Jily - The stars will cheer escrita por ChrisGranger


Capítulo 11
O preterido


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores!!! Que saudades imensas!! Férias!!! :)) Finalmente chegaram as tão queridas semanas em que tudo que fazemos é tudo menos estudar!!! Queria agradecer pelos reviews lindos!! Vocês são incríveis!! Dedico esse capítulo ao meu pai, que escolheu o título! Espero que gostem!! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/570065/chapter/11

Ai! – exclamou Tiago, pulando da cama, seu dedo indicador sangrando e ardendo de dor. Ele fuzilou os olhos grandes e raivosos de Lílian, que na noite anterior havia, acidentalmente, se transformado num hamster, e catou um pano qualquer para enrolar em seu dedo. – Bom dia para você também, esquisita.

– Jane está aí? – perguntou Remus, ainda enrolado nas cobertas e suando frio.

– Não… – respondeu Tiago, dando de ombros. – então, a Lua Cheia? Parece que ontem foi difícil, hein?

Remus riu fracamente, levantando-se com caretas de dor em sua expressão.

– Consegui uma nova cicatriz – disse ele, mostrando-lhe um corte em seu próprio cotovelo.

A pequena hamster abaixou os olhos tristemente e foi em direção a Remus. Subiu pelas cobertas até parar próxima às mãos do jovem lobisomem e acomodou-se em suas mãos.

– Olha… quem é seu novo amigo? – indagou ele rindo e divertindo-se com, mesmo que ele não soubesse, sua amiga.

– Acredite, você não quer saber – retrucou Tiago.

Remus riu, enquanto a hamster encarava Tiago novamente, seus olhos grandes quase fritando-o.

– Achava que você não gostava de ratos… – murmurou Sirius, observando toda a cena sem que ninguém percebesse.

– Eu não gosto. Mas isso é um hamster, não um rato.

– São parecidos. – replicou Pedro, levantando-se penosamente.

– Eu sei, mas… – Tiago passou as mãos pelos cabelos impacientemente. Como escaparia daquele interrogatório? Já não bastava Frank saber de tudo e tendo o importunado durante toda a noite passada devido ao acidente Lílian-Hamster? – esse hamster é diferente. Quero dizer, essa. Não posso perdê-la, de jeito nenhum.

A hamster fez um pequeno som, inquieta e parecendo extremamente irritada com Tiago. O garoto fez uma careta em sua direção e ela retribuiu de modo bastante singular para um animal.

– Espera aí.... – disse Sirius, levantando-se subitamente e dirigindo-se até o amigo. – tem algo de estranho nessa história.

Remus segurou a hamster, seus olhos percorrendo cada parte de seu corpo. Parecia bastante desconfiado. Tiago engoliu em seco e se preparou para o que vinha a seguir.

– Esses olhos… e essas manchinhas vermelhas…? – murmurou Remus, tentando unir os fatos. Seus olhos brilharam de triunfo, mas, logo em seguida, de terror.

– É a Evans – disse Sirius, completando o pensamento não dito por Remus.

Tiago abaixou a cabeça derrotado e bufou impacientemente. Ele foi até um Remus paralisado, arrancou Lílian de suas mãos e a depositou cautelosamente no bolso do uniforme.

– Espere um segundo… – começou Pedro, parecendo confuso. – esse hamster é Lílian Evans?

Tiago assentiu, seu semblante parecendo cada vez mais culpado.

– Como você pôde fazer isso Tiago? – esganiçou Remus, pulando da cama.

– Foi um acidente! – protestou o garoto, sentindo Lílian arranhar sua pele novamente.

Remus esfregou o rosto e catou Lílian do bolso de Tiago. O garoto tentou impedí-lo, mas Remus agia com extrema rapidez e agilidade devido à impaciência.

– Qual azaração você usou? – perguntou Sirius, aproximando-se dos dois enquanto Pedro ainda parecia um pouco zonzo.

