Jily - The stars will cheer escrita por ChrisGranger


Capítulo 15
A malícia da inocência


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!! Feliz Ano Novo!!! :)) Uhul!! Muitas felicidades, amor, saúde e paz para toda a família!! Obrigada por terem feito parte do meu 2015, especialmente a minha querida leitora Joy Valdez! Aqui está o último capítulo de 2015, e que venham muitos capítulos em 2016!! Espero que gostem!



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– Tudo bem, agora vamos ver se você consegue encontrar o pomo! – gritou Tiago, soltando a pequena bola de ouro no ar frio de dezembro.

Paloma começou a rondar o campo à procura do pomo de ouro enquanto Tiago aterrissava bruscamente no gramado verde coberto por geada, que começava a dar os primeiros indícios do frio que os abateria naquele inverno. Duas semanas haviam passado desde que Lílian e Tiago descobriram sobre a ligação entre ela e Zac. Duas semanas entediantes, na qual tudo o que conseguiram descobrir era que Zac adorava batatas com azeite, devido à incessante espionagem de Pedro sob o garoto.

Pelo menos Tiago conseguia passar seu tempo ensinando Paloma a jogar quaribol. O próximo jogo da Grifinória seria contra a Lufa-Lufa e Tiago nem mesmo sabia se iria jogar. Ele e Everton Johnson vinham disputando o lugar de apanhador principal, já que Frank não conseguia se decidir. E, se Paloma continuasse se saindo bem, ela poderia ser a apanhadora adversária de Tiago. O que definitivamente seria um problema para ele.

Enquanto isso, Tiago, Remus, Sirius e Pedro já haviam voltado mais de uma vez na passagem secreta de Helga Hufflepuff. Atualmente, Remus vinha tomando conta da pulseira da verdade da fundadora da Lufa-Lufa e, exatamente por esse motivo, ele não estava nem um pouco preocupado com o estado atual da joia.

Até aquele momento, Tiago não fora capaz de contar a Sirius que Narcisa estava incluída na sinistra reunião do Lorde das Trevas, quem quer que este fosse. Tiago tinha uma sensação constante de que estava deixando um detalhe lhe faltar sobre a verdadeira identidade daquela figura tão citada nas últimas semanas. Mas tudo o que conseguira foi adquirir uma insônia perturbadora.

– Aqui está, treinador – disse Paloma sarcasticamente, assim que sobrevoou o campo algumas vezes antes de aterrissar ao lado de Tiago, entregando-lhe em seguida, o pomo de ouro.

– Odeio o fato de que talvez possa ter que competir contra você…

– Acha que vou ganhar?

– Não. Só sinto pena que te treinei tanto mas mesmo assim você nunca conseguirá me alcançar. – zombou Tiago, limpando a lama que a sola de seu sapato adquirira nas últimas duas horas.

– Certo…

– Tiago! – gritou Belle, correndo na direção dos dois de modo desesperado. Quando finalmente alcançou o garoto, agarrou-o pelo braço, ainda arfando. – Ah, céus! Temos que ir. Agora.

Tiago trocou um olhar significativo com Belle. Inicialmente, confuso por parte dele, mas depois disso, um olhar de entendimento. Eles descobriram alguma coisa. A noite já os rodeava aos poucos, o horizonte espalhado por trás das torres do castelo com um azul escuro magnífico.

– Paloma, tenho que ir… – murmurou Tiago, um pouco embarassado.

Paloma deu de ombros, observando Belle de modo curioso.

– Sem problemas. Amanhã às duas? Depois da aula de herbologia?

– Estou começando a achar que está gostando até demais da minha companhia…

– Que bom que não tem certeza – retrucou Paloma, dando-lhe uma piscadela e se afastando deles.

Belle revirou os olhos.

– Vamos.

***

Abbey roía as unhas apreensiva enquanto batucava o chão da biblioteca com o pé esquerdo em um ritmo constante. Observava o rosto contraído de concentração de Sirius, enquanto lia algumas anotações de Remus, que por sua vez estava ereto na cadeira, seus olhos fixos em um livro enquanto segurava na mão direita uma pulseira de beleza simples mas ao mesmo tempo estonteante. Já Pedro, tentava concluir seu dever de Poções.

– Ok, será que dá pra parar com a batucação? – perguntou Sirius, levantando os olhos na direção de Abbey.

– Vocês que deveriam parar! Estão me deixando louca com toda essa tensão! – esbravejou Abbey.

Sirius a ignorou, seus olhos voltando-se para os livros enquanto Abbey dava um muxoxo. Por que Sirius nunca a ouvia? Por que ele não podia ouvir ninguém?

