Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 23
I'll be there for you


Notas iniciais do capítulo

Oi gente *---*
Como você estão ?
Aqui é a Pati (:
Primeiro quero começar agradecendo pelas mensagens fofas de força que vocês mandaram pra mim, infelizmente minha vozinha foi para o céu viver com os anjos por isso acabei atrasando o capítulo e não podendo estar presente na postagem do capítulo anterior mas saibam que não abandonei vocês e que sou muito grata a cada um por sua presença em nossa fic e por todo carinho que vocês mandam para mim e para Karol
Então agora vamos lá, as respostas do capítulo anterior são

1.Ao ser obrigado a ir ao shopping com sua mãe, o que fez Itachi fugir sem pestanejar?
Itachi fugiu quando sua mãe, Mikoto diva, decidiu por obrigar o rapaz a provar um belo vestido

2.Como Sasuke e Suigetsu se conheceram?
Sasuke e Suiguetsu se conheceram no meio de uma briga, isso por que nosso pequeno Sui estava levando uma surra de uns garotos malvados e nosso Sasuke foi lá para ajuda-lo

3.Depois de decidir não ir ao primeiro dia na faculdade, em que lugar Sakura levou Sasuke?
Sakura levou o Sasuke a um parque de diversões

E aí, acertaram ?
Não percam as esperanças temos mais perguntas pra vocês lá em baixo :D
Agora, boa leitura vejo vocês em breve !



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/570357/chapter/23

Capítulo XXIII

"Por mais que passe anos, quando nos pegamos na pior

a gente vai lembrar dos amigos que tínhamos quando criança.

A sinceridade que rolava , a verdade que existia.

Acho que nossos verdadeiros amigos sempre serão os de infância "

( Lucas Teles Pacheco )

Eu estarei lá pra você

Após finalmente Sakura adormecer, Ino levantou-se com cuidado da cama para não acorda-la, saiu de fininho e encostou a porta. Apesar de lutar o dia todo para que a amiga sorrisse, sabia muito bem que de agora em diante não seria fácil.

Conheciam-se desde muito pequenas, compreendiam uma a outra com um único olhar e nada mais bastava. Por isso, assim que chegou percebeu que a falta que Sakura sentia de Sasuke não era algo comum, um sentimento forte além da compreensão da Haruno começava a dar seus primeiros sinais.

Ino adentrou ao único quarto de hospedes fechou a porta e sentou-se na cama. Estava preocupada, contudo por um instante lembrou-se da conversa que havia acontecido a alguns dias.

─ Um caderno? – olhou confusa para o objeto em suas mãos. Não é um simples caderno, isto, é um diário! – a corrigiu. E o que quer que eu faça com isso?

─ Entregue a Sakura, ai contem todas as informações necessárias – sorriu.

Ino continuou a observar o caderno/diário confusa.

─ Sobre Sasuke, Ino – sussurrou o obvio.

A loira demorou alguns segundos, mas logo sorriu compreendendo.

─ Porque não disseram logo que era sobre.... Aquilo! Muito bem, quando devo leva-lo para Sakura?

─ Precisamos de uma oportunidade, uma da qual não pareça estranho um diário sobre Sasuke surgir do nada. Então, ao meu sinal daremos andamento ao plano, certo?

─ Certo! – responderam em um único som.

A primeira parte do plano pareceu dar certo, no entanto, pensando melhor não sabia onde estava com a cabeça quando concordou com aquela loucura. Sasuke apesar de parecer um perfeito galinha mulherengo, egoísta e mimado, tinha seus prós. Mas, não era suficiente, Sakura precisava de alguém melhor que, cuidasse dela e a protegesse, lhe desse forças e esperança de que suas condições atuais não seriam empecilho algum para ser amada, casar-se e realizar seus maiores sonhos: Ser mãe e formar-se em Medicina.

O celular sobre o criado mudo vibrou a assustando, o pegou desbloqueando a tela e verificando a nova notificação do seu Tinder.

E ai gata, nosso lance ainda esta de pé? – leu baixinho para si mesmo – Será que eu aceito sair com ele? Ai meu Deus, e se for um tarado maníaco? Não, claro que não... Mas e se... Não Ino, você não é mulher de “e se” - dizia para si mesma. Seu celular vibrou mais uma vez lhe chamando a atenção – Ok. Estarei com uma presilha em meu cabelo com formato de uma flor negra. – em confirmação o homem da qual Ino apenas sabia nome, idade e uma foto de perfil diante de um por do sol – que lhe escondia metade do rosto – mandou uma carinha feliz e a seguinte frase – Estarei com uma jaqueta preta para combinarmos, baby.

