Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 19
Say Something


Notas iniciais do capítulo

Yoo Minna!! o/ Finalmente voltamos a nossas postagens semanais no dia correto o/

GEEENTEE ESSA CAMPANHA TA BOMBANDO *w* Vocês não sabem o quanto ficamos felizes em ver tantos leitores novos. Isso tudo foi medo da Pati-chan? Hehe Obrigada a todos que comentarão. A cada pedido foi uma palmada certeira no bumbum branquelo do Sasuke *////* Para quem ainda não compartilhou da campanha ainda pode levantar seu bracinho o/ e apoiar!
Domingão dia das mães *-* Pati-chan e eu dedicamos a todas as leitoras mamães, um grande beijo e muito obrigada por serem mulheres tão fortes, maravilhosas e guerreiras.

Capitulo de hoje esta recheado de emoções, decisões que realmente farão a diferença e um novo personagem bastante importante.

GALERINHA!!! Fiquem ligados nas notas finais, OK? Pati-chan tem um recadinho muito importante para vocês.

Boa Leitura!!!



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Capitulo XIX

"As vezes, a separação é a única confirmação possível

daquilo que é mais valioso em uma união."

(Caetano Veloso)

Diga algo

Após ser convidada a se retira do quarto Karin dirigiu-se a sala e ali acomodou-se enquanto escutava os gritos suplicantes do Uchiha. Gargalhou sozinha ate sua barriga se contrair em dor. Com toda certeza aquilo era impagável, lamentava por não poder gravar.

Aos poucos seus risos foram cessando, recuperou o folego e suspirou colocando os pês sobre o sofá. A porta se abriu, e em um súbito levantou-se ajeitando a sai.

─ Ti-Tia Mi-Mikoto? O que faz aqui a essa hora?

─ Mas que gritos são esses, Karin? - a morena franziu o cenho, ignorando a pergunta da Uzumaki.

─ Hã? Que gritos? - fingiu

─ PUTA QUE PARIU, ME SOLTA CARALHO!

Mikoto arregalou os olhos deixando tudo que segurava ir ao chão.

─ Meu filho, essa é a voz do meu Sasuke! - rapidamente a Uchiha subiu as escadas como um furacão.

─ Tia Miko... E lá vai ela. Agora que isso aqui vai ficar serio - voltou a se sentar no sofá.

Alguns gritos de Mikoto e Fugaku duraram por algum tempo, ate que o silencio predominou. Karin olhou temerosa para o andar de cima, o medo de que o pior tenha acontecido a impulsionou se levantar e correr ate a origem toda aquela situação.

No quarto estava apenas Itachi sentado sobre a cama de cabeça baixa e Suigetsu sentado no chão choramingando com as mãos sobre o nariz.

─ O que houve aqui? - pronunciou chamando atenção dos dois homens.

─ Sasuke quebrou o nariz dele - apontou o queixo para Suigetsu - Acho melhor leva-lo a emergência.

─ Mas o que aconteceu com Sasuke e...

─ Me ajuda aqui ketchup - choramingou - Por favor - pediu manhoso.

─ Certo - revirou os olhos. Estendeu a mão e o ajudou a se levantar - Vamos no meu carro - antes de saírem a ruiva olhou de soslaio para Itachi, o mesmo permanecia com o olhar perdido e cabisbaixo, algo havia acontecido e ela descobriria.

Karin abriu a porta e esperou Suigetsu fazer o mesmo.

─ Para com esse barulho irritante, que saco - reclamou. Deu partida no carro e logo seguiu em direção ao hospital.

─ Me deixa quebrar seu nariz, porra, isso dói pra caralho!

─ Hump. O que houve lá dentro depois que a tia Mikoto apareceu?

─ Puts, quebro mó barraco. Se sabe né, contraria o Uchiha master é treta na certa. Ate o noviça rebelde - vulgo Itachi - entro nessa e acabo recebendo uma patada da tia Mikoto que doeu ate em mim.