– Pessoal, desembuchem – a voz de Tiago soou da entrada da biblioteca e no mesmo instante, alguns alunos fizeram caretas enquanto outros reviravam os olhos.

Quando ele e Belle finalmente alcançaram a mesa onde os outros estavam, Abbey suspirou de alívio. Somente Lílian não estava lá.

– Diga, Remus.

– Certo. Escutem – começou ele, juntando as mãos como se estivesse prestes a firmar um acordo diplomático. – Zac e Lílian estão afastados um do outro durante todo este tempo. Pelo que Tiago descreveu, Zac tinha o braço coberto de veias escuras, provavelmente seu corpo tentando, em sua própria maneira, negar a entrada da magia das trevas.

Todos assentiram como se fossem alunos assistindo a uma aula.

– Lílian…

– Ataques repentinos, mágica descontrolada quando ela está sob estresse e desmaios. Todos os casos apresentam uma frequência maior quando ela está ou esteve próxima de Tiffon. – disse Tiago, cruzando os braços.

– Exato. Os dois antes eram muito próximos e, enquanto Lílian recebeu a Maldição Cruciatus e começou a recusar a Magia das Trevas de modo inconsciente e repentino, Zac estava recebendo-a. Agora, por que o corpo de Zac está sendo afetado por essa negação? Ou melhor, por que o corpo dele está em negação?

– Por causa da Líly – respondeu Abbey. – Esse não é um caso muito comum. As pessoas tendem a ser chamadas para as Trevas. Elas supostamente fazem os bruxos e os próprios trouxas sentirem-se bem por tempo limitado. Mas Zac é amigo de Líly. E sabemos que ele tem sentimentos por ela. Foi exatamente na mesma noite que Miandra, Zac e Thomas saíram para essa reunião, que Líly recebeu a Maldição Cruciatus e mudou tudo. Se Líly não tivesse recebido essa Maldição? Provavelmente Zac não teria nada disso. Porque o que defende Líly contra as trevas, parece de alguma forma afetar Zac e todo o seu metabolismo. Aparentemente, Líly passou o que quer que ela tenha, para o corpo de Zac, que havia acabado de receber as trevas em seu corpo.

– Encontramos a informação essa manhã no livro Anomalias das Trevas e seus receptores. O caso já aconteceu com outras pessoas. Desde então, Sirius tem me ajudado com a pesquisa enquanto Abbey tentava formular uma hipótese. Belle só apareceu mais tarde e Pedro… foi pegar essa pulseira em nosso quarto, achando que seria digna de alguma ajuda.

– E foi, não é mesmo? Vocês puderam… enxergar a verdade e tudo mais – retrucou Pedro, cruzando seus braços gordinhos sob o peito.

Tiago assentiu, seus pensamentos clareando aos poucos.

– Isso definitivamente responde muitas perguntas. Mas a principal é: como paramos isso?

– É exatamente sobre isso que eu estava falando no princípio. Pense bem: ultimamente, Lílian tem feito de tudo para evitar Zac. E acho que ele vem feito isso também. – continuou Remus, olhando para os lados e diminuindo o volume de sua voz. – E se os dois tentassem… algo diferente? Algum tipo de… contato físico?

Tiago levantou as sobrancelhas de um modo incrédulo. Pelo canto do olho, Abbey pôde ver Sirius esforçando-se para não rir.

– Jura, Remus? Acha mesmo que uns abraços irão resolver o problema? Evans não consegue nem mesmo manter-se consciente perto dele! – protestou Tiago.

– Tiago, você prefere sentar e esperar uma resposta surgir na sua frente como temos feito há semanas, ou quer tentar fazer alguma coisa?

Sirius riu ao lado de Remus, parecendo sentir uma vontade imensa de aplaudir o que o garoto dissera.

– Ótimo. Quando falaremos com a Líly? – perguntou Belle.

Abbey mordeu o lábio inferior, esperando que alguém se pronunciasse.

– Por que ela não está aqui? – indagou Tiago, franzindo o cenho.

– Achamos que seria melhor conversarmos sobre o que Remus descobriu e perguntar o que todos pensavam sobre a ideia antes de… explicar a ela o que podemos tentar fazer – respondeu Belle.

– Certo. Falaremos com ela hoje à noite.

***

Lílian seguia em passos lentos e cautelosos em direção a uma das torres do castelo, na qual outra sala comunal permanecia em seu estado mágico e misterioso.

