudar - ditou sorridente.

─ Mas eu não sei fazer nada Ino, nem mesmo ovo frito - não era como Ino, que sempre foi fascinada pela cultura da gastronomia.

─ Mas sabe fazer miojo então pode muito bem fazer Yakisoba - a lógica da Yamanaka era coisa de outro mundo, quase surreal.

Sakura desistiu de procurar por argumentos que justificassem sua falta de interesse em cozinhar. Com a ajuda de Ino, que verificava a água da panela com um termômetro, sem hesitar jogou todo o pacote de macarrão.

─ Sakura - a repreendeu - Corte os legumes e vê se não arranca o dedo.

─ Isso eu sei fazer - provocou.

Ino ignorou o sorriso forçado de Sakura, voltando a se concentrar no cardápio. Queria impressionar os convidados, principalmente Gaara. Aquele era o seu campo, sabia exatamente o que fazer ─ o processo de cada alimento, o cuidado sobre os temperos e a ousadia quando necessário ─ a gastronomia em um todo era o seu mundo.

Primeiramente iria temperar os pedaços de lombo de cordeiro ao caldo de carne vinho e alho. Em seguida o deixaria na geladeira por duas horas. EmRESERVA deixou um tipo de farofa de hortelã, manteiga, alecrim e pão triturado para que assim pudesse propor aquela deliciosa crosta, crocante por fora macio e suculento por dentro.

A seguir iniciou o preparo da sobremesa, era somente colocar um copo de iogurte natural, duas caixas de creme de leite e uma de leite condensado e um pacotinho de suco de morango, bater tudo no liquidificador e por fim montar em uma forma de fundo falso uma camada de chocolate Kit Kat picado, despejando por cima metade do mousse para dividi-lo com uma outra camada de morangos e por cima restante do mousse o cobrindo com um pouco mais de Kit Kat. Era tão simples sua receita que a faria de olhos fechados. Após deixar a sobremesa na geladeira, Ino se juntou a mesa com os olhos fixos na garota de cabelos róseos e olhar perdido.

─ Terra para testa de marquise - estalou os dedos despertando-a de seus devaneios - Se continuar assim juro que não vou hesitar em fazer pressão psicológica.

─ Só estava tentando me lembrar...

─ Se lembrar do que testuda? - apoio os cotovelos sobre a mesa deixando o peso de seu queixo sobre as mãos, comparar-se-ia a uma criança curiosa.

─ De tudo - suspirou com pesar - Se aquele calendário estiver certo, eu perdi muita coisa.

─ Nem tanto, seu acidente aconteceu a seis meses. Isso não é ruim se você ver que a rotina de todos a sua volta continua a mesma, isso significa que nada mudou, não é? - por um instante pode ver um fio de esperança nos olhos esmeraldinos, mas logo se foi.

─ Há pessoas que não reconheço como..

─ Sasuke e Gaara - completou - Se você se lembra deles isso significa que de alguma forma são importantes pra você, Ou apenas estiveram em contato por um longo tempo.

─ Você sabe de tudo Ino, por que não me ajuda? - sua pergunta soou como uma súplica, um pedido sofrido de quem estava a beira de um abismo.

─ Não sou apropriada - sorriu com ternura - Tudo que posso lhe dizer é que sobre Sasuke saberá tudo o que quiser naquele diário e Gaara... - seu sorriso foi sumindo aos poucos.

Ino se levantou voltando ao preparo do Yakisoba para o almoço. O silêncio se prolongou até a hora que os pais de Sakura chegaram.Trocaram cumprimentos e deliciaram-se da comida.

─ Como estão indo meninas? Estou ansiosa para saborear os pratos feitos por Ino.

─ Estamos indo bem tia Mebuki.

─ Se precisarem de ajuda é só chamar - disse empolgada.

─ Tudo bem mamãe, podemos fazer isso sem ajuda.

Mebuki concordou não interferindo mais com seus palpites. Logo após terminarem, os Haruno seguiram para o quarto deixando as duas novamente sozinhas.

