Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 16
Courageous


Notas iniciais do capítulo

Konichiwa Minna o/ Demoramos mas voltamos o/ Por favor não atirem pedras >.<
Aconteceu muita coisa durante essas semanas, muita coisa mesmo. Primeiramente, pedimos desculpas... Pessoal tambem quero pedir que deem forças a Pati-chan, ela esta passando por algo difícil e foi por isso que demoramos. Este capitulo foi extremamente complicado, não por não sabermos como continuar, mas pela falta de tempo. Nos esforçamos e aqui estamos hoje :D Tambem quero alerta-los que ate tudo voltar aos trilhos, os capitulos podem demorar um pouquinho a saírem. Deixo claro que não vamos abandonar nunca esta fic, agradeço pela compreensão.

Boa Leitura!!!



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Capitulo XVI

"Quando alimentamos mais a nossa coragem do que os nossos medos...

passamos a derrubar muros e a construir pontes."

(Autor desconhecido)

Corajosos

Ao chegar na mansão Hyuuga, Naruto sentiu seu corpo congelar. Ele sempre tinha ouvido falar que Hinata pertencia a uma família de exímios lutadores mas jamais imaginou que sua casa parecia mais um campo de treinamento militar.

Enquanto se aproximava mais do portão, que se encontrava aberto, pode notar um número incalculável de homens vestindo quimonos de lutas nas cores branco e azul. Em perfeita sincronia todos desempenhavam golpes de kung-fu ao comando de um senhor de longos cabelos castanhos e olhos perolados, que o loiro concluiu ser o pai de Hinata. Tudo parecia mais cena de filme daqueles que o Jet Li seria o protagonista.

Naruto foi retirado de seus devaneios ao perceber uma pequena figura feminina se aproximar do homem, era uma garota de aproximadamente 7 anos com olhos perolados e pequenos cabelos azuis, tentou ouvir o que ambos falavam, porém, por conta da distancia nada lhe parecia claro . Sorrateiramente, Naruto esgueirou-se pelos cantos do muro na tentativa de se aproximar daqueles que conversavam. Quando estava perto o suficiente para ouvir o que este falava escondeu-se atrás de uma coluna de mármore e concentrou toda sua atenção na cena a sua frente.

O Uzumaki não sabia ao certo sobre o que eles diziam, parecia ser indicações de treinamento ou algo assim e por poucos instantes sentiu um alívio, tudo indicava que nenhuma confusão estava rolando, logo, a Hinata não deveria estar encrencada. Contente, decidiu por ir embora sem causar confusão, no entanto, ao se levantar deu de cara com um rapaz já conhecido.

─ Oe, Neji? O que faz aqui? - indagou depois de se recuperar do susto.

─ Eu é que pergunto Naruto, o que você faz aqui? - ergueu a sobrancelha.

─ Perguntei primeiro. To certo!

─ Eu moro aqui Naruto - respondeu com tedio.

─ Aé? Por que? Essa não é a casa da Hinata-chan? - coçou a bochecha confuso.

─ Não Naruto, essa é a casa dos Hyuugas e eu sou um Hyuuga - estava a ponto de enxotar aquele loiro imbecil dali, por mais que fosse mestre em meditações. perguntas daquele porte estavam lhe tirando a paciência.

─ É? Desde quando? - o olhou desconfiado.

─ Desde que eu nasci? - ergueu os braços indignado.

─ Oe? E você nunca me contou?

─ Eu imaginei que você perceberia, não é? Afinal, eu me pareço bastante com a Hinata.

─ Hmm - ficou em silencio analisando o rapaz a sua frente - Eu não acho!- deu de ombros.

Neji engasgou com a própria saliva ao ouvir tais palavras. Como alguém em sã consciência poderia dizer que não percebeu sua semelhança com Hinata? Ambos tinham os mesmos olhos claros, cabelos longos e pele branca. Naruto só podia ser um idiota com I maiúsculo.

─ Naruto, diga logo, o que veio fazer aqui? - respirou fundo para não entrar na onda de idiotice do loiro.

─ Preciso falar com a Hinata-chan - disse sem jeito, suas bochechas coraram e somente naquele momento que constatou que não havia pensado no que diria.

