Os Herdeiros da Máfia escrita por Lina Morgenstern


Capítulo 30
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Vou logo me defendendo pois dessa vez não foi a minha culpa. O Nyah não estava me deixando postar, então.. esperei até esse exato momento para o fim da fanfic, maaaas ainda tem mais o Cap de Epílogo que vai ser grande.. então esperem, pois já está pronto.



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POV Elena

Como pode um pai quero um mal a um filho. Como pode um pai querer machucar o sangue do seu sangue? Poderia pensar mil formas de um pai querer o bem estar do seu filho, sua carne. Pai se sacrificar para o bem do próprio filho, o colocar a cima de si mesmo, mas nunca, nunca poderia pensar em um pai queira sacrificar um filho.. não mentira. Abraão sim, iria sacrificar o próprio filho por amar à Deus a cima de tudo, mas no fim da história ele terminou abraçado ao filho vivo, pois deus viu que era verdade, que ele o amava a cima de qualquer coisa. Mas isso foi na bíblia e o que ta acontecendo agora é diferente de qualquer coisa que existe na bíblia, hoje estou presenciando um pai à beira de sacrificar o único filho vivo em prol de uma organização criminosa, líder na lista de prioridade no governo não só dos Estados Unidos, mas de quase todos os país.

Ainda me encontrava ajoelhada na sua frente tentando processar tudo ele me disse, mas eu não conseguia fazer nada a não ser olhar para esse homem na minha frente e me pergunta o motivo de tudo isso. Pisquei algumas vezes tentando não chorar, olhei para o meu pai que não tinha grandes coisas no momento, ele apenas continuava acariciando os cabelos castanhos do meu irmão, caído e desmaiado no chão, meu corpo estava em agonia, queria chegar perto deles e abraçá-los e dizer que vão encontrar a gente a tempo.

Ele levantou a cabeça, me olhou nos olhos e sorriu. Me arrastei até ele, mas as correntes me impediam, então eu chorei. Deixei que elas caissem.

— Pai.. — ele continuou sorrindo. Por que diabos ele estava sorrindo? Desisti de me aproximar e olhei para Zach, não antes de limpar as minhas lágrimas. — Pra quê isso? Eu vou assumir a organização quando chegar a hora.

Ele sorriu de uma maneira maliciosa e disse.

— Tudo que fazemos é uma evolução, minha querida neta. — ele levantou da cadeira e olhou para Victor. Que não demorou em largar o jornal e se levantar, de imediato pegou uma pistola que estava repousada sobre a mesa — a organização só o teme por causa de você, seu pai foi um bom líder, mas só até você voltar do Japão. Depois disso, foi tudo você, ele cuidava da empresa e você da organização, os outros chefes os respeitam, mas quem eles temem de verdade é você. E é por isso que você deve assumir. Você já está pronta.

Você, você, você.. só isso que ele diziam.

— Se você matar o meu pai hoje, você vai enfrentar uma Elena, uma que nenhum outro ser conheceu na vida. Vou te caçar até de baixo de pedras se for necessário e quando encontrar, vou esquecer que você é um velho caquético e te torturar como nunca sonhei em tortura alguém. — Ameacei da maneira mais calma possível. Olhei para o Victor e disse — você tinha razão em ter dito que eu iria odiar um homem mais que odiei você. Agora eu não sinto mais ódio por você, sinto por ele.

Ele deu um meio sorriso em vitoria e concordância.

— Eu disse que iria odiar. — concordei. Ouvimos tiros e mais tiros e abri um sorriso, eles chegaram. Olhei para o meu pai e ele me olhava como fosse memorizar cada detalhe do meu rosto.

Eu ia abri a boca para falar pra ele que vamos sair daqui, mas alguém entrou na sala, uma mulher, longos cabelos negros e pele branca.. Luce.

— Eles estão entrando, já estão no segundo andar. — olhei para ela da mesma maneira de sempre. Superior. Ela encontrou os meus olhos e sorriu — Olá Elena, sabia que um dia as coisas seriam ao contrário.

— Não tem nada de ao contrário aqui Lucinda! Elena ainda continua superior a você e a todos nós nessa sala. — olhei para Zach.

— Devo lhe agradecer por isso vovô? — usei aquela palavra com nojo e ironia, uma farpe. Ele sorriu para mim. Luce se foi, fechando a porta atrás de si.