─ Ta, agora explica na minha língua.

─ Tira essa tinta de coloral do seu cérebro, quem sabe não melhora.

─ Babaca, Sasuke deveria ter arrancado sua língua, desgraça.

─ Porra, já chego? Ta doendo - choramingou novamente.

─ Ja estamos chegando. Ali atrás tem uma blusa minha, acho que vai dar pra segura por um tempo.

Suigetsu virou-se e encontrou uma blusa branca, com certeza era de marca. Sabia que Karin poderia ser meio boba as vezes, mas ela era uma boa pessoa, tinha suas qualidades e seus defeitos. Conhecia a ruiva muito bem e a admirava por ser tão forte.

─ Valeu tomatinho.

Karin dirigiu o mais rápido que pode, Suigetsu sangrava tanto que a deixou assustado, imagina se o sangue mancha o estofado do seu carro? Não, isso já seria demais! Sua blusa até vai, mas seu carro novo comprado com seu dinheiro suado. Na-na-ni-na-não.

Ao chegar em frente ao hospital Karin desceu o mais rápido possível trazendo Suigetsu consigo. Ela sabia lá no fundo que sua preocupação não era apenas com o carro, no entanto preferia morrer a admitir algo assim.

Invadiu o hospital como uma louca, gritou a plenos pulmões que seu amigo estava mal sangrando compulsivamente e que se ninguém aparecesse era capaz dele se afogar no próprio sangue. Não demorou muito para que enfermeiros levassem o rapaz para uma das salas. A ruiva decidiu por acompanha-lo, porém teve sua atenção tomada pelo barulho ensurdecer de diversas buzinas, nesse instante lembrou-se que largará o carro aberto e sozinho no meio da rua.

Assim que saiu do hospital ouviu diversos insultos, pensou em revidar ao ouvir um cara por sua mãe no meio da historia, mas acabou por decidir ignorar. Seu amigo precisava de si e naquele momento isso era tudo que importava. Após estacionar devidamente seu automóvel, correu o mais rápido possível em direção ao local para onde tinham levado Suigetsu.

Pensou em pedir informação, contudo não foi necessário já que pode ouvir os gritos de um certo rapaz vindo da sala mais próxima. Desesperada, abriu a porta de uma vez só e não pode conter sua surpresa ao ver tal cena. Suigetsu encontrava-se escondido atrás de uma mesa enquanto a enfermeira tentava a todo custo converse-lo a tomar a injeção

─ Sui-getsu? - mal conseguiu pronunciar o nome do amigo, tentou a todo custo segurar o riso mais foi em vão.

─ Não ria ketchup! - bufou

─ Mas o que é isso? - limpou a lágrima que escorria pelo canto de seus olhos.

─ Isso é uma enfermeira doida tentando me dar uma injeção - apontou para a moça indignado.

─ Não babaca, eu perguntei de você. Deixa pra lá - aproximou-se do amigo - Sui, não me diga que você tem medo de injeção?

─ Medo? Claro que não - fez bico - Sou homem tá pensando o que?

─ Então qual o problema?

─ O problema é que eu não sei se está mulher está qualificada para me dar injeção, vai que ela trocou os remédios e está tentando me matar?

─ Entendo - sorriu - O que você acha se eu checar? Assim posso saber se ela não é nenhuma louca assassina e ficar ao seu lado para garantir que você sairá vivo?

─ Acho satisfatório - tentou conter o alívio que sentiu mas foi em vão..

─ Pois muito bem.

Karin conversou com a enfermeira por alguns minutos apenas para tranquilizar seu amigo que estava a ponto de sofrer um ataque cardíaco.

─ Já verifiquei tudo Sui, essa enfermeira está qualificada - piscou para a enfermeira, que pacientemente aguardava o Hozuki - Agora o que acha de sair de baixo dessa mesa? - estendeu a mão.

