Após o urro e as coisas irem voltando ao normal, e os cinco alí ficarem sem entender a situação, todos já ouviram falar que existiam os dois lados dos Pentagramas, os do Bem, que eram eles cinco, e os do Mal que provavelmente seriam outros cinco. 

- Mas cara, não é só a gente chegar, dar no meio deles, e boom, tudo finalizado? - fala Rick sorrindo.

- Não é bem assim Rick - falou Skies em suas costas. - Eles são fortes, eles não tem Dragões como parceiros, eles simplesmente matam os seus Dragões e sugam seu Éter, ou seja, sua vida.

- Mas isso é horrível - falou Gabrielle em um fio de voz.

- Com certeza é horrível - respondeu Shadow, em resposta ao comentário de Gabrielle. - Mas por favor Elementalistas, desta vez sentem em círculo, pode ser aqui mesmo onde todos estamos. 

E assim todos nós sentamos em círculo, cada um de nós com seus respectivos Dragões em suas costas, foi então que a voz serena de Ember soou sobre nós.

- Jovens Elementalistas, a partir do momento que vocês realmente Despertaram os Elementalistas do Pentagrama do Mal ficaram sabendo, pois a energia dos cinco foi emanada no espaço, e como tudo é ligado e eles tem o poder de sentir os Elementos, eles sabem que vocês acordaram.

- E como raaaios você quer que a gente ache esses caras Ember? - falava Sophie cruzando os braços e fazendo um bico, de como se estivesse emburrada.

- Olha o biquinho do meu amor, que coisa linda - falou Rick provocando.

- Rick? - perguntou Sophie.

- Oi meu amor? - respondeu com uma voz querida.

- Vai se catar!!! - mostrando a língua.

Todos nós rimos, e nossos Dragões se divertiram com a situação também.

- Mas retomando o assunto - falou desta vez Erde. - Continue a explicar para eles Ember.

Ember deu uma leve bufada e retomou à fala.

- Esses Elementalistas do Mal, não gostam do que os humanos fazem a natureza, e preferem destruir a humanidade, deixar que o mundo retome seu fluxo e retorne ao que era antigamente - puxou uma enorme quantidade de ar e continuou. - Já nos do bem, achamos que os humanos tem direito a viver, e resolver seus problemas por eles mesmo, ninguém pode tirar uma vida, é injusto, é errado, e até o momento de hoje os do Bem venceram. 

Todos ali no círculos prestavam atenção no que Ember falava, como se fosse um grande profeta pregando alguma lição de vida, sobre o amor e paz.

- Então, a gente encontra eles, e impede a destruição do mundo, simples assim? - perguntei, olhando para Shadow que se encontra atrás de mim.

- Isso mesmo, simples assim - ele me respondeu.

- Ah, claro. Muito simples - retruquei girando meus olhos em suas órbitas.

- Vocês conseguem, mas tem que cuidar onde vocês forem lutar, digamos que uma luta entre Elementalistas, deixa bons estragos na terra - retrucou Shadow.

- Então a gente tem que achar um lugar tranquilo, e ainda salvar o mundo da destruição, que maravilha, olha, vai ser uma moleza - dizia Rick batendo levemente com a mão direita em sua coxa.

- Bom, e como vamos saber que eles são os Elementalistas que procuramos? - perguntou Forest curioso. 

Oh meu Deus, ele falou. Pensei comigo mesmo e escutei Shadow dar uma leve gargalhada.

- Eles tem uma marca registrada como vocês tem - respondeu Luft.

- E como a gente sabe como é essa marca? - Gabrielle perguntou.

- Eles tem uma marca de um Pentagrama de cabeça para baixo, no seu braço direito ou esquerdo - Luft pensou um momento, e prosseguiu. - E outra coisa que vocês tem que saberem, o Pentagrama de vocês tem a ponta para cima, representa algo bom, tranquilo, já o Pentagrama para baixo representa o oposto.

- Bom, e onde estariam esses Elementalistas? - perguntou Forest novamente.

- Eles já estão aqui na Inglaterra - respondeu Shadow.

- E como vocês sabem isso? - retrucou Forest.

- Elementalistas do Mal, passam cheiro de Dragões mortos - Shadow devolveu a resposta.

- Então é só quando estivermos ligados vocês sentirem o cheiro e pronto, dois coelhos com uma cajadada só! - falou Rick.

- Mas quando estamos dentro de vocês, só compartilhamos visão e pensamentos, nada mais - respondeu Skies.

- Isso vai ser um problema - Rick a respondeu olhando em seus olhos.

- Bom, acho que vamos ter que pensar em um plano então, a viagem nossa de férias de verão, já ta chegando, podemos sentar nas noites e conversar sobre isso tranqüilamente, concordam? - perguntei olhando para todos no círculo.

