Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 18
Down


Notas iniciais do capítulo

Konbanwa Minna o/ Sentiram saudades? Sentiram? Porque eu e a Pati-chan sentimos de montão o/ Tanto que nos esforçamos bastante para que o capitulo saísse o mais rápido possível *O*/
Muitos leitores estão preocupados com a Sakura, outros ansiosos para saber o estado de Naruto e muitíssima raiva do nosso Uchiha-delicia *////*/ E foi por esta razão que nós nos dedicamos a algo épico, jamais visto em qualquer outra Fanfic. Preparem seus corações, preparem seus lencinhos e baldinhos, se mantenham firmes para não caírem da cadeira, pois algo extremamente inédito esta para acontecer. E a justiça foi feita meu povo o/ Hehe Ok parei >.<

Boa Leitura!!!



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Capitulo XVIII

"Você nunca sabe que resultados virão da sua ação.

Mas se você não fizer nada, não existirão resultados."

(Gandhi)

Caindo

Naruto abriu os olhos vagarosamente, cada partícula de seu corpo pareceu protestar por tal ato. Assim que seus olhos se acostumaram com a luz não foi necessário grande esforço para que percebesse onde estava. Paredes brancas, lençóis brancos, luz branca.

─ Então o céu é assim? Hm - sorriu - Eu esperava algo mais angelical, talvez alguns anjinhos tocando suas harpas ou sei lá.

─ Meu filho, você está bem? - tocou suavemente o braço do rapaz.

Lentamente o rapaz virou o pescoço e focou o rosto tão familiar.

─ Ma-mãe? O que faz aqui? - ergueu a sobrancelha surpreso.

─ Oh, querido! O que fizeram com você? - choramingou enquanto tocava os ferimentos do seu filho.

─ Ei mãe! O que você faz aqui? Como você morreu? Foi aquele brutamontes não foi? - levantou-se eufórico.

─ Querido, você não morreu - o segurou pelos ombros, porém ele não lhe dava atenção alguma

─ Mas espera - parou subitamente - Não tem como estarmos no céu. Claro, porque você é bem malvada mãe, Deus não te deixaria entrar no cé...- não teve tempo de terminar sua frase pois foi atingido por um belo cascudo que o fez cair de cara no colchão.

─ NÃO FALE ASSIM COM SUA MÃE, FILHO INGRATO!

Hinata chegou a tempo de presenciar a cena. Kushina desferiu um belo gancho de direita em Naruto que a fez admirar a força da bela mulher a sua frente.

─ Nossa - deixou escapar sem querer.

─ Oh, Hinata-chan - Kushina endireitou seu vestido - Não sabia que estava aí.

─ Kushina, isso foi...

─ Filhos, as vezes nos estressam - comentou

─ Incrível! - sorriu abertamente

─ O que? - Naruto se levantou de sobressalto, mas logo foi derrubado pela dor, sendo amparado por sua mãe

─ Acho que não entendi, querida - Kushina sorriu enquanto deitava seu filho na cama.

─ Eu também não - bufou o loiro - O que tem de mais em me bater?

─ Isso foi incrível Kushina, você tem um gancho de direita impressionante - sorriu docemente.

─ Ah, obrigada Hinata-chan - sorriu - Sempre tão doce, realmente é a nora que pedi a Deus.

Hinata corou com aqueles dizeres.

─ Você já pensou em participar de campeonatos de luta? - segurou as mãos da ruiva com os olhos brilhando.

─ Er... eu....bem, sabe como é... - desviou os olhos - Talvez um dia quando não estiver tão ocupada com meus meninos, pode ser uma boa ideia - a Hyuuga assentiu concordando, lutas realmente a empolgavam.

─ Oe? Alguém lembra que eu existo ? - Naruto tentou levantar os braços indignado, mas mais uma vez foi traído pela dor - Ai! - torceu o nariz de dor.

─ Ah, me desculpe Naruto - sorriu docemente enquanto se aproximava do loiro.

─ Muito bem crianças - sorriu - Vou deixa-los sozinhos pra vocês conversarem um pouco. Sei que devem ter muitos assuntos pendentes. Só tomem cuidado hein? Sexo em um hospital não é nada confortável, acredite, eu sei o que estou dizendo - alertou com um grande sorriso e logo saiu fechando a porta.

Hinata sentiu suas bochechas queimarem, assim como Naruto ambos não sabiam onde enfiar a cara. A Uzumaki com toda certeza não media esforços para constranger alguém.

─ Então... eu ganhei? - perguntou quebrando o silencio constrangedor que se instalava.

─ Não, mas você foi muito corajoso, imprudente, mas corajoso.