Um encontro às cegas. Repetiu mentalmente. Parecia não haver mal algum, era esperta e com toda certeza verificaria antes de se aproximar.

─ Hmm, Talvez deva levar a testuda comigo, só pra garantir – murmurou pensativa.

Após tomar um banho e trocar suas roupas por um pijama que pegou emprestado, deitou-se na cama não demorando a pegar no sono.

♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。゜♥

Quando Sakura acordou sentiu seu corpo paralisar, Ino a observava com um olhar esquisito, parecia um cão observando um frango assado na padaria. Com toda certeza ela aprontaria algo. A ultima vez que viu aquele olhar foi abrigada a se vestir de Carmem Miranda e dançar ao lado de sua amiga no show de talentos da escola. Só de pensar naquela cena seu rosto queimou intensamente.

Sakura sempre fora tímida e não gostava de chamar atenção, além da que já chamava naturalmente por conta de seus fios naturalmente róseos, mas depois daquele dia se tornou a garota mais falada do colégio, a famosa garota fruta.

Em um movimento rápido atirou-se para fora do colchão e se preparava para correr quando teve suas pernas agarradas por uma certa garota loira

─ Me larga porca! - protestou.

─ Nem pensar - apertou mais as pernas da rosada a fazendo cair no chão.

Ino aproveitou o descuido da amiga para puxar o cobertor que estava sobre a cama e envolve-lo em volta da rosada, quando terminou sentou-se sobre as costas da garota como se ela fosse um bezerro que acabará de ser laçado.

─ PORCA - debatia-se intensamente - Eu não vou!

─ Não vai aonde criatura? - olhou-a sem entender nada.

─ Não importa, mas eu não vou! - declarou firme - Posso estar mal da cabeça, mas reconheço esse seu olhar em qualquer lugar.

─ Poxa testuda, assim você me ofende - fingiu secar uma lágrima no canto dos olhos.

─ Nem vem, você não vai me convencer - rapidamente Sakura chutou uma cadeira próximo de si o que fez com que uma avalanche de roupas caíssem sobre a loira.

Por reflexo, Ino levantou-se na tentativa de conter o caos de roupa que se formava no chão do quarto, foi quando Sakura aproveitou para fugir deixando uma amiga encrencada para trás. Ao perceber o que acontecia Ino largou as roupas e correu pela casa a procura da rosada, no entanto, ouviu os delicados trotes de cavalo que a amiga emanava quando corria, seguindo em direção a escada.

─ SAKURA! - desceu correndo, pegando impulso atirou-se nas costas da rosada a fazendo cair de cara no sofá.

─ Ino - pronunciou entre os dentes - Sua porca obesa, sai de cima de mim!

─ Vamos lá testuda eu preciso de você - insistiu ignorando o insulto.

─ Ja disse que não - levantou-se derrubando a loira no chão - Caramba, Ino. Quantas toneladas você pesa?

─ Sakura... - começou a choramingar - Por que você faz isso comigo? Eu sempre fui uma ótima amiga, a melhor amiga que alguém poderia ter - enfatizou.

─ Ino, eu não... - aproximou-se na intensão de consolar a amiga.

─ Não importa - virou-se impedindo que Sakura se aproximasse - Deixa isso pra lá. Eu nunca quis te aborrecer, nem ser um estorvo pra você. Oh, justo eu que sempre fiz tanto por você, te ajudei a esconder essa marquise que você chama de testa, arrumei um encontro pra você com o cara mais gato da escola. Eu até menti para seus pais por você - mordeu a manga da camisa na tentativa de conter as lágrimas - Sempre te considerei uma irmã para mim, testuda. E agora tudo que peço é um favorzinho pequenininho - escondeu o rosto entre as pernas enquanto soltava audíveis soluços.

─ OK, ok - bufou - Eu vou!

─ Serio? - levantou em um salto abraçando a Haruno e a enchendo de beijos - Obrigada testudinha do meu coração - depositou um beijo estralado na bochecha de Sakura e afastou-se - Saímos em 20 minutos, não se atrase! - tocou a testa da amiga.

─ Eu te odeio - empurrou os braço da loira para longe de si. Emburrada cruzou os braços contra o peito.

─ Eu sei, eu sei - caminhou em direção a escada - Também te amo mana, também te amo.

♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。゜♥

Quando Karin chegou a mansão Uchiha tudo parecia silencioso demais. Em toda sua vida sempre admirará aquele local por ser a loucura que era, Mikoto sempre era tão animada, iluminando aquela casa como o sol ilumina o dia. Devagar subiu as escadas em silencio, não queria chamar atenção para si, com toda aquela quietude era capaz de o simples fato de ela estar respirando ser mais que o suficiente para os Uchihas mal humorados irem atacá-la.