Suigetsu aceitou a mão da moça apesar de seu coração e mente aconselharem a se recusar. A Uzumaki estava se esforçando bastante e ele podia ver isso, então decidiu ser forte, por ela. Deitou-se na maca e fechou o olho com medo. Ele sempre odiará injeções, preferia morrer de dor a ter que tomar uma picadinha que seja.

─ Ei ruiva, o que acha de dar uma mãozinha aqui? - já não se importava mais se alguém perceberia sua fobia de agulhas apenas estendeu a mão para que a amiga pudesse segura-la.

Karin segurou fortemente a mão do rapaz e o viu adormecer lentamente.

─ Sua sorte é que eu não trouxe a câmera - sussurrou para si mesma antes de se afastar para que os médicos pudessem cuidar do nariz contundido.

Suigetsu poderia ser muito chato, mas era um dos poucos que a fazia se sentir tão bem. Em toda sua vida Karin foi excluída e desprezada pelas outras crianças, todos as chamavam de feia pelo simples fato de usar óculos e ter cabelos vermelhos como sangue, por isso chorava todas as noite. Mas, desde o dia que Sasuke e Suigetsu surgiram em sua vida, ela não chorou mais. Cada lágrima foi substituída por um doce sorriso, sorriso que apenas verdadeiros amigos sabem cativar, por esta razão ela seria sempre grata. Por eles tornarem o mundo um lugar melhor para si.

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O silencio naquela mansão incomodava a Uchiha que permanecia a pouco mais de meia hora sentada de frente para a janela, tomava chá de hortelã com pequenos goles em uma xicara de porcelana francesa. Seus olhos se perdiam na paisagem mórbida de outras casas e um bairro extenso sem a presença de uma única pessoa ou automóvel.

Lembrava-se como se fosse ontem, quando seus filhos ainda pequenos corriam pela casa, brincavam e gargalhavam. Fugaku sempre chegava mais cedo para aproveitar o restante do dia com seus meninos, e ela, ela os observava com devoção.

Em seu colo havia um álbum recheado de momentos únicos, dês do primeiro banho de Itachi ao ultimo dia de aula de Sasuke no ensino médio. Seus bebês haviam crescido e se recusavam a tirar qualquer foto para sua recordação.

Um sorriso triste surgiu em seus lábios, ate mesmo seus filhos mudaram, não eram mais crianças e ela continuava com a mania de chama-los de bebês.

A verdade era que havia se apegado ao passado, onde sua família era unida e feliz. A realidade que vivia atualmente era horripilante, lhe causava náuseas e ânsia. Insistia em acreditar que seu casamento ia perfeitamente bem, que seu marido a amava como a 25 anos atrás e que o fato dele viver para o trabalho não a afetava.

Suspirou com lentidão, algumas lagrimas escaparam involuntariamente trilhado um caminho por suas bochechas chegando ao fim de seu queixo caindo em seguida sobre as fotos. Fechou os olhos tentando reter os sentimentos ruins que a perturbavam. Sua mão esquerda que apoiava-se ao colo aqueceu, ao abrir os olhos direcionou-os ao responsável e sorriu.

─ Não deveria chorar sozinha mãe.

─ Como esta seu nariz? Ainda dói?

─ Estou melhor, Sasuke nunca foi bom de briga. Mas por que esta tão triste mãe?

─ Esta tudo bem - deixou a xicara sobre a mesa de centro juntamente ao álbum, com a mesma mão passou por seu rosto retirando qualquer resquício de sua tristeza.

─ Eu sei que não esta, não precisa mentir para mim - detestava ver sua mãe daquela maneira. Sabia que algum tempo ela fingia ser quem não era, apesar de ser maluca desde que nasceu, o exagero havia a transformado - Parece que não dormiu muito bem, nunca levanta antes das 8h.