Deparou-se com um ou dois alunos na ida, mas nenhum deles prestou a miníma atenção nela. Afinal, seu estado tenso era devido às informações que recolhera nas últimas semanas, mas além dela e dos colegas da Grifinória, ninguém mais sabia sobre a ligação entre Zac e ela.

Quando finalmente alcançou a porta da sala comunal da Corvinal – decorada cordialmente com a grande cabeça de águia talhada delicadamente a ouro –, escondeu-se num dos cantos daquele pequeno espaço determinado entre o alto da escadaria e a sala comunal. E esperou.

Não sabia quanto tempo ficara ali. Se fosse chutar, acreditava ter estado na mesma inércia durante uma hora.

Alguns alunos apareceram. Até que, em algum momento, ela viu com o canto do olho esquerdo, Zac sair da sala comunal com alguns livros nas mãos.

Ele parecia tão normal. Tão sereno. Um simples aluno preparando-se para os exames que se aproximavam. Se Lílian não soubesse o que aquela manga de seu uniforme escondia, ela provavelmente o consideraria completamente normal.

– Zac – chamou ela, antes que pudesse perceber o que estava fazendo.

O garoto não se assustou. Somente se virou em sua direção, seus olhos azuis fixos em seus olhos verdes.

– Líly. O que está fazendo aqui?

Lílian levantou-se e apoiou seu corpo na pilastra que estava escondida. Zac a observava com um olhar impassivo, seu corpo tenso.

– Eu tenho que conversar com… – uma dor de cabeça começou a atingi-la. Rangendo os dentes, ela continuou. – você. É sobre o que você está se tornando. Tem que parar.

Zac balançou a cabeça, parecendo um tanto assustado.

– Do que você está falando?

Lílian tentou focar a imagem. Os dois estavam a centímetros de distância e ela já começava a sentir seus olhos embaçarem. Zac parecia suar.

– Acho que você sabe… não sucumba às trevas, Zac. – implorou ela, afastando-se tonta. – Eu sei. Sobre tudo. E preciso que pare. Nós dois precisamos.

– Você está bem?

– Estou. – murmurou Lílian, agarrando-se à parede das escadas, suas mãos deslizando pela pedra fria, deixando gotas de suor. – Por que está fazendo isso, Zac?

Zac olhou para os próprios pés, aparentemente um pouco envergonhado. Lílian perguntou-se como alguém como Zac metera-se naquela situação.

– Você não entenderia.

E, de repente, num passe de mágica, o semblante do garoto mudou. Seus olhos azuis tristes subitamente transformaram-se em uma mistura de fervor e raiva contida.

– Escute, não faço ideia do quanto você sabe. Mas tenha certeza de uma coisa: eu não vou parar. Acho melhor você recuar e encontrar uma maneira de… – Zac pareceu tonto por um instante, sua mão fazendo pressão no braço cheio de cicatrizes negras. – uma maneira de quebrar essa ligação que talvez tenhamos.

– Eu… – suas mãos começaram a tremer. Lílian sentiu um enjoo repentino. Tentando equilibrar-se nas escadas, a garota começou a descer os degraus, esforçando-se para não cair. – tenho que ir.

Ainda era um mistério para Lílian como ela conseguira alcançar a porta da sala comunal da Grifinória, determinada pela vaidosa Mulher Gorda. Seu andar era cambaleante e ela chegara a ser parada três vezes para perguntarem-lhe se estava bem.

Batatas Crocantes – murmurou ela, pingos de suor caindo em seu uniforme.

A sala comunal não estava cheia, o que era algo vantajoso para a garota. Suas mãos tremiam e seus cabelos avermelhados grudavam em sua testa e pescoço molhados. Ela tropeçou no tapete, repetindo para si mesma que não iria desmaiar novamente. Os pontos escuros em sua visão aumentavam.

Ouviu vozes chamando-a de longe.

– Eu estou bem – murmurou ela, esforçando-se para sorrir. Mas ela sentia todo o seu rosto dormente.

– Evans? – chamou Tiago, bem ao seu lado, sua voz soando cheia de ansiedade.

– Líly! – a voz suave de Belle vinha do seu outro lado.

Belle e Remus lhe seguraram e ela sentiu Tiago afastar-se de perto dela. Depositando-a na poltrona, ela conseguiu distinguir as formas de Tiago, Sirius, Belle, Remus e Pedro. Abbey viera alguns segundos mais tarde, trazendo um copo d’água.

– Gente, eu estou bem. Parem de fazer isso parecer cenas de filmes…

– O que são filmes? – sussurrou Pedro para Remus.