Caminhou em direção ao quarto do moreno, quarto tão conhecido por si. Já nem sabia mais contar quantas vezes ela e Suigetsu dormiram naquela casa e se divertiram jogando vídeo game. Abriu a porta lentamente e aproveitou para admirar o belo rapaz que dormia suavemente. Aproximou-se da cama e tocou delicadamente os fios negros.

─ Parece até um anjinho dormindo - sorriu para si mesma - Pena que isso não é hora de ninguém dormir - agarrou os pratos da antiga bateria do moreno e começou a bater um contra o outro fortemente.

Apavorado Sasuke levantou-se com o coração batendo a mil, enrolou suas pernas no lençol e acabou por cair de bumbum no chão.

─ Mas que por...

─ Olá querido - sorriu - É bom ver você também.

─ Karin ?! Mas o que pensa que está fazendo? - levantou-se furioso.

─ Estou acordando o meu melhor amigo - sorriu de maneira cínica.

─ Ah, claro! Se você acorda seu melhor amigo assim, imagino como acorda seus inimigos - atirou-se sobre o colchão cobrindo-se novamente.

─ Não acordo meus inimigos, meu bem, eu os faço dormir eternamente- pousou os pratos no chão e caminhou em direção a cama deitando-se ao lado do moreno.

─ Hm - bufou ainda com sono - E o que é mesmo que você está fazendo aqui?

─ Eu estou aqui para levar meu amigo pra sair. Suigetsu me disse que você tinha voltado para casa. Devo dizer que fiquei ofendida de você avisar ele e não a mim, mas... - teve sua frase interrompida por um ronco -Sasuke? SASUKE? - bateu com força nas costas do rapaz deixando uma marca avermelhada sobre a pele branquinha.

─ Mas o que... - acordou assustado murmurando alguns palavrões.

─ Mas o que, digo eu! Você não deve dormir enquanto fala com uma dama - o advertiu irritadiça.

─ Ah, claro - bocejou - Quando a dama chegar me avise para poder ouvir o que ela está dizendo - virou de costas para a garota decidido a voltar a dormir.

─ AAH- atirou-se sobre o Uchiha o enchendo de cosquinha.

─ Ka...Karin pa...para - pronunciou em meio as gargalhadas.

─ Peça desculpa seu emo maldito! - intensificou as cocegas no ponto fraco do garoto, seu pés.

─ Sin...to mui...to - tentava recuperar o folego enquanto a ruiva afastava-se dele.

─ Ótimo. Agora vista-se, porque vamos sair. Acredito que agora você não está mais com sono - sorriu.

─ To fora, chama o cara de peixe - escondeu a cabeça em baixo do travesseiro.

─ Não dá! Suigetsu não pode sair, porque você quebrou o nariz dele - apontou o dedo em direção ao Uchiha.

─ Saco! Merda! Mas que cara... Argh. Da o fora daqui, preciso tomar banho! - ordenou a contragosto.

Sem dizer uma palavra Karin retirou-se do quarto, com um sorriso vitorioso nos lábios enfim ela poderia sair com seu amigo, como nos velhos tempos.

Vinte e cinco minutos depois, Karin e Sasuke já se encontravam dentro do carro da ruiva .

─ Onde a gente vai tomate?

─ Paciência pequeno gafanhoto, paciência - sorriu de canto.

Karin estacionou próximo a um enorme barracão, desceu rapidamente levando o moreno consigo.

Sasuke observava tudo atentamente, não se lembrava de já ter estado naquele lado da cidade por isso não conseguia ter a mínima ideia de que lugar era aquele porém a certeza de que acabará de se meter em uma confusão não o abandonava. Na verdade se tornava cada vez mais forte conforme via uma multidão de mulheres se acotovelando em frente a uma loja.

─ Karin? O que é isso? - indagou assustado.

─ Isso Sasuke é uma liquidação!

─ Uma o que? - não era capaz de acreditar no que acabará de ouvir.

─ Liquidação - sorriu enquanto puxava o rapaz para dentro da multidão enlouquecida.

─ E o que diabos estamos fazendo aqui? - seguiu a ruiva pela multidão até chegar em frente a porta de vidro.

─ Estamos aqui para comprar coisas para minha loja - explicou - Você não acha que aquelas coisas se compram sozinhas né?

─ Karin, você é doida? Você é rica não precisa disso - segurou-se para não ser esmagado entre a porta.

─ Você tem muito o que aprender sobre o mundo dos negócios, Sasuke - piscou para o rapaz - Olha, estas são roupas que vieram direto da fabrica, por isso tem um preço tão baixo. Investindo aqui minha margem de lucro é maior, além do mais, isso é super divertido.