– Uma nova – respondeu Tiago, automaticamente. –, achava que a pessoa se transformaria em uma aranha e não num roedor estúpido…

Lílian esganiçou nas mãos de Remus, como se em sua própria língua houvesse acabado de gritar: “Potter!”

– Mas por que transformá-la? Queria que ela se irritasse ainda mais com você? – indagou Sirius, rindo.

Tiago estava preparando-se para admitir, na frente de Lílian-Hamster, a verdade sobre querer atingir Snape quando lançou a azaração, quando Abbey apareceu no dormitório dos garotos, salvando-o daquela bomba que estava prestes a explodir.

– O que vocês fizeram com Líly? – perguntou ela, pisando duro ao entrar no quarto. A hamster nas mãos de Remus começou a esganiçar e a arranhá-lo, mas Tiago agarrou-a e a enfiou em seu bolso do uniforme novamente.

– Está louca? – perguntou Tiago, dando uma risadinha nervosa.

– Ela não apareceu ontem! E agora, está completamente desaparecida! Belle foi checar com Thomas se ela estava ontem com Zac, mas…

– Zac? Tiffon? Zac Tiffon? Por que ela estaria com ele? – questionou Tiago, parecendo levemente irritado.

– Er… eu não sei – retrucou Abbey, aproximando-se dos quatro. –, por acaso vocês não saberiam nada sobre o que aconteceu ela, saberiam?

Os quatro se entreolharam engolindo em seco, enquanto Tiago sentia Lílian revirar-se em seu bolso de modo enlouquecedor.

– Claro que não – mentiu ele, sabendo que sofreria a ira de Lílian Evans quando esta se transformasse em humana novamente.

– Certo – disse ela, dando de ombros. De repente, seus olhos se arregalaram e seu rosto empalideceu. –, pessoal… e se Líly foi procurar Miandra para descobrir algo relacionado a Zac e acabou descobrindo algo de fato e…

Sirius gargalhou antes mesmo de Abbey ter a chance de concluir sua hipótese.

– Está sugerindo que Miandra a sequestrou ou algo assim? Em Hogwarts? Ou a assassinou…?

Mesmo que Tiago tivesse a plena consciência de que nada disso acontecera, suas mãos fecharam-se em seu bolso, seus dedos passando lentamente pela pequena hamster. Os olhos de Abbey marejaram e ela soltou um gritinho de desespero.

– Ah meu Deus…

– Abbey, acalme-se – começou Remus, abraçando-a um pouco sem jeito. –, tenho certeza de que Lílian está bem. Melhor impossível. Ela é esperta, se algo tivesse acontecido com ela já estaríamos sabendo.

Abbey assentiu, parecendo um pouco mais aliviada e sorriu para os quatro. Sirius permanecia com um sorrisinho amarelo no rosto enquanto Tiago ainda estava estranhamente quieto.

– Parece tenso, Tiago – disse ela.

O garoto sentia os batimentos cardíacos acelerados de Lílian em suas mãos. Mas tinha certeza de que os seus estavam ainda mais acelerados diante do olhar perfurante de Abbey sob ele.

– Estou bem.

– Certo – respondeu ela dando de ombros e, com um rápido aceno, saindo do dormitório masculino.

***

– Caius Brown, Alice Pelicier, eu, David Wood… – Frank rondava o vestiário do time de quadribol da Grifinória, seus olhos travados e procurando cada um de seus jogadores. Sentia suas mãos suarem frio e mexia repetidamente nos cabelos a todo o segundo que passava. – William Felts e… onde estão Black e Johnson?

– Frank! – chamou um Sirius vermelho e suando da cabeça aos pés. Já estava preparado para o jogo, trajando o forte vermelho e seu bastão de batedor, seguro em sua mão direita. – Johnson não está bem… acabei de deixá-lo na enfermaria.

Frank arregalou os olhos, sua pele empalidecendo como cera.