─ Sobre o que? - sua expressão tornou-se seria, lançando ao Uzumaki seu olhar intimidador.

─ Oe Neji, não sabia que era fofoqueiro - se segurou para não gargalhar da cara do Hyuuga.

─ Naruto, se você não quiser sair daqui com alguns ossos fora do lugar, espero que vá dizendo logo o que quer com a Hinata - disse com uma serenidade que assustou o loiro.

─ Calma ae Neji, amigo, parceiro - ergueu as mãos em sinal de rendição - Mas o que eu tenho pra falar é só com a Hinata-chan e infelizmente com o pai dela - sussurrou a ultima parte.

─ Hinata não chegou ao dojo - suspirou, seus olhos seguiram em direção aos homens que treinavam com dedicação - Estamos todos preocupados.

─ Então eu vou procura-la, isso tudo é minha culpa. Prometo trazer ela de volta, to certo! - afirmou com convicção. Neji apenas o observou ir embora sem olhar para trás.

O Hyuuga caminhou de volta para a casa principal, seguiu pelos corredores ate chegar a uma porta, deu duas batidas e aguardou.

─ O que houve Neji? - soou a voz embargada.

─ O Uzumaki esteve aqui a sua procura - informou. Um sorriso triste surgiu nos lábios da Hyuuga.

─ O que disse a ele?

─ Que você não estava. Espero que não desobedeça as ordens de Hiashi-sama, ainda mas agora que esta de castigo - alertou.

─ Eu sei, achei que papai seria mais severo - suspirou em alivio.

─ Sair somente para ir a faculdade, me parece um castigo bem ruim - comentou.

─ Neji, como chegou a conclusão do que queria se tornar? - perguntou receosa, seus olhos fixavam-se no céu que pouco a pouco escurecia.

─ Quando tive a chance de viver o meu sonho. Ao ingressar na faculdade eu me sentia realizado, mas toda aquela euforia passou tão rapidamente que fui obrigado a rever os meus objetivos. Então, não foi muito difícil aceitar que minhas raízes era tudo o que eu precisava. Artes marciais esta em nosso sangue a séculos, não é uma escolha, se é uma Hyuuga, isso pertence a você.

─ Assim como um membro de seu corpo a vontade nasce em seu sangue, assim como suas qualidades e defeitos, a arte da luta floresce em suas ações - citou os dizeres de seu pai - Também estou em duvida - suspirou com pesar.

─ Amanhã será o inicio da grande competição de lideres, Hiashi-sama ficaria contente em ter sua presença.

─ Talvez eu precise disso - sorriu - obrigada Neji - ele se curvou e desejou boa noite, para em seguida sair da casa principal.

A conversa havia sido produtiva, também vivenciou aquela duvida de quais eram suas verdadeiras metas. Neste momento da vida soube que ninguém teria a resposta a não ser a si mesmo.

Perdido em seus devaneios, Neji caminhava tranquilamente sem direção. Burburinhos lhe chamaram a atenção, assim como a correria de algumas pessoas curiosas. Andou ate onde se encontrava o motivo da baderna.

─ EU SÓ QUERO FALAR COM A HINATA-CHAN, EI, TIRA A MÃO DA AI! JÁ DISSE QUE NÃO SOU ESSE TAL DE INVASOR!

─ Naruto - Neji respirou fundo e concentrou-se em todo o seu chakra, resgatou a paciência e serenidade, para enfim tomar uma atitude - Solte-o - ordenou aos samurais que ali faziam a guarda - Voltem aos seus afazeres, irei resolver o problema e logo constatar a Hiashi-sama.

─ Hai - todos responderam em conjunto sem objeções. Em poucos minutos restara apenas Naruto e Neji.

─ Naruto eu não tenho tempo para ficar cuidando de você, aqueles homens poderiam lhe matar com o mínimo de golpes. Tenha respeito e não haja como um invasor.

─ NÃO TENHO CULPA SE ESSES NINJAS AI, NÃO ENTENDEM QUE EU SÓ QUERO FALAR COM A HINATA-CHAN!

