Jily - The stars will cheer escrita por ChrisGranger


Capítulo 6
O que os olhos não veem as barrigas sentem


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores!!! Voltei!! Finalmente, não é?? Me desculpem pela demora!! Senti tantas saudades!!! Mas agora... voltando à ativa, certo? Quero dedicar com o coração aberto e cheio de carinho, esse capítulo à fofura da Joy Weasley, que recomendou a história!! Essa história não seria nada sem leitores tão maravilhosos quanto vocês. Não sou eu que crio a história, mas vocês que me fazem criá-la! Então obrigada Joy, e a todos esses leitores maravilhosos que eu guardo num lugar especial no coração!! :)) Espero que gostem!!



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– Eu consegui! Batedor! - anunciava Sirius para quem quisesse ouvir na sala comunal. - Sabia que conseguiria!

– Eu também sabia! - exclamou Heloisa, levantando de um salto de um dos sofás e dando um beijo em uma das bochechas de Sirius.

O garoto fez uma careta e abriu um sorrisinho amarelo, recuando alguns passos para longe de Heloisa.

– Ok… - murmurou Sirius, sentando-se ao lado de Tiago numa das poltronas da sala tão aconchegante. - então, descendente de Morgana, hein?

Tiago deu de ombros, ainda com a cara fechada. Lá no fundo, ele sabia o quão egoísta estava sendo de não ficar tão feliz pelo sucesso do amigo como batedor. Afinal, Sirius era seu melhor amigo. E Tiago deveria apoiá-lo e não ficar reclamando para si mesmo que era ele quem deveria estar no time.

– Legal - dissera ele mais cedo, quando Sirius contou-o tudo sobre os testes e sobre como havia detonado os outros alunos.

Tiago forçou um sorrisinho amarelo, sentindo a culpa abater devido ao jeito que tratara Sirius.

– Pois é quem diria - disse ele agora, lembrando-se da conversa que tivera com o diretor naquela manhã. - Dumbledore acha que tudo aquilo que ela disse vai acontecer. Quero dizer… o que luz verde quer dizer afinal?

Sirius deu de ombros, revirando os olhos.

– Relaxa Tiago… provavelmente a loucura é de família.

– É… provavelmente - respondeu Tiago, baixinho. A verdade era que ele estava muito incomodado com aquele assunto. Não ter sido escolhido como apanhador para o time da Grifinória e descobrir que tinham um destino sombrio e misterioso pela frente, fez com que o dia de Tiago se tornasse uma completa bagunça.

Lílian sentou-se na poltrona ao lado dos garotos, sem dirigir-lhes nem sequer um olhar. Parecia completamente absorta em sua lição de Feitiços e nem parecia ter notado a presença dos dois. Quando saíram da sala do diretor, Tiago e Lílian, separaram-se em diferentes caminhos do castelo, no mais completo silêncio. De algum modo, Tiago sentia que a garota ficara ainda mais abalada do que ele com a conversa que tiveram com Dumbledore,.

– Vocês estão estranhos - murmurou Sirius, balançando a cabeça um tanto confuso. -, onde está Remus?

– Lua-cheia hoje à noite - lembrou-lhe Tiago, distraindo-se levemente quando Jane passou próxima aos três.

– Ah… é, tinha me esquecido disso. Belle teve sorte de Allen não ter visto nada… Remus estaria encrencado - replicou Sirius.

Naquele momento, uma massa de cabelos loiros escuros adentrou a sala comunal. Abbey parecia um tanto aborrecida, e quando isso acontecia, como tantas pessoas já haviam percebido, ela franzia levemente as sobrancelhas, que complementavam ainda mais suas bochechas vermelhas de raiva, destruindo sua expressão de inocência. Apesar de todos acreditarem o quão inocente a garota era só de olhar para seu rosto, aqueles que a conheciam melhor, sabiam que para Abbey, essa palavra não existia.

– Ah… não - disse Sirius, escondendo-se um pouco atrás de Tiago.

– Sirius! Justamente quem eu queria encontrar! - exclamou ela, com os braços cruzados num claro sinal de defesa. - Eu tirei nota baixa no primeiro trabalho de McGonagall do ano! Você disse que me ajudaria! Você prometeu! Além disso, você sabe muito bem que foi por pouco que eu passei em Transfiguração ano passado e foi principalmente porque…

– Eu posso te dar uma ajudinha - ofereceu-se Lílian, com um sorrisinho no rosto.