─ É, aquele grandalhão não é nada fácil. Quem sabe da próxima, né?

─ Quem sabe... Como você está Naruto? Muito dolorido? - tocou suavemente o rosto do loiro enquanto analisava seus ferimentos.

─ Estou bem Hina-chan - sorriu largamente - Só um pouco quebrado - ergueu o braço engessado.

Hinata parou por alguns instantes para observar a situação do rapaz. Naruto tinha um braço quebrado e uma perna totalmente enfaixada, seu corpo e rosto possuía diversos corte e um de seus olhos havia se transformado em uma bola roxa. Contudo, o mais impressionante era que apesar de tudo ele não parava de sorrir. Sempre tinha sido assim desde quando eles se conheceram, ele jamais deixara de sorrir não importavam as circunstancias. Naruto sempre fora o sol que aquecia seu coração.

Emocionada, Hinata sentiu seu coração apertar. Por tanto tempo tudo que ela quis foi fazer parte da vida dele e agora quando enfim ela tinha desistido, quando estava preparada para seguir sua vida ele estava ali para ela. Pena que agora já era tarde demais.

─ Hina-chan? Tudo bem ? - questionou preocupado.

─ Por que você fez isso Naruto? - secou as lágrimas que insistiam em cair.

─ Por que eu te amo - sorriu docemente.

Hinata sentiu seu coração falhar. Ele a amava? Mas como? Por que agora? Ele não podia. Não agora. Antes que fosse dominada pelas emoções, Hinata se aproximou do loiro e depositou um beijo no topo de seus cabelos.

─ Obrigada, Naruto-kun - sussurrou no ouvido do rapaz antes de abandonar o quarto sem olhar para trás, caso o fizesse, desabaria.

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Com o coração batendo loucamente, lagrimas grossas escorriam por seus olhos quando chegou ao escritório de seu pai. Entrou de uma vez sem se preocupar em bater.

─ Como você pode? - indagou indignada.

─ Como pude o que? - Hiashi girou sua cadeira para poder olhar sua filha.

─ Como pode fazer isso com ele - segurou o peito na tentativa de sufocar a dor - Naruto esta tão machucado. Como pode?

─ Eu não fiz nada. O rapaz veio aqui querendo uma luta e eu dei uma luta a ele - cruzou os braços em frente ao peito - Não o obriguei nada.

─ Mas por que papai? Pra que? - alisou os cabelos - Você... Você poderia ter escolhido outro adversário.

─ Meu dojo, minhas regras - deu de ombros.

Hinata não conseguia entender o por que de seu pai estar agindo assim. Nunca em toda sua vida ele tinha permitido uma luta tão suja e injusta acontecer em seu dojo. Quando começava a se perder em pensamentos Hinata foi chamada de volta a realidade.

─ Filha?

─ Sim, papai?

─ Você sabe que está encrencada, não sabe?

─ Sei - abaixou a cabeça como era de costume.

─ Você lembra o que me prometeu quando te deixei entrar na faculdade? - levantou-se da cadeira e passou a se aproximar da moça.

─ Que jamais perderia o foco no que realmente importa, a luta.

─ Exato - tocou o rosto da filha o erguendo para que olhasse em seus olhos - E o que aconteceu ontem?

─ Eu perdi o treinamento - respirou fundo.

─ Certo - afastou-se um pouco - Por isso castigarei você, você deverá perder dois dias de aula e passa-los em treinamento com Kakashi.

─ Isso não será necessário papai...

─ Hm? E por que? - arqueou a sobrancelha desconfiado.

─ Não voltarei para a faculdade - declarou convicta.

─ Hi-Hinata? - não conseguiu conter a surpresa que lhe causou tal informação.

─ É isso mesmo papai, eu finalmente entendi que meu caminho é a luta. E se eu quiser traça-lo com sabedoria - suspirou - Nada, nem ninguém poderá atrapalhar meus planos!

─ Hinata, estou tão orgulhoso de você - Hiashi envolveu a filha em seu braços como a tempo não fazia.

─ Pai ? - Hinata ergueu a cabeça para poder olhar para o patriarca.

─ Sim, filha ? - acariciou os cabelos da jovem.

─ Eu quero assumir a academia em Nova York .

─ Assumir a academia? Em Nova York? - surpreendeu-se mais uma vez- Tem certeza?

─ Sim - respondeu com convicção

─ Minha filha - mais uma vez envolveu sua garotinha em seus braços

Decidida e despedaçada, Hinata retribuiu o abraço. Por tanto tempo ela esperou pelo amor de Naruto, mas agora era tarde demais, desde o dia que saiu da casa dele ela estava decidida em abandona-lo. Ela seguiria seu destino, ia se tornar a lutadora que sempre sonhara ser, aquela que seu pai admiraria. Escreveria seu próprio caminho, sua história e nela não havia espaço para o amor.