─ Samurais. E não grite - sua voz soou ríspida. O loiro fez um bico emburrado - Já lhe disse que Hinata não se encontra. Me lembro que havia feito uma promessa, então peço que vá embora e tente cumpri-la.

─ Ta bom, ta bom. Eu já procurei ela por todos os lugares possíveis, os impossíveis eu não fui por ser impossível - disse com seriedade. Se a situação não fosse critica, Neji gargalharia - Então eu decide que... eu não vou sair daqui enquanto não tiver a certeza, com meus próprios olhos, de que ela não esta - declarou, surpreendendo o Hyuuga.

─ O que tem a dizer é tão importante quanto sua vida? Se entrar sem permissão, você será um homem morto Uzumaki - Naruto não se amedrontou, deu um passo e mais outro, se sentia determinado a encontra-la.

Neji puxou sua Katana e a posicionou perfeita diante de si, um sorriso matreiro brincava em seus lábios. Sem medo algum, Naruto avançou mais alguns passos e quando estava próximo o suficiente fechou os olhos. O Hyuuga ergueu a arma afiada, pronto para atingir seu alvo. No instante seguinte uma outra Katana colidiu com a sua, o impedindo de prosseguir.

─ O que esta fazendo Neji? - a rigorosa voz soou como um trovão. Neji recuou e curvou-se rapidamente submisso.

─ Hiashi-sama. Ele insiste em querer falar com Hinata.

Naruto abriu os olhos vagarosamente, seu corpo parecia intacto e estranhamente Neji estava curvando, como se estivesse se reverenciando a alguém.

─ Diga quem é e o que quer com minha filha - ordenou guardando sua Katana de volta a bainha em sua cintura.

─ Naruto Uzumaki é o meu nome e... bem ,o que tenho que dizer é algo importante.

─ Uzumaki, hm - silabou frio - O que tem a dizer é mas relevante que sua própria vida, a ponto de entrega-la facilmente?

─ Sim. Eu gosto da sua filha, gosto muito. Na verdade... eu a amo. E eu quero que ela saiba disso, então, se é preciso lutar com vocês eu vou lutar! -- a coragem e determinação fluía em suas palavras. Em nenhum momento deixou de sustentar o olhar de desprezo que o Hyuuga mais velho lhe lançava.

─ Se é isso o que quer, poderá falar com ela - o loiro esboçou um grande sorriso - Esteja aqui amanhã assim que o sol se por. - virou-se e seguiu para a casa principal sem mais nada dizer.

─ Boa sorte, vai precisar - Neji acrescentou com um sorriso malicioso. Naruto continuava a sorrir, zombando do cabeludo que o impediu. Porem, mal sabia o que lhe aguardava assim que os primeiros raios de sol surgissem.

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As cortinas foram abertas sem pudor, o quarto antes escuro agora era invadido pela luz solar. Sakura cobriu o rosto, virou-se para o outro lado e quando estava quase adormecendo o edredom foi puxado sem nem uma delicadeza.

─ Acorda meu amor – murmurou Mebuki com um sorriso – Vamos, vamos. Hoje você tem exames com a doutora Tsunade.

─ Só mais cinco minutinhos – tentou puxar algo para se cobrir, mas foi impedida.

─ Vamos meu amor, o dia esta lindo e as flores aguardam por sua presença para florescer – cantarolou carinhosa – Sente algo de diferente? – se sentou ao pé da cama, observou Sakura se sentar e a olhar sonolenta.

─ Diferente como? – bocejou bagunçando ainda mais os cabelos – E quem é Tsunade?

─ Você sofreu um...

─ Acidente, eu sei – Mebuki franziu o cenho e prosseguiu.

─ Tsunade é a doutora que cuidou de você enquanto esteve no hospital. Hoje voltaremos para que ela faça novos exames – explicou – Suas memórias foram afetadas então, você se esquece de acontecimentos recentes.

─ Entendo, por quanto tempo vou ficar assim?

─ Não sabemos, mas não se preocupe. Seu pai e eu estaremos sempre com você – sorriu, deu um leve tapa sobre os pés da filha e se levantou – Agora vá se arrumar. – ela assentiu e adentrou no banheiro.