– Não, você não serve - retrucou Abbey, quase automaticamente, sem nem tirar os olhos de Sirius.

– Abbey! Como vai, docinho de alcaçuz? - interrompeu-a Sirius, pulando do sofá e apoiando as mãos nos ombros tensos da garota. - Escuta… eu estava… hum… nos testes de quadribol!

– Mas os testes foram hoje… - replicou Abbey, soando um pouco rouca com a mágoa que parecia sentir.

– Hum… sim! Sim! Eu estava treinando para quadribol! É que… eu realmente precisava de um último treino!

A cor avermelhada de Abbey foi aumentando cada vez mais, e num ímpeto de fúria, ela correu para a poltrona, empurrando um Tiago de mau-humor para o lado e arrancando dele um pufe grande e bastante confortável. Apesar de a intenção de Abbey não ter nada ligada à situação confortável. Lançando-se sobre Sirius, a garota esbofetou-o o máximo que podia com o travesseiro, enquanto, tudo o que Sirius fazia, era rir.

Lílian, segurando-se para não cair na gargalhada junto a Sirius, observou a cena que a fez levantar o astral. Abbey, tão pequena e frágil comparada às garotas do segundo ano, mas que guardava um leão dentro de si, que, quando se irritava, partia para cima daquele que havia causado o que quer que a garota estivesse sentindo. E Sirius, um garoto do segundo ano, já tão conhecido avassalador de corações, que somente ria, enquanto Abbey se pendurava, quase de cabeça para baixo, na cintura do garoto.

– Pare de rir, seu idiota, não está vendo que eu estou te esbofetando aqui? - perguntou ela, arfando e lançando o travesseiro mais uma última vez no rosto do garoto.

– Jura? Achava que estava tentando me fazer cosquinhas ou algo mais… você sabe - respondeu Sirius, com seu típico sorrisinho malicioso. - quente.

Abbey, no mesmo segundo, afastou-se dele, enquanto Tiago e Lílian gargalhavam sem conseguir se conter.

– Você é tão idiota! Como achou que isso pudesse ser algo… você sabe.

– Abbey, olhe para o seu tamanhinho - começou ele, girando ao redor da garota. -, você parece uma corujinha. Provavelmente a Harpias, do Tiago.

– Ei! Harpias tem um tamanho considerável de acordo com a sua respectiva idade - retrucou Tiago, levantando-se e segurando a mão de Abbey.

A garota deu um passo para trás mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Tiago a girou numa rodopiada e ela caiu para o lado, logo nos braços de Sirius.

– Ela realmente não tem classe - implicou Tiago, dando de ombros.

Abbey abriu a boca de descrença. Aqueles dois com certeza haviam enlouquecido de vez. A garota deu um último tapa num dos braços de Sirius e se levantou, para longe do garoto risonho.

– Se eu não tenho classe, então nenhum dos dois têm senso de mentalidade - disse ela simplesmente, marchando para o quarto sem dirigir-lhes mais nenhum olhar.

– Ok, então agora eu não tenho senso de mentalidade. Poderia ser um bom Snape - murmurou Tiago, alto suficiente para que Lílian ouvisse.

Sirius riu e Lílian, dando um suspiro profundo, sentiu seu rosto avermelhar, dizendo para todos que vissem, que ela não gostou nem um pouco do que Tiago havia dito.

– Vamos… me diga que você quer rir - continuou o garoto, ajoelhando-se ao lado da cadeira onde Lílian estava sentada. -, ou será que eu terei que te dar uma ajudinha?

– Há! Você acha mesmo? - retorquiu Lílian, cansada das provocações e irritações de Tiago. Aquele dia fora ao todo, desafiador. Ela não acreditava em tudo o que havia acontecido. Simplesmente parecia impossível acreditar no que Dumbledore dissera, mas ao mesmo tempo, ela sabia a verdade que existia em suas palavras. Algo estava vindo.

– Acho sim, Evans - respondeu ele, com as sobrancelhas erguidas de desafio.

Porém bem naquele instante, Belle adentrou a sala e correu por entre os alunos em direção aos três. Parecia quase uma garotinha do jardim de infância, louca para contar as novidades para os pais sobre como fora sua primeira experiência com um lápis de cor.