Naquele instante as portas foram abertas, Karin desapareceu, enquanto ele era carregado por um bando de mulheres enlouquecidas. Admirado e assustado permaneceu paralisado observando mulheres se baterem por pedaços de panos sem valor algum para ele.

─ Sasuke, o que você está fazendo ai? - Karin o puxou pelo braço - Você tem que pegar as coisas se não eu não terei o que vender na minha loja.

─ Certo, mas o que eu deve pegar? - em toda sua vida nunca se sentirá tão perdido como estava naquele momento.

─ Qualquer coisa - foi tudo que a ruiva conseguiu pronunciar antes de sumir mais uma vez em meio a multidão.

Decidido a sair dali o mais rápido possível, Sasuke começou a caminhar em direção as araras, porém toda vez que alcançava alguma das roupas já haviam sumido como em um passe de mágica.

Depois de horas correndo, enfim, conseguiu alcançar uma peça, um sapato preto de salto, no entanto sua mão e a de uma mulher desconhecida tocaram o calçado no mesmo instante. Enlouquecida, a mulher puxava o sapato como se aquilo fosse um cabo de guerra, enquanto Sasuke o puxava para si, ele não podia sair dali com as mãos abanando, com certeza Karin o mataria. Em um momento de distração da mulher a empurrou contra uma caixa cheia de travesseiros, correu logo em seguida com o bendito sapato nas mãos. Ao chegar perto do caixa pode reconhecer a ruiva já próxima de realizar o pagamento, então aproximou-se lhe entregando o que havia conseguido.

─ Um sapato? - analisou minuciosamente - Muito bem Sasuke! Sabe, a primeira vez que Suigetsu esteve aqui tudo que consegui foi um belo machucado no braço - riu.

Sasuke sorriu de canto. Era bom saber que ele era melhor que seu amigo em algo mesmo que fosse em brigar com mulheres por um par de sapatos.

Já dentro do carro Karin observava Sasuke enquanto dirigia. Desde que saíram da loja pouco o rapaz falou o que a incomodou parcialmente, afinal era melhor tê-lo calado do que gritando consigo por conta do "passeio" que fizeram.

─ Sasuke?

─ Hm?

─ O que acha de pararmos para comer algo? - Indagou receosa.

─ Tudo bem, estou faminto - respondeu olhando para a janela.

Karin não pode conter um sorriso se Sasuke a respondera sem aquele bando de palavras monossílabas era um bom sinal. Parou o carro próxima ao parque de diversões, sempre adorará a comida daquele lugar. Ambos comeram lanches e pediram sorvetes de sobremesa, o que foi uma grande surpresa já que pelo que sabia o Uchiha sempre odiará doces. A ruiva puxou o rapaz para sentarem-se em um banco próximo a praça.

Sasuke não pode deixar de pensar na última vez que esteve naquele lugar com uma certa garota de cabelos rosas. Seus pensamentos começavam a voar em direção a ela novamente, quando teve sua atenção chamada por belas luzes que tomavam o céu. Fogos de artifício. Nem ao menos tinham notado a chegada da noite. Encantado, admirava o seu concentrado.

─ Sasuke? - chamou enquanto pousava sua cabeça sobre o ombro do rapaz.

─ Hm?

─ Obrigada - sorriu.

─ Disponha Ketchup, disponha - sorriu de canto.

Quando o espetáculo de luzes terminou Sasuke olhou para sua amiga e notou que essa adormecia sobre seu ombro. Não era de se admirar que ela estivesse cansada, se ele que conseguiu apenas um par de sapato encontrava-se esgotado imagina ela que fora capaz de encher 4 sacolas com roupas. Com cuidado, pegou a garota no colo e a levou em direção ao carro. Após a acomodar confortavelmente no banco do passageiro tomou a direção e seguiu a caminho da mansão Uzumaki.

Naquele momento ele tinha que admitir que se sentia feliz com aquele passeio. Karin e Suigetsu eram as pessoas que o faziam se sentir bem mesmo quando era levado para os lugares mais desprezíveis do mundo. Eles sempre foram os únicos que não possuíam nenhum laço sanguíneo com ele e podiam ser considerados realmente importantes, ao menos até pouco tempo atrás.

♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。゜♥

Juntas chegaram ao restaurante, o local era simples com algumas luzes em lugares estratégicos, mesas amadeiradas e aparência rústica.

─ O que estamos fazendo aqui porca? - desconfiada indagou.

─ Estamos indo a um encontro as escuras - sorriu.

─ Estamos? Não estamos nada! Eu não queria nem estar aqui - ergueu os braços indignada.

