Girl Almighty escrita por Anna


Capítulo 2
Two


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas ta aí! Já podem me bater porque eu escrevi o capítulo em menos de duas horas hahahaha mas é assim quando se está inspirada, o que eu não estava nos últimos dias! Enfim, beijos e espero que gostem! xoxo



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“Ela só pode ter se aproveitado de sua mente e alma

Você não pode ter certeza

Arabella tem uma cabeça dos anos 70
Mas ela é uma amante moderna
É uma exploração, ela é feita do espaço exterior
E os seus lábios são como a beira da galáxia
E seu beijo, a cor de uma constelação se encaixando

Meus dias terminam melhor quando o pôr-do-sol fica atrás
Daquela mulher sentada no lado do passageiro
É muito menos pitoresco sem ela capturando a luz
O horizonte tenta, mas simplesmente não é tão amável aos olhos
Como Arabella”

– Arabella, Arctic Monkeys

– O quê?! – perguntei confusa. – Do que está falando?

– Saíram alguns murmúrios de que estava o maior clima entre vocês.

– Se com maior clima você quer dizer que só faltava ela decapitar ele, sim, estava o maior clima. – Caitlyn disse em tom risonho.

– Ele foi um idiota.

– Pode até ser, mas você não pode negar que ele é lindo. – revirei os olhos e tratei de mudar logo de assunto.

– Você ta melhor, Lou?

– Uhum, mas nunca mais como caramelo de manhã.

Minutos depois, Danny Fordwood entrou no refeitório, subiu em uma mesa e gritou que todos estavam convidados para uma festa de volta às aulas em sua casa. Mais uma coisa que não citei sobre Danny: suas festas são as melhores.

...

Depois do almoço, nos dispensaram das aulas para nos inscrevermos nas atividades extracurriculares e pegar os livros necessários do bimestre na biblioteca, depois fomos liberados às 14:00H, uma hora antes da de costume. Me inscrevi em teatro, dança, artes e seria instrutora de matemática. Mais um ano com a agenda cheia. E claro, o assunto da escola foi a festa de Danny durante o tempo inteiro.

– Você vai à festa? – Caitlyn perguntou enquanto mexia em seu celular em cima da minha cama.

– Não sei, tenho tanta coisa pra fazer e amanhã tenho que ta bem disposta porque vão começar as atividades extracurri...

– Ah, corta essa! – ela desviou o olhar da tela do aparelho e revirou os olhos que pairaram em mim. – Você vai e vai de...

E vai de vestido! – disse numa voz fina ta tentativa falha de imitar a sua.

– Há. Há. Engraçadinha. Mas sério, Aimée, vamos, por favooor! – ela disse me implorando.

– Ta. Ta. Mas vai ter que ser no modo antigo porque não estou a fim de lidar com as especulações da minha mãe.

– Aeee! – ela pulou pra me dar um beijo na bochecha – Você sabe que eu te amo, né?!

O modo antigo. O bom e velho modo antigo. Bem, é bem simples, eu digo aos meus pais que vou dormir na casa da Phoebe e como seus pais estão sempre fora, vamos para festas. Lado bom de morar em uma cidade grande em que ninguém faz especulações da sua vida ou alguma asneira (que no caso, seria verdade), chegue aos ouvidos de seus pais. Avisei minha mãe que dormiria na casa da Phoebe enquanto Cay colocava dois vestidos e dois pares de sapatilhas em minha mochila já com algumas coisas necessárias para pousar fora.

Theo’s POV

Cheguei à festa do Danny acompanhado de Dilea. Quando cheguei na escola mais cedo, me deparei com várias garotas, mas desde mais novo, ninguém nunca me chamará mais atenção do que Dilea, até hoje. Mas infelizmente, não achei que a personalidade de Aimée fosse tão bonita quanto ela e, além do mais, finalmente eu poderia ter uma chance com Dilea, uma linda garota de cabelos castanhos e pele branquíssima.

Na sala de estar, encontrei Austin, sua namorada, a ruiva que me lembrava chamar-se Phoebe e um cabelo loiro acompanhado de uma garota nada simpática.