─ Estou apenas preocupada. Talvez eu apenas deva aceitar as coisas como devem ser... - pensou alto.

─ Do que esta falando?

─ Seu pai. Não somos mais um casal a muito tempo, nossas desavenças vem crescendo e tornando-se cada vez mais insuportáveis - suspirou com pesar - Ele ate mesmo prefere passar o dia na empresa... Ou com alguma outra mulher - direcionou seus olhos ao chão, respirou fundo para não chorar.

─ Mãe, pode ter certeza que papai nunca a trairia. Realmente ele trabalha em excesso. Mas acredito que as duvidas dele sejam as mesma que as suas, só é orgulhoso demais para admitir.

─ Eu e seu pai não tempos conserto. Me pergunto quando tudo isso começou...

Mikoto se levantou depositado um beijo sobre a testa de seu filho, acariciou os fios negros e sorriu em agradecimento por ouvi-la.

─ Mãe, fale com ele - pediu Itachi.

─ Se for para meu filho não ficar tão preocupado eu farei - pronunciou enquanto subia as escadas.

Passou pelo quarto de Sasuke e abriu a porta para verificar se estaria tudo bem, no entanto, para sua surpresa, seu filho estava arrumado e com um perfume que infestava o local.

─ Mãe?

─ Onde vai tão cedo?

─ No hospital - deu de ombros - Você sabe se o pai da Sakura vai estar lá?

─ Acredito que sim, por que a pergunta?

─ Por nada.

─ Fico feliz que esteja indo pedir desculpas a ela. Sakura é uma boa moça e fica muito bem ao seu lado.

─ Não se iluda mãe, não se iluda. - suspirou, passou as mãos pelo cabelo os deixando bagunçado - Não se deixe enganar por aqueles cabelos de algodão doce, Olhos grandes e chamativos e rostinho meigo de boneca.

─ Tudo bem - a Uchiha se segurou para não rir, seu filho era contraditório assim como ela - Quando quiser admitir que gosta de alguém mamãe sempre estará aqui para lhe ouvir.

─ O QUE? Gostar da Sakura? - a olhou assustado, aquela constatação era maluquice, não havia sentido algum - Mãe, acho que você bateu com a cabeça.

─ Ou você esteja indo contra os sentimentos, afinal, em momento algum eu disse que você gosta da Sakura - sorriu vitoriosa. Naquele jogo só havia um ganhador e com toda certeza os experientes sempre iriam se sobre sair.

─ Tsc. Eu já vou indo - frustrado, saiu batendo a porta, seria um longo dia para enfrentar.

─ Orgulhoso como Fugaku, ainda ira se render meu filho. E não vai demorar.

Com uma expressão muito melhor saiu do quarto do filho e dirigiu-se ao escritório do marido. Fugaku havia passado a noite ali a deixando preocupada.

Ao abrir a porta o viu dormir de mau jeito sobre a cadeira. Adentrou sem fazer barulho e o observou por alguns minutos.

─ Continua bonito, com a mesma pose de macho alfa - sorriu - Um pouco mais carrancudo, frio... - aproximou-se para depositar um beijo em seus lábios, porem, o Uchiha acordou e assustou-se com a figura de sua esposa. Mikoto se afastou imediatamente com as bochechas coradas.

─ O que esta fazendo aqui? - sua voz soou rouca, ainda embriagada pelo sono.

─ E-eu... eu vim conversar com você - virou-se de costas tentando acalmar seu coração, parecia uma adolescente - Você dormiu aqui, desconfortável...

─ E dai?

─ Como e dai? Você sabe que sua coluna ira ficar dolorida pelo resto do dia e...

─ Por que não diz sobre o que veio falar, estou cansado e quero tomar um banho - a cortou.

Por alguns segundos Mikoto se calou, quando ele havia se tornado tão estupido com ela? Quando seu casamento havia se transformado de um belo sonho para um pesadelo?