─ Ah, vamos lá testuda - abraçou o braço da amiga - Você não queria que eu viesse sozinha né? Vai que ele é um tipo de maníaco que pretende me sequestrar e me prender numa torre igual fizeram com a Rapunzel?

─ Se ele fizesse isso mereceria um prêmio - olhou a amiga com desdém.

─ Ai, essa doeu de novo, você anda muito malvada testuda. Deve ser de tanto conviver com aquele Uchiha bonitão.

─ Calada, porca!

Ino sorriu vitoriosa, sempre adorará irritar Sakura, se houvesse um prêmio para a pessoa que mais deixa sua amiga louca ela com certeza ganharia todos, isso se ela não fosse usada de modelo para a estatueta.

─ Vamos lá, agora para de ser chata e me ajuda a achar um cara de jaqueta preta.

─ Certo - bufou.

Após vasculhar o local duas vezes Ino já perdia as esperanças, quando teve seu braço puxado. Sakura sorria de maneira estranha, era um sorriso macabro quase vitorioso, foi quando ela apontou para um garoto encostado no bar que tudo fez sentido.

─ Nem pensar, eu vou embora daqui! – afastou-se após ver o único gordinho de jaqueta preta.

─ Ah! Mais não vai mesmo – Sakura a segurou pelo braço – Você não me carregou até aqui pra nada.

─ Mas ele não faz meu tipo – choramingou.

─ Eu não vim aqui pra saber se ele faz seu tipo ou não, eu vim pra ver se ele é um assassino e agora já sabemos que não. Olha só pra ele, está mais para um ursinho carinhoso do que para serial killer - sorriu.

─ Mas sabe testuda, eu acho que não é ele - forçou um sorriso amarelo - Vamos embora!

─ Pergunte, se não for nós vamos embora – sugeriu – Vou te esperar aqui fora.

─ Ta – murmurou palavras desconexas, emburrada, respirou fundo e caminhou receosa ate o homem que se distraia mexendo em seu celular – Com licença eu que...

─ Ino Yamanaka! – com um sorriso enorme no rosto, levantou-se e a puxou para um abraço apertado – Bah! você com certeza é muito mais gata pessoalmente – assoviou a medindo de cima a abaixo.

─ Juugo? – ainda tinha uma pontinha de esperança, jurava que ele negaria e enfim seu príncipe encantado entraria pela porta.

─ Claro, senta ae. Vamos pedir algo, já estou morrendo de fome – não espero por uma resposta, logo chamou o garçom – Já comeu aqui?

─ Já, uma vez – respondeu, ainda lutava para processar aquela informação.

Não que Juugo fosse feio, somente não correspondia as expectativa da Yamanaka. Seus cabelos alaranjados pareciam não ter um corte, apenas bagunçados, sua estatura não passava de 1,80 e, seu corpo não era nada atlético.

Após fazer seu pedido ao garçom, Juugo, que antes continha toda atenção no recheado cardápio, direcionou seus olhos a bela loira a sua frente.

─ Então, você é daqui mesmo? – pronunciou tentando iniciar um dialogo.

─ Sim – respondeu seca. Sentia-se desconfortável, frustrada e uma agonia sufocante a consumia.

─ Hm, eu não sei se notou, mas sou brasileiro – disse com orgulho - Vim para Tokio a uns 5 anos, mas ainda tenho sotaque.

─ É, deu pra perceber - murmurou distraída com o guardanapo.

Juugo prosseguiu com as perguntas, para ele Ino estava apenas sendo tímida, já que ambos eram desconhecidos um para o outro.

─ Olha eu... – estava preparada para ser rude, levantar-se e sair. No entanto, o garçom chegou posicionando seus pedidos a mesa e a interrompendo de fazer uma idiotice.

─ Senhorita, daqui a pouco trarei o seu pedido – alertou. Ino olhou para a mesa que continha um pouco mais da metade do cardápio.

─ Quer que eu te espere? – perguntou o alaranjado quase babando sobre a comida.

─ Pode comer – forçou um sorriso para convencê-lo.

Rapidamente Juugo atacou – os pratos – sem escrúpulos ou qualquer educação. Mastigava de boca aberta logo enfiando na boca o que viria a seguir.

Ino o olhou horrorizada, aquele encontro estava sendo um fiasco. Naquele instante jurou ter escutado Sakura lhe dizer um sonoro “Eu avisei” e em seguida gargalhar de sua desgraça.

─ Porca, ei porquinha – a voz de Sakura pareceu ficar mais nítida – Ino! – assim que olhou para a janela um pouco distante de onde estava, viu Sakura com o rosto vermelho de tanto rir.

─ Sua testuda filha da mãe – grunhiu nervosa.

─ Dixxe aarlguma cooixsxa Ino? – indagou Juugo de boca cheia.