Hinata sempre ouvirá que o que mais amamos é aquilo que mais nos destrói e hoje ela pode confirmar isso. Nunca em toda sua vida sentiu tanto medo. Ao ver Naruto ensanguentado no chão pode sentir cada pedaço do seu coração se partir. Ela não estava pronta para enfrentar tudo isso. Se Naruto se machucasse mais uma vez por sua culpa, ela jamais se perdoaria. E se quisessem chamá-la de medrosa então que fossem em frente, não faria isso consigo mesmo e muito menos com ele.

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Sakura abriu os olhos lentamente, o sol brilhava forte demais, forte o bastante para faze-la se encolher em protesto. Ao tentar esconder o rosto no travesseiro percebeu que esse não se encontrava ali e em seu lugar havia apenas grama. Espera, grama?

Sakura abriu os olhos arregalados. Ela estava deitada no meio de um parque, perdida e confusa, levantou-se vagarosamente e passou a buscar por qualquer coisa que lhe fosse familiar, foi assim que então percebeu duas crianças. Ela não conseguia saber quem era ou por que estavam ali, mas decidiu segui-los.

As cenas seguintes passaram como um flash. Sakura se viu correndo em busca das crianças, vozes invadiam sua mente de forma desordenada, seu coração batia descompassado e o desespero se apossava de seu corpo. Quanto mais corria mais distante ficava das crianças e maior ficava o aperto em seu peito.

Na tentativa de alcançar as crianças Sakura acabou por tropeçar em uma pedra e ir de encontro ao chão. Com dor, tentou se levantar, contudo foi em vão. Sua cabeça doía, seu peito doía, sua mente doía. Eram tantas sensações que acabaram lhe vazando pelos olhos, ela estava chorando.

Tudo se tornou embasado e de repente quem chorava era o céu. Começou com uma garoa fina, logo uma forte tempestade caiu sobre si, era tanta água que Sakura se sentiu sufocada. Estava perdendo ar, seus pulmões reclamavam, era agonizante. O parque já não existia mais tudo havia se tornado água. A água carregava seu corpo como o vento carrega uma folha. O desespero já tomava conta de si. Por mais que tentasse não conseguia vencer a enxurrada, com braços cansados deixou-se levar tendo seu corpo engolido pela correnteza.

Sua garganta ardia em brasa, tossiu forte na tentativa de expelir a água. Quando abriu os olhos mais uma vez, toda a água havia sumido como se nunca tivesse estado ali antes, a única prova de que não estava louca eram as gotas que escorriam de seu vestido encharcado.

Agora ela estava em uma praia, uma praia que parecia tão familiar e ao mesmo tempo completamente desconhecida. Olhou para ambos os lados mas, nada lhe parecia importante. De repente uma voz tomou conta do lugar..

─ Você o deixou ir Sakura. Por que você o deixou?

Sakura não entendia nada, toda aquela confusão lhe causou uma forte dor de cabeça.

─ Ele quem? - gritou para o vento.

Akai Ito. Você não devia deixa-lo ir, você não devia...

Tudo se tornou um borrão mais uma vez. Tudo que conseguia ver era um fino cordão vermelho preso ao seu dedo, a corda se esticou e encurtou diversas vezes mas na última foi diferente, desta vez ele não se aproximou de novo, apenas se afastou mais e mais até que aquele que a atraia deixasse de existir.

O cenário foi alterado e a praia transformou-se em uma casa, uma casa repleta de fotos suas com uma família sem rosto. Uma família que parecia tão feliz, no entanto, tudo que ela sentia era medo. Gritos tomaram conta do ambiente. Desesperada correu de encontro as vozes e pode ver a si mesma. Ela estava apanhando, chorando, sofrendo, mas por que? Um homem gritava com ela, a chamava de vagabunda e acusava de fazer algo que ela não sabia o que era.

Você o deixo ir...

─ Eu avisei Sakura, longe de Akai Ito não há felicidade - mais uma vez aquela estranha voz falava com ela.

Você o deixou ir...

Flashes e mais flashes passavam em frente aos seus olhos, um casamento infeliz, a morte de seus pais, noites chorando, as surras no final do dia, o forte cheiro de bebida que exalava o corpo do homem deitado ao seu lado em uma cama que mais parecia estar vazia, crianças chorando. Até que por fim em uma noite sem estrelas se viu deitar em uma banheira com uma taça de vinho e um pequeno pote de remédios em mãos, com um sorriso triste entregou-se a escuridão para nunca mais acordar.

Você o deixou ir...