– O que faremos sem o apanhador? – murmurou ele para si mesmo, deixando-se tombar em um dos bancos vazios.

– Não temos nenhum reserva? – questionou Alice, encolhida desconfortavelmente nos braços de Caius.

Frank balançou a cabeça perturbado. Sirius tamborilava os dedos no próprio bastão, parecendo já ter a resposta para o problema na ponta da língua.

– Estamos esquecendo de um incrível apanhador, mas também bastante… – Sirius fez uma careta, um sorrisinho maroto crescendo em seu semblante. – insuportável.

– Potter – disse Frank, seus olhos brilhando de alívio e de desafio.

– Tem certeza? Quero dizer… estamos falando de Tiago Potter. As chances de ele parar o jogo para começar sua própria sessão de autógrafos é enorme. – retrucou William, rindo de desdém.

– Tiago pode ser o garoto mais metido e irritante que essa escola já teve o desprazer de receber. Mas dizem que ele joga bem. E é meu amigo. – replicou Frank, seus dedos entrelaçados de tensão.

– Alguém aqui já o viu jogar? – perguntou Caius.

– Eu já – respondeu Sirius, dando de ombros e parecendo indeciso quanto a algo. – e, pelo amor de Deus, nunca digam que eu disse isso para ele, mas Tiago joga muito.

Frank assentiu e, a partir do momento que ninguém mais decidiu se pronunciar, ele pediu para todos prepararem suas vassouras e se posicionou na frente dos cinco jogadores, que vinham sendo seus companheiros desde o início do ano.

– Vamos arrasar a Corvinal. Vamos acabar com Zac Tiffon. – disse ele, sem nem um pingo de dúvida. – Vamos vencer esse jogo.

E, abrindo a porta, os jogadores desembocaram diretamente no campo. Era um dia ensolarado, mas o vento frio de final de novembro atingiu-os em cheio. Frank ouviu gritos e aplausos eclodirem de toda a multidão, enquanto viam o capitão do time da Grifinória sair da pequena sala acompanhado de seus cinco jogadores. Praticamente toda a escola estava ali. E, ao mesmo tempo, todos os olhares eram voltados em sua direção. Frank repousou os olhos na torcida da Grifinória e, finalmente, encontrou um menino num dos últimos bancos com um sorrisinho sarcástico estampado em seu rosto. Parecia estar conversando… sozinho? Mas, quando olhou mais cuidadosamente, viu o relance de um pequeno animal nas mãos de Tiago e soube, no mesmo instante, com quem ele conversava.

– Tiago! – gritou ele, tentando superar as centenas de vozes no campo.

Por mais incrível que parecesse, Tiago levantou os olhos na direção de Frank e franziu a testa confuso. Com um pulo, começou a descer a imensa escadaria em direção ao time da Grifinória, enquanto os corvinais entravam no campo decididos. Zac vinha na frente, seu queixo levantado e seus olhos brilhando. Thomas estava ao seu lado, seu sorriso do tamanho do mundo enquanto parecia acenar discretamente para a arquibancada da Grifinória. Em especial, na direção de uma segundanista de cabelos escuros e olhos azuis.

– Ah, não… – começou Tiago, sua voz carregada de sarcamo quando aproximou-se de Frank. – vai começar a falar sobre o incidente da hamster? Ainda estamos trabalhando com o caso, Frank. – o garoto mostrou-lhe a hamster segura, mas bastante descontrolada, em seu bolso do uniforme.

– Você está no time, Tiago. Johnson está na enfermaria. – comunicou Frank, antes que o garoto dissesse qualquer outra coisa.

Tiago encarou-o com descrença, seu sorrisinho alargando-se.

– Muito engraçado…

Sirius revirou os olhos e depositou uma vassoura nas mãos de Tiago. Os olhos do garoto fitaram a Nimbus 1000 em suas mãos, sem nenhuma expressão aparente. Ele levantou a cabeça em direção a Sirius, parecendo finalmente compreender o que estava acontecendo.