A Yamanaka apenas fechou os olhos clamando a Deus que lhe desse paciência, pois se desse força mataria aquele homem que acabara de cuspir sobre ela enquanto falava.

─ Nada – grunhiu entre dentes.

─ Voxe quuer? – apontou para o hambúrguer em suas mãos.

Após Ino negar, contente, Juugo pegou o ketchup e o virou em sua comida, mas nada saiu. Aquilo parecia estar entupido, então deixou o que comia sobre a mesa e com as duas mãos chacoalhou o vidro. Em algum momento apertou o ketchup em suas mãos em direção a loira. Tudo aconteceu em câmera lenta, em um segundo Ino estava distraída tentando pedir ajuda a Sakura e no outro seu rosto e vestido estavam sendo manchados por algo vermelho.

─ Mas o que.... Ahhh, não! Já chega – levantou-se furiosa, seus olhos faiscavam, havia chegado ao seu limite – VOCÊ! – apontou para o homem que a olhava assustado – SERÁ QUE NÃO DA PRA COMER QUIETO? FALA SERIO! ALIAS, VOCÊ NÃO DEVERIA COMER ESSA QUANTIDADE DE GORDURA, OLHA SÓ – pegou uma fatia de bacon – ISSO AQUI AINDA VAI ENTRAR POR SUAS ARTERIAS E TE MATAR! TE MATAR ESTA ME OUVINDO? E OUTRA COISA, NÃO MASTIGUE COMO UM BOI

COMENDO CAPIM MANTENHA SUA BOCA FECHADA – todos do recinto observavam perplexo o escândalo da loira.

─ Ino...

─ E NÃO ME VENHA COM DESCULPAS, ARGH! ISSO NEM MESMO PODE SER CHAMADO DE ENCONTRO! - tudo que estava entalado em sua garganta havia sido dito. Seu coração batia descompassado sentindo a adrenalina em seu sangue, estava ofegante e tremia nervosa.

─ Calma, eu...

─ CALMA? CALMA NADA! VOCÊ MENTIU PRA MIM E PARA TODAS AS OUTRAS QUE ACREDITARAM NAQUELA SUA FRASE FAJUTA. " SOU O BRAD PITT DO FUTURO" AH! POR FAVOR.

─ É... garçom um copo de água, por favor – pediu ainda assustado.

Ino o olhou confusa. Neste momento era para ele gritar com ela e dizer que tudo aquilo estava sendo péssimo por culpa dela e depois ir embora a deixando se morder de raiva.

O garçom voltou com um copo de água em mãos, entregou a Juugo com medo do que a Yamanaka poderia fazer.

─ Toma – Ino pegou o copo e bebeu o liquido de uma só vez – Esta mais calma? É bem melhor quando liberta o que esta em seu coração não é? Agora vai se sentir mais leve e ira relaxar – comentou.

─ É – não sabia o que dizer. De que mundo aquele homem havia vindo? Observou Juugo continuar a comer e deliciar-se com cada prato. Logo que o garçom trouxe o seu, ambos permaneceram em silencio.

Do lado de fora, Sakura ainda estava de olhos arregalados e boquiaberta. Com toda certeza sua amiga estava morrendo de vergonha por iniciar tal cena. Porem, o que a deixou impressionada foi à maneira como o alaranjado lidou com todo o escândalo.

─ Uau, eu nunca imaginaria...

─ Nunca imaginaria o que? – a voz grave de alguém atrás de si soou próximo ao seu ouvido, em um súbito virou-se afastando-se de quem quer que fosse.

─ Calma, não quis assusta-la.

─ Quem é você?

─ Gaara... – apresentou-se.

─ Gaara? Já escutei este nome em algum lugar – franziu o cenho pensativa – Sabugo... não, não é isso... Chucaku... também não... Ah! Ja sei Shabaku – apontou para ele que a encarava com um sorriso encantador.

─ Sabaku – a corrigiu – Sabaku no Gaara.

─ Ah! Era isso mesmo. Mas, de onde nós conhecemos? – o olhou curiosa.

─ Sou seu medico senhorita. E devo lhe dizer que estou ainda mais curioso, nos relatórios constam que não se lembra de nada incluindo pessoas e lugares, e agora mesmo pude ver que ao mencionar meu nome seu cérebro a alertou que continha fatos sobre mim em sua memória. Estou impressionado.

─ Ah! Isso – riu sem graça – O mesmo aconteceu com Sasuke – ao dizer aquele nome seu coração falhou uma batida – Eu não consigo me lembrar de onde o conheço, mas sei que tem um papel importante na minha vida. Sabe, como um sexto sentido.