Enquanto Belle tentava explicar rapidamente a Pedro sobre o que eram filmes, os outros bombardeavam Lílian de perguntas.

– Eu fui falar com Zac – começou Lílian, engolindo toda a água em um gole só. – Falar sobre tudo. Mas… só consegui falar para ele desistir. Desistir das Trevas.

Abbey arregalou os olhos, suas mãos voando em direção à boca.

– Você foi falar com ele? Em que estava pensando?

O olhar de Tiago estava duro e fixo no rosto de Lílian, enquanto os outros a observavam com sede de novas informações.

– Achava que… se conversasse com ele, iria convencê-lo a desistir. – a dor já estava passando, mas naquele momento, começou a sentir o peso das palavras e da tristeza que sentira ao ver Zac daquela maneira. Seus olhos começaram a queimar. – Mas ele não quer. Algo aconteceu com ele para ele querer ir com Miandra na reunião, naquela noite que Riddle invadiu o castelo.

– Vai ver ele está sendo chantageado porque tem um filho. Igual ao professor Oswell. – ironizou Sirius.

Abbey lhe deu uma cutucada, que se seguiu de um muxoxo por parte do garoto.

Os garotos permaneceram em silêncio por um longo instante. Todos pareciam tensos e preocupados com a situação, enquanto os alunos em volta mal pareciam notá-los ali.

– Jura, Remus? Ainda está convencido quanto ao plano de “contato físico” entre Evans e Tiffon? – disse Tiago quebrando o silêncio, sua voz soando cheia de fervor e seus olhos frios fixos em Lílian.

– Tiago…

– Não, Remus! Preste atenção no que está pensando! Lílian está branca, tremendo, suando. Eu sinceramente não sei como ela conseguiu chegar até aqui consciente. – continuou ele, sua voz elevando cada vez mais. – Quer mesmo arriscar fazer isso? Podemos… podemos perder Evans nessa “experiência”.

E, sem dizer mais nada, Tiago – cujo rosto vermelho de nervosismo e raiva entregavam

o tamanho de sua apreensão – se levantou e seguiu na direção do quadro da Mulher Gorda, desaparecendo para os corredores e abandonando a sala comunal.

– Sobre o que ele estava falando? – perguntou Lílian, alarmada.

Abbey e Belle se entreolharam, nenhuma delas sentindo muita vontade de contar à amiga a verdade.

Remus, um pouco nervoso, tentou contá-la sobre o que eles haviam discutido mais cedo e sobre o plano que pensaram.

– Ah… por que não me contaram antes? – disse Lílian, assim que eles terminaram.

– Queríamos ter certeza antes.

– Mas não temos – retrucou Abbey.

Eles permaneceram durante algum tempo em silêncio, ninguém se atrevendo a dirigir a palavra à Lílian.

– Eu estou disposta a me arriscar – disse Lílian, de repente. –, confio em vocês e acho que têm razão.

– Mas Evans… – começou Sirius.

– Está tudo bem. Eu também já estou cansada de esperar que a resposta surja diante de mim a qualquer momento. Está na hora de eu tentar ser a resposta.

***

– Miandra – chamou uma voz do outro lado do corredor.

Antes mesmo de se virar, Mia já sabia a quem pertencia aquele som que pronunciara seu nome. Levantando os olhos na direção de Tiago, Mia começou a caminhar lentamente em sua direção.

– Deixe Frank e Alice em paz – disse Tiago, sua voz baixa e seus olhos duros.

– Acordou com o pé esquerdo hoje, Tiago? – perguntou ela, um sorrisinho inocente inundando seu rosto malicioso. – Não faço ideia do que está falando.

– Será que dá pra fingir que não é uma mentirosa por um segundo?

Miandra deu de ombros, seus braços cruzados sob o pito.

– Imagino que você tem andado com Frank e Alice ultimamente.

Tiago assentiu, seu rosto a milímetros do dela.

– E eu imagino que já tenha descoberto a essa altura tudo o que queria saber sobre Zac Tiffon – retrucou Tiago, estreitando os olhos. –, então por que não os liberta de uma vez por todas? Sabe que eu posso ir direto ao Dumbledore se não o fizer.

Um garoto do sexto ano passou ao lado dos dois e os encarou de modo desconfiado. Ele usava um cachecol da Lufa-Lufa e neve estava estancada em seu casaco preto. Tiago então, subitamente, percebeu que estava nevando.