– Minha vassoura… mas… como?

Sirius deu de ombros, rindo.

– Digamos só que… eu sabia que você precisaria.

Um sorriso do tamanho do mundo cresceu na face de Tiago. Não era um sorriso sarcástico, nem de desdém. Não era de orgulho, nem de ambição. Era a mais pura felicidade que estava estampada naquele momento no rosto do jovem menino. Mas, no segundo seguinte, Tiago se virou, encarando Zac e sorriu desafiadoramente em sua direção. Gritos e palmas eram ouvidos em cada canto daquele imenso lugar. Frank via as cores vermelhas e azuis em todo o lugar, reluzindo como espadas numa guerra. E ouvia o nome Potter ecoando quando o garoto dirigiu-se ao centro do campo, decidido.

***

Até aquele momento, Tiago acreditava que aquilo era um sonho. Um sonho com o qual ele havia imaginado tanto, que parecia uma quase perfeita realidade. Tudo parecia real. As pessoas gritando, as bandeiras aparecendo em todos os lugares que olhava, os batedores rebatendo balaços que vinham na direção dos quatorze alunos que jogavam, como se quisessem matá-los. Até aquele momento, tudo parecera um sonho. Tiago só percebeu que era realidade, quando um balaço o atingiu bem no meio da face.

– Ai! Filho da… – começou ele, ouvindo os risos ensurdecedores das arquibancadas. Ele teria falado um palavrão com prazer naquele instante, mas Lílian-Hamster agarrou a palma de sua mão mordendo o máximo que podia e ele congelou. Havia esquecido completamente que a garota estava com ele. Havia esquecido completamente que rondara pelo campo numa velocidade absurda com Lílian em seu bolso. – Evans!

Ele a aproximou de seu próprio rosto, suas sobrancelhas franzidas de espanto. Ela lhe encarava com os olhos gigantescos e verdes, seu coraçãozinho a mil.

– Cara… eu não acredito nisso – murmurou ele. Seu rosto se virou e ele percebeu que grande parte dos jogadores o encarava com um ponto de interrogação no rosto. –, não é nada. Podem jogar, ok? Escuta, pimenta-hamster eu preciso da sua ajuda, certo? Será que pode aguentar até eu conseguir pegar o pomo e depois eu me dedico totalmente à busca de uma cura para… isso?

Lílian o fuzilou, mas pareceu aceitar os termos do garoto.

– Certo… – disse ele, guardando-a em seu bolso novamente.

Corvinal estava ganhando. 40 pontos a mais que Grifinória. Alice lutava para conseguir a goles, mas os jogadores adversários eram extremamente habilidosos. Thomas defendia praticamente todas as goles que os artilheiros da Grifinória lançavam para os aros. Zac parecia uma águia. Observava cada movimento e cada bola que era lançada. Cada defesa e cada ponto marcado. De tempos em tempos, seu olhar recaía sob Tiago. Nessas horas, o garoto o encarava com tanto desafio, que Zac era praticamente obrigado a desviar o olhar. Tiago revirou os olhos tediosamente quando ele o fez novamente. Patético.

Não havia visto o pomo até aquele momento. Aparentemente, Zac também não.

– Olha a cara dele, Evans.... – disse Tiago, permitindo a vista de Lílian em direção a Zac. Ela parecia estranhamente quieta. – tão idiota.

Lílian mexeu-se desconfortavelmente em seus dedos, virando a pequena face para outro lado.

– O que foi…? – naquele mesmo segundo, um balaço passou novamente. Se Tiago não tivesse se protegido rapidamente, o balaço teria acertado sua mão, exatamente onde estava Lílian. Ele a encarou branco como cera. – Você está bem? Eu acho que eu deveria parar de falar com uma hamster...

– Tiago! – chamou Frank, parecendo desesperado enquanto defendia com fervor os três aros. – Atenção!

