Enfim, rei? escrita por Maga Clari


Capítulo 2
Passo número 2 - Conseguir seu objeto de poder


Notas iniciais do capítulo

Gente, essa fanfic vai ser curtinha. Acho que, ao todo, serão 4 ou 5 capítulos, okay? Inicialmente seria uma one shot, mas eu achei mais legal que fosse dividida em partes...
Enjoy!



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— Eu continuo achando que esta é uma péssima ideia.

— Pois eu acho ela genial.

— Não sei onde estava com a cabeça quando concordei com você.

— Você provavelmente estava vulnerável pensando no meu irmão. Adoro pessoas apaixonadas. São as melhores para serem persuadidas.

Loki e Sif estavam do lado de fora da prisão onde, agora, sua adorável e amada amante descansava em seu lugar. Como o mestre do ilusionismo que era, Loki conseguira criar uma confusão mental naquele ambiente; quem passasse por lá, provavelmente o enxergaria como prisioneiro, no corpo de Sigyn. Bastava que ela não saísse de lá por nada. E certamente não o faria. Ela não era feiticeira.

— Bom saber... — ela sorriu um sorriso contido — Pois o que eu acabei de presenciar fora, para mim, a cena mais irritantemente melosa. Oh, Sigyn, minha amada Sigyn. Eu voltarei, meu amor, voltarei para buscá-la. Quando voltar, será para torná-la rainha!

— Ei, eu não falo assim! — rebateu, ao vê-la arremedá-lo.

— Oh, fala sim, senhor!

Loki fechou a cara e voltou a caminhar. Ele estava sob a forma de seu irmão adotivo Thor, o qual estava seguramente fora do caminho, lá em Midgard. Acabaram deixando as diferenças de lado quando um ou outro aparecia para cumprimentar o "grande" Thor. Mas que bando de bajuladores! Seu rei não os dará nada em troca, pensou o deus. Odiava esse tipo de comportamento.

— Thor, Thor, é... Senhor?

— Não posso. Estou ocupado agora — Loki cortou mais um dos bajuladores enquanto caminhava com Lady Sif pelo Palácio. Subiu mais algumas escadas e atravessou alguns corredores até achar a sala que tanto queria.

O deus das pegadinhas parou um instante para admirar suas maiores ambições. Grudou no vidro que guardava seu antigo Cetro e fechou os olhos, aliviado. Enfim cheguei, amiguinho. Ele pensava. Loki, ainda de olhos fechados, estendeu ambas as mãos e o vidro desapareceu. Jogou o Cetro para Lady Sif e repetiu o procedimento com a Manopla. Esta, com ainda mais cuidado. Não iria de forma alguma danificar aquela belezinha...

— Sigyn não ficaria enciumada, Loki? Arrisco dizer que você dá mais carícias a um pedaço de ferro do que a sua mulher.

O deus olhou-a com desdém e soltou um muxoxo, sem dar muita importância. Não gastaria sua saliva com aquela guerreirazinha desprezível. Lady Sif, por sua vez, começou a rir sozinha enquanto girava o bastão entre os dedos, irritando tremendamente o deus Loki. Este, a empurrara logo para fora dali, mas não antes de conjurar réplicas ilusórias onde as joias deveriam ficar.

— Se você não fosse tão necessária no meu plano eu acabava com você — Loki falou, de repente, enquanto dava passos largos em direção à saída. Não tirava os olhos do caminho à sua frente, e sua parceira fazia o mesmo.

— Eu duvido — disse, simplesmente — Você sabe que seu irmão não ia deixar por isso mesmo.

Loki observou-a de esguelha, notando um riso guardado no canto dos lábios dela. Revirou os olhos e voltou a conversar por sussurros:

— Ora, vamos, Lady Sif. Sejamos realistas. Thor já esqueceu você. Agora o infeliz só tem olhos para a garota de Midgard. Como é mesmo o nome dela? É... Jane, não é?