─ Porquinha - a chamou distraída em lavar a louça.

─ Fala testuda - murmurou.

─ O que sente por esse... Gaara?

─ Acho que fui enfeitiçada - deixou escapar um sorriso mínimo - Não tenho certeza de nada, mas, quero tentar.

─ Tentar o que? - franziu o cenho confusa.

─ Vou falar com ele durante o jantar, enquanto todos estão na mesa - seu sorriso cresceu em seus lábios - Torça por mim.

─ Claro. Esta com medo?

─ Pela primeira vez em minha vida estou sim. Em meu estômago parece ter milhares de borboletas dançando uma batida eletrônica -RIU de seus dizeres.

─ Vai dar tudo certo, porquinha - suas mãos se uniram nas de Ino passando toda confiança que lhe cabia.

─ Acredito nisso, agora vamos andar logo com isso que ainda temos muito a fazer.

O restante da tarde terminaram de preparar os pratos a serem servidos, arrumaram a mesa com uma toalha vermelha de pequenas bolinhas brancas, colocaram um arranjo bonito de camélias, crisântemos e amor-perfeito.

─ O que significam - apontou Sakura para o belo arranjo.

─ Camélias vermelhas significam reconhecimento. Crisântemos significa felicidade, mas um pensamento ainda mais profundo a flor branca de verdade e sinceridade. E amor-perfeito ja diz tudo, é um verdadeiro símbolo de amor duradouro - a Yamanaka sorria envolvida pelo conhecimento das flores, sua família herdará de gerações a gerações uma floricultura de grande marco para o país, conhecida por sua expansiva variedade.

Sakura se sentiu contagiada por cada um dos significados, até mesmo as flores tinham seu lugar especial.

Após darem uma arrumada geral na sala, ascenderam a lareira deixando ainda mais confortável e aconchegante, espalharam alguns pufes e deixaram tocar baixinho música pop americana.

Estava quase tudo pronto, apenas faltava o último prato, Ebi Sakamushi. Ino subiu para tomar um banho deixando os últimos toques com Sakura, alegando que com a receita em mãos não havia erro.

─ Certo, camarões? Confere! Cebolinha Verde? Confere! Saquê? Confere! Sal? Confere! Cominho? Cadê o cominho? - procurou nas prateleiras e não encontrou - Cominho é um pouco apimentado, então acho que pimenta será a mesma coisa - concluiu picando cinco pimentas dedo de moça e colocando sobre o camarão - Prontinho, agora é só colocar no vapor - sorriu ao sentir o aroma - Acho que isso aqui vai ficar melhor que aquele cabrito da Ino.

Assim que terminou preparou a mesa, deixando os pratos apresentáveis, Assim como a Yamanaka a ensinou.

As horas pareceram voar e já estava anoitecendo, sinal de que deveria ir se aprontar.

oOo

Quando a campainha tocou, Ino saiu na frente abrindo passagem para Naruto, Kushina e Minato, logo atrás veio Tenten, Temari e Shikamaru. Cumprimentou um a um e pediu que se dirigissem a sala, onde os Haruno os aguardavam.

─ Sakura - a puxou para a roda de amigos - Vou te apresentar a alguns amigos - A rosada assentiu tímida - Está de coque é a Tenten, ela é da sua sala na faculdade. Vocês já se conhecem - Tenten a cumprimentou com um abraço cauteloso - Está é Temari, faz gastronomia comigo e você também a conhece - Temari se aproximou e apertou Sakura em um abraço forte e caloroso - E este é Shikamaru o namorado dela - ele apenas assentiu em um cumprimento.

─ Prazer em conhecer a todos - disse Sakura em um cumprimento geral.

A campainha tocou mas uma vez, Mebuki se prontificou a atender.

─ Olá Kakashi. Gai também veio com o adorável Lee, que ótimo. Entrem, por favor - deu passagem aos vizinhos.

─ Obrigado por nós convidar senhora Haruno, fico grato - pegou uma das mãos de Mebuki e depositou um beijo suave, seus olhos direcionavam ao rosto da Haruno sem o mínimo de pudor.