─ Quando foi que chegamos a esse ponto Fugaku?

─ Do que esta falando?

─ Nós, estou falando de nós - o olhou nos olhos com magoa.

─ Talvez quando você tenha começado a agir como louca - deu de ombros - São muitas opções para decidir por uma única, Mikoto.

─ Essa historia de novo - virou-se para encara-lo - TALVEZ TUDO ISSO TENHA COMEÇADO QUANDO VOCÊ DECIDIU PRIORIZAR O TRABALHO E DEIXOU A FAMILIA EM SEGUNDO PLANO - contrapôs - Isso, eu me lembro de tudo agora, quando a empresa começou a falir, no início eu o compreendia, mas após tantos anos eu só vejo uma explicação para que passe tanto tempo trancafiado naquele lugar... - deu uma pausa, os dizeres a seguir doeram profundamente, tanto, que era sufocante - Você esta me traindo. Esta é a uni...

─ PARA DE DIZER BESTEIRAS, ENLOUQUECEU? - a constatação de sua esposa o surpreendeu - Sabe para que eu trabalho tanto? - indagou ríspido - PARA PAGAR SUAS REGALIAS E NÃO VIVERMOS DEBAIXO DA PONTE! - gritou exasperado -

─ Se eu tivesse um marido presente não precisaria procurar tudo que preciso em bens materiais. Será que você não consegue compreender o que realmente quero Fugaku?

─ Isso não é desculpa. Quando não é gastando dinheiro atoa é fingindo ser uma adolescente rebelde com os seus amiguinhos, trazendo para dentro da minha casa uma pouca vergonha - despejou irritado - Só você não percebe que não há mais marido e mulher aqui Mikoto, somos apenas estranhos compartilhando da mesma cama.

Ela tentou, realmente tentou segurar as lagrimas, sua boca abrir algumas vezes na tentativa de o contradizer, contudo, seu coração havia se quebrado naquele momento. Jamais Fugaku havia a machucado tanto. E a única culpada era ela mesma.

─ Fu-Fugaku...

O Uchiha não conseguia encara-la, apesar de tudo que disse ter sido a mais pura verdade, ele sabia que se a olhasse agora se arrependeria. Aquela situação não o agradava, pelo contrario. Suas brigas sempre se baseavam em seus filhos, mas este era o menor problema entre eles. A desconfiança, falta de companheirismo, o dialogo inexistente, tudo foi os afastando aos poucos ate que apenas convivessem na mesma casa por estarem acomodados.

Ele se perguntava se Mikoto ainda o amava, e por mais doloroso que seja as circunstancias mostravam nitidamente o contrario.

─ Você não me ama mais não é? - constatou Mikoto, seus olhos estavam vermelhos e as lagrimas desciam por seu rosto - Você é tão injusto - soluçou - Estou farta disso tudo, acho melhor nós...

─ Mikoto...

Antes que terminasse o que iria dizer ela saiu dali o deixando sozinho.

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Sakura estava mais uma vez perdida em pensamentos, algo a incomodava, mas ela não sabia ao certo do que se tratava. Tinha a impressão de ter presenciado algo ruim, no entanto, por mais que se esforçasse não conseguia se lembra o que era. Cansada, decidiu por espantar tais pensamentos.

Já passava do meio dia, com a barriga roncando pensou em chamar a enfermeira, mas decidiu por levantar da cama e roubar um chocolate que havia na bolsa de sua mãe. Desde quando ela era pequena sua mãe andava com a bolsa carregada de doces, eram balas, pirulitos e chocolates de diversos sabores.

Na ponta do pé Sakura se levantou da cama, tinha medo de chamar a atenção de alguém, por mais que estivesse sozinha no quarto. Seus pais haviam saído para almoçar e nem ao menos lembraram-se de levar algo para si, magoada decidiu por comer duas barras de chocolate ao invés de uma só. Quando alcançou a bolsa de sua mãe, olhou para os dois lados pra confirmar que ninguém estava vendo e enfiou metade de uma barra em sua boca de uma vez só, enquanto se preparava para devorar a outra metade teve sua atenção chamada.