Todos pensaram por um instante e fizeram que sim com a cabeça.

- É até melhor, eles tem vontade em eliminar os humanos, porém, eles não tem pressa, isso será um jogo de xadrez - falou Ember.

- Eu adoro Xadrez - falou Forest arrumando seus óculos com o dedo indicador da mão esquerda.

Todos responderam a afirmação de Forest dando risadas, decidimos que por hoje era só.

- Já que estamos entendidos, nosso trabalho por hoje foi resolvido - falou Shadow.

E assim que terminou sua sentença ele começou a voar e os outros quatro o seguiram, e assim os cinco Dragões desceram em um rasante e entrando pelas costas de seus respectivos Elementalistas, todos deram alguns passos para frente com o susto e a força do impacto, e logo voltaram ao normal. Ahhhh, eu ainda preciso aprender a me acostumar com essas coisas repentinas. Pensei para mim mesmo. Sophie e Rick seguiram seus caminhos de mãos dadas, com Forest os acompanhando a alguns passos atrás.

- Shadow, por favor, não leia meus pensamentos agora, e não veja o que estou vendo, preciso de um momento a sós - falava enquanto olhava para Gabrielle, que me sorria.

- Sem problemas Heal, se precisar, só chamar - recebi a resposta de volta.

- Luft, faça o mesmo - respondeu ela me olhando também.

 Provavelmente Gabrielle deve ter ouvido a mesma resposta, olhamos e sorrimos como cúmplices de uma noite proibida, estiquei minha mão a ela, como sinal para quem convida alguém para fazer uma caminhada em um passeio romântico durante a noite, vi um sorriso tímido aparecer em sua face, junto com suas bochechas corando-se ao mesmo tempo, e recebi sua mão sobre a minha como resposta a minha pergunta. Andamos e nada falávamos, acredito que ambos estavam felizes demais para pensar, ou agir de alguma forma. Paramos em frente a casa de Gabrielle, que era uma Mansão linda, sua entrada, era tema de Templos Gregos, com pilares que vinham do chão até o segundo andar da casa, cercada de janelas com bordas vermelhas, que combinavam com o branco que pintava o resto da casa.

Quando ela andou um pouco, ficando de costas para mim e foi largar sua mão, para seguir seu caminho de pedras até a entrada da casa, eu segurei ela, fazendo se virar de frente para mim.

- Não vamos terminar esta noite sem falar nada - olhei sério para ela. - Quero ter boas memórias com você, tudo bem para você?

- Claro, é.... É que eu não sei o que falar, eu tô morrendo de vergonha, só sei disso - falava ela enquanto se escondia atrás de sua mão com vergonha.

- Mas esta feliz?

Ela acenou a cabeça, confirmando, peguei minha mão livre e retirei a mão dela que estava escondendo sua expressão, ela me olhou e corou mais ainda. Adoro suas feições de vergonha, nunca iria enjoar de ver esse lado meigo que ela tinha, a segurei pela cintura e a trouxe aos meus lábios novamente. Cara, seu beijo era maravilhoso, vi que ela abriu sua boca mais, abrindo caminho para nossas línguas se encontrarem e dançarem em uma dança sensual, foi um beijo cheio de amor dessa vez, de saudade pelo tempo que perdemos junto, foi doce. Podia jurar que sentia um gosto de morango dos campos em sua boca, ao me afastar ainda a via de olhos fechados, levei meus lábios novamente ao encontro dos dela, mas dessa vez dando um selinho. Ela sorriu e eu disse.

- Amanhã, te buscarei para escola, aceitas ir comigo? - sorri em direção a ela.

- Seria um prazer - respondeu alegre a minha pergunta.

- E... Hmmm, como vou falar isso - cocei minha nuca com a mão esquerda. - É... é, gostaria de bom, você sabe, namorar comigo? - senti minhas bochechas corarem de uma forma muito intensa.

- Ahhhhhhhhhhhhhh - ela soltou um leve gritinho de alegria. - Sim, sim, sim. Mas você se prepare para ter uma namorada grude viu? Costumo a cuidar do que é meu.

- Eu digo o mesmo mocinha - dei um selinho novamente nela. - Esteja pronta, as 7:30, assim ganhamos um tempo livre antes da aula, o que acha?

- Perfeito - e assim ela me deu um selinho e saiu correndo antes que eu pudesse fazer qualquer reação.

Esperei ela entrar em sua residência e comecei andar até a minha, que dava uns 15 minutos de distância da minha andando.

- Shadow, pode voltar - falei.

- Quanta alegria é essa Heal? - falou Shadow

- É o amor Shadow, o Amor.

Falei com um sorriso bobo, enquanto continuava a seguir meu caminho. Conversei um pouco com Shadow, e quando vi já estava deitado na minha cama sem ao menos perceber, e assim deixe-me levar pelo sono profundo que me abateu.