─ Kakashi, vejo que já está atacando novamente - puxou a esposa para si quase a fundindo com seu corpo - Soube da minha nova arma? Uma AK47. Estou louco para estreá-la, a alguns guaxinins que eu adoraria exterminar e quem sabe colocar sua cabeça na minha parede. O que acha? - sugeriu com um tom de cinismo.

─ Com toda certeza poderíamos combinar o dia e a hora. Ficaria honrado em sair para caçar com o ex-Capitão da Guarda Cultural - lhe devolveu o sorriso.

─ Não se esqueça que estou apenas de licença, um substituto sempre será um substituto.

─ Não foi o que me disseram ao me promover - pontuou - Veja só Mebuki, ganhei até uma medalha - Kizashi rangeu os dentes irritadiço, estava pronto para socar a cara daquele Hatake de meia tigela.

─ Querido, por favor se acalme - Interferiu - Kakashi, entre e conheça nossos amigos - assim que o grisalho sumiu de seu campo de visão a Haruno voltou a direcionar seus olhos ao marido - Nem mesmo comece Kizashi - o parou elevando sua mão diante do rosto do marido - Já disse para não lhe dar ouvidos.

─ Aquele rato asqueroso estava dando encima de você, eu não poderia ficar calado - rebateu como uma criança mimada.

─ Eu me casei com você homem, esqueça essa rixa que já dura séculos.

─ Tudo bem. Mas só se eu ganhar uma recompensa - sorriu.

Mebuki balançou a cabeça negativamente e aproximou-se para depositar um beijo cálido sobre os lábios do marido.

oOo

Sentados em um pufe, Sakura e Naruto conversavam sobre trivialidades, tentando a todo custo ignorar os suspiros longos e sofridos de Ino.

─ Porca, para com isso.

─ Agora o apelido faz sentido - cutucou Naruto - Por que essa cara?

─ Ele ainda não chegou - suspirou mais uma vez.

─ Esqueça Naruto, acho que Ino esta apaixonada por um tal de Gaara. Parece que ele é o Doutor que cuida de mim - explicou.

─ Hm. Eu sei bem como é - apertou levemente o ombro da loira - Só te digo uma coisa, não vai passar. Você vai passar dias se sentindo menor que uma formiga enquanto esse sentimento somente cresce, te consome e te engole como um urso faminto e...

─ Calado seu baka, eu não vou ficar como você - grunhiu.

─ Só estava tentando ajudar - reclamou

─ Não quero conselhos de um baka - cruzou os braços emburrado.

─ Olha ai Sakura-chan, olha quanta ingratidão - apontou para a Yamanaka ofendido.

─ Naruto deixa...

Sakura não pode terminar, a campainha tocou novamente a interrompendo. Ino saltou do pufe correndo até a porta, não deixaria ninguém atender, assim que abriu encontrou o homem mais lindo e gostoso que já havia visto em toda sua vida.

─ Gaara - conteve um gritinho de alegria - Que bom que veio.

─ Agradeço pelo convite senhorita Yamanaka, com toda certeza não poderia recusa-lo - a cumprimentou com um beijo nas costas de sua mão.

─ Por favor entre - lhe deu passagem. Os pais de Sakura logo vieram cumprimenta-lo, conversaram por alguns minutos até Gaara procurar fios róseos por cima da cabeleira loira de Mebuki. Assim que encontrou se dirigiu a ela.

─ Olá, senhorita Haruno.

─ Olá...- ela o observou pensativa, o reconhecia de algum lugar. Seu coração bateu mais forte e ela não soube que tipo de sentimento era aquele, em meio segundo perdeu-se no mar esverdeado que era seus olhos, no emaranhado vermelho sangue de seus cabelos e por fim o toque de seus dedos longos e pálidos puxando com tamanha delicadeza sua mão para leva-la aos lábios. O beijo pareceu durar horas, em câmera lenta afastou a boca, deixando um rastro pecaminoso e quente.