– Miandra acordou - anunciou ela, arfando devido à corrida.

Tiago e Lílian levantaram-se de um salto. Naquele mísero segundo de tempo, os olhos dos dois se cruzaram e eles sentiram a tensão do que estava prestes a acontecer. Como se pudessem perguntar tudo à Miandra para descobrir se o que a garota tivera fora somente um sonho de princesas que Dumbledore confundira com o destino ou se era realmente real. Mas naquele simples olhar, os dois sabiam que não era somente o acaso que os fizera ver aquilo. Sirius virou-se para Belle, um tanto aborrecido por ela tê-lo chamado no instante em que estava flertando com uma garota do primeiro ano.

– Vamos lá - disse Tiago, dando o primeiro passo para o buraco do retrato.

***

– Líly? - disse um Zac boquiaberto de incredulidade, apoiado numa das paredes de frente à porta da enfermaria.

A garota ergueu as sobrancelhas e Tiago ouviu um leve suspiro logo ao seu lado. Como ela podia ainda sentir algo por Zac?

– Quê? - respondeu ela, baixinho.

– Ouvi dizer que vocês estavam com Mia quando ela desmaiou - continuou ele, relutante. -, obrigado.

– Não foi por você que fizemos isso - concluiu Tiago, um pouco irritado. Somente o som da voz rouca e arrastada de Zac já o fazia querer vomitar.

– Na verdade também não foi pela Miandra - murmurou Sirius no ouvido de Tiago, que se segurou para não rir.

– Vamos entrar - chamou-os Lílian, impacientemente.

– Podemos conversar? - pediu Zac, olhando diretamente nos olhos verdes de Lílian. Seu rosto parecia tranquilo, como se soubesse que Lílian não o negaria.

– Agora não.

Zac inclinou levemente o pescoço para o lado, fechando por alguns segundos seus olhos azuis. Parecia ao mesmo tempo, desapontado e orgulhoso.

– Depois então. Quando você sair da enfermaria. - disse ele.

Tiago encarou-o com descrença e raiva. Seu rosto esquentou e ele sentiu a indecisão de Lílian ao seu lado. Parecia que de algum modo, sentia-se puxada eletricamente por Zac, mas ao mesmo tempo, toda essa eletricidade parecia mandá-la ficar o mais longe possível dele.

– Não - falou Tiago, com um sorrisinho no rosto. Um sorriso desafiador.

– Não estou falando com você, Potter - retrucou Zac, vermelho de raiva.

Tiago sorriu ainda mais, aproximando-se alguns passos do garoto.

– Acontece que… Evans também não está - disse ele, pousando os olhos em Lílian por míseros segundos.

Zac pareceu mais irritado do que nunca. Seu rosto esquentou ainda mais, se é que isso era possível, e seu queixo tremeu levemente.

– Potter, é minha a escolha, certo? - disse Lílian, parecendo ainda mais indecisa. Tiago a olhou com incredulidade, como se ele achasse que fosse o contrário. - Vamos só… entrar na enfermaria. Até mais, Zac.

Com um último olhar um tanto magoado, Zac deu a volta no corredor e retornou seu caminho para uma das torres, onde a sala comunal da Corvinal se situava.

– Isso foi tão dramático– murmurou Sirius, num tom de deboche.

Tiago fez um ruído de risada com a garganta e seguiu uma Lílian apressada até a porta da ala hospitalar. Sirius e Belle, que sentiram-se quase invisíveis durante toda a discussão, os acompanharam.

Miandra estava sentada numa das camas, com o semblante irritado. Parecia prestes a gritar com Madame Pomfrey, pelo fato de ainda estar naquele lugar.

– O que vocês estão fazendo aqui? - perguntou ela, assim que viu os quatro aproximarem-se de sua maca. Sua voz parecia o mais puro desgosto.

– Ah… você sabe. Sempre faço meus trabalhos aqui - disse Tiago, dando de ombros. -, ótimo lugar.

Miandra revirou os olhos e seu olhar passou de relance por Lílian, que sentia-se desconfortável com a proximidade da garota.

– A questão é que… - começou Lílian, aproximando-se mais da cama da garota. - você se lembra de alguma coisa? Alguma coisa de ontem à noite?