─ Senhorita Haruno Sakura?

Sakura pulou de susto e acabou por derrubar o restante do chocolate, choramingando por conta do desperdício, virou-se lentamente pronta para levar uma bela bronca, porém ao constatar quem estava ali sentiu seu corpo congelar. Nunca em toda sua vida havia visto alguém tão bonito, com olhos verdes brilhantes e cabelo vermelho sangue, o garoto a sua frente mais parecia um desses anjos que levaria qualquer uma a perdição.

─ Santo Deus! - sussurrou para si mesma.

─ O que você está fazendo fora da cama, senhorita ?

─ Eu estou esticando as pernas, sabe como é né? Ficar muito tempo sentada faz um mal danado - sorriu sem jeito.

Na tentativa de convencer o rapaz começou a fazer uma espécie de alongamento desajeitado mas acabou por escorregar no chocolate, que por pouco não foi pega devorando, e teria ido de encontro ao chão se alguém não tivesse agarrado seu corpo.

─ Você está bem?

─ Aham - Sakura sentiu seu rosto queimar profundamente, eles estavam próximos demais.

Nunca em toda a sua vida tinha estado tão perto de um desconhecido e se sentido tão bem. Seu coração batia freneticamente e por pouco não se esqueceu de como fazia para andar. Lentamente levantou-se com a ajuda do rapaz, mesmo que contra sua própria vontade, e já de pé aproveitou-se da proximidade para observar um pouco mais daquele deus grego. Seu corpo parecia ter sido esculpido pelas mãos de Deus, seus olhos eram tão verdes e profundos que por um momento sentiu- se perdida como se alguém a tivesse lançado na imensidão do espaço. Na tentativa de escapar daquela prisão tão aconchegante apoiou-se no braço do rapaz e desviou o olhar.

─ Forte - suspirou ao sentir os músculos que tocavam sua mão.

─ O que disse?

─ Eu... é... hã - sentiu seu rosto corar - Eu falei dos remédios. Eles são bem forte né? Até me fazem cair do nada - riu sem jeito.

─ São sim - sorriu de maneira encantadora - Vamos, eu ajudo você - envolveu a cintura da moça com gentileza para que assim ela pudesse se apoiar nele.

Sakura sentiu seu corpo congelar e derreter tão rápido que mal sabia como ainda estava respirando. Com medo de desmaiar apresou-se para chegar logo na cama e assim poder manter distancia daquele que confundia seus sentidos. Assim que alcançou o colchão, soltou-se do braço do rapaz e cobriu seu corpo até o pescoço, assim ele não poderia mais tocar em si.

─ Muito bem, por que você não me diz como se sente? - olhou atento para a moça.

─ Hm, bem - sorriu encabulada - Mas quem é você?

─ Oh, certo! Me desculpe, acabei esquecendo de me apresentar. Sou Sabaku no Gaara e serei seu médico.

─ Me-Meu médico? - cobriu sua bochechas que queimaram com os pensamentos que invadiram sua mente.

─ Sim, Tsunade me enviou.

─ Tsunade? - perguntou confusa.

─ Sim, Tsunade é a médica encarregada do seu caso. Sabe a perda de memória - tocou na própria cabeça.

─ Ah, certo - sorriu.

─ Então vamos lá, por que não me diz como você tem se sentido esse dias? - sentou-se na cama próximo a garota e passou a fazer anotações em uma prancheta que trouxera consigo.

─ Hm, estou bem - sentou-se na cama esperando que assim pudesse se afastar do ruivo.

─ Só bem? - olhou desconfiado.

─ É, sabe como é... - coçou a bochecha - Pra quem esquece de tudo eu vou até bem.