Escutei o barulho da pistola sendo preparada e olhei para o Victor que levantou os braços, levando com ele a pistola apontada para o meu pai e antes que eu pudesse gritar, ele atirou, não vi mais nada depois disso a não ser o tiro que atingiu meu pai no peito.

— Eu te amo meu filho, lembre-se disso — disse zach próximo a ele.

Pai.. Fique longe dele seu MALTIDO! — gritei o mais alto que os meus pulmões permitiram. Ele se levantou e saiu com Victor o escoltando. — pai.. — chorei a formar que o sempre o chamei, o homem que sinto todo orgulho de dizer “Esse é o meu pai.”

Ele mesmo baleado sorriu, caiu para frente, beijou o rosto do filho caído e inerte e se arrastou até mim. Ele não estava muito longe, quando chegou, tocou com a ponta dos dedos meu rosto, passando de leve por todo ele, sorriu puxando de leve o meu nariz.

— Pai, a bala não pegou no seu coração, vamos ficar bem, vou te tirar daqui.. — não deixou que eu terminasse, pois me abraçou e beijou a minha cabeça. Um grito rasgou a minha garganta e o choro veio, eu sabia que ele estava se despedindo — pai, não..

Ele se afastou e pegou o meu rosto entre as mãos.

— Eu não poderia desejar filha melhor que você, você me trouxe luz quando achei que estava em trevas e me deu uma coisa que todo pai sonhar em ter, orgulho.. cof.. cof — sangue começou a ser expelido pela sua boca e eu me desesperei, ele se sentou em cima da própria perna e eu fiz o mesmo. — Esse homem já foi um bom pai, meu amor.. foi por ele que me fez olhar para vocês e cobrar sempre de mim ser para vocês o que ele foi pra mim, mas não sei o que aconteceu com ele.

— Shiii.. não diga, eu sei.. eu sei — ele balanço a cabeça.

— Deixe.. — ele pegou a minha mão e segurou junto ao peito. — não deixe que a saudade a sufoque, você é forte suficiente para isso. — então ele caiu, o peguei e coloquei a sua cabeça no meu colo. Ele ficou brincando com o meu cabelo e sorriu como sempre fazia quando estava orgulhoso — tão linda, minha querida e amada filha.

— Pai, por favor, não faça isso com a gente, não faço isso comigo.. — funguei. Ele não pode morrer, não poder, não agora.. ele precisa me ajudar a ir atrás deles.

Ele passou sua mão na minha bochecha.

— Quase uma visão perfeita, só faltava seus irmãos e sua mãe — ele sorriu novamente, sangue impedia de ver os seus dentes e encontrar o verdadeiro sorriso — mas assim está ótimo. Está perfeita a sua forma. — minhas lágrimas começaram a embaçar a minha visão. — Sei que vai cuidar de tudo. Diga aos seus irmãos que os amo e diga a minha bela esposa que ela ficará bem. — não conseguia mais parar de chorar, meu soluço ecoavam por todo o recinto — está tudo bem, estou bem. Eu amo você.

— Eu também te amo, papai..

Então não pude mais senti o seu aperto, então eu mesmo o apertei. Não queria largar a sua mão, não queria acreditar que era verdade tudo isso, não queria acreditar que ele estava morto.

A porta novamente fora aberta, os tiroteios cessaram e Kol entrou por ela. Ele estava com a arma em punho, pronto para qualquer confronto que viesse a seguir; mas seus olhos pararam no meu pai, inerte em meu colo, olhou para o meu irmão um pouco afastado de mim, ainda desmaiado e depois olhou para mim, ele vacilou, seus ombros se curvaram e seus olhos encontraram o chão, de vagar ele adentrou ainda mais na sala. Queria correr e me confortar em seu colo, mas as correntes ainda me impediam. Ele cada vez mais chegava mais perto, ele parou na minha frente, se abaixou e deixou a arma ali. Kol me abraçou, me acalentou em seu colo e balançou como me quisesse fazer dormir. O agarrei com a mesma intensidade a ele. Me afastei por um momento e olhei para o meu pai sem vida sobre o meu colo.

— Não, não, não, não, não.. — eu dizia e abracei os seus ombros. — vocês chegaram tarde.. muito tarde.

— Solte-o.. solte-o — pedia-me e eu balancei a cabeça me negando a solta-lo — ele se foi, Elena — então soltei. Debrucei-me por cima dele, beijei a sua face ainda quente e acariciei os seus cabelos.