─ Hm. Quero estudar seu caso com mais precisão, falarei com seu pais e marcarei uma consulta. Bem... e o que faz aqui sozinha do lado de fora de um restaurante?

─ Estou esperando uma amiga – apontou para a loira com expressão irritadiça – Ela esta em... digamos que um encontro.

─ E não parece estar gostando – olhou na mesma direção que a Haruno apontou.

─ E não esta mesmo, mas eu não sei como tira-la de lá – suspirou desanimada, queria ajudar Ino a sair dali, mas não conseguia pensar em um plano.

Gaara não perdia um detalhe se quer das expressões da rosada, incomodou-se em vê-la triste, a preferia com um belo sorriso estampado em seu rosto angelical. Por um momento uma ideia passou por sua mente, se fosse para ver Sakura sorrir novamente faria por merecer.

─ Qual é o nome da sua amiga? – perguntou.

─ Ino, Yamanaka Ino. Por que? – o olhou confusa.

─ Me espere aqui – disse a Sakura. Logo caminhou para dentro do estabelecimento e aproximou-se de Ino – Senhorita Yamanaka?

─ Sim? – assim que virou-se e viu o deus grego ruivo ao seu lado, seus olhos brilharam– Sou eu, este é o meu nome – sorriu encantada.

─ Ótimo, seu pai acabou de dar entrada ao hospital. Sou médico e, preciso que me acompanhe!

─ O qu-que? Meu pai? Mas... AI MEU DEUS! – levantou-se procurando por sua bolsa – Juugo, preciso ir.

─ Quer que eu te leve eu...

─ Não precisa senhor, estou de carro, a levarei comigo – Gaara o interrompeu.

Ino por outro lado tentava a todo custo espantar pensamentos maliciosos que vagavam por sua cabeça loira, se não fosse pela situação de seu pai, agarraria aquele ruivo.

As pressas ambos saíram do restaurante, deixando Juugo para trás.

─ Ai meu Deus, aperta esse passo homem! Onde esta seu carro, cadê aqu...

─ Senhorita Yamanaka – Gaara a segurou pelo os ombros a obrigando olhar em seus olhos – Seu pai esta bem, isso, foi apenas um pretexto.

─ Aham – respondeu hipnotizada.

─ Ino, ate que enfim. Nossa, eu não sei o que você inventou Gaara, mas obrigada – Sakura sorriu para ele em agradecimento. E Gaara sorriu satisfeito, havia conseguido.

─ Então... Meu pai esta bem? - perguntou confusa.

─ Esta sim, desculpe. Sakura disse que você precisava de ajuda e...

─ Otimo, não se preocupe eu... bem, seu nome é Gaara ne? Uau - abanou o próprio rosto - Esta calor aqui ne? Então testuda, se quiser pode ir na frente. Depois eu te alcanço - empurrou a rosada para se afastar.

─ Porca, o único lugar que nós vamos é para casa - protestou.

─ Bem, posso leva-las em casa, se quiserem - sugeriu.

─ Claro, vamos Sakura, eu vou no banco da frente – Ino indagou saltitante.

Gaara as levou ate a casa dos Haruno, sobre as coordenadas de Ino. Após deixa-las na porta, não demorou muito para o ruivo ir embora e deixar uma Yamanaka suspirando de amores.

─ Sabe testuda, acho que encontrei meu príncipe encantado – declarou sorridente.

─ Ai Ino, só você mesma – as duas adentraram a casa. Mal sabendo a Yamanaka que o coração do ruivo já havia sido fisgado por sua melhor amiga.

♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。゜♥

A casa se encontrava silenciosa, mal conseguiu pregar os olhos, durante a noite toda esteve preocupada com o marido que se recusou a ir se deitar cedo, sem mais vontade alguma de permanecer ali sozinha levantou-se e seguiu para sala. Esboçou um sorriso fraco quando viu Kizashi todo encolhido no sofá, agarrava os braços e tremia de frio.

Voltou ao quarto trazendo consigo um cobertor quentinho, pós sobre o marido teimoso e sentou-se no outro sofá. Sabia que apesar de parecer durão e querer proteger Sakura de todas as maneiras possíveis, Kizashi sentia uma pontinha de arrependimento.

Sasuke é o tipo de homem que um pai ele passaria longe como ideal para sua pequena princesa e, passar algumas semanas com o Uchiha deixou o seu conceito ainda mais firme, sem tirar e nem por.

Ela por outro lado considerava tudo como acaso de um destino premeditado, desde que conhecera Mikoto, ambas sonhavam com o dia em que seus pequenos namorariam se casariam e enfim fariam parte de uma única família. Contudo, jamais imaginou que tudo o que planejavam iria por água abaixo após alguns dias que seus bebês nasceram.

