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PRÓLOGO

Não há bruxo neste imenso mundo que nunca tenha ouvido falar do glorioso castelo de Hogwarts, cuja localização é tão misteriosa quanto as infinitas possibilidades que ali dentro se encerram. Com mais de um milênio de tradição e uma história que remonta aos primórdios da sociedade bruxa, Hogwarts é muito mais do que uma escola de aperfeiçoamento para jovens com dons mágicos. Ela é, com toda certeza, o berço do ensino da bruxaria, um marco na história da Grã Bretanha e a doce lembrança na mente de muitos, desde os bruxos do mais alto escalão do nosso Ministério da Magia até os bruxos mais simples que ainda residem tranquilamente nos campos.

Desta forma, analisar a história de Hogwarts é como analisar a minha e a sua própria história. Se nos sentássemos diante da lareira e conversássemos a respeito, tenho certeza de que poderíamos mapear mais uma dezena de locais, além de confiarmos um ao outro bons fatos dos tempos de ouro. Quem estudou em Hogwarts sempre terá uma boa história para contar, afinal de contas, por mais assustadora ou misteriosa que seja.

Se você está aqui agora, lendo estas primeiras linhas, devo parabenizá-lo por acrescentar ao seu intelecto a vasta porção cultural aqui presente. Para escrever esta versão atualizada de “Hogwarts, Uma História” - originalmente escrito pelo professor Garius Tomkink - levaram-se sete anos e muitos bruxos cederam suas impressões, sendo que todas elas compuseram um magnífico mosaico sobre o que realmente é estar naquele castelo atemporal. Sabemos, é claro, que cada época trouxe seu brilho e seu terror através dos acontecimentos pelo mundo e de seus próprios alunos e diretores, porém, quer entremos ali hoje ou em dez anos, sempre teremos o sentimento de estar de volta à primeira vez.

Muitos dos fatos aqui abordados tiveram de ser revisados diversas vezes por conflitos de informações e, por este mesmo motivo, alguns infelizmente deixaram de ter toda a sua importância neste volume, passando para a área de histórias lendárias – mas não menos interessantes. Durante os momentos mais árduos dos quais temos lembranças, sabemos que escrever os fatos requeria uma grande dose de coragem e nenhum medo, e é por este motivo que a história se proliferou muito mais de forma oral, acrescentando novos detalhes a cada vez que se era contada.

Hoje deixo meus agradecimentos incomensuráveis a muitos bruxos e bruxas, como: Batilda Bagshot e seu conhecimento profundo da história de Hogwarts e da magia em geral; Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore, um bruxo tão genial e um diretor tão estimado que até hoje encontra-se sepultado no castelo, infelizmente não podendo presenciar hoje o lançamento dessa obra que muito contou com as suas impressões ao longo dos mais de oitenta anos dedicados à escola; Cuthbert Binns, professor de História da Magia em Hogwarts há mais de um século; Filius Flitwick, também professor, que me deu incontáveis e magníficas descrições sobre a tradição dos Clubes de Duelos na escola; Rolanda Hooch, que não só ensina a arte do voo como também lidera os treinos e jogos de quadribol em Hogwarts desde 1928; Horácio Slughorn, um bruxo com dons excepcionais, além de profundo conhecimento de muitos alunos que hoje se tornaram verdadeiras personalidades em nossa sociedade; Minerva Ross McGonagall, professora de Transfiguração desde 1956, diretora da Grifinória há mais de trinta anos e atual diretora de Hogwarts; Remus Lupin, que me deu um impressionante relato sobre as medidas criadas por Dumbledore para mantê-lo a salvo durante seus anos letivos e posteriormente como professor, além de divertidos relatos sobre os famosos alunos dos anos 70; e Rubeus Hagrid, amigo pessoal de Dumbledore, aluno da Grifinória nos anos 40 e guardador das chaves de Hogwarts desde 1968.

Além destas pessoas, muitas outras participaram deste livro, através de seus quadros – como fez Armando Dippet, entre outros famosos diretores, e os fundadores de Hogwarts –, de seus fantasmas – tal como Helena Ravenclaw, fantasma da Corvinal, e Nicholas de Mimsy-Porpington, fantasma da Grifinória –, ou através de corujas, tal como a família Malfoy. De todos esses encontros e conversas, sempre levarei comigo os adoráveis momentos que passei na casa dos Weasley, onde a Sra. Molly me contou sobre sua participação nas duas guerras bruxas ao lado da Ordem da Fênix e sobre como foi a infância de Harry Potter em seu lar.

Não feito apenas dessas tantas histórias importantes, esse livro também contém um mapeamento de toda a extensão escolar – sala por sala e metro quadrado por metro quadrado – e os acontecimentos mais marcantes de Hogwarts, como: a criação do Torneiro Tribruxo e sua épica edição de 1972; a construção, utilização e abertura da Câmara Secreta nos anos de 1943 e 1992; o Baile de Inverno de 1977; a importância de Hogsmeade na Revolta dos Duendes de 1612; entre outros.

Assim, vos deixo com a certeza de que essa é uma leitura imprescindível para melhor conhecer os segredos e glórias de Hogwarts, bem como de toda a história bruxa na Europa. Boa leitura!

Apolline Rosier Werhaus
Redatora-Chefe  
16 de Setembro de 1999