Fui até a sua orelha e sussurrei.

Eu te amo, meu pai. Irei honrar a sua morte. — nessa parte disse como se fosse uma promessa. Ergui o meu corpo e gritei todo o meu sofrimento. Kol me abraçou forte e sussurrou que tudo vai dar certo.

Kol.. — murmurei — Dói tanto.

— Shii, não diga — pediu. Mas pessoas entraram no cativeiro, mas não soube dizer quem eram, pois Kol impediam a minha visão. Ele me soltou devagar e quando ele iria me soltar por completo, o puxei, não estava pronta para solta-lo agora

Ergui a cabeça para encarar as pessoas que tinham acabado de entrar: Tio Alaric, Conde, Mikael, Klaus e Stefan. E logo depois Raphael, Louis e quem eu menos esperava encontrar ali, lindo como sempre e com um olhar triste quando viu o mesmo que todos ali, eu com o corpo de meu pai morto em meu colo.

— Eric — estiquei-me para frente, mas novamente as correntes me impediam. Ele não perdeu tempo, saiu atropelado todos da sua frente, arrancou o seu colete e me abraçou apertado, ele me acalentou em seus braços e sei que ali que estavam o meu conforto. Enterrei o meu rosto em seu pescoço e chorei, chorei tudo que precisava ser chorado.

[..]

Dois dias haviam se passado, depois de tudo que aconteceu naqueles dois dias que ficamos em cativeiro, eu, meu irmão e meu pai.. oh, meu querido pai, depois de temos passado por muitas e diversas coisas, nossa parceira terminou daquela forma, do pai matando o próprio filho, do meu avô matando o meu pai. Ainda fechava os olhos e o via sorrindo, rindo das nossas brincadeiras bestas, dele brigando comigo por fazer ele ficar cada dia mais com fios brancos em sua cabeça ”Elena, eu deveria te prender em uma torre pra ver se você me poupa de tantos fios brancos que aparecem todos os dias por culpa sua” ou das vezes que ele pedia clemência nos jogos de poker que jogávamos toda as quintas-feiras antes de mais uma reunião acontecer ou das varias vezes que ele me levava para comprar os ternos caríssimos e de alta costura todas as vezes que tinha uma daquelas reuniões chatas e ele fingia que estava doente. Peguei-me rindo feito uma maluca na frente do meu espelho, com o óculos de sol na mão.

— É segunda vez que te pego rindo — me assuntei com o Eric na porta do banheiro, encostado na lateral. Ele estava excepcional, estava com o terno que pela primeira vez não sabia descrever, deve ser uma linha exclusiva. O melhor nele estava em seu rosto, o seu sorriso travesso.

— Acho que me distrair mais uma vez. Peço desculpas. — pedi. Ele desencostou da porta e deu os passos que faltavam até mim. Passou a mão direita pelo meu cabelo e seu um sorriso de lado, se aproximou o restante que faltava e me abraçou com o seu abraço de urso. Retribui o abraço no mesmo segundo. Ele repousou a bochecha no topo da minha cabeça.

— Por que pede desculpas? — perguntou.

— Sei que não gosta quando me distraiu — disse suspirando e espirando o seu perfume. — por isso.

Ele riu e me apertou mais.

— É verdade. Mas por enquanto você deve se distrair. Sei que estava pensando no seu pai. — me afastei o mínimo para olhá-lo.

— Como sabe que era nele que estava pensando? — o desafiei.

— Você só sorrir dessa forma quando está pensando ou quando estava com ele. Se você risse dessa forma pra mais alguém, pode ter certeza que o cara estava morto — ri do seu ciúme — Claro, cortando da lista Kol e Jeremy. — beijei o seu queixo com aprovação.

Escutamos passos e um Kol entrou por ela.

— Será que escutei o meu nome? — quis saber ele. — Abraço coletivo? — disse ele abrindo os braços.

Em uníssono eu e o Eric dissemos.

— Não!

Saímos de mãos dadas do banheiro. Kol veio logo atrás.

— Vocês são uns sem graças. Vamos, o carro já está a nossa espera. — concordamos e saímos juntos.

Terminamos de descer a escada de casa, todos estavam ali, quando digo todos quero dizer, tio Alaric, tia Janne, enfim, a minha família.