O deus devolveu o sorriso que ela lhe dera e os dois voltaram a caminhar em silêncio. Desceram as escadarias e logo se encontraram na divisa dos portais. Pouco antes de chegarem, no entanto, Loki assustara a guerreira ao falar num tom baixo e cortante:

— Dê-me a sua mão.

— O que disse?!

— Você me ouviu, Sif, dê-me a sua mão. Agora.

— Está zombando de mim, Loki?

O deus das pegadinhas soltou o ar dos pulmões, ficando perigosamente irritado. Então, sua voz saiu ainda mais cortante do que deveria.

— Lady Sif, deixe-me segurar a porcaria da sua mão agora. Confie em mim. Depois te explico — virou o rosto para os lados, observando os moradores de Asgaard e depois voltando-se para ela novamente — Estou mandando fazê-lo agora antes que eu mude de ideia. Vamos, Sif.

A guerreira segurou a mão de Loki um tanto acanhada. Afinal de contas, o deus estava com o corpo de Thor, certo? Mas ainda era Loki. Aquilo deixou-a um tanto rubra, imaginando como seria tê-lo de verdade, se suas mãos seriam quentes assim, fortes... Fazia muito tempo desde a última vez que ela e Thor ficavam tão perto assim, um do outro. Pare com isso, Sif. Ela dizia a si mesma. Este é apenas o irmão chato dele, que sempre discute com ela. Foco, Sif, foque na sua missão, você é uma guerreira.

Alguns asgaardianos cochichavam entre si, e embora Lady Sif não desse a mínima para isso, perguntava-se que diabos estavam falando. Aquilo realmente a intrigava. Quanto a Loki, ele apenas se preocupava em chegar ao portal e, quando atravessaram-no, finalmente explicou-a por que fora incisivo quanto as mãos:

— Estou tentando ajudá-la com o Thor, não vê? Eu cumpro promessas.

— Oh.. Ah, é? Ainda não vejo motivos para confiar em você.

— Mas você confiou.

— Desculpe?

— Você fez o que eu mandei — seu sorriso de deboche transformando-se em gargalhadas gostosas — Admita, Sif, eu sempre consigo tudo que eu quero.

— Pare de flertar comigo, Loki.

— Não estou.

Ele riu mais uma vez quando ela enrubesceu. Voltou à sua forma natural, como Loki, o deus do gelo, e sua dupla pareceu relaxar um pouco.

— Cansei de perturbá-la, Sif. Por enquanto não preciso ser o meu irmão, pode ficar tranquila, ainda sou o Loki.

Passado algum tempo, a dupla conseguira o que o deus tanto queria. Já haviam chegado no território onde Malekith estaria se apoderando cada vez mais do Éter. Aquele mundo não lhe parecia tão mais sombrio como costumava ser. Não agora, com aquela personalidade emprestada de Thor; não agora com a Manopla do Infinito em seu braço. Sentia-se ainda mais poderoso. Sempre invejara o irmão. Sempre quisera ser ele e olha só onde ele estava agora!

Haviam conseguido entrar na sala dos troféus e resgatar seu precioso cetro e, principalmente, a Manopla. Tivera que explicar mil vezes a Sif para que ela entendesse que não ter todas as joias era mais que essencial para o seu plano. Ainda lembrava-se da discussão que tivera com ela, horas atrás:

"E como ela nos será útil, deus da genialidade?"

"Sei como seu raciocínio é lento, então tornarei a explicá-la: Irei conjurar uma cópia da Manopla do Infinito. Bem como das jóias que já temos nela, incluindo a do meu Cetro. As demais, serão pura ilusão. Ele não é bem o que se pode chamar de inteligente, como eu. Cairá rapidinho."

Agora, ambos o esperavam naquele lugar desprezível que era o Mundo Sombrio. Loki levantara o queixo assim que ouvira os passos pesados de Malekith. Lady Sif assumira uma postura de ameça e o elfo negro apenas ria com escárnio.

— Que o traz aqui, Thor? É aquela história da sua humana de novo?


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