─ Sou Gaara, seu médico - ousou enfatizar.

─ Acho que me lembro vagamente de você - respondeu debilmente. Era mentira, Seu nome lhe pareceu familiar por toda a tarde, mas seu rosto era desconhecido.

─ Vagamente? - sua voz soou quase como uma ofensa, porém, rapidamente se recompôs - Seus resultados saíram, Tsunade e eu estudamos seu caso , ele é complicado, mas acreditamos ter um tratamento que pode ajuda-la...

Sakura o abraço com todas as suas forças, não sabia se sorria ou chorava.

─ Obrigada.

─ Os tratamentos ainda são incertos, mas..

─ Obrigada Gaara, eu não sei como te agradecer. Não sei mesmo - declarou emocionada - Não importa o que eu tenha que fazer, irei me sentir eternamente grata a você .

─ Sakura - Gaara estava surpreso, não pela gratidão exagerada dela, mas sim pela intensidade que seu coração batia, tão rápido, tão forte. Suas mãos formigavam ao hesitar em retribuir o abraço, no entanto o desejo de toca-la era tão grande quanto sua vontade de beija-la ali mesmo.

Percebendo que Gaara se mantinha imóvel, Sakura afastou-se constrangida.

─ Doutor...

─ Não, por favor, me chame apenas de Gaara - pediu.

─ Certo, eu...

─ Sakura, ai está você - Ino aproximou-se sorridente - Vamos servir o jantar, espero que goste Gaara. Curso gastronomia, então não ouse esconder as críticas.

oOo

Todos se juntaram a mesa curiosos para ver o que havia sido preparado.

─ Ino querida, que banquete maravilhoso - elogiou Kushina.

─ Obrigada, tudo graças a testuda aqui - abraçou a Haruno envergonhada - Bem, para entrada escolhi uma salada de frios, bem leve e saborosa. Em seguida temos o cordeiro e não cabrito - olhou de soslaio para a rosada - Um cordeiro ao vinho com crosta de ervas frescas servido com abóbora japonesa - todos fizeram um grande 'O' em admiração - Para completar temos um Ebi Sakamushi-Camarão ao vapor preparado por Sakura e para acompanhar não poderia faltar o arroz a grega temperado com porções de milho, ervilha, cenoura e uva passas - escancarou um grande sorriso - Para a felicidades de todos ainda temos a sobremesa, uma criação minha. Mousse de morango com Kit kat. Podem se servir!

Naruto não esperou nem mesmo um segundo é já estava montado seu prato de pedreiro. Aos poucos os amigos foram se servindo e deliciando-se com cada prato. Como uma verdadeira família, juntos se sentaram a mesa distribuindo sorrisos e gargalhadas.

Contudo, Ino apenas observava Gaara, cada gesto dele era considerado algo extraordinário, não perdia nem mesmo um único movimento. Sakura observava a ambos com um estranho incômodo em seu coração, era algo incomum que a deixava nervosa e inquieta. Estava tão perdida em seus devaneios que apenas quando viu Ino correr até Gaara em completo desespero que percebeu que o rosto do ruivo quase se confundia com seus cabelos.

─ Vem, vamos ate a cozinha - sem ao menos esperar o pegou pelo braço levando-o direto para a cozinha -Toma - entregou o copo com água - Está melhor?

─ Um pouco - murmurou. Sua boca ainda queimava em brasa, não duvidaria que pudesse soltar fogo assim como um dragão - Obrigado.

─ Ai meu Deus, o que você comeu? - acariciou o rosto dele preocupada.

─ Ebi Sakamushi, só não diga a Sakura - Ino sentiu um pouco de ciúmes, mesmo assim não ousou demostrar.

─ Vamos lá pra fora, um pouco de ar puro lhe fará bem - Gaara assentiu, ambos saíram pela porta nos fundos da cozinha - O tempo mudou - abraçou os próprios braços arrepiado pelo ar gélido.

Gaara apenas observava o céu sem estrelas, por alguns minutos permaneceram em silencio, porém, era quase impossível não perceber o nervosismo de Ino.