— Vamos? — Perguntei. Notei que a minha irmã ainda estava sentada na poltrona e olhava para um porta-retrato de nos cinco. Soltei as mãos de Eric e me fixei atrás dela, estava olhando para a mesma coisa que ela. Lembro desse dia, foi o dia que nós três passamos no vestibular, papai mandou fazer uma festa enorme pra gente, bebemos tanto nesse dia que não conseguimos ir para os nossos quartos, eu dormir no sofá da sala de estar, Jeremy no chão do lado do sofá que eu estava, ao seu lado sua namorada na época, Kol na poltrona com a cabeça torta e minha irmã no outro sofá. Lembro que Kol acordou cedo e foi se jogar no meu quarto e só ficou eu, minha irmã, Jer e sua namorada Ana. Meus pais nos acordaram batendo a panela e depois cada um se deitou em um sofá, com cada filha, minha mãe comigo e meu pai com a Kathy, quem tirou a foto foi a Ana. — Eu adoro essa foto, mesmo não me lembrando em como chegamos nessa sala.

Ela riu baixo.

— Eu só lembro-me de querer matar o Kol por ter colocado o seu pé na minha cabeça — ri também — será que to sempre querendo matar o Kol?

Agachei-me e abracei ela por trás.

— Eu nunca lembro do o contrário.

Fomos todos em carros diferentes, nesse fui com a minha mãe e meus irmãos, com Raphael e Louis na frente. Quando chegamos no cemitério quase não conseguimos estacionar, pois todos os chefes que ainda estavam na cidade veio para o enterro. Fomos caminhando devagar até o lugar indicado, já estavam todos eles, se não estou esquecendo nenhum, todos estavam presente. Quando entrei, todos olharam para mim com uma espécie de subserviência, entrei sem encarar um especificamente. Caminhei por entre as pessoas que abriam caminho, todos davam uma inclinada da cabeça para baixo. Eu não fiz sequer um movimento a não ser andar.

Como esperado, as famílias regente tinham o privilégio de está à frente de todos, então eles tinham os melhores lugares. Sentei-me com a minha família na frente do caixão do meu pai.

O padre começou a inumação, todos nós oramos e rezamos e quando chegou a hora do caixão descer, um desespero pedia para me despedir dele, queria abri o caixão novamente e beijar a sua face.

— A família quer dizer alguma coisa antes? — perguntou o padre. Minha mãe se levantou e fez o seu discurso, quando terminou todos estavam esperando por mim. Levantei-me e fiquei na frente do caixão que guardava o meu pai. Coloquei a minha mão em cima, esperando qualquer sinal, alguma luz.. mas nada veio. Tirei a minha mão e me afastei.

— Raphael, Louis — os chamei. Ele de imediato apareceram — abram o caixão — eles se espantaram.

Minha mãe se levantou e veio para perto de mim.

— Minha filha, não.. não quero mais olhar para o seu pai dessa forma — sei que eu deveriam cumprir e não abrir, mas tinha uma mosquinha no meu ouvido me perturbando. Não dei importância e fui até o caixão novamente.

— Sinto muito, mas quero esse caixão aberto. Abram o caixão. — eles continuaram me olhando como eu se eu fosse louca. Jeremy se levantou e veio falar comigo perguntando o que eu tinha, mas também não dei importância. — você e você, abram. — apontei para o chefe da índia e outro da china. Eles se aproximaram, mas foram parados por alguém atrás de mim e quando me virei era o Eric. — até você? — exclamei impaciente.

Ele levantou as mãos para cima em sinal de rendição.

— Calma, só quero saber qual o problema. — fui até ele e contei que tinha alguma coisa me incomodando desde que cheguei. Ele balançou a cabeça e chamou Louis. — vamos abrir. — Louis meio relutante me olhou e fiz final impaciente para que fosse em frente, quando eles chegaram perto o padre apareceu.

— Vocês não podem atrapalhar o sono eterno desse homem. Eu exijo que parem! — ele nos repreendeu. — não chegue perto desse caixão.

Eu cheguei perto dele.

— A única que exige algo aqui sou eu e eu não quero saber se vou atrapalhar o sono eterno dele ou não..

— Elena! — repreendeu mamãe. Eu a ignorei.