─ Eu avisei Sakura, eu avisei - a voz se tornará apenas um sussurro enquanto a escuridão tomava conta de seu corpo e mente.

VOCÊ O DEIXOU IR!

Quando se levantou Sakura suava e tremia compulsivamente, ela não sabia o que era aquilo, mas estava decidida a não deixar nada daquilo acontecer. Perdida, não sabia onde estava então se desesperou. Se debateu e gritou até ter ser corpo agarrado fortemente. Desnorteada e com medo, gritou com todas as suas forças.

Foi então que uma doce voz tocou seu coração.

─ Sakura meu amor, está tudo bem foi apenas um sonho.

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Um carro era exatamente o que necessitava. Andar a pé não é e nem nunca seria para ele, tudo era muito distante. Teria que ter uma conversinha com sua mãe, seu pai provavelmente ditaria um longo discurso para no fim dizer um curto e grosso não. Afinal, toda essa historia de cuidar de uma garota de cabelos róseos que todos os dias perdiam suas lembranças dos dias anteriores, já estava enchendo o saco. Ainda mais quando essa garota se infiltra em sua mente e perturba sua sanidade a ponto de acabar com seu divertimento, além de perder seu belo carro, sua liberdade, a mordomia e conforto de sua casa, agora também perderia o seu autocontrole? Não, isso seria inaceitável.

Decidiu por espantar pela milésima vez os pensamentos envoltos naquela garota. Estava a caminho da mansão Uchiha há mais de meia hora, Itachi havia praticamente ordenado que estivesse lá em menos de uma hora, o que era estranho. Seu irmão parecia um pouco estressado? Talvez a empresa esteja dando muito trabalho.

Finalmente avistou sua casa, os seguranças abriram os portões e ele estranhou não ver Pain, Deidara e Tobi ali.

─ Hm, novos seguranças? – indagou – São da Akatsuki também?

─ Sim senhor Sasuke. Sou Kisame e este é Hidan – apresentou-se.

Sasuke os olhou perguntando-se o que havia acontecido ali, sua mãe nunca dispensava Pain, nem mesmo quando ele estava com dengue. Dona Mikoto exigiu que um medico particular viesse ate sua casa, pois ela acreditava que se Pain saísse dali o apocalipse zumbi poderia acontecer, e ele era o único capaz de protegê-la. Sua mãe confiava mais no segurança do que em sua própria sombra, era assombroso.

Após a breve conversa com os novos seguranças, o Uchiha entrou sendo recebido por seu irmão.

─ Esta atrasado – murmurou de braços cruzados em pé no meio da sala.

─ Se eu tivesse meu carro teria chegado muito antes – contrapôs se jogando no sofá – Fala ai, que quê ta pegando?

─ Hoje não sou eu quem vai dizer o que esta “pegando”. Alias, a minha cota de avisos já expirou – suspirou com pesar – O pai esta te esperando no seu quarto.

─ Tsc, sermões? E toda aquela historia de responsabilidade de novo? – riu pelo nariz – Olha eu...

─ Sasuke – Itachi iria começar mais uma vez as incessantes discussões, porem, decidiu por respirar fundo, duas vezes e relaxar os músculos.

─ Pra que todo esse alongamento? Piro? – arqueou as sobrancelhas, confuso. Itachi curvou seus lábios em um sorriso de canto, aproximou-se do mais novo e em um movimento rápido o puxou pelas pernas derrubando-o no chão ─ PORRA, TA FICANDO MALUCO ITACHI!

─ Ainda não, as coisas não serão mais do seu jeito irmãozinho. Ou você cria juízo e cresce ou iremos apelar para força bruta – tentou imobilizar o mais novo, entretanto, em meros segundos de distração Sasuke o empurrou girou ambos os corpos e ficou por cima.

─ Foda-se, as coisas nunca foram como eu queria! – disse apertando suas mãos no colarinho da camisa de seu irmão. Itachi desferiu um soco no rosto de Sasuke o tirando de cima de si. Sasuke caiu para o lado e apoiou-se no chão sentindo o canto de seu lábio arder, o gosto de ferrugem o irritou, levantou e foi para cima do mais velho colidindo seu punho no nariz do mesmo.

─ FILHO DA...

─ Olha Itachi eu não quero brigar com você. Quer falar? Fale! Mas não me obrigue a seguir suas regras – indagou ofegante.

─ Minhas regras? MINHAS REGRAS? – gritou segurando o nariz que sangrava - Você não tem responsabilidade alguma! Um homem de 20 anos agindo feito um pré-adolescente rebelde, Tsc. É atenção que você quer? Ótimo!

─ PARA DE FALAR BABOSEIRAS ITACHI, QUE SACO!

