Girl Almighty escrita por Anna


Capítulo 5
Five


Notas iniciais do capítulo

Gente percebi que tinha esquecido de postar esse cap hauhaaushah então exclui e vou repostar



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“Pois, você sabe, eu adoro os jogadores

E você ama o jogo

Pois somos jovens e imprudentes

Levaremos isso longe demais

Vai te deixar sem fôlego, ou com uma cicatriz horrível”

– Blank Space, Taylor Swift

Aimée’s POV

Era uma quarta-feira e haveria educação física, mas mesmo assim fui à escola de saia pela insistência de minha querida melhor amiga Caitlyn Weasley devido à uma conversa que tivemos no chat online:

SWEETLYCAYW: AIMÉEEEEEEEEEEEE!

QUEMEVOCEAIMEE: Ai, meu Deus, que foi?

SWEETLYCAYW: Adivinha onde eu to?

QUEMEVOCEAIMEE: Na casa do seu namorado (?)

SWEETLYCAYW: É, tá, mas... hum... você anda falando com o Theo?

QUEMEVOCEAIMEE: Engraçado você perguntar, conversamos bastante esses dias, por quê?

SWEETLYCAYW: O Austin ta voltando pra sala, depois a gente se fala pelo FaceTime, pode ser? Beijos.

E então, pouco mais de uma hora depois ela me fez uma chamada e disse que ele mostrou interesse em mim e eu, claramente, não entreguei de primeira minha pseudo queda por ele, mas então ela proferiu as palavras “pode ser uma boa você tentar algo, e depois que a poeira da Dilea baixar, você já vai ta com ele em mãos, então o plano é o seguinte...” o plano consistia em eu chamar a atenção dele e ao meio daquela paranóia toda dela, preferi nem contar sobre o ensaio que teríamos no dia seguinte na minha casa, ainda mais sozinhos.

Depois que o sinal de entrada bateu, fui para o vestiário feminino acompanhada da Cay, Lou e Phoebe.

– Tá, Cay, agora me diga que você trouxe uma coisa descente para eu jogar queimada. – ela tirou do armário um shorts – Eu. Não. Uso. Shorts. Desse tamanho. Na escola.

– É de ginástica, tem muitas meninas com shorts menores.

– Nem a pau.

– Se você quiser chamar a atenção dele... – Lou disse. É, elas também sabiam pelo jeito.

As aulas de educação física às quartas eram com o terceiro ano inteiro então sempre se jogava queimada que era o esporte mais simples, meninos contra meninas. No meu time, as meninas com quem eu conversava eram Caitlyn Weasley, Louise Grade, Phoebe Fiville, Dilea Harrison, Debby McCury, Lauren e Lindsey Vicent, que eram primas e Julia Xavier, no dos meninos, apenas os mesmos de sempre, Austin Grier, Danny Fordwood, Jim Hardey e Theodore Memphis. Quando entrei em quadra, muitos olhares se voltaram pra mim, talvez pelo fato de eu nunca usar coisas daquele tipo em período escolar. Ele ta te olhando, Phoebe informou num sussurro e eu me senti tentada a responder todos estão, mas apenas revirei os olhos como de costume.

Com dez minutos de jogo, metade do time feminino já estava na barra e eu, como boa jogadora do esporte, continuava em quadra, mas se dependesse da marcação agora em cima de mim, isso logo mudaria. Call Carter na barra, fazia joguinho com Gabe Willow para me queimar, eu corria e corria e agradecia eternamente meu reflexo, enquanto as meninas do time gritavam “cuidado!” a cada vez que a bola era tacada na minha direção. A bola estava com Call, então aproveitei para correr pro outro lado do campo de meu time e me livrar do aglomerado de meninas que ia se formando ao meu redor, ficando mais livre ao chegar. E, tenho certeza que a visão de Call sobre mim aumentou ao eu ficar em espaço livre porque ele me acertou em cheio, bem na minha testa, tudo começou girar e eu caí, mas não senti o chão.

Eu não perdi a consciência, mas a minha cabeça doía muito e os murmúrios constantes e o apito não ajudaram a aliviar o incomodo, então permaneci de olhos fechados, até que percebi que não caí em algo, mas em alguém, e esse alguém mexia descontroladamente em meus ombros com o intuito de me acordar da inconsciência inexistente, abri os olhos e me deparei com os olhos castanhos de um Theo que em minha visão aparecia de ponta cabeça.

– Theo, leve-a à enfermaria! – escutei essa frase mesmo com muitas outras indecifráveis soando ao meu redor, minha cabeça girava, mas então Theo me pegou no colo depois de delicadamente me tirar de cima dele e assim que saímos do ginásio, minha cabeça começou a latejar menos.

– Qual a sensação de carregar uma baleia orca? – perguntei com os olhos semi cerrados com a dificuldade em enxergar claramente. Ele sorriu e retrucou:

– Ainda não experimentei, garotinhas em apuros me deixam ocupado demais.

O silêncio reinou até a enfermaria. Theo deitou-me no sofá quando chegamos – e eu lamentei internamente por sua mão se retirar de minha coxa -, dona Meredith disse que tinha um galo pequenino em minha testa e colocou um band-aid do Smile na mesma, depois me deu um remédio que nem me interessei em saber qual era, contanto que aliviasse a tontura, estava ótimo. Theo ficou até o sinal pro segundo tempo bater, ele disse que o professor Reinald mandou avisar que eu não deveria ir à aula de dança hoje, o que achei um exagero porque logo eu estaria bem, mas então lhe avisei para que passasse em casa às 15H30 para ensaiarmos o roteiro, ele assentiu e foi para aula e eu só fui liberada no terceiro tempo, quando estava completamente recuperada.

...

Eu havia acabado de comer uma torrada quando a campainha tocou, não esperei Trudy e eu mesma fui abrir a porta.

– Oi! – disse ao abrir a porta e me deparar com um Theo lendo o script sem suas mãos.

– Oi.

– Entra. – ele estava com a mesma roupa da escola: calça jeans, tênis e camiseta vermelha com a frase “I rock you” em letras estampadas como cortadas de revistas. – Quer comer algo?

– Não, valeu. – sorriu meio forçado.

– Então, podemos ir pro meu quarto... – ele sorriu malicioso – Ensaiar, seu pervertido.

– Pensando bem, quero sim comer algo. – ele me olha do mesmo jeito.

– E eu quero dar um soco na sua cara. – tento me manter séria, tentativa falha.

Subimos, deixei ele entrar primeiro e ele se sentou em um sofá de dois lugares perto de minha estantes de livro e ficou observando.


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