Os Herdeiros da Máfia escrita por Lina Morgenstern


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

ooi gente, voltei cedo não é? siiim!! vou deixar vocês com a leitura, mas tenho uma coisinha lá em baixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/570042/chapter/17

POV Klaus

Dispensei o motorista, dispensei a segurança, estou dispensando tudo essa noite, estou cansado demais e também não quero voltar pra casa, quero ficar o mais longe possível da minha irmã, sei que se voltar pra casa Rebekah estará me esperando e junto com ela sua língua interrogatória; por isso fiz check-in aqui no hotel mesmo, o que foi uma sorte quando têm essas reuniões o hotel fica lotado.

Essa noite eu quero paz, um banho e uma cama, fora isso dispenso. Não quero pensar em organizações, acordos ou nada parecido, o dia foi longo e nesse momento descansar é a melhor opção.

Cabelos desgrenhados, gravata folgada e alguns botões da blusa abertos é esse o meu estado, estou andando por entre o restaurante, não ligo se estão olhando pra mim, só quero chegar ao meu quarto e me deitar. Cheguei no elevador e apertei o botão para subir, demorou um pouco, mas finalmente chegou. Depois que cheguei no meu quarto passei o cartão e entrei, fui me arrastando até a cama e me joguei na nela.

— Anda Klaus, levanta! Você tem que tomar um banho.. — disse a mim mesmo.

Fui me levantando devagarzinho, até que escutei um movimento na porta. Olhei no relógio e vi que já se passavam das 3hs da manhã. Com um bando de bandido nesse hotel o mais inteligente a fazer é ficar em alerta. Puxei a minha arma e aportei em direção da porta e por fim a porta foi aberta e uma Elena assustada apareceu.

Pousou sua mão no peito e falou:

— Mas que diabos, Klaus! — voltei a respirar.

Baixei a arma e voltei a me jogar todo o meu peso na cama.

— isso são horas de invadir um quarto? — perguntei a ela contra o colchão da cama, não sei se ela escutou, pois minha voz saiu abafada.

— Eu sei que não, mas o Raphael disse que você deu entrada no hotel e resolvi vir falar com você e perguntar que palhaçada foi aquela?

Ah não, lá vem ela. Ela veio andando em minha direção e com um movimento rápido puxei ela em contra ao meu peito e a abracei.

— Eiei, eu adoraria passar o resto da noite discutindo com você, mas hoje estou muito cansado e só quero tomar um banho e dormir. Podemos ter essa briga amanhã?

Olhei pra ela. Ela abrir a boca, mas a cortei.

— Mas..

— Por favor, amor.. — ela assentiu. Levantei para ir ao banheiro e ela fez o mesmo. — o que está fazendo?

Ela apontou para a porta.

— A-ah, você está cansado, estou indo para o meu quarto. Boa noite. — ela passou por mim, mas antes que chegasse a porta, peguei sua mão.

— Não. Disse que quero dormir, não que vá embora. Fique. Estou com saudade de não fazer nada com você. Só me espera tomar banho.

— Klaus, não acho uma boa ideia. Você está cansado, durma!

— Para, vamos, por favor. Só uma noite, não vamos fazer nada. — e por fim assentiu. Retirou o sapato e deitou na cama. — não demoro.

— ok.

[...]

Pra quem que estava morto, acordei melhor que merecia, mas também a companhia que tive, quem não dormira bem? — ontem a noite depois que voltei do banho, ficamos conversando por um tempo, uma conversa que não tínhamos fazia um longo tempo, conversamos sobre tudo, menos de trabalho ou sobre a máfia, tivemos uma conversa simples e fácil. Ela falou sobre a sua ida ao Japão e sua temporada lá, foi tranquilo escutar, de algum modo aquilo me doía e evitava essa conversa com ela todo o momento, mas ontem foi diferente. — olhei no relógio do criado-mudo que marcavam 10:00 horas da manhã, até que dormir bem.

