Girl Almighty escrita por Anna


Capítulo 3
Three


Notas iniciais do capítulo

ahhhh genteee, mil perdões pela demora, é que eu já tenho mais 3 capítulos prontos e esqueço de postar kkkkkkkkkk enfim, aproveitem porque eu amo escrever essa fic! x



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“Bom, eu sei que eles não podem contar as lágrimas que caem
Mas talvez elas sejam todas em vão
E mesmo sabendo que essas lágrimas estão cheias de dor
Mesmo assim

Faça chover
Faça a chuva cair, Senhor”

– Make it Rain, Ed Sheeran

Aimée’s POV

Uma semana depois da festa de Danny, é claro que ainda haviam murmúrios da gafe que paguei durante minha bebedeira, com direito a eu caindo na grama e tudo. No dia seguinte, não lembrava quase de nada, mas agora as lembranças estavam um pouco mais claras. Caitlyn se pegando com Austin, algumas amigas como Dilea, Phoebe, Sarah e Debby indo ver como eu estava vez ou outra, Theo escutando meus lamentos e me acalmando. Já pedi desculpas por não ter deixado-o aproveitar a festa ou a Dilea como merecia, mas desistia de me desculpar a cada vez que ele fazia questão de lembrar que agora sabia metade da vida de Aimée Prescott. Obviamente, não contei nada para minha mãe ou eu ficaria bem lascada. As coisas pareciam evoluir entre Dilea e Theo, o que era bom, ela era bem divertida e ele gente boa, todos apoiavam os dois, vi que ela tava online em no chat e fui conversar com ela.

QUEMEVOCEAIMEE: Olá, Lea.

BATATADADILEA: E aí?

QUEMEVOCEAIMEE: To bem. Como vão as coisas com o vsq?

BATATADADILEA: Vsq???

QUEMEVOCEAIMEE: Você. Sabe. Quem.

BATATADADILEA: Ah, Aimée. Ele ta criando tantas expectativas e todo mundo contribuí pra isso com todos os comentários e, você nem acredita, criaram até nome de casal. Nossa, eu não quero magoar ele sabe? E nem quero estragar a amizade, mas eu não gosto dele. E desde quando eu freqüentava a casa do Austin com meus pais, rolava algo da parte do Theo por mim quando ele ia também, mas não é mútuo. É uma amizade bonitinha? É, é sim, mas você me entende.

QUEMEVOCEAIMEE: Putz. Que barra hein.

Ficamos conversando por mais um tempo e depois ela disse que ia sair para jantar e eu resolvi ler algum livro que ainda não tinha terminado, afinal, amanhã começava o inferno de uma segunda feira todo de novo.

...

Na primeira aula, testemunhei um Theodore animado, algo como Dilea ter dito a ele que queria resolver uma coisa. Ai. Ai. Ai. Eu prefiro ficar na minha, mas coisa boa não estava por vir e eu já estava imaginando o rosto tristonho dele ao final do sétimo tempo.

– Ah, você não vai acreditar. – ele disse enquanto saíamos da sala de Química.

– Diga.

– A Srta. Mead me chamou para participar do clube de teatro. Algo sobre eu ser muito gostoso e ter a maior cara de galã que ela já viu.

– Não seria ter um rosto aceitável, posição jovial cafajeste e uma cara de canalha?

– Shhh. Não é assim ao meu ver.

Só fui vê-lo depois no almoço.

...

O tempo estava começando a fechar naquela tarde e ao fim do sétimo tempo, Caitlyn, Louise, Phoebe e eu combinamos de ir à uma lanchonete antes da aula de teatro começar, mas a Sra. Parkson me prendeu alguns minutos a mais na sala de matemática me passando alguns nomes de alunos que precisariam de uma instrutora e quando comecei a caminhar pelo pátio aberto, algumas gotas de chuva começaram a me atingir, corri, mas a chuva foi mais forte e entrei na tão freqüentada por mim, sala de música.

O lance da sala de música é: uma velha estrutura, com uma escada de tipo uma metro de largura e a real sala só ficava no andar de cima, mas que agora estava abandonada por falta de verba e por isso eu ia lá quando queria paz.

Minha intenção era ficar ali até que a chuva cessasse, o que não aconteceu, então me dei por vencida e sentei em um dos degraus e esperar o tempo para ir para o teatro.