─ Não precisa ficar aqui fora, entre - sugeriu.

─ Não eu... Eu queria falar com você - ainda tímida aproximou-se de Gaara buscando segurar suas mãos.

─ Senhorita Yamanaka, não...

─ Só me deixe dizer, eu preciso dizer - seus olhos transmitiam sua agonia.

Gaara é um homem experiente, adulto e sabia exatamente o que estava acontecendo, queria evitar conflitos, mágoa e qualquer tipo de sofrimento, mas já era tarde, Ino já libertava seus sentimentos com uma coragem monstruosa, pois sentia as pequenas mãos apertarem as suas fincando as unhas na palma. Seus olhos azuis brilhavam em uma luta árdua para segurar as lágrimas. Sem ao menos que pudesse reagir, Ino o puxou colando seus lábios, suas mãos tremiam tentando unir seus corpos em uma súplica silenciosa para que correspondesse. Com sutileza ele a afastou pouco a pouco.

─ Senhorita, não faça isso - implorou.

─ Por um acaso você está...

─ Não há mais volta - a olhou nos olhos - Estou amando Sakura.

A porta da cozinha fez barulho como se tivesse sido solta sem intenção, Sakura observada perplexa, assustada. Quando Gaara avançou alguns passos em sua direção ela rapidamente sumiu para dentro, passou pelos convidados como um furacão saindo pela porta da frente sem rumo algum.

♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。゜♥

Como aquilo aconteceu? Como Gaara podia ama-la? Justo ela que mal se lembrava de onde o conhecia? Ele não podia ama-la. Não devia! Que futuro qualquer relacionamento teria ao lado dela? Namorar alguém e esquecer que o ama no dia seguinte, isso não seria injusto com ela, com ele, com qualquer pessoa.

As palavras do ruivo ainda perturbavam sua mente, não seria capaz de voltar para casa e encarar as pessoas a sua volta. O que diria a Gaara, o que diria a Ino? Sua melhor amiga que se esforçou tanto para fazer aquele jantar e com isso se aproximar do rapaz.

Distraída, caminhava pelas ruas da cidade sem rumo. Indo onde seu subconsciente desejasse leva-la, se sentia cansada demais até mesmo para pensar em um lugar para onde ir. Foi arrancada de seus pensamentos ao ouvir uma voz chamar sua atenção.

─ Menina?

Sakura observou a figura que acabara de lhe chamar. Uma idosa de corpo pequeno e encurvado, possuía um rosto abatido e olhos profundos, aparentava ter presenciado o pior do mundo e ainda sim sorria suavemente.

─ Sim? - sorriu docemente enquanto observava a senhora apertar contra si uma manta preta que cobria boa parte de seu corpo.

─ Você teria uma moeda para uma idosa poder se alimentar ? - pronunciou com a voz fraca.

─ Oh - vasculhou os bolsos em busca de algo encontrando alguns trocados perdidos no bolsa da calça e os entregou a mulher - Me desculpe por não poder ajudar mais, acabei esquecendo minha bolsa em casa.

─ Obrigada - sorriu satisfeita.

A senhora se preparava para ir embora quando Sakura tocou seu ombro suavemente.

─ Por favor, fique com isso - retirou seu casaco e o entregou a mulher, envolvendo-o em seus ombros - Ouvi dizer que a noite será fria hoje.

─ Obrigada minha jovem - Sorriu fracamente enquanto apertava com carinho a mão da rosada - Eu gostaria de agradece-la, se você me permitir.

─ Imagina, não é necessário - tocou o ombro da senhora em agradecimento.

─ Por favor me permita agradecer lendo seu futuro - segurou a mão da jovem.

─ Meu futuro?

─ Sim - abriu a mão da Haruno e passou a analisa-la cuidadosamente.

Sakura observava a senhora desconfortável. Nunca gostará muito de adivinhações, acreditava que o futuro devia ser uma surpresa, afinal de contas, essa era a graça da vida. Mas estava decidida a não ser indelicada, deixaria a mulher ler seu futuro e iria embora, até porque as adivinhações só eram verdadeiras para quem acreditasse nelas.