─ CRESÇA SASUKE, MAS QUE MERDA! – grunhiu com a dor intensa em seu nariz. Passou a mão pelo cabelo nervosamente e voltou a dizer – Eu vou te levar la pra cima, nem que seja a força.

─ Vai sonhando – virou-se ignorando completamente Itachi, seguiu ate a porta e sorriu debochado.

Assim que abriu a porta os mesmos seguranças que o recebeu estavam ali interceptando sua saída – Caiam fora! Hidan o ignorou e o empurrou com brutalidade de volta para dentro, Sasuke foi ao chão e antes mesmo de desferir seus xingamentos contra o individuo, seus braços foram forçados contra suas costas, seu corpo foi posto de pé e obrigado a caminhar.

─ Me solta, eu to avisando!

─ Pra onde devemos leva-lo senhor? – perguntou Kisame.

─ Para o quarto dele, tomem cuidado que ele é traiçoeiro – alertou. Enquanto subia as escadas, Sasuke se debatia tentando se soltar, em um momento viu a oportunidade de chutar as partes baixas do segurança que o guiava, porem, o mesmo desviou, com um sorriso macabro Kisame apertou suas mãos envolta dos pulsos de Sasuke em um pedido mudo para que não tentasse mas nada. Itachi que estava à frente abriu a porta dando passagem aos seguranças.

─ Caralho, mas que porra! – gritou Sasuke furioso, soltou-se dos homens que o seguravam e se afastou.

─ Já acabou? – perguntou Fugaku tranquilo, estava sentado em uma poltrona no canto – O que houve com seu nariz? – perguntou para Itachi - E seu olho? – direcionou para Sasuke, ambos apenas se entreolharam.

─ Precisava disso? Fala logo o que vocês querem por... Itachi tapou a boca do Uchiha resmungão.

─ Fica quieto ou prefere que eu coloque uma fita isolante pra que isso aconteça? Agora é hora de você escutar! – sua voz soou ríspida, estava perdendo o pouco que lhe restava de paciência – Kisame, Hidan, podem ir. – os seguranças assentiram e saíram.

Suigetsu e Karin chegaram e foram entrando, sem nada dizer, apenas com uma expressão de divertimento estampada em suas faces, sentaram-se.

─ O que vocês estão fazendo aqui?

─ Relaxa Sasuke, viemos apenas apreciar o show. Somos uma ótima plateia – pronunciou Karin com um sorriso zombeteiro.

─ Mas qu...

─ Olha la, vai começar – Suigetsu apontou para a parede onde havia uma projeção de slide. Fotos e vídeos de Sasuke ainda pequeno, apareciam no telão.

─ Esta foto foi tirada quando você nasceu, foi um dia de euforia para toda a família – indagou Fugaku pensativo. A imagem mostrava um Sasuke bebê no berçário, com um macacão azul, assim como o gorro e as meias – Esta outra foi no caminho para casa, sua mãe dizia que precisava tirar fotos ate mesmo quando suspirasse para não perder nenhum momento da sua vida – Sasuke olhou para seu pai como se visse um fantasma em seu lugar.

─ Ele bebeu? – sussurrou para o irmão.

─ Não foi preciso – respondeu seco.

─ Esta outra foi no seu aniversario de seis anos, você adorava Pokémon, mais ainda aquele Pikachu – riu pelas narinas – Enquanto não fizemos toda a decoração de Pikachu, para nos irritar você corria pela casa gritando a plenos pulmões “Pika Pika”

─ Tsc, eu não fiz isso – resmungou com as bochechas coradas.

─ Ah! Fez sim – contrapôs Itachi. Karin gargalhava juntamente de Suigetsu, não era muito difícil de imaginar.

─ Adoraria ter um vídeo deste episodio – disse a ruiva recuperando o fôlego.

─ Infelizmente quando Sasuke fez dezesseis anos à mamãe mostrou esse vídeo para todos da família e amigos verem, ele ficou com tanta raiva que depois procurou pelas filmagens e queimou – explicou Itachi.

─ Dezesseis – suspirou pesarosamente Fugaku – Depois que tirou carta e ganhou seu primeiro carro, foi como se déssemos sangue a um vampiro – balançou a cabeça negativamente – Foi uma infeliz decisão deixa-lo tomar conta de Sakura, achei que sem a mordomia e a família você teria um pouco mais de responsabilidade e daria mais valor a tudo que tem e adquiriu de mão beijada. Mas eu estava errado.

─ Isso é inédito, senhor Uchiha admitindo seus erros? Estou surpreso – debochou Sasuke. Itachi fez menção de falar algo, no entanto, seu pai o impediu.