– Não - respondeu Miandra, secamente.

– Perfeito - retrucou Sirius, sarcasticamente.

Lílian o encarou brava por alguns segundos, enquanto Frederick McLaggen era carregado por dois amigos, vomitando as mesmas balinhas que ele havia vendido para Sirius no trem. Sirius encarou paralisado a cena e rapidamente retirou o resto das balas já ressecadas de dentro do bolso do uniforme, depositando-as discretamente na cama de Miandra.

– Entendo - continuou Lílian, calmamente. -, deve ser difícil carregar algo assim. Quero dizer, a sua descendência.

Miandra a encarou com tamanho tédio que era quase como se ela fosse virar de lado a qualquer instante e dormir, enquanto Lílian ainda falava.

– Vocês inventam umas coisas que faz com que pareçam parte de um gigantesco teatro de bobos da corte.

Tiago piscou, um tanto atordoado com a resposta da garota.

– Ãh… mas você sabe quem é sua descendente e tudo mais - retrucou ele, em tom de dúvida.

– Claro. Meus pais. - respondeu ela, simplesmente.

– O que você faz na vida? - provocou Sirius. - Ou você é muito idiota, ou continua insistindo que nos quer infernizar.

Miandra fez uma careta, completamente irritada e virou o rosto para a janela.

– Pomfrey! - gritou ela, fazendo com que uma enfermeira apressada, viesse correndo na direção dos cinco. - Expulse-os.

Madame Pomfrey a encarou, um tanto atordoada com o tom de voz da garota e com a ordem que lhe dera, mas com um único olhar, fez com que Lílian, Tiago, Sirius e Belle saíssem apressados da ala hospitalar.

– Ela não sabe! - exclamou Tiago, com os olhos arregalados.

– Isso é bom ou ruim? - perguntou Belle, esboçando uma careta.

– Ainda não decidi - respondeu Tiago.

Os garotos se entreolharam, ainda confusos sobre tudo o que havia acontecido. Porém naquele exato instante, uma porta no final do corredor abriu-se e de lá, para a surpresa de todos, apareceu uma massa de cabelos curtos e escuros misturados a um cachecol da Grifinória. Lílian espremeu os olhos e quase gritou quando enxergou Alice e Frank, misturados numa confusão de cachecol com casacos. O queixo de Tiago caiu e Sirius soltou um risinho malicioso enquanto Belle, só encarava a cena sem saber o que dizer.

– Potter? - exclamou Frank, quando este virou-se para trás e a primeira pessoa que deparou-se foi Tiago. - O-q que vocês estão fazendo aqui?

Alice abaixou o rosto vermelho, dando uma rápida olhada para Lílian, sem fazer ideia do que dizer.

– O que vocês dois estão… fazendo? - perguntou Sirius.

– Vocês não podem contar ao Caius - disse Frank, imediatamente.

– Contar o quê exatamente? - perguntou Lílian.

Alice levantou o rosto suplicante para a amiga, completamente abalada.

– Nós dois estamos juntos. Mas Caius não sabe… ainda.

Você está traindo Caius? - esganiçou Belle.

– Não é para tanto - retrucou Frank, dando de ombros.

– Vocês perderam a cabeça? Não é para tanto? Nesse mesmo momento em que vocês estão se beijando, Caius está na sala comunal, te esperando, Alice, e acreditando que você é totalmente fiel a ele. - continuou Belle. Todos a encaravam assustados, pelo fato de nunca a terem visto numa defensiva tão grande. - Vocês são amigos, e essa é a pior coisa que poderiam ter feito com alguém tão doce quanto Caius.

E sem dizer mais nada, a garota saiu andando furiosa, em direção à sala comunal.

– Belle está saindo com Thomas - disse Lílian, após um tenso silêncio no corredor. -, acho que esse tipo de coisa a afeta um pouco mais do que a nós.

– Você irá contá-lo, não vai? - perguntou Lílian. - Quero dizer... Ao Caius?

– Hum... é que...

Mais um momento longo e constrangedor de silêncio instalou-se no corredor do terceiro andar. Lílian suspirou decepcionada e até mesmo Tiago parecia um tanto chocado com o quê Alice e Frank vinham fazendo já há um mês.