– Vamos lá falar com o pessoal! – Dilea disse já me puxando pela mão e se dirigindo à rodinha. – E aí, gente?!

– E aí. – responderam todos de volta e eu apenas dei um aceno.

Assim que a sala de estar começou encher, Dilea e Phoebe foram dançar com algumas amigas e Caitlyn e Aimée foram pegar algumas bebidas na cozinha, não demorou muito para Austin começar se pegar com Caitlyn e ela fazer um cover de Matrix, se é que me entendem. Já a loira se revezava em beber, dançar e fazer os dois ao mesmo tempo. O cabelo voava no meio da sala, o vestido florido cor de vinho girava, ela descia, rebolava e quase caia e, por mais que eu quisesse manter minha atenção totalmente em Dilea, uma parte de mim insistia em dividir a atenção entre as duas, até que decidi ignorá-la e fui para perto de minha “companheira”. Dilea é realmente linda e muito gostosa, provavelmente a garota mais perfeita possível para mim e eu não conseguia desviar meus olhos dela quando estávamos juntos, mesmo achando que ela não sentia o mesmo, havia uma pontada de esperança que brilhava em mim, assim como o verde brilhava no fundo dos olhos amêndoas dela. Estávamos muito próximos e eu realmente acreditava que aquele seria o momento que o finalmente aconteceria, quando ela chamou minha atenção e me tirou de meus devaneios.

– A Aimée não ta bem.

– E?

– E eu vou ajudar ela. E você vai também.

Ela segurou a garota por um dos braços e eu a ajudei, a levamos para o quintal dos fundos, perto da área da piscina, onde a movimentação estava menor e a sentamos em um dos bancos, recebendo uma careta confusa de uma Aimée bêbada. Dilea deu um surto com ela e disse algo sobre ela estar grandinha demais pra precisar de babá e atrapalhar a noite dela, depois entrou pisando firme pra dentro da casa. Mulheres. Vai entender! E então, do nada, Aimée começou chorar.

– O que aconteceu??? – perguntei preocupado.

– Eu não sei! – ela quase berrou.

– Ta tudo bem?

– Ta. Ou não. Eu não sei! Eu queria meu pai.

– Pode crer que se ele te pegasse assim agora, você iria querê-lo o mais longe possível.

– Eu sei. – ela deu um riso seco – Mas eu queria apoio. Tipo, olha, eu to com fome. – e ela começou dizer coisas sem sentido como: - a Caitlyn ta se pegando com o Austin, né? Eu acho fofo o jeito que ele gosta dela. Meu último namorado saia comigo por causa da popularidade, que, aliás eu nem tenho. Quem tem são as garotas.

E foi assim que em uma noite, fiquei sabendo da vida inteira de Aimée Jeneviv Prescott e coisas como ela achava ridículo o fato de a mãe ter escolhido um nome francês quando ela nem tinha parentesco com franceses ou como ela já tinha pensado em virar lésbica por ter desistido dos meninos.

– Sei lá, acho que todos preferem minhas amigas. Devo ter algum problema, ou – era quase inacreditável a frase que saiu da boca dela no momento seguinte ao ver os olhos baixos e azuis ao luar ou a sombra da piscina refletindo na sapatilha também azul – talvez simplesmente me achem feia. – a garota julgada mais fútil por mim, a rainha da Valentine Clarence e miss estou-acima-das-explicações-dos-professores se achava feia.

– Eu te acho linda. – ela deu um sorriso ladino, um sorriso que chegava a conter certo mistério, virou os olhos vermelhos de birita e choro pra mim e disse:

– Sabe, você é gatinho. Até te pegaria se você não fosse da Dilea.

E assim passei a maior parte da festa, conversando, abraçando, rindo e escutando os desabafos de Aimée Prescott.


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Notas finais do capítulo

E aí????? Aaaaahhhhh, eu to é apaixonada pelo Theo! hahahahahha mereço um review? Se sim. até lá, se não, até o próximo capítulo, gatas!



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