A Verdadeira História dos Elementalistas escrita por Samhain


Capítulo 2
Capítulo 2 - Aniversário, Parte II


Notas iniciais do capítulo

Uma boa leitura a todos. Espero que gostem.



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Fiquei ali na piscina, dando risada com Rick por um bom tempo. Ele mostrando o que já conseguia fazer, podia manejar a água como se fosse igual respirar, formava bolas de águas, criava pequenos redemoinhos. Eu dava muita risada da cara dele de felicidade, por estar fazendo aquilo igual bobo, como ele dizia. "Não é todos os dias que tu descobre ter poderes". E realmente, não é todo dia mesmo. Quando Rick estava todo distraído, feliz vendo um chafariz com a água se formar e no seu topo, se encontrava, "Ele", "Rick, Ô Grande" com uma pose de César perante o povo romano. Ouvimos um Zuft no ar, e com o barulho seu chafariz da água se quebrou, com uma explosão de algo se chocando nele. Foi o suficiente para o "Império de César" cair em ruínas. 

Podíamos ouvir a risada de duas meninas vindo do lado da casa. E ambos respondemos juntos.

- Sophie e Gabrielle - E como se nada tivesse acontecido elas apareceram.

Sophie tinha uma aparência incrível, seus cabelos eram vermelho até um pouco abaixo dos ombros, corpo atlético, pele branca e olhos azuis, que fariam qualquer menina ficar furiosa de inveja. Já Gabrielle tinha cabelos negros como a noite, curtos e todo repicado e seus olhos eram verdes. Eu nunca admiti para ninguém, mas se tinha alguém das cinco famílias que eu adorava, era Gabrielle e seu jeito brincalhona e que apenas se preocupava quando queria. Eu realmente adorava aquela pessoa. E nos dávamos maravilhosamente bem. 

Ambas jogaram suas toalhas para o lado e se jogaram na piscina. Demos boas risadas, brincávamos e apostávamos tiros de longa distância. Eu nem precisava comentar que quem ganhava era sempre o Rick. 

- Viu Sophie, você pode ter fogo. Mas eu te apago - Dizia enquanto piscava para ela.

- Hahahaha. Falou o Aquamen - Foi o suficiente para o resto rir. - Até parece que tu consegue apagar meu fogo. 

- Quer uma prova?

- Há, você não consegue mesmo. Então eu quero sim - Falava firmemente.

Rick se aproximou dela com uma velocidade incrível e lascou um grande beijo. As únicas palavras que saíram das bocas minha e de Gabrielle foi um simples "WOW". É, essas pessoas não gostavam quase nada de surpreender. A gente podia ser conhecido como as cinco famílias no nosso círculo, porém, não tínhamos ligação alguma por sangue. 

- Bom. Eu estou sobrando, então com licença - Fui falando enquanto ia em direção da borda da piscina.

- Aaaaaahhhh. Pode parar aí vocês dois - Falava Rick com uma voz de quem ia acusar alguma coisa. - Você não ta sobrando coisa nenhuma. Não é mesmo Gab?

Bom, eu não preciso falar mais nada que, eu e Gabrielle mudávamos a cor igual um semáforo de esquina, cada um piscava de uma cor diferente por causa da vergonha que ambos sentíamos.

- Ohhhh. O Heal ficou com vergonha - Acusava Sophie enquanto apontava para mim.

- Arhn... É... e... e.... Eu tenho que ir. Com licença - Sai rapidamente, antes que me constrangessem mais, peguei a toalha que havia deixado na cadeira de sol, e segui em direção ao meu quarto.

Ao entrar nele, olhei novamente ao relógio digital na cabeceira da cama, marcava 11 horas agora. Wow, a manhã passou voando. Fui em direção do banheiro, que ficava no meu quarto mesmo. E tomei uma boa ducha. Apenas entrei embaixo da água e a deixei escorrer sobre do meu corpo, dando a sensação de quando sua alma é lavada, parece fazer seu corpo sair do chão em poucos segundos. Quando voltei para mim novamente, terminei de lavei os cabelos rapidamente. Logo em seguida me dirigi ao Closer apenas com a toalha enrolada no corpo, e nem parei para prestar atenção que tinha alguém deitado na minha cama. Peguei uma camisa social branca e uma calça jeans, não sabia o porque gostava de me vestir daquele jeito, mas me sentia a vontade. Foi então que ouvi:

- Se eu fosse sua namorada te dava nota dez, pelo corpo maninho - Falava Kif deitada na minha cama.

- Aahhhh. Mas você é minha irmã, então não tem problema - Retrucava enquanto escolhia alguma roupa de baixo para vestir.

- É uma pena, não é mesmo? - Retornou ela

- O que é uma pena?

- Deixa pra lá Heal, você é muito lerdinho! - Dizia enquanto se retirava do meu quarto com uma certa expressão de emburrada.

Quando a porta do quarto se fechou, eu fui até a mesma e a tranquei. Bom, hora de se arrumar. Coloquei a roupa normal, e um allstar preto. Todo mundo me xingava por usar aquilo, mas para mim são os tênis mais confortáveis do mundo.

Fui até o espelho e dei uma leve batida nos meus cabelos. Ah, para explicar melhor como eu sou, tenho meu cabelo preto e batido para todos os lados, mas nenhum fio parava em pé, eles apenas ficavam batidos para qualquer lado, mas de uma forma legal. Já os de Gabrielle conseguiam ficar desde pé, e caídos ao mesmo tempo. Um dia quem sabe eu pergunto para ela arrumar meus cabelos, meus olhos eram de um marrom normal, não tinha nada de espetacular. Assim que terminei de bater no cabelo, meu relógio tocou avisando que era 12:00, estava hora de descer.