Ao ouvir um suave sussurro, despertou de seus pensamentos e passou a prestar mais atenção na mulher a sua frente.

Akai Ito!

─ O que disse? - observou a mulher que ainda olhava fixamente para palma de sua mão.

─ Chegou seu momento minha jovem. Dois homens, dois futuros. Você deverá escolher entre sua ALMA GÊMEA e o homem da sua vida– olhou para os olhos esmeraldinos - Alguém vai perder, alguém irá se machucar e você nunca mais será a mesma.

Assustada Sakura puxou sua mão bruscamente, o que ela estava dizendo? Sentiu seu braço ser agarrado com força, os olhos antes doce agora pareciam assustados, uma imensidão negra pronta para engolir quem se aproximasse dela.

Akai Ito!

Akai Ito – ao pronunciar tais palavras, Sakura sentiu sua mente ser invadida por aqueles olhos.

Imagens distorcidas passaram a dominar sua mente; parque, praia, chuva, neve, dia ensolarado, enchente, perda, corrida, garoto, akai ito... Akai Ito? Era isso! Aquela mulher era a voz que perturbava seus sonhos. Que lhe dizia para não deixar o garoto ir, mas quem era aquele garoto? O que era tudo aquilo?

─ Você logo saberá minha jovem, logo saberá - ouviu a voz dentro de sua cabeça dizer.

Sakura sentiu sua visão escurecer, sentia-se tonta e perdia quando retornou a si.

─ Sakura?

Virou bruscamente e quase foi ao chão, contudo, teve seu corpo amparado. Olhou para o rapaz a sua frente ainda perdida.

─ Sakura? Você está bem - tocou a garota preocupado - Você está congelando - a envolveu em seu braços aconchegando-a dentro de seu casaco.

─ Sasuke?

─ Em carne e osso - sorriu de canto - O que faz aqui, morango?

Sakura observou em volta, ela estava no parque, mas como havia ido parar ali? Será que estava tão distraída que nem ao menos percebeu onde estava? E a mulher? Para onde tinha ido? Ela havia sumido sem deixar rastros como se nunca estivesse estado ali.

Assustada, sentiu seu corpo se contrair. O que tinha sido tudo aquilo? O que aquela mulher tinha dito era verdade? Como poderia ser verdade?

Sua cabeça latejava e seu peito doía fortemente, em vão foi a tentativa de conter o choro, lágrimas rolavam de seus olhos silenciosamente a fazendo se sentir pequena e frágil diante de toda aquela situação.

Ao sentir as finas gotas tocarem sua camisa Sasuke sentiu seu coração se contrair. Ela estava chorando? Mas por que? Sempre imaginou que ao sair da casa dos Haruno, Sakura não teria mais motivos para chorar. Afinal, ele sempre fora o causador de todas as suas lágrimas

─ Ei está tudo bem, morango. Está tudo bem - acariciou os fios róseos - Eu estou aqui e sempre estarei - a apertou mais contra si depositando um doce beijo entre seus fios rosados - Eu estou aqui.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Como disse, o cap esta pegando fogo com grandes revelações 'O'
Para quem ficou curiosa(o) em ver os pratos apresentados no jantar aqui o link >> http://imgur.com/P0hXWyb

PESSOAL AVISO IMPORTANTE!

O concurso acontecera somente ate o próximo capitulo. Isso significa que no capitulo 27 os ganhadores serão anunciados o/
E a Pati-chan mandou um beijão para vocês :D

Vamos as perguntas!
1.Após saírem da boate e pegarem um ônibus, para onde Naruto levou Hinata?(não se confundam pessoinhas)
2.Qual o signo do Sasuke?
3.Qual é a profissão da Karin?

Ta facil, facil em. Que a sorte esteja com vocês.

Mais uma vez, obrigada por acompanharem. Amo vocês!

Música de hoje: Because I'm stupid - Kim Hyun Joong



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