Naquela época, era comum muitas famílias migrarem para outras cidades em busca de empregos melhores, por esta razão, sem aviso prévio os Haruno foram obrigados a se mudar para Tokio.

Os anos se passaram e por uma consequência os caminhos se cruzaram novamente.

No instante em que viu Sasuke, algo lhe dizia que o conhecia de algum lugar, por tanto, aguardou por conhecer a familia Uchiha e assim confirmar que a amizade de anos, estaria de volta.

Despertou de seus devaneios ao ouvir a voz de seu marido.

─ Mebuki? – Kizashi a chamou.

─ Sim querido? – respondeu amável.

─ O que faz acordada? Deveria estar na cama.

─ Perdi o sono. Sabe, estava aqui pensando como a vida é cheia de reviravoltas – comentou pensativa.

─ Do que esta falando Mebuki?

─ Da familia Uchiha.

─ Nem me fale, Mebuki. Aquele garoto só nos trouxe problemas. Já estava mais do que na hora dele sair daqui – murmurou com raiva.

─ Não fale assim querido, Sasuke no fundo é um bom garoto. Um pouco mimado e presunçoso, mas tenho certeza que ele não faz isso por mal – levantou-se e se sentou ao lado do marido – E você tem que admitir que ele foi corajoso, nunca vi ninguém enfrentar Kizashi Haruno daquela maneira – sorriu ao lembrar-se da proeza do Uchiha.

─ Corajoso? Aquilo foi um total desrespeito, uma blasfêmia – indagou irritadiço – E eu achando que ele a protegeria.

─ Se lembra de quando o encontramos dormindo ao pé da cama de Sakura? Acredito que ainda não tivemos oportunidade de conhecê-lo por completo.

─ Mebuki, não tente encontrar pontos positivos, pois não há!

─ Não são pontos positivos Kizashi, são fatos. Lembra-se do dia que Sakura voltou a faculdade...

─ Mebuki...

─ Você percebeu que ela não estava bem e eu também. Confirmamos isso quando a vimos chorar abaixo de uma arvore na praça do outro lado da rua. E quem foi que a consolou querido?

─ Mebuki não comece....

─ Quem foi Kizashi? – insistiu.

─ Infelizmente, aquele moleque Uchiha – vencido pela insistência, respondeu a contragosto.

─ Mesmo que nossa Sakura ainda não tenha ideia disso, ela gosta do Sasuke – sorriu cutucando o marido.

─ Não diga idiotices mulher, minha filha é como eu e nunca ira gostar de um playboyzinho metido a besta!

─ Ai, Kizashi. Quão ingênuo você pode ser em? Será que não foi o bastante para você quando Sakura chamou por Sasuke, ainda na UTI quando estava desacordada. Hm?

─ Mebuki, o sono esta afetando sua cabecinha pequena e fértil. Vamos dormir – declarou. Somente em recordar aquele bendito episodio seu sangue fervia em revolta. Levantou-se e foi empurrando a esposa em direção ao quarto.

─ Mas eu não estou com sono e você sabe que nada disso é imaginação minha eTAM...

─ Chega Mebuki, vamos dormir – a interrompeu fechando a porta do quarto.

─ Mas...

─ Nada de mais, não seja teimosa – assim como a esposa deitou-se na cama aconchegando-se abaixo do edredom.

─ Kizashi eu...

Desta vez ele a calou com um beijo em seus lábios, com ternura, depositou outro sobre a testa da Haruno e sorriu.

─ Bom noite, amor – murmurou a embalando em seus braços.

Diante do pedido carinhoso para que não prosseguisse com o assunto, Mebuki rendeu-se as artimanhas do marido, sussurrou de volta um “Boa noite, meu amor” e nada mais foi dito. Em algum momento, seus pensamentos se perderam sucumbindo ao mundo dos sonhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Heei O/
Sentiram minha falta ?
Eu sei que sim
E aí ? Como foi ? Valeu a pena esperar pelo capítulo ? Sim ?
Então comenta aí em baixo para deixar as autoras felizes.
Epa, você não gostou ?
Então comenta aí em baixo e nos mostre como podemos melhorar para deixar você feliz (:

Agora aqui vão as perguntas dessa semana :

1. Quem foi a primeira pessoa a encontrar o Sasuke depois que ele bateu o carro ?
2. Que formato tem o sinal que Sasuke tem em seu bumbum branquelo ? :3
3. Qual o nome do empregado da mansão Uzumaki ?

Bem, por hoje é só pessoal :3
Que a sorte esteja sempre a seu favor !

Ps: Música de hoje - I'll be there for you - Friends



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Akai Ito" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.