─ Entendo - sorriu.

─ Mas o que tanto você escreve aí hein? - esticou o pescoço curiosa.

─ Desculpe senhorita, mas essas anotações são apenas minhas, quem sabe um dia eu as mostre para você - sorriu com o olhar fixado na rosada.

─ Hm - cruzou os braços e fez bico emburrada.

─ Não se preocupe garanto que só escrevi boas coisas da senhorita.

─ Sakura, por favor - sorriu gentilmente - Me chame de Sakura.

─ Muito bem Sakura - sorriu - Desculpe, mas preciso ir agora, se precisar de algo não hesite em me chamar está bem?

A Haruno balançou a cabeça positivamente, ela acreditava ser melhor evitar contato visual ao menos até se acostumar com aquela imensidão verde, porém teve que deixar sua teoria ao sentir sua mão ser puxada e ali ser depositado um suave beijo. Ele estava beijando sua mão? Como tantas vezes via os príncipes fazerem com sua princesas? Mais uma vez seu coração parou de bater, se aquele homem não saísse logo de seu quarto acabaria por ter um ataque cardíaco, por isso deu graças a Deus por ter aquela cena interrompida por um pigarro vindo da porta.

─ Posso saber o que está acontecendo aqui? - questionou o moreno.

Gaara não respondeu, apenas saiu do quarto sem nem ao menos olhar na cara do rapaz que acabará de chegar. Sakura por sua vez observou o belo ruivo sair e assim que notou que ele não podia mais vê-la lançou-se no colchão com o coração batendo a mil.

─ O que foi isso Sakura? - Sasuke a observou desconfiado - Que sujeito mais sem educação.

─ Isso foi o meu médico - suspirou - Não sei do que tanto reclama, educação é algo que você desconhece.

─ Grande babaca - bufou irritado.

─ Aí, aí - suspirou encantada - O que faz aqui Sasuke?

─ Vim cuidar de você sou seu segurança lembra? - sentou-se na poltrona perto da cama, retirou seu sapato e acomodou-se confortavelmente.

─ Hm - observou desconfiada.

─ E então como você está? - olhou para a rosada.

─ Bem, eu acho - sorriu - Parece que foi só um susto, meus pais acham que minha memória não foi afetada, ao menos não mais do que antes.

─ Hm, isso é bom. E do que você se lembra do dia que passou mal?

─ Não me lembro de nada, nem sei qual foi o dia que passei mal - riu envergonhada.

─ Hm.

Sasuke não conseguiu esconder o alívio que acabará de tomar conta de seu corpo, enquanto Sakura não se lembrasse de nada ele estaria seguro da ira do Senhor Haruno. A seu ver a ira de seu pai já havia sido mais que o suficiente, seu bumbum ainda ardia e protestava toda vez que ele tentava sentar em algum lugar, mal conseguia acreditar que apenas 20 palmadas fizeram todo aquele estrago. Foi retirado de seus devaneios ao perceber o rosto de uma certa garota próximo de mais de si.

─ O que você tem aí Sasuke? - o cutucou.

─ Aí a onde? - encolheu-se por impulso.

─ Aí do lado da poltrona - Sakura inclinou-se para cima do rapaz na tentativa de alcançar o que ele trouxera consigo.

Sasuke sentiu-se incomodado, o corpo daquela garota estava próximo demais de si. Depois da interrupção que teve de sua noite de farra ele seria capaz de agarrar qualquer garota que chegasse a menos de meio metro de si, e naquele instante Sakura estava bem mais próxima que isso. Foi impedido ao se lembrar de quem era o pai daquela maluca, temendo por sua vida decidiu por controlar seu impulso e entregou a garota o que ela tanto desejava, para que assim ela pudesse se afastar de si.

Sakura sorriu abertamente ao notar do que se tratava. Eram flores, Sasuke havia trazido flores para si. E não eram quaisquer flores eram suas favoritas, aquelas que deram origem ao seu nome.