– E aí. – me virei e dei de cara surpresa com um Theo meio abatido.

– Oi... E então? – perguntei me referindo à conversa que ele teve com Dilea.

– Então, acho que nada. – ele disse se sentando uns dois degraus acima do que eu estava.

– Sinto muito.

– É, acho que criei falsas esperanças. Ela só disse que não ia rolar, perguntei se era pelo novo “amigo” dela, ela disse pra eu cuidar da minha vida e eu mandei ela se foder. – ele disse assim, sem pausa e eu dei um riso curto.

– Sinto muito. Você não fez nada errado, nem ela, só... Não sei. Sinto muito.

– É, tanto faz. Mas e sua vida amorosa?

– Ah, inexistente.

– É quase um ultraje você esperar que eu acredite nisso, Aimée Prescott.

– A verdade é que todos esperam demais de Aimée Prescott.

– Desculpa.

– Tudo bem. Mas acho que vocês dois ainda podem continuar amigos.

– Ela mudou muito, sabe?

– Talvez você só não a conhecesse de verdade, por exemplo, é muito fácil você olhar uma garota como Caitlyn, Phoebe, Louise ou até mesmo eu e pensar “poxa, como eu queria ser amiga dela”, mas é difícil realmente aceitar elas como são e ou você realmente vai passar a gostar delas e aceitá-las como são ou não. Talvez você só gostasse da imagem que criou sobre a Dilea, querendo ou não quando se gosta de alguém, ainda mais alguém inacessível você a coloca em um pedestal e quando ela se torna acessível, o pedestal vai descendo até você não ver mais a pessoa como uma miragem e sim, uma pessoa. Daí vai de você descobrir se realmente gosta dela, ou não.

– E acho que ninguém esperava ouvir isso de Aimée Prescott.

– Ninguém dos que não me conhecem realmente, você pode conhecer muito da minha vida depois da minha bebedeira, mas ainda tem muito o que conhecer sobre mim. Mas sério, a Dilea é muito legal e todo relacionamento, até mesmo a amizade, principalmente a amizade, tem seus alto e baixos.

– Ultimamente parece só ter baixos.

– Bom, quando a Cay começou namorar seu primo ou sei lá o que, com toda certeza a atenção dela pra mim diminuiu bastante e foi uma época de “só baixos”. Mas agora estamos firmes e fortes.

Do assunto amigos, fomos parar no assunto sobre como ele achava que seria um pesadelo a nova escola e depois sobre como eu também achava, mas que pior que ser a nerd na escola não poderia ser, sobre como o ensino fundamental foi um pesadelo para ambos e então, eu lhe apresentei não só minha história, mas também a verdadeira Aimée e de volta, recebi a dose de um verdadeiro Theo, um Theo permeável e atingível, um Theo sensível, mas forte, que eu era capaz de enxergar a tristeza em seus olhos, mas sua insistência me impedia enxergar sequer uma mísera gota de lágrima. E, quando nos demos conta, estávamos cinco minutos atrasados para a aula de teatro. Mas não nos preocupamos e ao final ele disse que aquele não era o fim do mundo, que ele talvez amasse Dilea, talvez não e que um dia passava.

Acontece que sempre que eu choro eu penso “um dia isso passa” e eu sabia que isso não diminuía a dor do momento.

...

– A PROFESSORA JÁ CHEGOU??? – cheguei correndo e gritando pra Caitlyn que estava a porta do teatro.

– Não, mas ela ta bem atrás de vocês. – ela ria.

– Boa tarde, Prescott, boa tarde, Memphis. Boa tarde, Srta. Weasley.

– Boa tarde, Srta. Mead – disse eu.

– Ora, me chame de Emily, Aimée, já trabalhamos juntas faz tempo.

Seria hipocrisia minha negar que a Emily Mead realmente puxava meu saco, mas a verdade é que ela é minha professora favorita, então estamos quites. Entramos todos no teatro e nos juntamos ao restante da turma.

– Esse semestre, faremos a atuação de uma peça que eu mesma escrevi, Je pense. Já tenho em mente o casal principal, mas faremos audições para todos os papeis nesse sábado, então se preparem.


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Notas finais do capítulo

E aí??? Mereço review?? Dependendo do que acharam, até próxima sexta posto outro, beijos xox



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