Algumas horas depois Sakura já descia para tomar seu café, depositou um beijo no rosto do pai e sentou-se a mesa.

─ Bom dia filha.

─ Bom dia papai – pegou algumas panquecas, torradas e um pouco de suco.

O Uchiha entrou logo após, com algumas olheiras e uma expressão cansada.

─ Bom dia garoto Uchiha – murmurou Kizashi sem tirar seus olhos do jornal.

─ Hm.

─ Bom dia Sasuke, parece que não dormiu muito bem? – comentou colocando uma torrada com geleia na boca. Ao olhar sua volta todos a olhavam perplexos – O que foi gente?

─ Filha, você se lembra do Sasuke? – perguntou Mebuki.

─ Claro, sei que ele tem algo a ver com o meu acidente. Não me lembro muito bem, mas meu medico ele não é – disse tranquilamente.

Sasuke intercalava seus olhos entre os pais da Haruno e a própria, todos foram pegos de surpresa.

─ Se lembra de mais alguma coisa meu algodão doce? – perguntou Kizashi.

─ Acho que não, tudo esta uma bagunça. É como se diversas coisas tivessem acontecido, mas não me lembro de ter vivido nenhuma dessas situações – balançou a cabeça tentando afastar toda a confusão que invadia sua mente.

Mebuki saiu da cozinha com Kizashi em seu encalço. Sasuke viu quando a matriarca começou a chorar e um grande sorriso estampava em seu rosto. Alivio, era o que todos estavam sentindo.

─ Se tirar uma foto dura mais – disse ao morder outra torrada. Sasuke a olhava sem escrúpulos.

─ Você se lembrou de mais alguma coisa não é?

─ Por que acha isso?

─ Quanto mais rápido se recuperar, mais curta será minha estadia aqui – não sabia por que havia dito aquilo, apenas se sentia incomodado com aquela garota.

─ Vá, ninguém te impede – contrapôs.

─ Não sei se lembra, mas só posso voltar a minha vida quando VOCÊ recuperar essa sua cabeça.

─ O que foi? Eu em, você acorda de mau humor e eu quem pago o pato é? – se levantou e saiu da cozinha, assim que chegou a sala percebeu que Sasuke a seguia.

─ Garota irritante – resmungou

─ Babaca – cruzou os braços e o encarou. Sasuke deu alguns passos ate ficar próximo ao rosto dela, a olhou nos olhos e assim permaneceu por alguns segundos, Sakura não conseguiu sustentar aquele olhar, desviou procurando por qualquer ponto. Sem que ao menos esperasse Sasuke capturou seus lábios em um beijo caloroso, intenso, que jamais havia recebido em toda sua vida. Seus pulmões já imploravam por ar quando o Uchiha a soltou de supetão, um sorriso zombeteiro brincava nos lábios dele, assim que ouviram alguns passos, se afastou consideravelmente.

─ Sakura, esta pronta filha? – disse Kizashi ao se aproximar da sala.

Sakura ainda observava Sasuke, seus olhos levemente arregalados e os lábios levemente avermelhados, ainda tentava assimilar o que raios havia acontecido ali.

─ Eu vou ter que ir também? – perguntou o moreno como se nada tivesse acontecido.

─ Infelizmente sim. Mebuki vamos? – gritou o nome da esposa.

─ Já estou descendo querido – o respondeu.

─ Vamos entrar no carro, sua mãe ainda deve estar escolhendo a bolsa que combina com as roupas – revirou os olhos.

Sasuke passou pela rosada com um sorriso, ela o direcionou um olhar mortal, sentia vontade de estrangula-lo.

Quando finalmente todos estavam no carro, Kizashi deu partida e assim seguiram para o hospital. O caminho foi silencioso, ninguém ousou dizer nada.

Mebuki, Sakura e Sasuke desceram enfrente ao hospital, Kizashi se despediu da esposa e seguiu para o trabalho.

─ Esperem aqui, vou falar com a recepcionista – pediu a senhora Haruno deixando a filha sozinha com o Uchiha.

Por alguns minutos ambos permaneceram em silencio, ate Sakura não suportar mais a pergunta que a consumia.