– Tenho que fazer os trabalhos do professor Slughorn - disse Lílian, olhando diretamente nos olhos claros de Alice.

– Líly…

– Depois nos falamos melhor.

E com um último olhar triste, Lílian, Tiago e Sirius viraram as costas para os amigos e seguiram o resto do corredor.

***

– Quando é o próximo jogo? - perguntou Tiago, alguns dias após o encontro com Frank e Alice no corredor. Desde aquele dia, um clima tenso havia perpetuado entre eles. Mas o que Sirius mais estranhava entre tudo o que acontecia, era que Tiago havia somente lançado uma azaração em Severo Snape naquela semana, o que demonstrava o quão a conversa com Dumbledore e a descoberta de uma traição a um de seus amigos o havia abalado.

– Daqui a duas semanas. Corvinal - respondeu Sirius na calada da noite. Eles andavam por baixo da capa, após terem treinado por uma hora inteira quadribol. Pedro havia terminado um gigantesco pacote de chocolates enquanto os dois jogavam, e Remus, havia sido o juiz.

– O melhor time… Tiffon está cada vez melhor. Everton Johnson não tem a menor chance - retrucou Remus.

– Johnson é o apanhador? Aquele cara é um idiota!

– Como você não sabia quem era o apanhador Tiago? - perguntou Pedro.

– Não tinha o menor interesse em saber quem era o babaca que tomou o meu lugar.

– Acho que nós nunca falamos com Johnson - comentou Sirius, risonho.

– E não precisamos - cortou Tiago.

Há poucos minutos atrás, devido ao repentino movimento de uma das escadas, os quatro, sem perceberem, acabaram parando no sexto andar.

– Onde diabos estamos? - perguntou Sirius, virando para trás um tanto desconfiado.

Tiago deu de ombros e, largando a capa de invisibilidade no chão, dirigiu-se até um dos quadros que juntamente com a hora avançada, dormia com roncos sonoros. A imagem de um homem deitado com a enorme barriga de fora e os sons descomunais que saíam de sua boca a cada segundo, lhe dava vontade de rir imaginando quem teria tido a ideia de pintar uma coisa daquelas.

– Esse cara parece você enquanto dorme Sirius.

– Fala sério! Eu poderia ter o maior ronco do mundo e esse cara ainda me venceria! - protestou Sirius, aproximando-se mais e admirando a tão curiosa pintura.

– Vocês dois são loucos…

– Remus! Aprenda a viver! - exclamou Tiago, enquanto Remus e Pedro juntavam-se aos dois ao redor do homem que começou a dar leves balançadas de cabeça, como se estivesse tendo um pesadelo. Talvez seu pesadelo fosse quatro jovens rodeando sua ilustre imagem e discutindo sobre o tamanho de sua barriga e o jeito que ele dorme. Definitivamente seria um pesadelo.

– Eu poderia coçar a barriga dele… - murmurou Tiago, brincalhão, esticando a mão e roçando os dedos pela posição que situava-se a enorme massa no centro da figura. Na mesma hora, Tiago soltou uma exclamação assustada e recuou, enquanto os amigos riam baixinho. - Eu senti!

– Hã? - sussurrou Pedro.

– Passa a mão na barriga dele! - exclamou Tiago, agarrando o pulso gordinho de Pedro e levando-o até o quadro. Assim que Pedro passou os dedos por onde Tiago havia, este deu um pulo, e antes que pudesse gritar, Sirius tapou-lhe a boca.

Remus parecia pensativo e olhava para o quadro de uma maneira curiosa, como se pudesse ver através dele tudo o que se passava.

– Sirius, caro amigo, se importaria de ser o terceiro a testar esse experimento? - perguntou ele, quase hipnotizado.

Tiago e Sirius se entreolharam, segurando o riso, e Sirius, fez uma revirência.

– Com o maior prazer, sr. Aluado Lupino problemático peludo - respondeu ele, coçando a barriga do homem desconfortavelmente.

Por alguns segundos nada aconteceu e Remus, que encarava o quadro com tamanha perspectiva, encolheu os ombros desanimadamente. Mas, quando os quatro começaram a se virar para retornar ao caminho em direção à sala comunal, o quadro girou para o lado e o homem dorminhoco desapareceu. Em seu lugar, os quatro, com os olhos arregalados de expectativa, só viram a escuridão.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? :))



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