─ O senhor Haruno me ligou hoje enquanto estava em uma reunião que nos renderia bilhões de dólares. Sakura estava sozinha quando passou mal e foi encaminhada a UTI... ONDE VOCÊ ESTAVA? – a súbita perca de seu autocontrole assustou a todos.

─ Eu não fiz nada, ela estava perfeitamente bem enquanto estava comigo. Não tenho nada a ver com isso – por um momento a expressão da rosada, após sua vingança surgiu em sua mente, ela parecia apenas surpresa por tudo ser uma simples brincadeira, apenas isso.

─ Sasuke não brinque comigo...

─ Eu estou falando a verdade porra!

─ NÃO BRINQUE COMIGO MOLEQUE! MANDEI RASTREAR SEU CELULAR E VOCÊ ESTAVA EM UMA MALDITA BOATE! – levantou-se apontando o dedo paro o rosto de Sasuke.

Sasuke engoliu seco, não havia argumentos contra aquela afirmação. Mas tinha a certeza de que a culpa não era sua, ou era? Não, obvio que não. Precisava manter a calma, conhecia muito bem o patriarca. O acusaria de algumas coisas, daria sermões, gritaria para assusta-lo e depois sairia para esfriar a cabeça, era sempre assim, pois sua mãe era contra qualquer tipo de violência, mesmo que talvez esta fosse para educar, ninguém relava as mãos em seus filhos.

─ Itachi, Suigetsu – chamou. Os mesmo já sabiam o que deveriam fazer. Fugaku relaxou os ombros, estralou os dedos e voltou a se sentar na poltrona – E você, Karin, saia.

─ Não posso nem filmar? – murmurou com os olhinhos brilhantes, no entanto, o olhar reprovador de Fugaku a amedrontou – Ok, estou indo.

Itachi mobilizou Sasuke e o colocou sobre o colo do pai de bruços, permaneceu segurando suas pernas e Suigetsu seus braços. Fugaku abaixou a calça, o suficiente para mostrar seu bumbum coberto pela boxer azul escuro, prevendo o que viria a seguir Sasuke se moveu com agilidade, desferiu um chute numa das pernas de seu irmão, que por conta da dor contraiu-se e acabou por libertar o mais novo.

Apenas de cueca, Sasuke correu pelo quarto indo em direção a porta, porém antes que tivesse a chance de alcança-la teve seu pescoço agarrado por Suigetsu, que o imprensou contra a porta.

─ Tsc, se você ficar quieto vai doer menos Sasuke - sorriu.

─ Digo o mesmo pra você, AMIGO - cuspiu tais palavras com nojo.

─ Ai, essa doeu - fez bico.

─ E vai doer muito mais - sorriu de canto.

Em um movimento rápido Sasuke pisou com força em um dos pés de Suigetsu, o fazendo solta-lo. Assim como se lembrava de ter visto em um filme qualquer, desses que sua mãe o obrigava a assistir, atingiu as áreas mais sensíveis do corpo de um homem: Calcanhar, virilha, barriga e nariz. Levando seu amigo ao chão com um belo sangramento nasal.

─ Porra Sasuke, você quebrou meu nariz - cuspiu sangue.

─ Oh, que pena. Eu queria ter quebrado muito mais que apenas o nariz - sorriu vitorioso - Ao menos você não pode dizer que eu não avisei. Hm - acariciou o punho dolorido,

Ao virar novamente em direção a saída, foi surpreendido por seu irmão que desferiu um soco em seu rosto. A dor foi profunda e o fez cair no chão no mesmo instante. Sasuke não precisava ser um gênio da medicina para saber que aquele soco deixaria uma marca roxa em seu belo rosto.

Aproveitando que o moreno estava caído, Itachi e Suigetsu, que já se recuperava embora ainda sangrasse compulsivamente, agarraram e o prenderam na cama com lençóis, fitas e tudo o mais que encontrassem pelo quarto. Por precaução decidiram por segurar o rapaz com suas próprias mãos, apertaram fortemente os tornozelos e punhos do rapaz, o pressionando cada vez mais contra o colchão para que assim ele não tivesse chance alguma de fugir.

─ ME SOLTEM CARALHO! O QUE PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO HEIM? ENLOUQUECERAM É?

─ Sabe como se advertia uma criança malcriada no meu tempo, filho? – perguntou Fugaku, porem, foi ignorado. Sasuke se debatia na tentativa de se soltar, mas era inútil. Quanto mais tentava, mais fortes eram os apertos em seus braços e pernas.

A primeira palmada criou eco, a vermelhidão do bumbum branquinho foi instantânea. Queimou, ardeu como o inferno. As seguintes palmadas doeram ainda mais. Nunca em toda sua vida havia levado uma surra, se não sentisse as dores infernais, diria que era um pesadelo.