─ São ... para mim? - olhou estupefata para o rapaz.

─ Sim. Meu irmão me obrigou a traze-las então não se anima muito não - bufou.

─ Oh, Sasuke são adoráveis! Agradeça seu irmão por mim, seja lá quem ele for - riu boba de felicidade.

─ Hm - Sasuke se sentiu confortável por faze-la sorriu de alguma forma.

─ Ao menos alguém na família Uchiha sabe como tratar uma garota - olhou de rabo de olho.

Por um instante Sasuke se assustou, será que ela se lembrava?

─ Vou pegar um vaso.

Sakura levantou-se da cama e caminhou em direção ao banheiro, ela sabia que havia algum vaso ali já que sua mãe havia acabado de jogar as flores que Ino trouxera em sua ultima visita, infelizmente elas acabaram murchando rápido demais, devia ser a atmosfera do hospital. Sua mãe dizia que as flores absorviam todas as energias ruins e doenças das pessoas, por isso deveríamos sempre ter flores em nossa casa, para nos mantermos sempre protegidos. De volta ao quarto posicionou seu novo arranjo ao lado da cama, feliz curvou-se para absorver um pouco mais do suave aroma das flores.

─ Sabe Sasuke, acho que você devia passar um tempo com o seu irmão.

─ Por que diz isso? - manteve-se atento para qualquer sinal de que ela havia recuperado a memória.

─ Para você aprender que devemos trazer presentes para pessoas doente e não essa cara feia de quem tem poucos amigos.

─ Ha ha - riu de forma irônica - E você devia passar mais tempo com a sua mãe para quem sabe ela te ensinar a não sair por aí mostrando sua calcinha. Devo dizer que essa sua calcinha de cupcake cor-de-rosa não é nada sexy - sorriu de canto.

─ Calcinha é pano, tarado é quem está olhando - mostrou a língua enquanto se deitava na cama de costas para o moreno, com o corpo totalmente coberto pelo lençol.

Sasuke não pode conter o riso, Sakura era realmente impressionante de um jeito único. E de certa forma era bom tê-la de volta, mesmo ela sendo tão irritante.


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Notas finais do capítulo

Ei gente * __*
Como vocês estão?Joinha?

Hoje estou aqui nas notas finais para contar a surpresa que eu e a Karol-chan preparamos para vocês.

Então que rufem os tambores...

Estamos dando início a um concurso!
Sim, meus caros um CONCURSO o/

A partir de hoje faremos três perguntas no final de cada capítulo, quem acertar as três, as três hein! Ganhará um pontinho.

Para quem esta antenado em Akai ito será mamão com açucar n.~
Ok,ok, você deve estar se perguntando e o que eu ganho com esses pontinhos?

Então vamos aos prêmios:
3° lugar- Escolherá a música tema para um dos capítulos.
2° lugar- Poderá fazer 3 perguntas sobre o futuro de qualquer personagem.
1°lugar- O vencedor se tornará personagem da fic, mas não um personagem qualquer, ele será um dos personagens principais *o*

Eu sei que você ficou louco pra participar ne?
Então corre criatura!
Comenta aí em baixo, mas não vale apenas dar as respostas tem que deixar sua avaliação da fic viu?

E aí vai as primeiras perguntas:
1.Qual é a cor do carro de Sakura Haruno?
2.O que levou Mikoto a pegar o helicóptero da família Uchiha e levar Sasuke para a Suíça?
3.Qual o apelido carinhoso que Kizashi usa para chamar Sakura?

E só para deixar geral mais feliz, todos, eu disse TODOS que comentaram no CAPITULO ANTERIOR já tem um ponto o/

No próximo capitulo estaremos colocando nas notas iniciais ou finais as pontuações e assim por diante, certo?

Que a sorte esteja com vocês!

Musica de hoje: Say Something - Christina Aguilera