– Você acha que sou idiota? – sussurrou Mia, quando o menino sumiu na curva do corredor – Acha que não sei sobre os desmaios de Lílian e a ligação entre ela e Zac? É, escutei você e seu bando de amigos idiotas conversando na biblioteca hoje de manhã. O que acha que Dumbledore faria se soubesse? Provavelmente a expulsaria da escola, ou os mandaria para o St. Mungus. Seria realmente uma pena se isso acontecesse…

Mia conseguiu observar um rastro rápido de dor passar pelos olhos castanho esverdeados de Tiago. Fora como um suspiro, um piscar de olhos, uma batida do órgão que mantém todos vivos. E era naquele último, que Mia sabia que Lílian habitava. Pelo menos, no corpo de Tiago. Aquilo não era algo que Tiago sabia. Ele não fazia ideia que ainda tão novo, já tinha sentimentos tão poderosos por Lílian. Mas Mia sabia. Era só prestar a devida atenção no semblante daqueles que você precisa decifrar.

– Faça isso. Antes no St. Mungus do que morta. – disse ele, os olhos tão frios quanto o gelo que começava a alastrar-se pelo lago de Hogwarts. – Mas você… provavelmente logo estará em Azkaban se continuar a praticar Magia das Trevas.

– Não sou maior de idade. Não posso ir para Azkaban.

– Acha mesmo que isso fará o Ministério te isentar de punições?

Miandra pareceu, pela primeira vez, desconcertada. Contudo, fechando os olhos lentamente, ela assentiu.

– Certo. Mas lembre-se, Tiago: foi você quem pediu.

***

Na manhã seguinte, todo o vão da tensão entre os garotos continuava forte, e as expressões de Tiago, ainda as mesmas. Lílian nunca conseguia captar o rosto de Tiago pelo fato do garoto gastar seu tempo com implicâncias e sorrisos brincalhões, mas naquela manhã, Lílian sentia que pela primeira vez conseguira decorar seu rosto. Não que se importasse, pensou ela, comendo a torrada com geleia no Salão Principal.

– O que está rolando entre você e o recente príncipe do mau humor nessa manhã? – perguntou Alice, lambendo os lábios após beber seu suco de abóbora.

Lílian esboçou uma careta, revirando os olhos ao mesmo tempo.

– Estou falando sério, consigo sentir sua raiva na minha comida! – exclamou Alice.

Caius sentou-se ao lado da namorada, dando-lhe um sorrisinho. Eles se beijaram rapidamente e Alice voltou a se concentrar na comida.

Lílian então, observou Zac do outro lado do Salão. Ela só queria que tudo aquilo acabasse. Toda aquela ligação.

– Sabe, eu acho que Tiago está completamente… – repentinamente, Alice parou. O copo em sua mão direita tombou na mesa, espalhando o suco para todos os lados, inclusive para o rosto de Lílian.

Ao mesmo tempo, Frank deixou a colher que ia na direção de sua boca cair em seu prato. Ele se levantou, causando um certo caos naquele lado da mesa da Grifinória, subiu a mesa repleta de comida e desembocou no outro lado. No lado de Alice.

Tudo que se seguiu a seguir aconteceu em uma questão de segundos. Lílian conseguiu captar o olhar hipnotizado de Frank e o olhar vidrado de Alice. Então, Frank empurrou Caius sem esforço algum (tamanho o choque estampado no rosto do amigo), segurou o rosto de Alice e a beijou ardentemente.

Lílian começou a ouvir os sussurros e os gritinhos de susto naquele momento. Era como se tudo o que pudesse ver era aquela cena e, ao mesmo tempo, tudo o que pudesse ouvir eram as exclamações de surpresa.

Quando Alice e Frank se separaram, seus semblantes era de puro choque e horror. Caius estava ao lado, observando os dois como se não reconhecesse quem via. Com um balançar de cabeça desapontado, ele marchou para fora do Salão.

Naquele momento, Lílian olhou de relance para Tiago e viu sua face angustiada. Mas ele não olhava para Frank e Alice. Ele olhava para Miandra, que naquele momento, estava do outro lado do Salão, o sorriso malicioso estampado em seu rosto de falsa inocência.





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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?? :))
Gente, devido ao pedido da Joy Valdez, vou lhes revelar quem é a Paloma no meu Drem Cast!! É o seguinte: a Paloma, na verdade, é uma homenagem para a minha melhor amiga, cujo nome também é Paloma. Então, tentei pesquisar quem é a atriz mais parecida possível com essa minha amiga e a minha outra amiga diva e escritora de fics, Meyrisse, me veio com a resposta!!
Eis, Paloma Fretcher, personagem de uma das séries que mais gosto: The O.C. O nome da atriz é Rachel Bilson:

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