Sasuke suplicou, mas não chorou, pediu milhares de vezes para que Fugaku parasse:

─ PUTA QUE PARIU, ME SOLTA CARALHO!

No entanto, seus gritos foram ainda mais motivadores para o patriarca.

Não era como se aquelas simples palmadas fossem solucionar todo o problema, contudo, depois de tantos anos tentando manter uma conversa civilizada, entre alertas e pedidos incessantes, a paciência de Fugaku, que já não era muita, chegou ao auge.

A mão do Uchiha ergueu-se mais uma vez pronto para espalmar tão fortemente contra o bumbum de seu filho, que o deixaria andar com dificuldade por uma semana, e nem tão cedo o veria aprontar ou perturbar sua santa consciência.

O berro audível que veio seguir por alguns minutos deixou todos atônitos.

─ FUGAKU, SOLTE MEU BEBÊ AGORA MESMO! – ordenou furiosa. Mikoto sentiu seu sangue subir ao escutar os gritos suplicantes de seu filho. Havia chegado de suas compras a poucos minutos, então temeu pelo pior, porem, nada a deixaria mais assustadoramente irritada do que ver seu próprio marido ser a causa do sofrimento de seu bebê.

─ Mãe? Mikoto?Tia Mikoto?– Itachi, Fugaku,Suigetsu a olharam surpresos.

─ Mãe, você veio me salvar – murmurou Sasuke, fungou um pouco e apertou os olhos teatralmente conseguindo finalmente uma grossa lagrima.

─ Meu bebê, o que estão fazendo com você, hm? – olhou horrorizada para aquela cena - EU JÁ NÃO DISSE PARA SOLTAREM? – imediatamente Itachi e Suigetsu o soltaram – Meu bebezinho, mamãe vai punir cada malvado que fez mal a você, tudo bem? – acariciou o rosto do filho. Sasuke assentiu positivamente e fungou mais uma vez.

─ Mikoto – Fugaku silabou o nome irritadiço – Estou educando Sasuke. São essas atitudes suas que o estragam!

─ Itachi desamarre seu irmão, AGORA! - ordenou ignorando completamente o marido,

Itachi acatou o pedido de sua mãe, a contragosto. Seu pai observava a tudo com uma carranca aterrorizante, com toda certeza o patriarca estava aponto de explodir, tamanha era sua fúria.

─ Meu amor, agora vá para o quarto de hospedes, daqui a pouco mamãe irá cuidar de você – Sasuke saiu com um sorrisinho vitorioso, naquele instante nem mesmo o seu bumbum amostra importava.

─ Mãe você na..

─ Calado Itachi – sua voz sou ríspida – Eu mesma nunca levantei a mão para nenhum de meus filhos, com que direito vocês cogitaram a ideia de que poderiam fazer isso com o meu bebê?

─ VOCÊ SEMPRE OS MIMOU E AGORA QUE É TARDE DE MAIS NÃO TEM CORAGEM PARA ADVERTI-LOS – gritou Fugaku a plenos pulmões – Eu não vou mais me render aos seus caprichos, Mikoto!

─ Haha! Agora você esta dispostos a cuidar da educação dos nossos filhos? – riu ironicamente - VOCÊ SÓ PODE TER ENLOUQUECIDO HOMEM! VOCÊ NUNCA INTERFERIU, NUNCA SE QUER OPINOU EM NADA E AGORA QUE OS PROBLEMAS TE AFETAM VOCÊ QUER RESOLVER ASSIM, SENDO AGRESSIVO? ESQUEÇA!

─ PARE DE DIZER BESTEIRAS MULHER!

─ MÃE, PAI...Parem com isso – pediu Itachi.

─ Saia daqui Itachi! – ordenou ríspido o patriarca.

─ VOCÊ NÃO FALE ASSIM COM O MEU BEBÊ! – contrapôs Mikoto – EU ESTOU FARTA, ESTOU FARTA DE TUDO ISSO!

─ E eu estou ainda mais, Mikoto – passou por ela caminhando em direção a porta.

─ Fugaku Uchiha volte já aqui, eu ainda não terminei com você.

O Uchiha a ignorou e saiu batendo a porta, Mikoto suspirou pronta para segui-lo, mas foi impedida pelo filho.

─ Acho melhor vocês conversarem mais tarde mãe – sugeriu.

─ Você me decepcionou Itachi, se mancomunou com seu pai contra seu próprio irmão? Eu não criei vocês assim – murmurou magoada. Itachi nada disse, mas tinha consciência de que tudo foi feito para o bem de Sasuke, no entanto, o instinto protetor excessivo de sua mãe jamais admitiria isso.

