Enfim, rei? escrita por Maga Clari


Capítulo 4
Passo número 4 - Resgatar a princesa


Notas iniciais do capítulo

E aí, galera! Como foi de ano novo?
Quero reviews, hein?
Beijinhos



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— Acha mesmo que enganamos ele?

Loki pigarreou e lançou a Lady Sif um olhar ofendido:

— Não se esqueça que sou o rei das pegadinhas, prefiro pensar que não ouvi isso — disse secamente.

— Menos, irmão — Thor falou, sendo sensato — Temos pouco tempo. Precisamos deixar tudo resolvido antes que Malekith descubra.

— Ele não irá.

— Não somos despidos de enganos, irmão. Nada é impossível. Agora, vamos.

Os três pularam no portal e chegaram a Asgard. Quando chegaram lá, notaram a repentina confusão: pessoas correndo de um lado para o outro, sem saber o que fazer, umas gritando por Thor, outras choramingando Odin.

— Que está havendo aqui?! — Thor bradou imediatamente, puxando uma deusa qualquer pelas vestes.

— Ah, Thor, finalmente! — ela pôs as mãos no peito, um pouco mais aliviada — Você não soube?

— Se ele soubesse não perguntaria, não é? — Loki alfinetou e calou-se com o olhar severo do irmão.

— Diga-me, por favor.

— O pai-de-todos faleceu — sua voz pareceu tremer, diante ao que acabara de dizer — Deixaram o portal de Midgard aberto. Ele tentou defender uma humana (e até conseguira) mas não resistiu. Os ataques cessaram — acrescentou aos olhares alarmados dos três — Mas ninguém sabe como fechar o portal. E se voltarem?

A pequena deusa nem bem terminara de explicar quando Thor saíra em disparada, com Loki em seus calcanhares e Sif logo atrás. Passavam pelos asgaardianos como um raio, empurrando e derrubando o que ou quem quer que estivesse obstruindo seu caminho.

Odin estava morto? Não era possível uma coisa dessas, não mesmo! E que ataque fora aquele, afinal? Apesar de todos aqueles questionamentos atormentarem a cabeça dos dois irmãos, outro viera logo em seguida: suas mulheres. Tinha que ser, claro. Nada os preocupava mais do que a segurança delas. Sempre elas.

— Loki, preciso que resolva tudo em meu lugar. Eu realmente tenho que achar a Jane. Algo me diz que fora ela a quem nosso pai protegeu.

Sif pigarreou e pôs uma mecha atrás do cabelo enquanto caminhavam. Fingia que não se importava, mas era uma mentira deslavada.

— Mas e quanto a Sigyn? Não acho que só porque você é o herdeiro que é o único a ter direitos e privilégios, Thor. Ela está correndo riscos. Já tive sorte o suficiente de não se tocarem que existem dois de mim aqui. Eu aqui, e ela lá de modo ilusório. E aliás, como você soube que estávamos lá?

— Disseram-me que haviam me visto sair com Lady Sif e estavam surpresos de eu já estar de volta. Só liguei os pontos. Além disso, quem mais roubaria as joias? Não sou tolo, irmão.

Thor deu uma risadinha e bateu de leve nas costas do deus.

— Mas você está certo. Isso é mais importante. Loki, não seria melhor você se transformar noutra pessoa?

— Por que não em Sigyn, já que ele tanto a ama? — Sif riu, provocando — Na verdade, nem me importa. Ele não cumpre promessas. Cansei.

— Ei, ei, ei — Loki chegou para perto, assumindo a forma de Sigyn e alarmado ao ver a guerreira fazer menção de embora — Confia em mim. Não há por que destratar uma dama como essas, não acha, Thor?

Loki deu uma piscadela significativa e os três correram para a prisão do reino de Asgaard.

Alguns guardas cumprimentaram eles e abriram passagem. Quando não podiam mais ser vistos, Loki — com magia — abriu a cela onde agora sua amada Sigyn estava.

Enquanto esperava a deusa levantar-se e deixar a cela, tentou mais algumas insinuações; se tinha uma coisa que Loki odiava era descumprir promessas. E mesmo que não admitisse, sentia algo fraternal pela guerreira, afinal de contas, foram todos criados juntos. Devia essa por ela; Lady Sif o ajudara demais no Mundo Sombrio.

— Sabe... — começou, olhando as próprias unhas — Lady Sif acabou com eles mesmo lá. Ninguém é pareo para nós, huh? — deu uma risadinha e completou antes de ver sua amante chegar: — Sem minha genialidade não conseguiríamos nunca, obviamente. Mas vocês dois... Boa dupla. Ótimos guerreiros!