Tiago bufou e rondou o campo mais uma vez. Zac seguiu-o de perto. Nem sinal do pomo. Sirius rebateu um balaço que quase atingira Zac, mas o garoto deviou-se no último segundo.

Tiago xingou baixinho e parou num canto, observando os apanhadores da Grifinória marcarem um ponto. Ele suspirou aliviado. A Corvinal havia feito 100 pontos, enquanto a Grifinória fizera 80. William lançara a goles em direção ao aro, mas Thomas rebateu com ferocidade.

Frank acenou para Tiago discretamente. O garoto assentiu e procurou.

Era agora. O pomo deveria ser encontrado antes que a Corvinal os passasse ainda mais. Alice fez mais um ponto. Zac agitou-se e começou a olhar para todos os lados, desesperado.

Finalmente, Tiago viu. Um brilho dourado e brilhante no outro lado do campo. Voava próximo a Caius. Tiago acelerou o máximo que podia, ainda observando Zac em seu encalço enquanto avançava. Os jogadores congelaram. Alice marcara mais um ponto, determinando um empate até aquele momento. E, naquele exato instante, Tiago esticou o braço em direção à pequena e ágil bolinha. Ele conseguiu sentir suas asinhas rasparem em seus dedos, mas, naquele segundo, Zac empurrou-o com uma força fenomenal.

– É tudo ou nada, Potter – gritou ele, avançando.

Desequilibrando-se, Tiago soltou uma exclamação de surpresa e raiva. Se ele não tivesse agarrado Lílian com firmeza, ela teria caído de seu bolso. O garoto olhou para frente numa fração de segundos e viu Zac a milímetros de distância do pomo de ouro. Viu Thomas de relance rebatendo mais uma goles. Sem ter tempo de depositar Lílian em seu bolso novamente, ele acelerou o máximo que podia na Nimbus. Naqueles míseros segundos, ele se lembrou da noite em que abraçara o pai por ter ganhado sua nova vassoura. Lembrou-se da emoção que sentira quando segurara pela primeira vez aquele objeto. Lembrou-se de quando ele ensinara uma Lílian rabugenta a voar numa vassoura.

De repente, todos os alunos viram um Tiago rindo sarcasticamente em sua vassoura. Ele acelerou o máximo que podia. Mas, aos poucos, percebeu que não poderia competir com Zac somente a partir da velocidade de ambos jogadores. Precisava fazer algo para chegar ao pomo primeiro. Os batedores da Corvinal o cercavam enquanto ele sentia sua pressão acelerar para o que estava prestes a fazer. Quando um dos batedores lançou o balaço em sua direção, Tiago deu uma cambalhota no ar. Mas não uma simples cambalhota. A vassoura voava tão rapidamente e seu movimento fora tão brusco, que ele conseguiu avançar os batedores e Zac.

Todos viram, naquele instante, um Tiago equilibrando-se na vassoura de cabeça para baixo, enquanto segurava um hamster numa mão e, finalmente, agarrara o pomo de ouro, determinando a vitória da Grifinória e dando fim à partida.

***

Gritos. Por todo o lado. Tiago achava que a qualquer momento perderia o sistema de audição, tamanha a altura que ecoavam as palmas, celebrações e uivos devido à vitória da Grifinória. Segurava Lílian com a mão direita com uma força tão grande que tinha medo de que ela virasse pó por entre seus próprios dedos.

Frank foi o primeiro que viera voando dando saltos e mais saltos de alegria pelo campo com a vassoura. Abraçou Tiago ainda no ar, parecendo verdadeiramente emocionado.

Após isso, os dois desceram com o time todo comemorando enquanto Zac parecia mais envergonhado do que nunca. Tiago o viu gritando com Thomas e largando sua vassoura no gramado. Após isso, só sentia abraços e ouvia seu nome. Tentou proteger a hamster descontrolada em sua mão o máximo possível, sentindo a ameaça de perdê-la em meio àquela multidão.

