Eu saí do avião que me trazia de volta a minha terra natal eufórica.

CARA, FAZEM QUASE SEIS MESES QUE OS SHIPP’S DERAM CERTO.

Disseram-me que iam esperar ansiosos, com seus novos pares.

Eu não me aguentava mais, eu precisava muito vê-los e matar toda essa saudade que ficou acumulada durante um ano inteiro.

Peguei as três malas para alguns dias desajeitadamente e saí até a parte principal do aeroporto.

Eu ia ficar lá algumas semanas. Meu pai disse que talvez nos mudássemos de volta para cá, mas era difícil. Ele também disse que talvez conseguisse me emancipar, como Nathaniel e Castiel fizeram, mesmo sendo complicado quando a mudança é internacional.

So open your eyes and see

The way our horizons meet

And all of the lights will lead

Into the night with me

And I know these scars will bleed

But both of our hearts bleed

All of these stars will guide us home

Meu coração com certeza acreditava. Na verdade, ele ansiava.

Eu corri o mais rápido que era possível para uma garota de 1,60 que carregava três malas pesadas em roupas de inverno.

Até a escada rolante parecia demorar e atrasar minha vida.

Ela ia devagar, e estava cheia de pessoas altas que cobriam e tampavam completamente minha visão mais desejada nos últimos tempos.

E então, de longe consegui enxergar um arco-íris de cabelos. Loiros, negros, ruivos, azuis, castanhos, brancos, verdes e vermelhos.

Meus olhos começaram a se encher de lágrimas.

Eu me dei conta que estava pulando degraus e desviando de pessoas, ainda na escada rolante.

Eu só comecei a enxergar direito quando abracei aquele grupo do qual eu me afastei. Aquele grupo que eu senti falta. Aquele grupo irritante e engraçado que me fazia muito bem.

Eu reparei nos rostos. Alexy mantinha uma pequena lágrima no quanto do olho direito. As garotas sorriam, exceto Christie, ela estava emocionada. Os garotos pareciam felizes, eu acho.

Um grande abraço em grupo se formou ali no meio do pátio do aeroporto.

– Katherin, cara, quanto sentimos sua falta... – Christie disse afastando as lágrimas.

– Você disse meu fucking nome...

– O momento mereceu...

Abracei-os mais uma vez, para ter certeza de que quando eu fosse embora, me lembrasse da sensação.

Comecei olhar ao redor. Não vi quem eu esperava.

– Eu já sei quem está procurando. – Rachel fez aquela cara de “safadinha”.

–...

Ela puxou um braço para o meio da roda que formávamos. Esse braço era do Kentin, que corou violentamente ao me ver.

Eu não me contive.

É claro que eu o abracei.

Se eu fosse tornar isso real, que fosse para valer.

Já que eu estava aqui, era para valer a pena.

Já parou para pensar que a pessoa que mais precisamos está sempre ao nosso lado, desde o começo?

Isso aconteceu com todo mundo aqui.

Sempre estavam ao nosso lado, só faltava senso para perceber.

Eu já sabia, mas não queria admitir.

Agora eu admito, essa lovezone sempre existiu e sempre existirá.