─ Por que fez aquilo? – indagou visivelmente irritada..

─ Aquilo o que? – não deu importância, estava distraído demais com seu celular.

─ Vo-você sabe...

─ Não sou vidente, se não dizer o que é eu não vou saber – desviou os olhos do celular para observa-la – Vamos Sakura, aquilo o que?

─ Você sabe muito bem do que estou falando, não se faça de idiota – contrapôs, ele a estava tirando do serio.

─ Do que esta falando? – murmurou aproximando seu rosto do dela. Rapidamente Sakura o afastou assustada.

─ Esquece – estava decida a ir procurar por sua mãe, se o Uchiha não tivesse segurado seu braço e a puxado de volta.

─ Esta falando do beijo? – seus lábios se curvaram em um sorriso de canto – Aquele que você quase devorou meus lábios... faminta –sua voz soou de maneira sensual, atiçando os pensamentos da pobre Haruno.

─ E-eu na-não.... E-eu... – seu rosto esquentou instantaneamente – Você é um imbecil – acusou furiosa.

─ Você é tão inocente – se segurava para não gargalhar.

─ Inocente? – o olhar de Sakura mudou no mesmo instante – Me acha inocente, pois bem – um sorriso sapeca brincou em seus lábios. Sakura aproximou-se de Sasuke jogando seu corpo contra o dele, ambos foram ao chão.

─ Mas que droga, fico maluca é? – Sakura ainda o olhava de cima, assim que viu alguns seguranças próximo dali, ela girou seu corpo deixando Sasuke por cima – Mas o qu...

─ AAH! SOCORRO UM TARADO! – rapidamente os seguranças vieram ao seu socorro, agarraram Sasuke pelo braço e o levantaram – QUE MUNDO É ESTE? VENHO AO HOSPITAL TRATAR DE MINHA SAUDE E UM TARADO ATACA A MINHA PESSOA A PLENO LUZ DO DIA? - cobriu o resto com as mãos para fingir estar chorando, pois na verdade não conseguia esconder o quão divertido estava sendo.

─ ESSA GAROTA É LOUCA, EU NÃO FIZ NADA! SAKURA! – gritava o Uchiha furioso.

─ Fique quieto, o levaremos ate a delegacia. Vai aprender a não sair atacando mulheres por ai – disse um dos seguranças.

─ O QUE? DELEGACIA? SAKURA DIZ PRA ELES, PORRA! – olhou para a rosada assustado.

─ Tudo bem podem soltar ele – pediu recuperando o fôlego.

─ Tem certeza senhorita? Podemos leva-lo ate a policia e la ele vai receber um bom corretivo.

Sasuke suplicava através do olhar por socorro, Sakura ate que sentiu pena e somente por isso pararia com a brincadeira por ali.

─ Não precisa, ele é meu namorado – sorriu envergonhada – Um namorado muito malcriado. Me perdoem por envolve-los nisso.

─ Entendo. Mas se precisar estaremos fazendo a ronda – deram uma ultima olhada no Uchiha e o soltaram, logo saíram dali. Sakura caiu na gargalhada segurando a barriga.

─ Você... – a olhou com ódio – Você é louca – afirmou.

─ Ainda me acha inocente Sasuke? – sorriu em desafio.

─ Garota irritante – murmurou.

─ Crianças, o que estão fazendo aqui fora? Vamos, vamos, a doutora Tsunade nos espera. – Mebuki surgiu na porta e os chamou para dentro.

─ Vai ter volta – sussurrou Sasuke somente para que Sakura escutasse. Ela fingiu tremer de medo e riu – Me aguarde rosada, me aguarde.

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Enquanto Sakura terminava de realizar os exames necessários em uma outra sala, Tsunade avaliava com cautela os resultados do exame anterior. Seus olhos averiguavam meticulosamente cada uma das sete folhas. Assim que terminou suspirou com seriedade, direcionou seus olhos a Mebuki e indagou.

─ Aparentemente não há danos maiores, o caso da frequente perca de memoria permanece um mistério - suspirou com pesar - Enquanto não encontrarmos uma solução, Sakura continuara da mesma maneira por tempo indeterminado - explicou a Senju.