– Primeira vitória em meses! – comemorava Frank, abraçando todos os jogadores, com exceção de, percebeu Tiago, Alice.

Caius agarrou Alice e lhe beijara com fervor. Frank desviou o olhar no mesmo instante, seu sorriso desaparecendo momentaneamente.

Abbey abraçou Sirius rapidamente com o rosto vermelho, enquanto Belle também celebrava, apesar de parecer bastante apreensiva quanto à situação de Thomas.

O resto foi tudo que Tiago sempre sonhara. Os jogadores segurando-o pelos ombros e aplaudindo, enquanto ele era levado até a sala comunal.

Meia hora depois, eles estavam no salão comunal. Frank e alguns amigos foram buscar comida e bebida nos dormitórios para a festa de comemoração. Pedro quase desmaiou de emoção ao perceber que eles tinham comida armazenada em seus quartos. Tiago, com certa pena do amigo, prometeu-o que logo eles achariam a passagem secreta para as cozinhas.

– Esse jogo foi dos melhores, sabe? Incrível – disse Sirius, desabando na poltrona da sala ao lado de Tiago.

– Nem me fala. Acho que Evans quase sofreu um desmaio ou algo assim. – disse Tiago rindo e mostrando a hamster dormindo em suas mãos, ao amigo.

Sirius se embasbacou e empalideceu.

– Cara! Você não fez isso! – exclamou ele, parecendo perceber tardiamente o que acontecera durante o jogo. – Achava que ela tinha ficado com Remus…

Tiago fez um som indignado e cruzou os braços.

– Claro que não – respondeu ele, guardando Lílian em seu bolso novamente. - Sirius. Preciso descobrir um feitiço para reverter isso que eu fiz. No lugar dela eu já teria enlouquecido.

– Ela enlouqueceu – retrucou Sirius, rindo.

– Procurei em alguns livros, mas não achei nada… – continuou ele, desanimado.

Sirius franziu as sobrancelhas de descrença.

– Não acredito que você está preocupado. Tiago Potter nunca se preocupa com alguém.

Tiago deu de ombros e forçou um sorrisinho amarelo.

– Não estou preocupado. – decretou ele, pondo fim à conversa no exato momento em que os meninos chegaram trazendo as bebidas e comidas que haviam prometido para a comemoração da vitória.

A sala comunal estava lotada. Pessoas comiam desesperadas; outras conversavam animadas, explicando detalhadamente cada segundo do jogo; algumas inclusive praticavam feitiços, provocando jogadores que perderam por pouco o lançamento de goles ou o rebatimento de um balaço. Stacy Drakes e David Wood se agarravam num dos cantos da sala, parecendo completamente alheios à comemoração ao seu redor. Caius beijava Alice fervorosamente, enquanto esta parecia um pouco impaciente para tal demonstração de sentimento naquele momento.

Mas tudo o que Tiago sentia era a glória. A glória de ser reconhecido pelos outros. Ouvir seu nome ser ecoado com gritos de vitória, fora uma das maiores emoções que já sentira na vida. E ele não pretendia deixar essa emoção escapar de suas mãos novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, gostaram?? :))
Pessoal, hoje vou lhes mostrar como imagino a Belle no meu Dream Cast, devido ao pedido da Joy!! Não sei se já disse isso, mas a Belle foi muito inspirada na própria personagem de Once Upon a Time. Na época que comecei a escrever essa história, em outubro de 2013, era a mesma época que eu estava vendo os primeiros capítulos de Once Upon a Time! Então, eu a imagino sendo a Belle de Once Upon a Time e, claro, mais jovem e muito inocente (mais ou menos não é?? Porque o Thomas e ela não são tão inocentes assim hahah!!).
http://24.media.tumblr.com/tumblr_mb78f87WHH1rtx3n1o4_250.gif
Beijinhos!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Jily - The stars will cheer" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.