— Só quero esse caixão aberto e agora! — todos me olhavam como se eu tivesse pirado, mas eu estava nem aí. — sai da frente padre — ele continuou na frente. Fui até Raphael que tentou se afastar sabendo o que eu iria fazer, quando ele deu mais um passo para trás, enrolei a minha mão na sua gravata e o puxei. Fui até a sua cintura e peguei a minha pistola. Minha pistola sempre fica com Raphael, não importa onde estejamos. O larguei e fui até o padre, apontei a arma para ele — sai daí vai.

— Elena! — de novo a minha mãe. — O que pensa que está fazendo, ele é um padre.

— Vai ser um padre morto se ele não sair da minha frente — ameacei novamente. Ouvi o Klaus rindo e se aproximou.

— Isso é pecado menina, se me matar vai para o inferno. — desde quando padres ficam jogando pragas nos outros?

Ainda com a arma em punho, me aproximei mais um passo.

— Eu me entendo com Deus depois. Agora sai daí, AGORA! Antes que o senhor faça sua própria inumação — ele falou alguma coisa e saiu — e não some não, vai ter que terminar a cerimônia depois que eu terminar aqui. — meu humor negro está em êxtase.

Klaus ajudou os meninos a abrir o caixão. Ouvi alguns murmúrios que eu tinha ficado louca, mas novamente ignorei. Quando os meninos terminaram de abrir todos os ganchinhos, me aproximei. Eles retiraram a tampa e lá estava o meu pai, deitado como um anjo com o seu terno favorito. Senti as mãos da minha mãe no meu ombro e depois ela suspirou.

— Ele está lindo. — novamente a ignorei. Aproximei-me ainda mais, ele estava segurando uma pasta, mas antes dela tinha um bilhete — o que é isso?

Senti todos se aproximarem, mas não tanto, ainda estavam olhando de longe. Peguei primeiro o bilhete, os meninos que abriram o caixão me deram espaço, menos Eric. O abri e em letras grafadas estava escrito em latim, Eric olhou para o bilhete.

— Latim? — concordei — o que está escrito?

Virei o bilhete novamente, e lá estava o brasão da minha família. Como eu suspeitava.

Você cada vez mais me surpreende.

Eu sabia que você iria abrir o caixão.

Essa mania Gilbert não morre entre as gerações.

Mas vamos ver se é tão esperta quanto eu imagino.

Você gosta de enigmas? Espero que goste.

Um dos seus chefes será um espião.

Assim como era Lucinda. Mas qual deles será?

Detalhe. É o mesmo que era na gestão do seu pai.

E está a observando agora mesmo.

De seu avô querido, Zach Gilbert

PS.: A pasta vai levá-la a um tesouro. Siga as instruções.

— Um tesouro? Ele está maluco? — brandiu minha mãe revoltada — ele matou o próprio.. — antes que ela continuasse, Jeremy pós a mão na sua boca.

Todos estavam querendo saber o que tinha dentro, olhei para cada um, tentando encontrar o tal espião. Nenhum me parecia suspeito, a maioria estava de óculos. Ele estava o tempo todo infiltrado na organização e eu nunca tinha notado. Mas como eu disse, ele vai ver o pior de mim.

— O que você vai fazer, Elena? — perguntou Klaus, olhei para ele e abri um sorriso sádico — ai, ai, não gosto desse sorriso!

Olhei para todos ali.

— O que eu vou fazer? Segui as pistas do tal tesouro. Se ele quer brincar, é o que vamos fazer — peguei a pasta das mãos do meu pai, beijei a sua testa e me afastei. — Fechem o caixão e chame aquele padre novamente, temos que enterrar o meu pai.

Quando fecharam o caixão, entreguei a pasta para o Louis e continuamos com a cerimônia. Quando terminamos, todos se despediram de mim e da minha família nos dando os pêsames. E por fim só restava eu e os meninos.

Eu estava colocando as flores no tumulo do meu pai e Jeremy apareceu e colocou outras na mesma.

— Você incrivelmente me parece bem. — me levantei com ajuda dele, uma lágrima caiu e rapidamente limpei. Todos estavam próximos.

— Ele tinha razão.. a vingança nos traz incentivo, mas acima de tudo força. Não tenho tempo para chorar por ele, mas tenho para vingá-lo.


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Notas finais do capítulo

Eu nem vou pedi comentários pois eu já apertei o botão do F#%@&-se e só estou postando pois acho que OHM merece um final. e



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