Ao descer todas as famílias já estavam ali presentes, cumprimentei um por um dos casais presentes e logo após terminar com as cortesias, me dirigi de encontro aos meus amigos, irmãos de meus amigos, e claro, a minha irmã. Estavam todos conversando sobre o despertar meu que iria ser hoje nessa mesma noite. 

- Que tal a gente para de conversar sobre o meu despertar? - Falava enquanto aparecia atrás deles.

- Mas cara, esse é o fato do dia! - Completava Rick, com o consentimento de todos.

- É, é irmaozão! É seu dia hoje, eu to tão feliz que é hoje.

- Nem eu estou tão curioso Kif - Mentira, eu estava explodindo de curiosidade. - Vamos aproveitar a festa, comer, dar risada. E é claro, ver os meus presentes.

Todos continuaram com uma conversa agradável sobre coisas alheias como amor, e como era lindo desejar alguém, se sentir amado e querido. Meus olhos as vezes encontravam os de Gabrielle, e um sorriso bobo aparecia em nossas faces. Aquela menina conseguia fazer minha cabeça dar giros. 

- Ahhh. Claro, tenho algo a declarar - Disse Rick enquanto ficava em pé. - Eu gostaria da atenção de todos, por favor - Voltava a chamar a atenção de todos ao redor, e claro, conseguindo. - Declaro que a partir do momento de agora, eu e Sophie estamos formalmente namorando! - Falava com uma grande felicidade na voz.

Nisso veio os pais dele e os de Sophie, os olharam e deram os parabéns com grandes sorrisos estampado em seus rostos. Falavam que sempre sabiam que tinham sido feitos um para o outro, e mereciam ser mais feliz e que tinham suas bençãos. Mais um motivo para comemorar minha data de aniversário, o namoro de dois grandes amigos, ou primos de tão perto que nos considerávamos. Gabrielle me olhou novamente.

- Bom, mais um motivo feliz para este dia!

- É. Se bem que ainda falta mais uma coisinha para ele ficar perfeito - A olhei sério.

- E o que seria, os seus poderes? - Perguntou curiosa.

- E depois a Kif diz que o lerdo sou eu - E vi que ela estava me olhando com a famosa cara de interrogação.

Eu apenas sorri e me levantei, minha mãe estava aos berros me chamando para a tal hora dos parabéns. Fui rápido para a sala de estar e lá estavam todos ao redor da mesa, me deixando um espaço para ficar no centro com o bolo bem em minha frente, quando cheguei no posto ordenado. O general Pai puxou sua trombeta e logo desferiu o comando e assim se iniciou os meus parabéns, parecia que todos tinham ensaiado pois conseguiam entoar como uma tranqüila sinfonia. Risadas no final, e piadinhas como a famosa música do "com quem será?" não poderia faltar, minha família realmente não perdoava. Me peguei sorrindo novamente, e na hora de soprar as velas eu desejei.

Que esse ano seja repleto de mudanças e felicidades. E assim assoprei as velas. Ao olhar para cima, lá estavam vovô e vovó felizes por ter seu neto completando seus dezessete anos. Meu avô fez um rápido sinal de oito com os dedos da mão e assim uma leve brisa passou pela sala, levando com ela meus avós. 

Conversei mais um tempo com o pessoal, e quando chegou as 19 horas, falei que estaria me retirando ao meu quarto, para responder alguns e-mails de alguns colegas do colégio. Terminei de responder todos, mas deixei um faltando para ler depois, afinal, não reconhecia a pessoa. Apenas estava cravado lá na minha caixa de mensagens "Nagisa mandou uma mensagem de e-mail, deseja ler?" Isso pode esperar. Agora vou para o cemitério, que tenho encontro marcado. Fui até a garagem apenas falando que estava indo dar uma volta e peguei meu Eclipse preto que tanto amava. Ah, como é bom morar em um país que se pode tirar carteira com 16 anos. E com esse pensamento me dirigi em direção ao cemitério, liguei o som do carro e das pequenas caixas começou a tocar "Sounds of Silence - Simon & Garfunkel", é uma das minhas músicas favoritas, e por isso a deixei tocar enquanto seguia, acompanhando feliz aquelas palavras que saiam da pequenina caixa.

Começava a cair uma leve chuva no local. Que maravilha, era só o que me faltava. Parei o carro com a luz iluminando a placa que dizia "Nightfall Cemetery"

Desci do carro, liguei o alarme e cruzei o velho portão da entrada, que trazia dois Gárgulas nas pontas da entrada, e um N.C gravado no portão. O cemitério era composto por várias lapides que se estendiam pelo vasto campo. Como se fossem soldados prontos para um combate em um campo de batalha, um ao lado do outro. As árvores de noite realmente pareciam mais macabras. Eu via alguns espíritos andando ao redor, os cumprimentava e eles assim respeitavam e não incomodavam. De respeito a eles, que eles te darão respeito também. Eu os via desde os meus treze anos, então já estava acostumado. Tudo tinha começado com meu avô aparecendo aos poucos. Mas conto isso melhor uma outra hora. Estava chegando nos túmulos de minha família, foi então que ouvi a boa e velha voz rouca do meu avô falando.

- Achei que nunca viria.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Amanhã no estágio provavelmente colocarei o capítulo três.

Uma ótima leitura a todos.



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