─ Mas como minha filha se lembrou do acidente e de Sasuke hoje pela manhã? Há uma explicação para isso doutora? - perguntou a Haruno aflita.

─ Ja vivenciei muitos casos de perca de memoria, mas confesso que o de Sakura é algo novo. Com a condição inicial, eu tinha certa duvida se ela recuperaria suas lembranças, mas pelo que me contou Sakura não se lembra totalmente, mas recorda-se brevemente do acidente e de Sasuke - cruzou os braços pensativa - Acredito que a convivência e a constante repetição de ações e dizeres esteja a afetando.

─ A senhora esta querendo dizer que por estarmos contando todos os dias sobre o acidente a ela e por ver Sasuke com frequência, ela acabou se acostumando?

─ Basicamente isso, como por exemplo, Sasuke esta na casa de vocês a uma semana, não? - Mebuki assentiu em concordância - Um acontecimento recente é o que ocorre a poucos minutos, horas, no máximo um ou dois dias. Após isso as memorias não se tornam tão recentes assim. A insistência da presença de Sasuke é uma prova, ele passou do nível de pessoa desconhecida por estar incluído na rotina de Sakura.

─ Compreendo, isso me parece tão surreal - se segurou para não chorar, tinha que ser forte - Por favor doutora, encontre uma cura para minha filha.

─ Não é necessário nem mesmo pedir senhora Haruno. Minha equipe e eu estamos nos dedicando severamente ao caso de Sakura, é algo incomum, o que desperta curiosidade em muitos médicos veteranos. Prometo que iremos encontrar uma solução. - não sabia se suas palavras iriam confortar o coração daquela mãe, mas era tudo o que poderia fazer.

No quarto ao lado Sakura havia acabado de fazer o restante de exames, se sentia cansada e com uma tremenda dor de cabeça.

─ Ja termino? - perguntou Sasuke impaciente.

─ Sim, vamos esperar minha mãe na recepção.

Ambos caminharam lado a lado, se sentaram e permaneceram em silencio. Sasuke poderia estar calado, mas sua mente trabalhava a mil em uma maneira de atingir a rosada. As possibilidades pareciam não ser suficientes, sua vingança tinha que ser memorável, ate mesmo para a cabeça fraca da Haruno.

─ Ei Sasuke! Não esta me ouvindo não? - perguntou passando a mão sobre os olhos do moreno.

─ O que foi?

─ Perguntei como aconteceu o acidente e por que você esta sempre por perto. Ate agora não encontrei um motivo plausível pra isso.

O Uchiha iria começar a contar pela milésima vez como tudo havia ocorrido, porem, uma luz iluminou sua mente fértil, um sorriso maquiavélico surgiu em seus lábios e foi então que ele deu inicio aos seus planos.

─ Sakura, foi difícil esconder tudo isso de você ate agora, mas... - fitou o chão com uma expressão triste - É que tudo aconteceu tão de repente... E agora estamos aqui.

─ Do que esta falando? - o olhou curiosa - O que aconteceu?

─ Você e eu, bem... nos somos melhores amigos e amantes - Sakura franziu o cenho e logo desatou a rir.

─ Você é hilário, Sasuke - gargalhou ate perder o folego.

─ É serio, ta ok? - irritou-se - Eu não estou brincando, nossa historia não para por ai. Você esta... você esta gravida! - a rosada cessou os risos no mesmo instante.

─ Você esta brincando não é? - indagou seria - Me diz que é só uma brincadeira, não vou ficar brava.

─ Eu tambem gostaria que fosse - a olhou nos olhos - Desculpe, mas logo vamos ter três vidas para cuidar e...

─ O QUE? TRÊS? Vo-você... e-eu... Ai meu Deus! - sua cabeça latejou, aquilo era demais - Mas eu mal conheço você e nós... nós...

─ Nossa amizade foi algo que aconteceu naturalmente, a atração foi inevitável, não nos cuidamos e agora... - direcionou sua mão ao ventre da Haruno - Agora seremos pais.