— Oh, irmão. Somos mesmo. Sabe de uma coisa? Já que admira tanto a Lady Sif, por que não a chama para sair? Ah, olá Sigyn!

A essa altura, Loki já assumira suas feições normais. Agarrara a deusa e, num impulso, beijou-a apaixonadamente. Ela, irritada pelo tempo que ficara presa, empurrou-o quase na mesma hora.

— Isso é ciumes? — Loki riu de prazer, mexendo em seus cabelos — Pelo que meu irmão havia acabado de dizer?

— Sobre Sif? — agora era ela quem ria mais — Muito areia para você, Loki. Ela e você? — Sigyn estava com dificuldade em parar de rir — Acha mesmo que isso seria possível?

Loki enfezou a cara e Lady Sif pisou em seu pé. Falou baixo o suficiente para apenas ele rir:

— Meus parabéns. Thor está tão afim de mim quanto eu de você.

— Você está?

— Ai, meus deuses! Desisto!

Lady Sif deixou-os lá e saiu batendo os pés. Os deuses riram, achando graça no gênio forte da guerreira.

— Fiz alguma coisa de errado? — Loki, ainda aos risos, comentou, cinicamente.

— Quanto a Sif eu não faço ideia, Loki. Mas demorou muito de me buscar. Sabe quanto tempo se passou em Asgaard?! — Sigyn esganiçou, dando soquinhos nos ombros largos do deus Loki — Estou faminta!

— Se está mesmo tão aborrecida comigo, acho melhor deixá-la aqui, não acha, irmão?

— Prefiro não me meter em seus problemas amorosos — deu uma risadinha e pulou alguns degraus, chegando a plataforma superior — E por falar nisso, acho que já está na hora de ir atrás da Jane Foster.

— Ainda acho que deveria se preocupar mais com a Lady Sif. Ela me pareceu bem irritada... Precisando de um ombro amigo...

— Pois então a ofereça o seu. Adoraria vê-lo levar um tapa bem dado dela, mas... Já que tenho outros afazeres... — Sigyn sorriu e depositou um tapa com os dedos abertos na bochecha do deus, segundos antes de jogar-lhe um beijo de longe: — Adeus, Lokinho!

Sigyn acena para eles e cruza o portão, toda serelepe. Loki suspirou ao vê-la ir embora, segurando a barra do vestido para não tropeçar; apesar de ser meio imprevisível e arredia, o deus a adorava demais. Já saíra com outras garotas enquanto ele e Sigyn amadureciam um romance, era verdade. Mas ela tinha um quê de sensualidade e diversão e... O que ele estava pensando? Mulher nenhuma iria desvia-lo de sua meta; não deixaria mesmo que isso acontecesse!

— Mulheres... — riu e recomeçou a caminhar.

— Elas nos deixam loucos, mas, sem elas, ficamos ainda pior, irmão — Thor também riu e pôs o braço nos ombros de Loki.

Apesar de um estranhamento imediato, o deus do gelo aceitara aqueles poucos segundos de irmandade com Thor; desde que atingiram a maior idade, não se lembrava de quando ficaram tanto tempo sem brigar. E até gostava dele. Lamentava tudo que precisava fazer para ter o trono. Como faria para enganá-lo agora? Até o destino tirara-lhe seu pai. Estava tudo a seu favor. Mas... Que faria em relação a Thor?

Tivera uma tremenda sorte quando decisão alguma precisou ser tomada: Já estavam no Grande Salão quando Thor parara de repente. Olhou para os lados, um tanto apreensivo, e parou de frente para Loki. Colocou ambas as mãos em cada lado dos ombros dele e encarou-o:

— Não temos muito tempo — começou, tentando se apressar — Mas acho que já tomei uma decisão. Está realmente impossível deixar Midgard refém de cuidados, eu preciso continuar cuidando dos problemas entre esses dois mundos...

— Seja breve, daqui a pouco outro ataque pode acontecer.

— Loki, eu vou atrás de Jane. Quero que assuma o meu lugar aqui.

Os olhos do deus se arregalaram diante a tal proposta. Gaguejou um pouco e o irmão adotivo gritou para que todos ouvissem-no:

— ESTAREI NUMA MISSÃO AGORA. SIGAM AS ORDENS DE LOKI! ELE, O NOVO REI DE ASGAARD!


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Notas finais do capítulo

Peço desculpas caso tenha retratado mal Sigyn, não conheço muito ela e tals...