Mikoto deu as costas ao filho, respirou fundo ao olhar a porta do escritório de seu marido entreaberta ao final do corredor. Que casamento era aquele que dia pós dia empurravam com a barriga os problemas e sorriam descaradamente fingindo que tudo ia perfeitamente bem. Terrível engano era o seu de achar que algum dia iria se acostumar.

Poucos passos adiante abriu a porta do quarto de hospedes encontrando seu filho completamente nu.

─ MÃE!

─ Filho eu já te vi tanto pelado que sei de cor quantas pintinhas você tem nesse bumbum branquelo. Agora pare de frescura que a mamãe vai cuidar de você... só me deixe achar aquela pomada, como era o nome mesmo? – dizia enquanto adentrava no banheiro, por cuidado a seus filhos sempre deixava uma caixinha de remédios em cada cômodo.

─ Hm, o pai te contou tudo? – perguntou receoso, cobriu suas partes baixas com a toalha e deitou-se na cama.

─ Pra ele chegar a esse ponto, algo você aprontou... Ah achei, é Hiplogós! – disse sorridente com a pomada em mãos.

─ Mãe isso não é pra assadura de bebê?

─ Aprenda com a mamãe, querido, esta pomada é milagrosa e serve para qualquer coisa – murmurou com sabedoria – Agora vira esse bumbum – ordenou.

─ Mas não precisa eu..

─ Quer que eu faça isso? Olha que eu faço – ameaçou. A contragosto Sasuke virou-se de bruços, suas bochechas coraram – Me lembro de quando trocava suas fraldas, ai, ai como o tempo passa. Seu bumbum continua igualzinho - comentou pensativa - Com a diferença de que aquela pintinha que se parecia com um moranguinho agora esta igualzinha a uma cereja, tem ate cabinho - admirou com fofura aquele pequeno detalhe.

─...- Sasuke permaneceu calado, era constrangedor demais ate mesmo para um comentário seu.

─ Sasuke, Mebuki me ligou... Sakura não esta nada bem...

─ Então você também já sabe. Otimo – resmungou – Ai – sua mãe lhe deu um tapa que chegou a fazer estralo.

─ Eu disse para cuidar da menina e o que você faz? A leva para UTI. Eu te criei para ser um cavalheiro, esta me ouvindo?

To mãe. Mas que saco – virou-se e saiu da cama se pondo de pé – Eu ja disse que não fiz nada, enquanto estive com aquela garota, ela estava perfeitamente bem. Tudo que houve foi uma vingança boba e mais nada.

─ Vingança? Que vingança? E deita aqui que eu ainda não terminei de passar a pomada – o puxou pelo braço obrigando-o a se deitar novamente.

─ Coisa boba mãe.

─ Talvez essa coisa boba não tenha sido tão bobo assim para ela. Sakura esta em uma fase frágil, sua cabeça esta uma bagunça. Mebuki me disse que talvez ela possa correr o risco de perder ainda mais a memória. – Sasuke sentiu o peso em sua consciência, aquela bendita garota não poderia ser tão fraca assim...poderia? – Prontinho. Vou preparar algo para você comer.

Sasuke se viu sozinho perdido em seus devaneios. Sakura, como ela estaria agora? Talvez tenha exagerado um pouco em sua vingança. Tsc, isso era irritante. De toda forma teria de voltar aquele hospital, contudo, deixaria para amanhã. Graça ao seu pai, irmão e amigo, se sentia dolorido.

─ Malditos – resmungou procurando uma posição confortável para dormir – Se aquela garota irritante se esquecer de tudo outra vez... Será que ela vai se esquecer de mim? – murmurou pensativo, o sono veio de mansinho e logo já havia mergulhado no mundo dos sonhos.


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Notas finais do capítulo

Oi gente *__*
Ocês gostaram?
Sim né?
Quem aí ficou com vontade ajudar o tio Fugaku a bater no bumbum branquelo do Sasuke levanta a mão
OoooooooooO/ haha
Deixem seus comentários aí em baixo, a cada comentário tio Fugaku promete acertar um novo tapa no Sasuke, participem dessa campanha e vamos ensinar ao Sasuke uma boa lição. Recomendações também são muito bem vindas o/

Hey, você ai escondido !
Você mesmo, eu to te vendo !
Você fica aí só lendo e nada de comentar nem favoritar. Toma vergonha, coisa feia y.y
Comente, nos autoras preparamos surpresas para os nossos comentaristas de carteirinha e você não quer perder a chance de participar né?
Corre criatura!

Ps: música de hoje: Down - Jason Walker



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