─ Não. Você esta mentindo, isso não é possível. Eu nem sinto nada - levantou-se afastando-o. Queria acreditar que tudo fosse uma farsa, mas aqueles olhos negros lhe transmitiam uma serenidade incomum, o semblante cansado de Sasuke a fazia imaginar o quanto ele estaria sofrendo com toda aquela situação - Somos tão novos -murmurou fitando os próprios pés - Como conheci você?

─ Eu estava vindo de uma festa. Bêbado... Bati em seu carro e viemos parar no mesmo hospital. Me senti culpado e quis tentar me aproximar, acabamos nos tornando amigos e depois....

─ Quanto tempo faz isso que isso aconteceu?

─ A alguns meses - deu de ombros - Sakura, tem outra coisa que quero te falar.

─ Não, espera, você disse que somos... amantes... Então eu tenho um namorado? Ai meu Deus, o que eu fiz da minha vida - suspirou com pesar, fechou os olhos e deixou algumas lagrimas escaparem.

─ Tem e por incrível que pareça ele é o meu melhor amigo - se segurou para não rir, mas aquela historia estava se saindo melhor do que havia pensado - Naruto é o seu namorado. Sakura...

─ O QUE?NARUTO? - seus olhos quase saltaram da orbita. Sasuke não aguentou e desatou a rir incontrolavelmente - Do que esta rindo?

─ De você - disse ao recuperar o folego - É tão idiota assim para acreditar numa historia dessas?

─ Você estava brincando? - sussurrou - Você estava só... brincando - repetiu debilmente.

─ E você foi ingênua o bastante para acreditar - gargalhou como nunca havia feito em toda sua vida - Ah! acho que sua mãe vai demorar - respirou fundo recobrando sua pose rígida - Vou indo nessa. Cuide bem dos trigêmeos, ta ok? - sorriu, deu dois tapinhas sobre o ombro da rosada e saiu dali o mais rápido possível, sabia que aquela louca assim que acordasse do choque o mataria, e ficar ali aguardando sua morte não era uma opção.

─ Sasuke... - as esmeraldas estavam fixas na parede, sua cabeça parecia que iria explodir, a falta de ar a consumia e pouco a pouco sua visão tornou-se turva.

─ Senhorita você esta bem? Senhorita? Senhorita? - a enfermeira parecia apavorada. Então tudo a sua volta foi engolido por um breu interminável.

Com um sorriso vitorioso em seu rosto, Sasuke saiu do hospital sem olhar para trás. Aquela era sua vingança, sua doce vingança.

Caminhou por algumas quadras observando as ruas movimentadas. Seus pensamentos travavam uma batalha confusa, onde seus sentimentos eram julgados. Os fios róseos e olhos esmeraldinos haviam deixado sua mente em completa bagunça, não sabia identificar o que eram aquelas sensações estranhas, sentia-se confortável na presença da rosada, provoca-la e observar suas bochechas corarem, começavam a fazer parte do seu cotidiano, as expressões e sorrisos deixavam tudo mais divertido.

Com toda certeza estava ficando louco, jamais havia dormido com uma mulher sem segunda intenção, e o mais incrível era constatar que gostou de ter Sakura em seus braços, adorou acordar e ver o belo rosto angelical ressonando em seu peito. Balançou a cabeça negativamente e riu, aquilo era loucura, se sentia apenas atraído, isso, Sakura é uma garota bonita e obvio que se sentiria atraído por ela. A prova disso era o beijo que havia roubado da Haruno, nada sentiu não é? Nem mesmo gostaria de roubar outros milhares ou agarra-la ali mesmo na sala sem se importar com os pais dela e...

─ Não, eu estou ficando maluco – suspirou com pesar – Preciso relaxar e sei quem pode muito bem me ajudar com isso. – espantou qualquer tipo de devaneio relacionado à rosada. Hoje iria se divertir... Hoje Sasuke Uchiha seria de todas.


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Notas finais do capítulo

Ainda com duvidas Saky Uchiha-chan? :)
Muito bem, o esquema vocês já sabem né? Se gostou comenta aí em baixo e se não gostou também, e se você está loucamente e incondicionalmente apaixonada pela fic favorite
Cada comentário e favorito é muito importante para nós :)

Ps: Música de hoje - Courageous - Casting Crowns



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