Passei a mão do outro lado da cama, sem me virar e estava vazio, claro que estava. Virei todo o meu corpo pro lado e encontrei uma Elena já de pé. Estava arrumando o seu cabelo e colocando o sapato.

— Já tão cedo? Nem ia me dar bom dia? — bufei. — sinceramente pensei que nem iria te encontrar aqui.

Ela franziu o cenho.

— Desculpe, queria ficar e tomar café da manhã com você, mas recebi uma chamada do Enzo, parece que o Damon não quer ajudar. Vou falar com ele.

— você.. o quê? — Ela apenas me olhou e se levantou. — eu vou com você. Só me dá um minuto. — parei. Será que estou certo ou ela não vai me convencer a não ir? — calma aí..

Ela se virou.

— O que houve?

— Você n-n-não..

— eu não? — ela me incentivo.

Levantei em um pulo da cama e fiquei em sua frente. Peguei a sua mão livre e beijei os seus dedos.

— Eu sei que fui um idiota! — ela apenas arqueou a sobrancelha de um modo divertido.

— Você acha? — suas palavras eram puro deboche.

— Está debochando de mim, senhorita Gilbert?

— Oh, claro que não! Continue. — tentei o máximo possível abafar uma risada, mas foi inevitável.

Voltei a pegar a sua mão.

— Olhe, não quero repetir o mesmo erro de anos atrás. Quero que dessa vez fazer as coisas certa e no tempo certo. — suspirei — na época éramos apenas dois adolescentes, achávamos que éramos donos da verdade e que não acabou bem, como ambos sabemos. Te traí da pior forma e por fora do destino você me deixou da pior forma. Não quero nunca mais sentir daquela forma, parecia que estava preste a explodir de dentro pra fora e aquilo é pior que o um homem pode sentir. — suspirei novamente. Prestei atenção em suas reações, ela se matinha neutra e indecifrável. — estou sendo um idiota não só por causa do meu irmão super protetor com a sua sempre melhor amiga e sim pra você olhar pra mim e ver o que quero lhe transmitir: que te amo e quero que todos saibam o meu amor por você.

— Klaus..

— Me deixa terminar, por favor. Eu não conhecia o meu verdadeiro sentimento por você, até o dia que me deixou e foi embora. Quando você partiu e foi para o outro lado do planeta eu simplesmente cair em si e vi que eu tinha perdido o que tinha de mais precioso: você. — Soltei a sua mão e andei até a cama que sentei na beira. — Foi então que mudei, comecei a namorar a Caroline, beber, jogar e me envolver mais nesse mundo, tudo que fiz foi por efeito a você, é isso que você causa em mim. Eu tentei suprir a sua falta com outras pessoas, outras coisas, você sabe — nunca tinha dito essas coisas em voz alta, e pra outra pessoa que não tenha sido o meu pai e hoje estou falando pra ela, a mulher que mais me ajudou e ao mesmo tempo me destruiu. Levantei novamente. — eu te amo, amo tanto que posso compreender que não queira mais nada comigo. Pois amar é assim, se sacrificamos pela pessoa que amamos, colocamos nossa própria felicidade em risco para que a outra seja feliz, mesmo que seja com outra pessoa. — olhei pra ela — eu posso, Elena.

Andei até ela e beijei a sua testa. Ela nada disse e era melhor assim. Virei as costas e sair em direção ao banheiro.

POV Elena

Pela primeira vez não tinha palavras em relação aquilo. Ele realmente sentiu tudo isso? Todo esse tormento e amargura? Era esse efeito que tinha sobre ele? Segundo ele mesmo, eu tenho! Estou estática no mesmo lugar, simplesmente petrificada, como poderia lidar com isso? Tinha um homem na minha frente dizendo que me amava e todos os seus sentimentos e a única coisa que fiz foi ficar parada? Tantas perguntas e tantas sem respostas.

Balancei a cabeça e terminei de me arrumar, peguei as minhas coisas e sair. Desculpe Klaus, mas preciso de um tempo sozinha e sei que ele vai me encontrar na sala de qualquer jeito mesmo. Desci até o primeiro andar e fui em direção ao restaurante, como estava meio tarde o local estava vazio, algumas mesas tinham uma ou duas pessoas, mas apenas uma me interessava o do Conde e Stefan.

Andei até eles e sorrir.

Tentei passar um pouco de simpatia, mas sei que isso não vai funcionar, afinal de contas a vida do seu filho mais velho está em minhas mãos.

— Bom dia, Conde, Stefan — cumprimentei.

— Bom dia, Elena. — ambos disseram. Sorri.

— Já tomou café? Quer se sentar conosco? — ofereceu Conde.

— Creio que não será necessário. Odeio comer entre as refeições. Estou indo falar com o seu filho, soube que ele não quer ajudar. — falei.

— É verdade! Damon está irremediável, não sei mais o que fazer.. — disse triste, ele sabia que se o Damon não concordar com os termos, não vai ter jeito, serei obrigada a mata-lo.

— Estou indo tentar falar com ele, talvez ajude.

— Ou piore!— Stefan cochichou, mas deu pra escutar. Dei de ombros.

— Espero que não. Mandei buscar o idiota que atirei ontem, talvez vendo que não o matei, Damon possa nos dar uma brecha. — vacilei. E Conde percebeu, pois me olhou com os olhos cheios de esperança. — Conde não me olhe assim, gosto do seu filho. Mas se ele não mudar de ideia, não poderei fazer nada a não ser mata-lo. Você conhece os protocolos — Voltei com a minha postura. — se me dão licença, tenho que encontrar com Enzo e Damon.

Voltei pelo caminho de antes e ao chegar no hall, Klaus estava em pé na recepção conversando com uma recepcionista e entregado-lhe a chave do quarto. Parei em sua frente.

— Pensei que fosse me esperar — me repreendeu se fingindo de sério.

— E eu o esperei. Só tinha algo a fazer antes. — dei de ombros.

— Eu vi, falar com o Conde. Como ele está?

Saímos andando.

— Ele pode perder o seu filho hoje, como pensa que ele estaria?

— Fato! — Andamos entre os corredores em silêncio, um bom pra ser sincera.

Quando chegamos na entrada da sala, Enzo já estava lá e com ele Louis e Raphael que tinham uma expressão angustiada, mas quando me viram suas expressões suavizaram e um sorriso de alivio brotou no rosto de ambos. Coitados dos meus garotos, com certeza aquilo tudo foi culpa da minha rebeldia! Sair do meu quarto sem que eles me vissem e não fiz questão de avisa-los depois.

— Onde esteve? — Ambos disseram juntos. Tive vontade de rir, mas me policiei.

— Desculpe não avisa-los. Só que.. — não deu tempo de continuar, pois o Louis que é um pouco mais preocupado me abraçou.

— Sabe o quanto fiquei preocupado? Quase atirei na cabeça de Raphael por não ter visto você saindo do quarto. — abracei de volta.

— Desculpe novamente — sussurrei tentando sair do seu aperto.

Ele me soltou por fim.

— Tá! — Raphael não fez nenhum movimento, sabia que estava com raiva, mas depois eu me entedia com eles. Olhei em volta e encontrei Enzo.

— Vamos entrar?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, espero que vocês tenham gostado de Klena, eles são fofos né? bom enfim..
Vou criar mais uma Fic e será ser sobre Divergente, acabei de ler todos os livros e fiquei com ódio da Tris ter morrido, mas com isso me deu essa ideia e gostei muito, minha melhor amiga irá me ajudar e se quem já leu ou viu os filmes, assim que postar vou por o link aqui, enfim era isso. beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Herdeiros da Máfia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.